Poema: Sete
provas e nenhum crime
Havia a mancha de sangue no jaleco
E nenhum corpo
Havia a cadeira de rodas vazia
E nenhum suspeito
Havia o olhar rútilo, o rosto crispado
E nenhum motivo
Havia o cheiro impregnado no corpo
E nenhuma digital
Havia o vírus, o bilhete, a arma branca
E nenhum delito
Havia em vão a confissão
E nenhum ilícito
Havia um gato emborcado na aquário
E peixe nenhum.
CHACAL, Boa Companhia: poesia. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
Entendendo o poema:
01 – A linguagem
poética procura evidenciar a mensagem de maneira criativa. Pensando nisso,
responda no caderno:
a)
Quais são as sete provas para o possível crime?
A mancha de sangue no jaleco; a
cadeira de rodas vazia; o olhar rútilo, o olhar crispado; o cheiro impregnado
no corpo; o vírus, o bilhete, a arma branca; a confissão; um gato embarcado no
aquário.
b) Qual é a palavra que, a cada vez
que se repete, indica uma situação em que há um acontecimento provocado por
algo que não se pode definir?
Havia
c) Escreva os sete indícios de que
não poderia ter acontecido crime nenhum.
Não havia corpo, suspeito, motivo,
digital, delito, nada ilícito e nenhum peixe.
d) Que palavra se repete para indicar
falta de evidências criminais?
Nenhuma
e) Complete a frase no caderno,
selecionando uma das duplas abaixo:
Os substantivos gato e peixe podem
fazer referência, respectivamente, a:
- policial e
investigador -
criminoso e vítima
- policial e
bandido
- cadáver e assassino
f) No
texto lido, a repetição de palavras e expressões tem a função de evidenciar a
mensagem do poema, a ideia principal. Em torno de qual figura de sintaxe está
organizado o poema?
Anáfora.
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