Música(Atividades): Não
Sonho Mais
Chico Buarque
Hoje eu sonhei contigo,
Tanta desdita!
Amor, nem te digo
Tanto castigo
que eu tava aflita de te contar.
Foi um sonho medonho
Desses que, às vezes, a gente sonha
E baba na fronha
e se urina toda
e quer sufocar.
Meu amor,
vi chegando um trem de candango
Formando um bando,
mas que era um bando de orangotango
pra te pegar.
Vinha nego humilhado,
Vinha morto-vivo,
vinha flagelado.
De tudo que é lado
vinha um bom motivo
pra te esfolar.
Quanto mais tu corria
mais tu ficava,
mais atolava.
Mais te sujava
amor, tu fedia,
empesteava o ar.
Tu, que foi tão valente
Chorou pra gente
pediu piedade.
E, olha que maldade,
me deu vontade
de gargalhar.[...]
Foi um sonho medonho,
Desses que, às vezes, a gente sonha
E baba na fronha
E se urina toda
e já não tem paz.
Pois eu sonhei contigo
e caí da cama.
Ai, amor, não briga!
Ai, não me castiga!
Ai, diz que me ama
e eu não sonho mais!
(Chico
Buarque. In: Chico Buarque Letra e música. São Paulo: Companhia das Letras,
1989)
Fonte: Livro – Coleção ALET – Língua Portuguesa – 5ª
Série – Editora Positivo,2007 – p.34/35/36.
Entendendo a canção:
01 – Que narra a canção?
Narra um sonho.
02 – Dê exemplos de
linguagem informal presentes na letra da música. Reescreva estes exemplos em
linguagem formal.
Os exemplos são: “Eu tava”, “a gente”,
“pra” e verbos na terceira pessoa e pronomes na segunda pessoa.
Reescrevendo: Eu estava, nós, para, tu
corrias, tu ficavas, atolavas, sujavas, tu fedias, empestavas, tu foste,
choraste, pediste.
03 – Qual o tratamento usado
pela personagem que está contando o fato em relação ao seu interlocutor (com
quem está falando)?
Usa o tratamento TU.
04 – Na sua opinião, por que
o autor utilizou a linguagem informal na letra da canção?
Resposta pessoal. Sugestão: A linguagem
informal é adequada ao assunto e à situação: conversa entre duas pessoas.
05 – Você já teve algum
sonho confuso, considerado surreal? Escreva-o e depois, se quiser, conte para
seus amigos.
Resposta pessoal.
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