POEMA: DA
CIRCUNSTÂNCIA
Mário Quintana
Onde estão os meus verdes?
Os meus azuis?
O arranha-céu comeu!
E ainda falam nos mastodontes, nos brontossauros,
nos tiranossauros,
Que mais sei eu...
Os verdadeiros monstros, os Papões, são eles, os arranha céus!
Daqui
Do fundo
Das suas goelas
Só vemos o céu, estreitamente, através de suas empinadas
gargantas ressecas.
Para que lhes serviu beberem tanta luz?!
Defronte
Á janela onde trabalho
Há uma grande árvore...
Mas já estão gestando um monstro de permeio!
Sim, uma grande árvore...Enquanto há verde,
Pastai, pastai, os olhos meus...
Uma grande árvore muito verde...Ah,
Todos os meus olhares são de adeus
Como um último olhar de um condenado!
Os meus azuis?
O arranha-céu comeu!
E ainda falam nos mastodontes, nos brontossauros,
nos tiranossauros,
Que mais sei eu...
Os verdadeiros monstros, os Papões, são eles, os arranha céus!
Daqui
Do fundo
Das suas goelas
Só vemos o céu, estreitamente, através de suas empinadas
gargantas ressecas.
Para que lhes serviu beberem tanta luz?!
Defronte
Á janela onde trabalho
Há uma grande árvore...
Mas já estão gestando um monstro de permeio!
Sim, uma grande árvore...Enquanto há verde,
Pastai, pastai, os olhos meus...
Uma grande árvore muito verde...Ah,
Todos os meus olhares são de adeus
Como um último olhar de um condenado!
Mário Quintana.
Entendendo o poema:
01 – Quais sentimentos esse poema despertou em você?
Resposta pessoal do aluno.
02 – Por que são construídos tantos arranha-céus nas
cidades?
Questão de espaço. Porque eles fornecem uma alta proporção por espaço
locável de áreas de terra.
03 – Na comparação com
mastodontes e outros gigantescos monstros extintos, os arranha-céus mostram-se
mais cruéis. Copie o trecho o verso que comprova essa afirmativa:
Os verdadeiros
monstros, os Papões, são eles, os arranha céus!
04 – O eu lírico confessa
que, do lugar onde se acha, ainda resta uma possibilidade de observar o verde.
Que "monstro" está sendo gestado entre ele e o verde? Diante disso, o
que ele aconselha a seus próprios olhos?
O monstro é um arranha-céus. Ele
aconselha que enquanto há verde, pastai, pastai.
05 – Entre as inúmeras
entidades do folclore, o poeta decidiu associar o arranha-céu ao Bicho-Papão,
criando uma prosopopeia. Por que ele teria escolhido essa figura do
folclore?
O bicho-papão é uma figura fictícia
mundialmente conhecida e assustadora pelo seu tamanho, pois é um monstro obeso,
feio e peludo e assusta crianças desobedientes.
06 – Os três primeiros
versos do texto fazem menção a uma brincadeira de infância.
Assinale a alternativa que
apresenta a brincadeira a que se faz menção nos três primeiros versos:
a) “Dedo mindinho, seu vizinho, fura bolo e
mata piolho...”.
b) “Boi, boi, boi, boi da cara preta...”.
c) “Se essa rua, se essa rua fosse minha, eu mandava, eu
mandava ladrilhar...”.
d) “Adoleta, puxa o rabo do tatu, quem saiu foi tu...”
e) “Plantei um pé de alface, a chuva quebrou o galho...”
07 – “E ainda falam nos
mastodontes, nos brontossauros, nos tiranossauros.” O autor estabelece uma
comparação entre os mastodontes, brontossauros e tiranossauros com os arranha-céus,
pois:
a) São animais em extinção, assim como os arranha-céus.
b) Mastodontes,
brontossauros e tiranossauros eram animais grandes que causavam medo, assim
como os arranha-céus.
c) Auxiliavam no cuidado à
natureza, assim como os arranha-céus auxiliam.
d) São considerados feios, assim como os arranha-céus.
e) Da mesma forma que os
arranha-céus, eles faziam mal à natureza.
08 – Observe: “Só vimos o
céu, estreitamente, através de suas empinadas gargantas ressecas/ Para que lhes serviu beberem
tanta luz?”
O termo sublinhado traz um sentido de:
a) Condição
b) Finalidade
c) Causa
d) Consequência
e) Proporção
09 – Quanto ao que se infere de “gargantas ressecas”:
a) O autor utiliza o
vocábulo garganta, já que os arranha-céus parecem uma boca.
b) O autor utiliza
o vocábulo ressecas para se referir ao fato de os arranha-céus serem
construídos por concreto.
c) O autor utiliza o vocábulo gargantas ressecas, pois há
muito tempo não chove.
d) O autor utiliza o
vocábulo gargantas ressecas para representar suas súplicas.
e) Ressecas se refere ao
fato de que os arranha-céus são construídos por madeira maciça.
10 – “...suas empinadas
gargantas ressecas...”. O pronome “suas”
se refere:
a) Aos arranha-céus
b) Aos mastodontes, tiranossauros e brontossauros.
c) À garganta
d) Às goelas
e) À ressecas
11 – Marque a alternativa
correta quanto ao que se compreende de “Mas já estão gestando um monstro de
permeio!”:
a) Tentarão salvar a árvore a qualquer custo.
b) Arrancarão a árvore, pois ela é o verdadeiro monstro.
c) Já estão
construindo um arranha-céu e logo, logo retirarão a árvore.
d) O monstro não é nem a
árvore nem os arranha-céus, e sim, os mastodontes, os brontossauros e
tiranossauros.
e) Os mastodontes,
brontossauros e tiranossauros comeram a árvore.
12 – Observe as seguintes frases:
I – Era uma festa belíssima.
II – Bruno é tão inteligente quanto à irmã.
III – A viagem foi maravilhosa.
Quanto aos elementos destacados podemos afirmar que:
a) Somente I é adjetivo.
b) I e II são adjetivos.
c) I e III são adjetivos.
d) Somente II é adjetivo.
e) II e III são adjetivos.
13 – Assinale a opção que apresenta erro na conjugação
verbal:
a) Coloque tudo o que couber na bolsa. (Caber)
b) Amanhã ele proverá a casa de mantimentos. (Prover)
c) Se ele não se contiver terá problemas. (Conter)
d) Se faz bom tempo, iremos à praia. (Fazer)
e) É provável que nos vejamos mais tarde. (Ver)