quinta-feira, 22 de abril de 2021

CRÔNICA: DA ARTE DE COMER MELÂNCIA - FLÁVIO JOSÉ CARDOZO - COM GABARITO

 CRÔNICA: DA ARTE DE COMER MELÂNCIA

                                   Flávio José Cardozo

      Fico chocado quando vejo alguém comer melancia de qualquer jeito.  Ainda ontem presenciei esta desgraça:  o sujeito colocou a pobre fruta de pé, deu-lhe um talho de alto a baixo, pegou as duas metades e partiu-as também ao meio, deixando na mesa, numa poça d’água, um triste conjunto de quatro pedaços que foram sendo grosseiramente escavados.  Nada da poesia que o evento pede. Uma coisa feia, mal-acabada.

           Meu pai, sim, era um artista na arte de se comer melancia.

O requinte dele já começava na compra, em que fazia todo um  investimento  de  boa  paciência.  Aproximava-se da carroça, avaliava o conjunto, rolava umas e outras, depois de algum tempo é que  elegia a  que  mais  o impressionou.  Para já levar?  Não, claro que  não.  Para examinar, com cuidado.  Eram, se bem me lembro, uns três testes. Primeiro, o dos piparotes. Com   o   indicador, ele   dava   na   barriga   da   melancia   alguns piparotes que produziam um som que lhe traduzia, aos seus  ouvidos experimentados, o grau de madureza a que a fruta havia chegado. Depois, agarrava-a entre as mãos, elevava-a à altura do ouvido   e   aplicava-lhe   um   forte   aperto:   o   estalo   resultante reforçava o diagnóstico dos piparotes.  Por fim, determinava ao  vendedor  que  abrisse  na  melancia  uma  janelinha.  O homem trazia  na  ponta  da  faca  uma  fração  de  rubra  polpa, que  meu  pai olhava com astúcia. Só então é que os dois falavam em preço. Se a parte comercial chegasse a bom termo, tínhamos melancia.

          Mas a melancia não entrava logo na faca.  Era do ritual deixá-la se refrescando um pouco num tanque d’água (não havia geladeira), para perder os calores acumulados  na  viagem  da carroça. Até que, por fim, chegava o momento.

          O modo de  meu  pai  partir  a  melancia  era,  penso  eu, o mais lógico e usual entre as pessoas de sentimento e bom senso. Só   que   ele   fazia   tudo   com   muita  compenetração,   como se estivesse  desmanchando  um  relógio  de  ouro.  Deitava a fruta, cortava-lhe uma ponta, cortava outra e, com precisão máxima, rasgava-a em talhadas  regulares,  iguais  entre  si  em  largura  e profundidade.   Arrematava   a   cirurgia   com   um   soquinho    que afrouxava  as  talhadas,  a  primeira  das  quais  entregava,  gentil,  a Dona Isaura. Depois é que autorizava o nosso ataque.

E sabíamos bem:  ninguém  podia  tocar  no  miolo,  o  miolo  ficava  para  o  fim.

Não  entendo  como  é que  alguém  pode  partir  uma  melancia  sem dar tal ênfase ao miolo. De barriga já fazendo bico, íamos sempre ao miolo como ao momento central da festa.

           A melancia, senhores, é uma fruta frívola, mais água   que substância. Muito dos prazeres dela está mesmo é no visual e foi muito   bom ter aprendido a comê-la também com os olhos.          Sinceramente, fico    até    triste    quando    vejo    por        certas barbaridades.

Flávio José Cardozo

 (Do livro Beco da lamparina, Florianópolis, Diário Catarinense / Lunardelli, 1987)                       

ENTENDENDO A CRÔNICA

1)   Na crônica, como o autor descreve a forma do pai cortar a fruta?

         Descreve-o como um artista na arte de se comer melancia.

2)   Qual é o assunto da crônica?

O assunto da crônica é o ritual que envolve a degustação da melancia.

3)   É através do modo como um pai prepara o alimento para o seu filho que podemos observar o laço de carinho e afeto entre os dois seres. Justifique com um trecho da crônica.

         Não  entendo  como  é que  alguém  pode  partir  uma  melancia  sem dar tal ênfase ao miolo. De barriga já fazendo bico, íamos sempre ao miolo como ao momento central da festa.”

4)   Que tipo de linguagem predomina no texto?

A linguagem predominante é a formal, o que pode ser observado pela ausência de gírias e expressões da oralidade.

5)   A crônica é descritiva, por quê?

Porque a crônica descreve o ritual praticado por uma família para saborear uma melancia, desde a apreciação e análise do produto, passando pela negociação para a compra e o acondicionamento até chegar à degustação da fruta.

 

domingo, 18 de abril de 2021

POEMA: O BOI ZEBU E AS FORMIGAS - PATATIVA DO ASSARÊ - COM GABARITO

 Poema: O boi zebu e as formigas

              Patativa do Assarê


Um boi zebu certa vez
Moiadinho de suó,
Querem saber o que ele fez
Temendo o calor do só
Entendeu de demorá
E uns minuto cuchilá
Na sombra de um juazêro
Que havia dentro da mata
E firmou as quatro pata
Em riba de um formiguêro.

Já se sabe que a formiga
Cumpre a sua obrigação,
Uma com outra não briga
Veve em perfeita união
Paciente trabaiando
Suas foia carregando
Um grande inzempro revela
Naquele seu vai e vem
E não mexe com mais ninguém
Se ninguém mexe com ela.

Por isso com a chegada
Daquele grande animá
Todas ficaro zangada,
Começou a se açanhá
E foro se reunindo
Nas pernas do boi subindo,
Constantemente a subi,
Mas tão devagá andava
Que no começo não dava
Pra de nada senti.

Mas porém como a formiga
Em todo canto se soca,
Dos casco até a barriga
Começou a frivioca
E no corpo se espaiado
O zebu foi se zangando
E os cascos no chão batia
Ma porém não miorava,
Quanto mais coice ele dava
Mais formiga aparecia.

Com essa formigaria
Tudo picando sem dó,
O lombo do boi ardia
Mais do que na luz do só
E ele zangado as patada,
Mais força incorporava,
O zebu não tava bem,
Quando ele matava cem,
Chegava mais de quinhenta.

Com a feição de guerrêra
Uma formiga animada
Gritou para as companhêra:
Vamo minhas camarada
Acaba com os capricho
Deste ignorante bicho
Com a nossa força comum
Defendendo o formiguêro
Nos somos muitos miêro
E este zebu é só um.

Tanta formiga chegou
Que a terra ali ficou cheia
Formiga de toda cô
Preta, amarela e vermêa
No boi zebu se espaiando
Cutucando e pinicando
Aqui e ali tinha um moio
E ele com grande fadiga
Pruquê já tinha formiga
Até por dentro dos óio.

Com o lombo todo ardendo
Daquele grande aperreio
zebu saiu correndo
Fungando e berrando feio
E as formiga inocente
Mostraro pra toda gente
Esta lição de morá
Contra a farta de respeito
Cada um tem seu direito
Até nas leis da natura.

As formiga a defendê
Sua casa, o formiguêro,
Botando o boi pra corrê
Da sombra do juazêro,
Mostraro nessa lição
Quanto pode a união;
Neste meu poema novo
O boi zebu qué dizê
Que é os mandão do podê,
E as formiga é o povo.

ASSARÊ, Patativa do. Ispinho e Fulô. São Paulo: Hedra, 2011.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 6º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição- 2018. p. 217-219.

Fonte da imagem - https://www.google.com/url?sa=i&url=http%3A%2F%2Fwww.supercoloring.com%2Fpt%2Fdesenhos-para-colorir%2Fzebu&psig=AOvVaw3dWX5Q2T9vxjXmgRWiQakS&ust=1618851664531000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCLDzyqel7-8CFQAAAAAdAAAAABAD


Entendendo o poema:

01 – Os poemas de cordel apresentam narrativas de histórias em versos. Sobre o poema de cordel “O boi zebu e as formigas”, responda:

a)   Que história é narrada nesse poema?

A história do boi que foi se refrescar na sombra de uma árvore de juazeiro e pisou num formigueiro.

b)   Quem são seus personagens?

O boi zebu e as centenas de formigas.

c)   Segundo o poema, quem esses personagens representam na vida real?

Segundo o poema, as formigas são o povo e o boi zebu são os que mandam no poder.

02 – O poema “O boi zebu e as formigas” apresenta uma lição ou moral. Seus personagens são animais cujas ações são comparadas às ações humanas. Responda:

a)   A que outro gênero de texto esse poema de cordel pode fazer referência indireta?

As fábulas.

b)   Qual é a lição apresentada pelo poema de cordel?

Embora o inimigo ou opositor pareça ser mais forte, a união de todos pode derrota-lo e tomar o poder.

c)   Que sentimentos humanos e valores podem ser comparados com os dos personagens do poema?

Os sentimentos e valores da formiga são o de respeito, união, senso de direito e luta pelo seu espaço. Os sentimentos do boi zebu são de raiva, considerando que poderia derrotar as formigas com força bruta.

03 – Leia atentamente o quadro a seguir.

Literatura de Cordel

        Literatura de Cordel é uma manifestação literária tradicional da cultura popular brasileira, mais precisamente do interior nordestino.

        Os locais onde ela tem grande destaque são os estados de Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Pará, Rio Grande do Norte e Ceará.

No Brasil, a literatura de Cordel adquiriu força no século XIX, sobretudo entre 1930 e 1960. Muitos escritores foram influenciados por este estilo, dos quais se destacam: João Cabral de Melo Neto, Ariano Suassuna e Guimarães Rosa, dentre outros. [...]

        Sua forma mais habitual de apresentação são os “folhetos”, pequenos livros com capas de xilogravura que ficam pendurados em barbantes ou cordas, e daí surge seu nome.

        A literatura de cordel é considerada um gênero literário geralmente feito em versos. Ela se afasta dos cânones na medida em que incorpora uma linguagem e temas populares.

        Além disso, essa manifestação recorre a outros meios de divulgação, e nalguns casos, os próprios autores são os divulgadores de seus poemas.

        Em relação à linguagem e o conteúdo, a literatura de cordel tem como principais características:

·        Linguagem coloquial (informal);

·        Uso de humor, ironia e sarcasmo;

·        Temas diversos: folclore brasileiro, religiosos, profanos, políticos, episódios históricos, realidade social, etc.;

·        Presença de rimas, métrica e oralidade.

DIANA, Daniela. Literatura de Cordel. Toda Matéria, 18 jun. 2018. Disponível em: http://bit.ly/2xTLEYY. Acesso em: 27 set. 2018.

Responda:

a)   O poema “O boi zebu e as formigas” foi publicado em folheto ou em livro?

Foi publicado em um livro.

b)   Em sua opinião, o poema de cordel publicado em livro perde sua característica essencial ou não? Explique.

Resposta pessoal do aluno.

c)   O tema tratado no poema é popular? Explique.

No poema, o tema também é popular, porque se trata das relações do povo com aqueles que mandam no poder, numa discussão compreensível pelas pessoas em geral.

d)   Há rimas no poema? Como são organizadas as estrofes?

No poema há rimas. São organizadas em oito estrofes têm dez versos e uma estrofe tem nove versos.

04 – No poema há palavras que caracterizam o modo de falar de determinada região brasileira (variedade regional)? Transcreva exemplos.

      No poema, o poeta representa o modo de falar do sertanejo, usando uma variedade linguística regional. Isso se evidencia pelas palavras: moiadinho, suó, cuchilá, juazêro, riba, formiguêro, trabaiando, veve, inzempro, entre outras.

05 – No poema, é possível verificar efeito de humor, sarcasmo ou ironia? Explique.

      No poema pode-se inferir sarcasmo, humor e ironia, principalmente porque zomba do boi forte e imponente que é atacado por formigas pequenas e frágeis e que foge delas. Depois, compara essa situação com a relação entre o povo e aqueles que estão no poder.

     

 

 

POEMA: A HISTÓRIA DA LITERATURA DE CORDEL(FRAGMENTO) - ABDIAS CAMPOS - COM GABARITO

 Poema: A HISTÓRIA DA LITERATURA DE CORDEL

            Abdias Campos

[...]

Para lhes deixar a par
Sobre esta literatura
Que é a mais popular
E ainda hoje perdura
Vamos direto ao começo
Donde vem esta cultura

Sua primeira feitura
Na Europa aconteceu
Tipógrafos do anonimato
Botaram o folheto seu
Pra ser vendido na feira
E assim se sucedeu

Foi Portugal que lhe deu
Este nome de cordel
Por ser vendido na feira
Em cordões a pleno céu
Histórias comuns, romances
Produzidos a granel

O cordel introduzido
No Brasil foi gradual
Maior parte dos folhetos
Como patrimônio oral
Ingressou principalmente
Como histórias de Sarau

Foi no Nordeste o local
Que lhe brasileirizou
Nos serões familiares
Dos sertões aonde chegou
Levando alegria ao povo
Pela voz do cantador

Conduzia o rumor
De histórias da redondeza
Noticiadas em versos
Dadas com toda clareza
A uma população
Que se tornava freguesa

Dos peregrinos romeiros
Da mocinha apaixonada
Dos ciganos que viviam
A procura de estrada
Dos sinais vindos do céu
Anunciando a invernada

Sempre em versão cantada
Assim o Cordel viveu
Antes de 1900
Primeira edição se deu
Se lá para cá permanece
Mantendo o legado seu.

[...]

CAMPOS, Abdias. Folheto de cordel. Recife, 2005.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 6º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição- 2018. p. 214-216.

Entendendo o poema:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        A granel: solto, sem embalagem, em partes.

·        Anonimato: sem indicação de autoria ou nome.

·        Feitura: o que é feito ou realizado.

·        Gradual: aos poucos.

·        Perdurar: permanecer por muito tempo.

02 – De que se trata esse poema de cordel?

      O poema fala sobre a história da literatura de cordel.

03 – Releia os seguintes versos:

Para lhes deixar a par
Sobre esta literatura
Que é a mais popular
E ainda hoje perdura
Vamos direto ao começo
Donde vem esta cultura.”

Responda:

a)   Qual é o significado da palavra popular nesses versos? Pesquise em um dicionário impresso ou na internet.

Pertencente e acessível ao povo.

b)   Por que será que o poema afirma que essa literatura é “a mais popular”?

Porque é uma literatura que se origina, no Brasil, das histórias de tradição oral, popularizadas e divulgadas em folhetos vendidos em feiras, de forma acessível às pessoas.

c)   Em sua opinião, por que a literatura de cordel perdura até os dias atuais?

Resposta pessoal do aluno.

04 – Nos versos da segunda estrofe da parte reproduzida do poema, é apresentada a origem da literatura de cordel. Responda:

a)   De onde a literatura de cordel se originou?

Segundo o poema, teve origem na Europa.

b)   O que significa a palavra tipógrafo nesses versos? Pesquise em um dicionário impresso ou na internet.

Aquele que cria e compõe a impressão de textos no papel.

c)   Quem eram os autores dos textos? Onde eram comercializados?

Os textos eram anônimos, ou seja, sem identificação de autoria (o que imprimia o caráter popular a essa literatura) e eram comercializados na feira.

d)   A origem dessa literatura é escrita ou oral? Transcreva um verso que justifique sua resposta.

Na Europa, pelo texto, a origem é escrita. Essa informação pode ser comprovada pelo verso: “Tipógrafos do anonimato”.

05 – De acordo com o poema, foi em Portugal que essa manifestação cultural recebeu o nome de “literatura de cordel”. Responda:

a)   Por que recebeu esse nome?

Porque os folhetos eram vendidos na feira, pendurados em cordões suspensos.

b)   O que significa a expressão a granel nesse contexto?

Romances vendidos em partes, por meio de folhetos.

c)   Que gêneros de texto eram produzidos e vendidos nesses folhetos a granel?

Histórias comuns e partes de romances.

06 – Releia a seguinte estrofe:

O cordel introduzido
No Brasil foi gradual
Maior parte dos folhetos
Como patrimônio oral
Ingressou principalmente
Como histórias de Sarau.”

a)   A origem da literatura de cordel no Brasil foi escrita ou oral? Que expressão justifica sua resposta?

Segundo o poema, a origem é oral, pois os folhetos se originaram das histórias contadas pelo povo. A expressão que justifica a resposta é “patrimônio oral”.

b)   O que seria o nosso patrimônio oral?

As histórias tradicionais de cultura oral, transmitidas de geração e geração.

c)   O que significa a palavra sarau nesse contexto? Pesquise em um dicionário impresso ou na internet.

Reunião festiva na qual as pessoas realizam manifestações artísticas como: cantar, dançar, recitar poemas, contar causos, realizar leituras dramatizadas de trechos de Livros, de contos e crônicas, entre outras.

d)   Por que será que a literatura de cordel em folhetos foi introduzida no Brasil de forma gradual?

A literatura de cordel, impressa em folhetos, veio de Portugal e se incorporou à tradição literária brasileira por meio das histórias de tradição oral, transmitidas de geração a geração. Foi introduzida de forma gradual pois precisou se adaptar às manifestações culturais brasileiras.

07 – A literatura de cordel se popularizou no Nordeste brasileiro e é internacionalmente conhecida como tradição popular dessa região. De acordo com o poema, responda:

a)   Que histórias eram cantadas em formato de cordel na região Nordeste?

Todo tipo de histórias, como verdadeiras e lendas.

b)   Pesquise, na internet, por que o cordel é cantada e não recitado.

Porque antes dos poemas serem impressos em folhetos, eram cantados e essa tradição permaneceu.

c)   Essa manifestação literária, em sua origem no Nordeste, era especifica de uma classe social? Explique.

De acordo com o poema, os textos eram cantados em qualquer lugar e apreciados por pessoas de qualquer classe social, como está explicitado nos versos: “Desde as casas de riqueza / Nas varandas das fazendas / Até os dias de feira.”

08 – Leia, no quadro a seguir, alguns conjuntos de palavras que rimam no poema de cordel que você leu:

        Perdura/cultura – cordel/céu – oral/sarau.

        Algumas rimas do poema de cordel são formadas por palavras que, colocadas juntas, produzem efeitos de sentido que colaboram para a compreensão geral do texto.

        Identifique a alternativa que explica os efeitos de sentido produzidos pela escolha dessas palavras para formarem a rima:

·        O efeito de sentido produzido por esses pares de palavras nas rimas é o de contraste, ou seja, elas são de naturezas totalmente opostas.

·        O efeito de sentido produzido é o de sinonímia, porque as palavras que rimam são pares de sinônimos.

·        O efeito produzido é o de complementaridade, pois essas palavras, ao rimarem, se complementam em seu sentido como: “perdura a cultura”; “cordel lá no céu”; “sarau é oral”.




 

 







CARTAZ: ÀGUA, ME DÁ UM BALDE AÍ - TELA BR - COM GABARITO

 Cartaz: Água, me dá um balde aí




                TELA BR, 4° Concurso Brasil em Cartaz. Disponível em: http://bit.ly/2xKY6uR. Acesso em: 27 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 6º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição- 2018. p. 190.

Entendendo o cartaz:

01 – Qual é o objetivo desse cartaz?

      O cartaz tem por objetivo promover o concurso de um filme de curta-metragem com o tema: “Água, me dá um balde aí”.

02 – Para que leitor específico o cartaz está direcionado?

      Para estudantes e interessados em audiovisual em todo o Brasil.

03 – Releia a frase principal do cartaz. Em seguida, transcreva as palavras acentuadas:

        “Água, me dá um balde aí”.

      Água – dá – aí.

04 – Que palavra acentuada no cartaz apresenta hiato?

      Aí (a - í).

05 – Que mudança de sentido ocorrerá se essa palavra não for acentuada?

      A palavra que contém hiato, “aí”, expressa uma circunstância de lugar. Sem o acento, tem-se outra palavra, outro significado e sentido: “aí” (palavra monossílaba), que expressa dor, tristeza e lamento.

06 – As palavras a seguir apresentam hiatos e algumas delas devem ser acentuadas. Quais são essas palavras?

   Bainha – egoista – sauva – saude – rainha – Paraiba – moinho.

      Egoísta – saúva – saúde – Paraíba.

       





CAMPANHA: "ECONOMIZE ÁGUA, CADA GOTA CONTA!" PREFEITURA MUNICIPAL NOVA ERA - MG - COM GABARITO

 Campanha: Economize água, CADA GOTA CONTA!”


Por: Institucional

Publicado em 02/03/2017 16:01


        Apesar do nível dos reservatórios de água ter voltado a subir, a quantidade prevista de chuva para os próximos dias é pequena, portanto a economia deve ser constante.

        Ou seja, já está mais do que na hora de usarmos a água de forma consciente. E pequenas mudanças na sua rotina podem fazer toda a diferença.

        Para especialistas um dos caminhos mais conscientes na economia de água, é o chamado reuso, por exemplo, a água utilizada no enxague da máquina de lavar, pode ser reutilizada na descarga. Outra atitude necessária é o aproveitamento da água da chuva.

        Outro ponto fundamental é observar nosso consumo de produtos que utilizam muita água em sua cadeia produtiva.

PREFEITURA Municipal de Nova Era, Minas Gerais, 2017 – 2020. Campanha Economize água, cada gota conta! Disponível em: http://bit.ly/2NH7Pwl. Acesso em: 27 set. 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 6º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição- 2018. p. 184-5.

Entendendo a campanha:

01 – De quem você acha que é a responsabilidade pelo uso da água?

      Resposta pessoal do aluno.

02 – Como você e sua família podem fazer o uso consciente da água em sua casa?

      Resposta pessoal do aluno.

03 – Como você e seus colegas podem fazer o uso consciente da água em sua escola?

      Resposta pessoal do aluno.

04 – O título da campanha, conforme informações do hiperlink, é “Economize água, cada gota conta!”. Responda:

a)   Que sentidos podem ser atribuídos à palavra conta nesse contexto?

“Conta” pode ter o sentido de “ser relevante” e, também, relacionada à fatura de água ou conta de água.

b)   Que relação é possível estabelecer entre o título da campanha e a imagem da torneira na parte superior do folder? Explique.

A ideia de que cada gota é importante é reiterada na imagem, pois no interior da gota há a imagem do planeta. Nesse sentido, a campanha procura mostrar que qualquer ação que diminua o consumo de água é relevante.

05 – Observe todos os elementos visuais e verbais do folder.

a)   Qual a relação entre a ilustração e a orientação para economizar água?

Cada ilustração demonstra a ação que deve ser realizada para evitar o desperdício de água.

b)   De que forma a articulação entre os recursos visuais e verbais pode ser mais compreensível e acessível às pessoas?

Como se trata de uma campanha voltada para todas as pessoas, as ilustrações têm a função de apoio às informações fornecidas para a economia de água.

c)   Nas orientações, há frases como “pesa no bolso”, “economiza água e dinheiro”. Por que o autor da campanha se utiliza desses argumentos? Explique.

Para persuadir as pessoas que não se importam, inicialmente, com argumentos de que pode faltar água a alguém ou de que pode contribuir com o uso sustentável. O argumento da economia de dinheiro pode persuadir bem mais pessoas a economizar água, porque atinge, igualmente, a todos.

06 – Explique a relação entre as ações a seguir e a economia de água, com base nas informações construídas durante o capítulo.

a)   Tome banhos rápidos.

O chuveiro é parte da casa que possibilita a vazão de quantidade significativa de água. O banho prolongado ocasiona desperdício de água e de energia elétrica.

b)   Não jogue lixo no vaso sanitário.

Jogar lixo no vaso sanitário tem como consequência o uso de mais água para descer a sujeira; além disso, pode entupir a rede de esgoto de sua casa ou da rua.

c)   Lave o carro com um pano úmido e um balde.

Para lavar o carro, procure não usar nenhum tipo de mangueira, pois desperdiça muita água.

d)   Lave a louça de maneira correta: encha a pia para ensaboar e esfregar pratos e talheres e enxágue depois.

Essa ação ajuda a economizar água porque a pessoa abre a torneira apenas uma vez. Abrir a torneira várias vezes, mesmo que por pouco tempo, gasta mais água.

e)   Molhe as plantas com um regador.

O regador molha as plantas com a quantidade exata de água, diferentemente da mangueira.

f)    Descongele carnes na parte de baixo da geladeira.

Muitas pessoas usam a torneira aberta, correndo água em cima de carnes, para descongelar. Isso ocasiona gasto muito alto de água. Colocar as carnes na parte de baixo, com antecedência descongela sem gastar água e é bem mais saudável.

g)   Limpe a calçada com vassoura e balde.

Para lavar a calçada, também se usam vassoura e balde. Deve-se evitar empurrar a sujeira com água.

h)   Evite o uso da mangueira.

Qualquer tipo de mangueira ocasiona desperdício, pois propicia escoamento muito rápido de água.

i)     Conserte qualquer vazamento de água.

Qualquer vazamento, mesmo que pequeno, pode ocasionar grande desperdício de água.

j)     Use bacia e escova vegetal para lavar frutas e legumes.

Essa ação possibilita economizar água, porque a torneira não fica aberta durante a lavagem. A água usada pode ser reaproveitada nos regadores.

k)   Usar máquinas de lavar louça e roupas totalmente cheias.

Além de economizar água, é possível usar a água da máquina de lavar para lavar o quintal e jogar no banheiro.

07 – Numa situação de crise hídrica, uma das medidas é o racionamento de água, que consiste na diminuição do consumo e na redução de abastecimento de água.

a)   Além das dicas apresentadas no folder da campanha, quais outras ações você acha que podem ser feitas para reduzir o consumo de água?

Resposta pessoal do aluno.

b)   Essas dicas devem ser usadas apenas em situação de racionamento de água? Explique.

Não, pois a água é um bem coletivo e deve ser economizada, para que todos possam ter acesso a ela.

08 – Em sua opinião, quais são os benefícios sociais, ambientais e econômicos que o uso consciente da água pode trazer à sociedade?

      Resposta pessoal do aluno.