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segunda-feira, 3 de setembro de 2018

POESIA: A ESTRELA - MANUEL BANDEIRA - COM GABARITO

Poesia: A Estrela
          Manuel Bandeira

Vi uma estrela tão alta,
Vi uma estrela tão fria!
Vi uma estrela luzindo
Na minha vida vazia.

Era uma estrela tão alta!
Era uma estrela tão fria!
Era uma estrela sozinha
Luzindo no fim do dia.

Por que da sua distância
Para a minha companhia
Não baixava aquela estrela?
Por que tão alto luzia?

E ouvi-a na sombra funda
Responder que assim fazia
Para dar uma esperança
Mais triste ao fim do meu dia.

                              Manuel Bandeira. A estrela. In: Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro. José Aguilar. 1967. p. 300-1.
Entendendo a poesia:
01 – Que elemento do mundo exterior aparece com destaque na poesia?
      A estrela.

02 – Qual é a função desse elemento num poema lírico?
      O elemento do mundo exterior funciona como símbolo, como força que desencadeia a emoção do poeta, levando-o à confissão.

03 – Na terceira estrofe, qual é o objetivo do eu lírico?
      Enfatizar a impossibilidade de a estrela diminuir a solidão dele.

04 – De acordo com o texto, qual o significado de luzir?
      Emitir luz, irradiar claridade, brilhar.

05 – Que elemento comum caracteriza o eu lírico e a estrela? Que versos das duas primeiras estrofes justificam a resposta?
      A solidão. “Na minha vida vazia” e “Era uma estrela sozinha”.

06 – Que características do poesia demonstram a permanência de alguns elementos do Romantismo na poesia de Bandeira?
      O lirismo, o tom confessional, o subjetivismo, a consciência da solidão, a melancolia.

07 – A beleza de um poema não depende da quantidade de meios empregados: rimas ricas, vocabulário erudito e pomposo, hipérbatos, raras figuras de linguagem, etc. Como Manuel Bandeira demonstra isto em seu poema?
      Usando um vocabulário simples, versos de sete sílabas, quadras e repetições (anáfora).

08 – Que versos contêm um paradoxo e reforçam a atmosfera melancólica do poema? Explique esse paradoxo.
      Os dois últimos. O paradoxo reside em “dar uma esperança triste”.




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