segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

FÁBULA: O LEÃO E O RATINHO - COM GABARITO

 Fábula: O Leão e o Ratinho

Caía a tarde na selva. E ao longe pelos caminhos, ouvia-se a passarada que regressava a seus ninhos. Na beira de uma lagoa, os sapos em profusão, cantavam bem ritmados, a sua velha canção. No mais, tudo era silêncio. 
           No entanto, nesse momento, surgiu um velho leão, à procura de alimento. Andava orgulhosamente, com passos lentos, pesados. E por onde ele passava, os bichos apavorados, fugiam para suas tocas, deixando livre o caminho. 

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgD7nuT4aLhNEvWmMPS8BrFESJCWBh9rZeeFyqXu-ZUUle6f2jq1TobIfRctI_xmnGEklApZN42MM0R7Ik2BxdVW8pK3z2OtP54CJE1zs22LqDsFXgL7BlpX7wib7qf-1JplOHDZ3xkmqNzX7hxJL6uhKJUXZ6EHLayPAEL-aaQonuc_rm_U3rHn_liLU4/s320/LEAO.jpg

           Porém, eis que de repente, surgiu um pobre ratinho. O leão não perdeu tempo e assim estendendo a pata, alcançou o pobrezinho que corria pela mata.
          - Vejam só, que sorte a minha! Abocanhei-te seu moço. Tu não és lá muito grande, mas já serve para o almoço! 
          - Tenha piedade senhor! - Oh, solte-me, por favor! Do que lhe serve matar-me! Pois veja bem, se me come, eu sou tão pequenininho, que mal posso matar-lhe a fome.
         - Pensando bem, tens razão! Eu vou soltar-te ratinho. O que ia fazer contigo, assim pequeno, magrinho. Segue em paz o teu passeio. Não vês, sou teu amigo, para mim de nada serves, quase não pode contigo!
         - Seu Leão, esse favor, eu jamais esquecerei. Se puder, algum dia, ainda lhe pagarei.
         - Oh! - Pagar-me? Ora! Tu mal aguenta contigo! O que poderias fazer a meu favor, pobre amigo!
         - Não sei, não sei majestade, mas prometo-lhe outra vez, algum dia, hei de pagar-lhe, o grande bem que me fez!
         E assim dizendo, o ratinho correu e muito feliz entrou no seu buraquinho. E o leão tranquilamente, embrenhou-se na floresta.
         Entretanto, de repente, o pobre animal, caiu na rede de um caçador. E a fera se debatendo de raiva e pavor, urrava! E quanto mais se esforçava, mais a corda o enlaçava. Nesse instante, o tal ratinho, que de longe tudo ouvia, chegou perto do leão, que urrando se debatia. 
         - Não se aflija meu amigo, aqui estou para salvá-lo. Espere. Fique tranquilo, pois vou tentar libertá-lo. Deixe-me roer a corda que o prendeu... assim...assim... não se mexa por favor, descanse e confie em mim. 
         E o ratinho foi roendo, roendo insistentemente, até que a corda cedeu e arrebentou finalmente! 
         - Pronto, estou livre afinal! - Muito obrigado ratinho. O que seria de mim sem tua ajuda, amiguinho!
         E o ratinho humildemente, cheio de satisfação, estendeu sua patinha ao grande e velho leão!
         - Amigo, não me agradeça, entretanto aprenda bem, não faça pouco dos fracos, confie neles também!

Entendendo o texto

01-Marque (V) para efeitos de sentidos pertinentes ao texto-discurso e (F) para efeitos de sentidos não pertinentes:

      a-(  V  ) Percebe-se o discurso de crítica aos que desvalorizam os fracos;

       b-(  V  ) Percebe-se que o personagem leão representa a prática social da exibição de poder;

       c-(   F  ) Percebe-se que o personagem ratinho representa a prática social da ingratidão;

       d-(   F  ) Percebe-se o discurso de que apenas os fortes conseguem ter eficiência no mundo;

        e-(  V  ) Percebe-se o discurso de que se deve exercer o poder com humildade;

02-Qual a tese central defendida na fábula?

       a- é preciso vangloriar-se do poder de que se dispõe;

       b- é preciso não desvalorizar e não humilhar os considerados fracos;

       c- é preciso ajudar uns aos outros.

03-Qual enunciado revela “exercício do poder com abuso dos fracos”?

      a) Abocanhei-te seu moço;

      b) - Vejam só, que sorte a minha!;

      c)  - Oh! - Pagar-me? Ora! Tu mal aguenta contigo!;

      d) Segue em paz o teu passeio.

04-No enunciado “Na beira de uma lagoa, os sapos em profusão, cantavam bem ritmados, a sua velha canção.”, o adjetivo grifado caracteriza o substantivo:

     a- lagoa;

     b- sapos;

     c- profusão;

     d- canção.

05-No enunciado “Tu não és lá muito grande, mas já serve para o almoço!”, a conjunção grifada é adversativa porque estabelece uma relação de:

a-  _______( sentido positivo)_______, mas _______(sentido positivo)__________

b-  _______( sentido negativo)_______, mas _______(sentido negativo)_________

c-  _______( sentido positivo)_______, mas _______(sentido negativo)__________

d- _______( sentido negativo)_______, mas _______(sentido positivo)__________

06-Qual enunciado revela súplica?

      a) - Tenha piedade senhor! - Oh, solte-me por favor!

      b) - Seu Leão, esse favor, eu jamais esquecerei.

      c) - Não sei, não sei majestade...

      d) - Não se aflija meu amigo, aqui estou para salvá-lo.

07-No relato “Andava orgulhosamente, com passos lentos, pesados.”, a palavra grifada indica:

    a- o lugar por onde andava o leão;

    b- o tempo em que o leão andava;

    c- o modo como o leão andava;

    d- a intensidade que o leão andava.

08-No enunciado “Do que lhe serve matar-me! Pois veja bem, se me come, eu sou tão pequenininho, que mal posso matar-lhe a fome.”, a conjunção grifada:

     a- conclui o que foi dito antes;

     b- adiciona informação ao que foi dito antes;

     c- opõe-se ao que foi dito antes;

     d- explica o que foi dito antes.

9-No enunciado “E assim dizendo, o ratinho correu e muito feliz entrou no seu buraquinho.”, o advérbio grifado intensifica a palavra:

     a- ratinho;

     b- correu;

     c- feliz;

     d- entrou.

10-Qual enunciado revela que o personagem interlocutor recebeu uma forma de tratamento inferiorizada na relação de poder?

     a)- Seu Leão, esse favor, eu jamais esquecerei.

     b) - Não sei, não sei majestade...

     c) - Tenha piedade senhor!

     d) O que poderias fazer a meu favor, pobre amigo!

11-No enunciado “E quanto mais se esforçava, mais a corda o enlaçava.”, temos uma relação de:

     a- oposição entre o esforço do leão e o enlace da corda;

     b- proporcionalidade/concomitância entre o esforço do leão e o enlace da corda;

      c- finalidade do esforço do leão para obter o enlace da corda;

       d- comparação do esforço do leão com o enlace da corda.

12-No enunciado “Nesse instante, o tal ratinho, que de longe tudo ouvia, chegou perto do leão, que urrando se debatia.”,  o pronome grifado é relativo, podendo ser substituído, a depender do contexto, por (o qual, a qual, os quais, as quais), e foi usado para não repetir a palavra:

     a- instante;

     b- ratinho;

     c- longe;

     c- leão.
13-No enunciado “Nesse instante, o tal ratinho, que de longe tudo ouvia, chegou perto do leão, que urrando se debatia.”,  o pronome grifado é relativo, podendo ser substituído, a depender do contexto, por (o qual, a qual, os quais, as quais), e foi usado para não repetir a palavra:

      a- ratinho; 

      b- longe;

      c- perto;

      d- leão.

14-No enunciado “Caía a tarde na selva. E ao longe pelos caminhos, ouvia-se a passarada que regressava a seus ninhos.”, o pronome grifado é relativo, podendo ser substituído, a depender do contexto, por (o qual, a qual, os quais, as quais), e foi usado para não repetir a palavra:

      a- tarde;

      b- selva;

      c- caminhos;

      d- passarada.

15-No enunciado “E o leão tranquilamente, embrenhou-se na floresta. Entretanto, de repente, o pobre animal, caiu na rede de um caçador.”, a conjunção grifada estabelece uma relação adversativa descrita corretamente em:

      a- o leão está em uma situação positiva e muda para outra situação positiva;

      b- o leão está em uma situação negativa e muda para outra situação negativa;

      c- o leão está em uma situação negativa e muda para uma situação positiva;

      d- o leão está em uma situação positiva e muda para uma situação negativa.

16- O pronome lhe é usado para não repetir determinadas palavras ou expressões. Identifique a que ou a quem se refere o pronome lhe nos trechos extraídos da fábula:

       a- “Do que lhe serve matar-me!”_______________________________________________

       b- “eu sou tão pequenininho, que mal posso matar-lhe a fome.”_______________________
       c- “Se puder, algum dia, ainda lhe pagarei.”_______________________________________
       d- “algum dia, hei de pagar-lhe...” ______________________________________________

17-No enunciado “Espere. Fique tranquilo, pois vou tentar libertá-lo.”, a conjunção grifada:

      a- conclui o que foi dito antes;

      b- opõe-se ao que foi dito antes;

      c- adiciona uma informação ao que foi dito antes;

      d- explica o que foi dito antes.

18-Qual argumento defende respeito aos que aparentemente possuem menor força nas relações de poder?

      a- “Tu mal aguenta contigo! O que poderias fazer a meu favor, pobre amigo!”
      b- “- Seu Leão, esse favor, eu jamais esquecerei.”

      c- “Muito obrigado ratinho. O que seria de mim sem tua ajuda, amiguinho!”
      d- “...entretanto aprenda bem, não faça pouco dos fracos, confie neles também!”

19-Substitua as palavras sublinhadas no texto-discurso por outras, buscando conservar o sentido do que foi dito.

Orgulhosamente: com soberba

Abocanhei-te: te peguei

Embrenhou-se: adentrou-se

Debatendo: lutando

Cedeu: arrebentou

20-Produza um texto-discurso, dizendo o que você pensa sobre aqueles que menosprezam as pessoas de menor poder nas relações sociais.

Texto-discurso:

A fábula do leão e do ratinho nos ensina uma lição valiosa sobre a importância de todos os seres, independentemente de sua força ou tamanho. A arrogância do leão em desdenhar o pequeno roedor demonstra como o poder pode cegar e levar à subestimação dos outros.

No entanto, a história nos mostra que a ajuda pode surgir de onde menos esperamos. O ratinho, com sua pequena força, consegue salvar o poderoso leão, demonstrando que a solidariedade e a gratidão são qualidades que transcendem as diferenças.

Em nossa sociedade, muitas vezes repetimos o padrão do leão, desvalorizando aqueles que consideramos mais fracos ou menos importantes. É fundamental refletir sobre nossas atitudes e buscar construir relações mais justas e equitativas, onde todos sejam valorizados e respeitados.

A fábula nos convida a:

  • Valorizar a diversidade: Reconhecer que cada indivíduo possui habilidades e qualidades únicas.
  • Cultivar a empatia: Colocar-se no lugar do outro e compreender suas necessidades.
  • Praticar a solidariedade: Ajudar o próximo sem esperar nada em troca.
  • Combater a arrogância: Evitar atitudes de superioridade e preconceito.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário