TEXTO:
QUEM CONTROLA A TELINHA?
Aprenda a não extrapolar os limites com relação
à televisão em casa
O governo criou novas regras para classificar a programação
da telinha. A partir do conteúdo exibido, os programas serão recomendados a
idades e horários diferentes.
P. N. H., 9, já reparou nos símbolos que surgem na tela
indicando que um programa não é recomendado para menores de dez anos.
M. M., 11, diz que a classificação da TV é “legal”. “… Às vezes,
os pais não estão junto da gente e começa a passar um filme de terror. Se a
gente não souber direito o que é aquilo, pode ficar com medo.”
A garota costuma passar duas ou três horas na frente da TV, todos
os dias. “Gosto muito de ver televisão. Prefiro programas educativos, pois
aprendo e me divirto.”
Espiadinha
Já B. F., 12, é diferente. “Não me importo em ver violência. Até jogo
videogames violentos. Não é porque eu vejo violência que vou fazer igual. Tenho
uma cabeça boa”, afirma.
O estudante do 7o ano costuma ficar “ligado” na telinha até 23h
30min — horário considerado impróprio para gente da idade dele.
C. G., 10, vê TV ao lado da mãe, inclusive na hora do noticiário.
“Ela manda que eu feche os olhos quando passa algo muito forte.” V. S., 10, que
é noveleira, adora ver o cabelo e a roupa das artistas. Quando vai dormir, por
volta da meia-noite, dá uma espiadinha na sala.
J. P. S., 10, controla a curiosidade e gosta de conversar com os
pais sobre o que pode e o que não pode ver. “Quando meus colegas começaram a
falar do ‘Big Brother’ (TV Globo), vi o programa com minha mãe. A gente
percebeu que não aprendo nada com isso.”
Tem hora para tudo
Você tem hora para ir à escola, para praticar esportes, para fazer as
refeições. Para ver TV, você também segue regras. Afinal, programas diferentes
são indicados para idades diferentes.
“Todo brinquedo traz informações sobre conteúdo e danos que pode causar.
A classificação faz o mesmo com programas de TV”, diz José Elias Romão, do
Ministério da Justiça.
Ele explica que a classificação serve para evitar que as crianças sofram
com o conteúdo da TV. “Quando as emissoras mostram uma cena de forte violência,
muitas crianças podem ficar com medo. Com a classificação, a criança e a
família saberão se o conteúdo é adequado ou não para a idade dela”, detalha
Romão.
Mas nem todo mundo gostou da novidade.
“Quem tem de definir o que as crianças podem assistir ou não são os pais
e não o governo”, diz Daniel Slaviero, presidente da Abert (Associação
Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão).
Guilherme Canela, da Andi (Agência de Notícias dos Direitos da
Infância), lembra que a criança está em desenvolvimento e, por isso, deve ter
os seus direitos protegidos. “A classificação ajuda a família a escolher
programas com conteúdo interessantes e produtivos.”
GABRIELA ROMEU e DANIELA ARRAIS.
Folha de S. Paulo, São Paulo, 3 mar. 2007.
Folhinha. P. 4-5. (Texto adaptado).
Entendendo
o texto:
01 –
Sobre a reportagem “Quem controla a telinha?”, pode-se afirmar que:
A – ( ) todas as pessoas nela mencionadas são favoráveis à classificação dos
programas por idade.
B – ( ) todos os jovens e crianças, que falaram na reportagem,
obedecem à classificação criada pelo governo, quando vão escolher os seus
programas de televisão.
C – (X) segundo o presidente da Associação Brasileira de Emissoras de
Rádio e Televisão, cabe aos pais a seleção e escolha dos programas apropriados
aos filhos.
D – ( ) José Elias Romão, representante do Ministério da Justiça, discorda da
decisão do governo de classificar os programas televisivos por idade.
E – ( ) apenas os brinquedos devem ter indicação de idade apropriada para o seu
uso, a tevê dispensa esta necessidade de classificação, segundo as ideias
defendidas por José Elias Romão, do Ministério da Justiça.
02 – “O
governo criou novas regras / para classificar a programação da telinha.”
Pode-se estabelecer, entre as orações em destaque, uma respectiva relação de:
A – ( ) fato / causa.
B – (X) fato / finalidade.
C – ( ) fato / consequência.
D – ( ) fato / conclusão.
E – ( ) fato / opinião.
03 –
Leia o subtítulo abaixo: “Aprenda a não extrapolar os limites
com relação à televisão em casa.” O vocábulo grifado só não significa:
A – (X) ajustar.
B – ( ) exceder.
C – ( ) ultrapassar.
D – ( ) transpor.
E – ( ) superar.
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