Poesia: A
Estrela
Manuel Bandeira
Vi uma estrela tão fria!
Vi uma estrela luzindo
Na minha vida vazia.
Era uma estrela tão alta!
Era uma estrela tão fria!
Era uma estrela sozinha
Luzindo no fim do dia.
Por que da sua distância
Para a minha companhia
Não baixava aquela estrela?
Por que tão alto luzia?
E ouvi-a na sombra funda
Responder que assim fazia
Para dar uma esperança
Mais triste ao fim do meu dia.
Manuel
Bandeira. A estrela. In: Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro. José Aguilar.
1967. p. 300-1.
Entendendo a poesia:
01 – Que elemento do mundo
exterior aparece com destaque na poesia?
A estrela.
02 – Qual é a função desse
elemento num poema lírico?
O elemento do mundo exterior funciona
como símbolo, como força que desencadeia a emoção do poeta, levando-o à
confissão.
03 – Na terceira estrofe,
qual é o objetivo do eu lírico?
Enfatizar a
impossibilidade de a estrela diminuir a solidão dele.
04 – De acordo com o texto,
qual o significado de luzir?
Emitir luz,
irradiar claridade, brilhar.
05 – Que elemento comum
caracteriza o eu lírico e a estrela? Que versos das duas primeiras estrofes
justificam a resposta?
A solidão. “Na
minha vida vazia” e “Era uma estrela sozinha”.
06 – Que características do
poesia demonstram a permanência de alguns elementos do Romantismo na poesia de
Bandeira?
O lirismo, o tom
confessional, o subjetivismo, a consciência da solidão, a melancolia.
07 – A beleza de um poema
não depende da quantidade de meios empregados: rimas ricas, vocabulário erudito
e pomposo, hipérbatos, raras figuras de linguagem, etc. Como Manuel Bandeira
demonstra isto em seu poema?
Usando um vocabulário simples, versos de
sete sílabas, quadras e repetições (anáfora).
08 – Que versos contêm um
paradoxo e reforçam a atmosfera melancólica do poema? Explique esse paradoxo.
Os dois últimos.
O paradoxo reside em “dar uma esperança triste”.
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