ARTIGO DE OPINIÃO: Liberdade de escolha: o preço que se paga
A liberdade de poder
fazer as nossas próprias escolhas é algo que só conseguimos perceber
depois que perdemos. Muitas vezes é possível recuperar essa liberdade. Outras vezes essa liberdade é reduzida, ou até mesmo, perdida
pelo resto dos dias terrenos.
Poder escolher quando, o que, onde. Ser livre, independente. Essa liberdade tem
seu preço: as consequências das escolhas feitas. E talvez seja isso que gere a dúvida na hora de
escolher. Será que estou fazendo a escolha certa?
Será que não seria melhor aquela outra opção?

Ter receio é normal. E a apreensão aumenta quando
começamos a pensar que essa primeira escolha afeta e/ou vai influenciar as
escolhas seguintes. Todas as
escolhas terão seu preço a pagar. E será cobrado, não tenha dúvida.
Estamos fazendo escolhas
o tempo inteiro. Escolhas que
vão mudar o curso de nossas
vidas, outras que não farão grande
diferença. Algumas com preços baixos. Outras com preços tão altos, que podem custar a liberdade de continuar
escolhendo.
Muitas
pessoas fazem escolhas muito importantes como se estivessem decidindo qual
roupa vão sair para um bar encontrar com os amigos, simplesmente porque desconsideram o preço que terão que
pagar pela escolha feita.
Quando alguém dirige o
carro depois de beber pode
estar pensando em ser parado na blitz. Eu penso em uma possível paraplegia
resultado de um acidente que poderia ter sido evitado se estivesse sóbrio.
(Trágico né? Eu sei. Seja um devoto de São Murphy e entenderá.)
Duas certezas em relação às escolhas: –
O preço será cobrado. – “Não nos é permitido saber como seria.” Quando,
desistir da escolha feita, não é uma opção, não adianta fantasiar com o “como
teria sido se…”.
Se
comprometer com a opção escolhida, se concentrar nela, ajuda a pagar o preço
cobrado. Eu gosto de dizer que tudo tem seu lado bom e ruim. Sendo assim, será
impossível conseguir decidir por um caminho que só terá coisas boas ou só
coisas ruins. O negócio é pegar aquele caminho que parece ser o melhor (e, às
vezes, eu sei que é triste, o menos pior) e ir em frente.
Às vezes, só descobrimos que o preço a
pagar por uma escolha era diferente daquele que estávamos esperando, quando a
decisão já foi tomada. Mas como os benefícios costumam surpreender também, a
coisa acaba se equilibrando.
É complicado não usar das muletas nesses momentos de indecisão. Mas pior que decidir errado é não se decidir. Ficar parado esperando que alguém decida por nós. Por: Eduardo Elias
Entendendo o texto
01-Marque
(V) para
efeitos de sentidos pertinentes ao texto-discurso e (F) para argumentos não
pertinentes:
a-( V ) Percebe-se o discurso de que toda escolha feita
possui alguma consequência;
b-( V )
Percebe-se o discurso de que a liberdade reside no ato de poder fazer escolhas;
c-( F
) Percebe-se o discurso de que fazer escolhas não gera dúvidas na hora
de escolher;
d-( F ) Percebe-se
o discurso de que o preço das escolhas não será cobrado;
e-( V ) Percebe-se o discurso de que se
fazem escolhas o tempo todo;
f-( F
) Percebe-se o discurso de que toda escolha possui um preço alto a
pagar;
g-( V ) Percebe-se
o discurso de que algumas escolhas possuem um preço alto a pagar, já outras
escolhas podem ter preços baixos;
h-( F ) Percebe-se
o discurso de que algumas escolhas possuem um preço tão alto a pagar que a
pessoa não pode mais sequer escolher, são os casos em que uma escolha na vida
tem como consequência a morte;
i-( V ) Percebe-se
o discurso exemplificativo de que uma escolha, como dirigir bêbado, pode ter um
preço baixo a pagar, mas também pode ser o fim de quem fez essa escolha;
j-( F ) Percebe-se o discurso de que é
possível prever todos os resultados de nossas escolhas;
k-( V ) Percebe-se o discurso de que não é
possível prever o resultado das nossas escolhas;
l-( V ) Percebe-se o discurso de que não é
possível desistir de algumas escolhas;
m-( V ) Percebe-se o discurso de que as
escolhas podem ter consequências boas ou ruins;
n-( V ) Percebe-se
o discurso de que às vezes só é possível escolher entre o pior e o menos pior;
o-( F ) Percebe-se
o discurso de que é possível não se decidir e que esse é o melhor caminho;
p-( V ) Percebe-se
um discurso de incentivo para que o leitor faça sempre suas escolhas;
02-Qual
a tese central do texto-discurso?
a- mostrar que não somos livres;
b- mostrar que toda escolha possui
consequências;
c- mostrar os perigos de se fazer escolhas;
d- conceituar o que é liberdade
03-O
texto-discurso foi escrito predominantemente na forma:
a- narrativa;
b- poética;
c- dissertativa-argumentativa;
d- injuntiva
Significa
que a inação e a procrastinação são piores do que tomar uma decisão, mesmo que
ela seja errada. É preferível escolher um caminho, mesmo que ele não seja o
ideal, a não fazer nada.
05-Ao
usar o argumento “Quando alguém dirige o
carro depois de beber pode estar pensando em ser parado na blitz. Eu penso em
uma possível paraplegia resultado de um acidente que poderia ter sido evitado
se estivesse sóbrio.”, o autor está:
a- exemplificando porque não se deve refletir
antes de fazer uma escolha;
b- exemplificando porque se deve refletir
antes de fazer uma escolha;
c- mostrando que os resultados das escolhas são
previsíveis;
Refere-se às duas certezas absolutas
sobre as escolhas: o fato de que elas terão consequências e a
impossibilidade de saber como seria a vida se tivéssemos feito uma escolha
diferente.
07-No argumento “Eu gosto de dizer que tudo tem seu lado bom e ruim.”, a quem
se refere o pronome sublinhado?
Refere-se
a qualquer situação, escolha ou acontecimento.
08-No argumento “O preço será cobrado”, o verbo grifado é conjugação de qual verbo em
sua forma infinitiva dicionarizada?
- SER (verbo no infinitivo)
09-No
argumento “A liberdade de poder fazer as nossas próprias escolhas
é algo que só conseguimos perceber depois
que perdemos.”,
a palavra grifada sugere:
a- tempo anterior à perda;
b- tempo posterior à perda;
c-
tempo concomitante à perda
10-No argumento “Outras vezes essa liberdade é reduzida, ou até mesmo, perdida pelo resto dos dias terrenos.”, a
palavra grifada sugere:
a-
tempo
em que pode vir acontecer a liberdade;
b-
lugar onde pode vir acontecer a liberdade;
c- alternativa do que pode vir acontecer com a liberdade
11-No argumento “Todas as escolhas terão seu preço a pagar. E será cobrado, não tenha dúvida.”, a conjunção grifada
serve para:
a-
explicar a ideia anterior;
b- adicionar nova informação;
c-
concluir a ideia anterior
12-No argumento “Outras com preços tão
altos, que podem custar a liberdade de continuar escolhendo.”, a palavra
grifada proporciona:
a- intensidade da altura do preço a ser pago;
b-
comparação da altura do preço a ser pago;
c-
momento do preço a ser pago.
13-No argumento “Muitas pessoas fazem escolhas muito importantes como se estivessem decidindo qual roupa vão sair para um bar
encontrar com os amigos...”, a palavra grifada está realizando uma:
a-
adição;
b- comparação;
c- intensificação;
d-
conclusão.
14-No argumento “Quando alguém dirige o carro depois de beber pode
estar pensando em ser parado na blitz.”, a palavra grifada indica:
a- o
lugar da ação;
b- a
causa da ação;
c- a finalidade da ação;
d- o
momento da ação.
15-No argumento “Eu gosto de dizer que tudo tem seu lado bom e ruim. Sendo assim, será impossível
conseguir decidir por um caminho que só terá coisas boas ou só coisas ruins.”,
a palavra grifada sugere:
a-
explicação da ideia anterior;
b-
conclusão
da ideia anterior;
c-
adversidade
da ideia anterior.
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