Crônica: A ÁGUA NOSSA DE CADA DIA
Hoje de manhã, enquanto levava meu
filho para a escola, assisti a diversas cenas de desperdício. Rua após rua,
homens e mulheres usavam mangueiras para lavar calçadas e carros com jorros e
jorros de água potável.
Nos
primeiros casos cheguei a diminuir a velocidade do meu carro para sinalizar aos
dissipadores que não deveriam estar fazendo aquilo. Mas eles olhavam, sem
entender o que eu queria passar com os gestos... e continuavam com as torneiras
abertas.
Nos
casos seguintes, desisti.
Só olhava, desolado, toda aquela água
preciosa escorrendo pela calçada, pelas sarjetas...
Se voltar a percorrer o bairro nesta
bela manhã de abril provavelmente vou surpreender mais dissipadores em ação. Talvez
já lavando carros, mais pátios e calçadas. E vou, de novo, ficar triste com o
desperdício escancarado, explícito, irresponsável.
O que fazer para que nós, nossos filhos
e os filhos de nossos filhos tenham água de boa qualidade e em quantidade no
futuro?
Acho que, para começar, falar com as
crianças. Se os adultos dão lições de desperdício, as crianças podem, no tempo,
reverter o processo. Enquanto crianças, podem entender melhor a necessidade de
preservamos nossos recursos naturais. Água, inclusive.
Quando crescerem vão substituir os
adultos insensatos de hoje já com atitudes corretas no cuidado com o meio
ambiente.
Longe de mim a ideia de transformar
quem quer que seja em vigilante, patrulheiro, inspetor de recursos naturais.
Também seria insensato. Em alguns casos até perigoso. Tem gente que não aceita
críticas.
Mas se cada um de nós pudesse passar
aos filhos, às crianças, em geral, propostas, ideias e conselhos para buscarem
a economia, a racionalização do uso da água, teríamos um início de caminho já
sinalizado.
E enquanto crianças e jovens vão se
conscientizando, vamos pensando, num modo de chegarmos até os dissipadores
adultos com orientação e informações.
Pra começar, à volta da escola, já vou
falando sobre o assunto com meu filho.
De novo, porque lá em casa o assunto já
é velho e conhecido. Mas bons conselhos podem ser repetidos... e acumulados.
E cuidados com nossos recursos naturais
deveriam merecer até mesmo algum tipo de saudação. Assim, como dizemos bom dia,
boa noite, até logo, poderíamos começar a dizer: Salvou água, hoje? Apagou a
luz que não está usando? Salvou uma árvore? Pensou nas crianças que não têm
água para beber? ...
Pode parecer meio dramático. Mas antes
um dramático falado do que sentido.
Enquanto é tempo.
Disponível em: www.google.com.br.
Acesso em: 03 fev.
2015.
Entendendo a crônica:
A falta de
responsabilidade e consciência no uso da água potável.
02 – Pesquise e copie em seu
caderno o significado das seguintes palavras:
a) Dissipar – gastar perdulariamente, esbanjar, dilapiar.
a) Dissipar – gastar perdulariamente, esbanjar, dilapiar.
b) Escancarar – abrir-se de maneira ampla, aberto, exposto.
c) Explícito – que é claro, explicado sem ambiguidade.
d) Insensatez – falta de juízo, loucura, imprudência.
e) Racionalizar – tornar mais racional, coerente, reflexivo.
f) Desolado – ermo e triste, arrasado, arruinado.
g) Sarjeta – escoadouro para às águas das chuvas, beira do meio-fio das
calçadas, valeta.
h) Reverter – retroceder, regressar, dar ou tornar direção contrária.
i) Escassez – característica ou condição de escasso.
03 – Copie os períodos e
reescreva-os, substituindo as palavras ou expressões destacadas por sinônimos
presentes no texto.
a) Se não houver
melhor eficiência no
uso da água, em um futuro próximo a carência desse
líquido valioso será sentida e percebida abertamente aos nossos olhos.
Se não houver melhor eficácia no uso da água, em um futuro
próximo a falta desse líquido valioso será sentida e percebida
abertamente aos nossos olhos.
b) Os esbanjadores de água agem
como dementes e nos
deixam muito tristes com sua atitude irresponsável.
Os gastadores
de água agem como desmiolados e nos deixam muito tristes com sua atitude
irresponsável.
c) Á água que corre
pela valeta daquela
rua vem de uma casa em que a dona deixou a mangueira jorrando água e dedica-se a conversar com a vizinha.
A água que corre
pela pequena vala daquela rua vem de uma casa em que a dona deixou a
mangueira golfando água e dedica-se a conversar com a vizinha.
d) É preciso voltar a
situação, adotando políticas
públicas sérias que tratem do uso consciente e responsável da água.
É preciso voltar
a situação, perfilhada políticas públicas sérias que tratem do uso
consciente e responsável da água.
04 – Que elementos comprovam
que o texto “A ÀGUA NOSSA DE CADA DIA” é uma crônica? Comente.
Porque conta uma história verídica dos
fatos. “Hoje de manhã, enquanto levava meu filho para a escola, assisti a
diversas cenas de desperdício. Rua após rua, homens e mulheres usavam
mangueiras para lavar calçadas e carros com jorros e jorros de água potável.”
05 – Leia com atenção as
afirmativas abaixo e indique se são verdadeiras ou falsas.
( ) O narrador
do texto é um narrador-observador; não participa dos acontecimentos.
( ) O cronista
convoca a todos para tornarem-se patrulheiros da água.
( ) Os
dissipadores de água são os que mais a defendem e lutam por sua preservação.
(X) O narrador do
texto é um narrador-personagem; participa dos acontecimentos.
( ) O cronista
questiona o que pode ser feito para se resolver o grave problema da água.
06 – O que você faz ou pode
fazer para evitar o desperdício da água em seu dia-a-dia?
Resposta pessoal
do aluno.
07 – Assinale com um X o
significado da palavra em destaque em cada frases.
a)
... homens e mulheres usavam mangueira para
lavar calçada com jorros e jorros de água potável.
( ) barrenta
( ) contaminada
(X) própria para ser bebida
b)
Nos casos seguintes desistia: só olhava
desolado toda aquela água preciosa
escorrendo pela calçada.
(X) que tem muito
valor
( ) sem nenhum valor
( ) vitaminada
c)
Quando crescerem, as crianças vão substituir
esses adultos irresponsáveis.
( ) que agem corretamente.
( ) que sabem seguir as normas.
(X) que agem sem
pensar nas consequências.
d)
Se voltar a percorrer o bairro, vou surpreender mais pessoas que
desperdiçam água.
(X) deslocar,
transportar-se ao longo de.
( ) ato ou efeito de perder-se.
( ) ato de superar obstáculos.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMuito bom o texto aos prof passarem prós alunos eu só aluno e gostei MT do texto, fala a verdade q acontece no dia a dia
Excluir1-1
ExcluirMuito importante a questão da água muito top o blog para quem gosta do assunto obrigado por compartilhar essas relíquias com agente.
ResponderExcluirPor que o personagem quis sensibilizar primeiro as criancas?
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