quarta-feira, 27 de maio de 2020

MÚSICA(ATIVIDADES): PERFUME DE FLOR - RASTACLONE - COM GABARITO

Música(Atividades): Perfume De Flor
                                                    Rastaclone

Perfume de flor, invadiu a minha janela
Só lembrei de você, minha vida minha rosa mais bela

Que no meu coração sua flor se fez jardim
Que a natureza trouxe no presente pra mim (bis)

O Perfume de Flor, só sinto quando fico com ela
É tão bom viver, só vivo quando vivo por ela
Olhando o oceano, um arco-íris no fim
Só penso em você aqui bem perto de mim
Eu olho o oceano, um arco-íris no fim
Só penso em vc aqui bem perto de mim

Perfume de flor, só sinto quando fico com ela
É tão bom viver, só vivo quando vivo por ela

                                        Composição: Bob Reggae

Entendendo a canção:

01 – Marque a alternativa correta. A canção aborda:
a)   O perfume de modo similar, figurativo e subjetivo.
b)   A ideia de que há perfumes adequados e peculiares.
c)   A categorização dos perfumes femininos e naturais
d)   A importância de sentir diferentes aromas de flores.
e)   A beleza das flores de forma idêntica, literal e objetiva.

02 – Qual o cenário em que começa a história?
      Uma janela.

03 – Que tema é abordado na canção?
      Fala da saudade que o eu lírico sente de sua amada.

04 – O eu lírico é feminino ou masculino? Explique extraindo um verso ou uma palavra da canção que comprove sua resposta.
      Masculino. “O Perfume de Flor, só sinto quando fico com ela”.

05 – Que verso da canção expressa mais claramente o entusiasmo e paixão do eu lírico pela pessoa amada?
      “É tão bom viver, só vivo quando vivo por ela”.

06 – De que forma se apresentam os efeitos sonoros na canção?
      Apresentam no final dos versos, em forma de rima.

07 – As repartições utilizadas favorecem a construção da canção?
      Tais repetições são a base para os efeitos da musicalidade ou eufonia.


CONTO: UMA GALINHA - CLARICE LISPECTOR - COM GABARITO

Conto: Uma Galinha
           
              Clarice Lispector

      Era uma galinha de domingo. Ainda viva porque não passava de nove horas da manhã.
    Parecia calma. Desde sábado encolhera-se num canto da cozinha. Não olhava para ninguém, ninguém olhava para ela. Mesmo quando a escolheram, apalpando sua intimidade com indiferença, não souberam dizer se era gorda ou magra. Nunca se adivinharia nela um anseio.
        Foi, pois uma surpresa quando a viram abrir as asas de curto voo, inchar o peito e, em dois ou três lances, alcançar a murada do terraço. Um instante ainda vacilou — o tempo da cozinheira dar um grito — e em breve estava no terraço do vizinho, de onde, em outro voo desajeitado, alcançou um telhado. Lá ficou em adorno deslocado, hesitando ora num, ora noutro pé. A família foi chamada com urgência e consternada viu o almoço junto de uma chaminé. O dono da casa, lembrando-se da dupla necessidade de fazer esporadicamente algum esporte e de almoçar, vestiu radiante um calção de banho e resolveu seguir o itinerário da galinha: em pulos cautelosos alcançou o telhado onde está, hesitante e trêmula, escolhia com urgência outro rumo. A perseguição tornou-se mais intensa.
        De telhado a telhado foi percorrido mais de um quarteirão da rua. Pouco afeita a uma luta mais selvagem pela vida, a galinha tinha que decidir por si mesma os caminhos a tomar, sem nenhum auxílio de sua raça. O rapaz, porém, era um caçador adormecido. E por mais ínfima que fosse a presa o grito de conquista havia soado.
        Sozinha no mundo, sem pai nem mãe, ela corria, arfava, muda, concentrada. Às vezes, na fuga, pairava ofegante num beirai de telhado e enquanto o rapaz galgava outros com dificuldade tinha tempo de se refazer por um momento. E então parecia tão livre.
        Estúpida, tímida e livre. Não vitoriosa como seria um galo em fuga.
        Que é que havia nas suas vísceras que fazia dela um ser? A galinha é um ser. É verdade que não se poderia contar com ela para nada. Nem ela própria contava consigo, como o galo crê na sua crista. Sua única vantagem é que havia tantas galinhas que morrendo uma surgiria no mesmo instante outra tão igual como se fora a mesma.
        Afinal, numa das vezes em que parou para gozar sua fuga, o rapaz alcançou-a. Entre gritos e penas, ela foi presa. Em seguida carregada em triunfo por uma asa através das telhas e pousada no chão da cozinha com certa violência. Ainda tonta, sacudiu-se um pouco, em cacarejos roucos e indecisos.
        Foi então que aconteceu. De pura afobação a galinha pôs um ovo. Surpreendida, exausta. Talvez fosse prematuro. Mas logo depois, nascida que fora para a maternidade, parecia uma velha mãe habituada. Sentou-se sobre o ovo e assim ficou, respirando, abotoando e desabotoando os olhos.
        Seu coração, tão pequeno num prato, solevava e abaixava as penas, enchendo de tepidez àquilo que nunca passaria de um ovo. Só a menina estava perto e assistiu a tudo estarrecida. Mal, porém conseguiu desvencilhar-se do acontecimento, despregou-se do chão e saiu aos gritos:— Mamãe, mamãe, não mate mais a galinha, ela pôs um ovo! Ela quer o nosso bem!
        Todos correram de novo à cozinha e rodearam mudos a jovem parturiente. Esquentando seu filho, esta não era nem suave, nem arisca, nem alegre, nem triste, não era nada, era uma galinha. O que não sugeria nenhum sentimento especial. O pai, a mãe e a filha olhavam já há algum tempo, sem propriamente um pensamento qualquer. Nunca ninguém acariciou uma cabeça de galinha. O pai afinal decidiu-se com certa brusquidão:
        — Se você mandar matar esta galinha nunca mais comerei galinha na minha vida!
        — Eu também! jurou a menina com ardor. A mãe, cansada, deu de ombros.
        Inconsciente da vida que lhe fora entregue, a galinha passou a morar com a família. A menina, de volta do colégio, jogava a pasta longe sem interromper a corrida para a cozinha. O pai de vez em quando ainda se lembrava: "E dizer que a obriguei a correr naquele estado!" A galinha tornara-se a rainha da casa. Todos, menos ela, o sabiam. Continuou entre a cozinha e o terraço dos fundos, usando suas duas capacidades: a de apatia e a do sobressalto.
        Mas quando todos estavam quietos na casa e pareciam tê-la esquecido, enchia-se de uma pequena coragem, resquícios da grande fuga — e circulava pelo ladrilho, o corpo avançando atrás da cabeça, pausado como num campo, embora a pequena cabeça a traísse: mexendo – se rápida e vibrátil, com o velho susto de sua espécie já mecanizado.
        Uma vez ou outra, sempre mais raramente, lembrava de novo a galinha que se recortara contra o ar à beira do telhado, prestes a anunciar.
        Nesses momentos enchia os pulmões com o ar impuro da cozinha e, se fosse dado às fêmeas cantar, ela não cantaria, mas ficaria muito mais contente.
        Embora nem nesses instantes a expressão de sua vazia cabeça se alterasse. Na fuga, no descanso, quando deu à luz ou bicando milho — era uma cabeça de galinha, a mesma que fora desenhada no começo dos séculos.
        Até que um dia mataram-na, comeram-na e passaram-se os anos.

Fonte: https:// arquivos.gconcursos.com/prova/arquivo.prova/47449/itame-2015-camara-municipal-de-inhumas-go-arquivista-prova-pdf. Acesso: 06 abr. 2020.
Interpretando e analisando o conto:
01 – Assinale a alternativa correta. “A galinha tornara-se a rainha da casa”.
a)   Por ter tido coragem para fugir da morte;
b)   Por cantar como um galo todas as manhãs;
c)   Por ter botado um ovo, começado a chocá-lo e comovido a todos.
d)   Por ter cabeça de galinha, a mesma que fora desenhada no começo dos séculos.

02 – Se em “Mesmo que ela cante baixinho, fará sucesso” o trecho em negrito fosse substituído por “Mesmo que ela cantasse baixinho”, a continuação correta seria:
a)   Faz sucesso.
b)   Fez sucesso.
c)   Fará sucesso.
d)   Faria sucesso.

03 – Assinale a alternativa em que contém discurso direto:
a)   Era uma galinha de domingo. Ainda viva porque não passava de nove horas da manhã. Parecia calma.
b)   Mal porém conseguiu desvencilhar-se do acontecimento, despregou-se do chão e saiu aos gritos: – Mamãe, mamãe, não mate mais a galinha, ela pôs um ovo! Ela quer o nosso bem!
c)   Uma vez ou outra, sempre mais raramente, lembrava de novo a galinha que se recortara contra o ar a beira do telhado, prestes a anunciar.
d)   Afinal, numa das vezes em que parou para gozar sua fuga, o rapaz alcançou-a. Entre gritos e penas, ela foi presa.

04 – Em todos os trechos citados do texto há adjetivo, exceto em:
a)   [...] não souberam dizer se era gorda ou magra.
b)   Sozinha no mundo, sem pai nem mãe, ela corria, arfava, muda, concentrada.
c)   Até que um dia mataram-na, comeram-na e passaram-se os anos.
d)   [...] hesitante e trêmula, escolhia com urgência outro rumo.

05 – Assinale a alternativa correta no que se refere ao uso da vírgula – “O rapaz, porém, era um caçador adormecido”.
a)   Para isolar o vocativo.
b)   Para isolar o aposto.
c)   Para separar conjunções.
d)   Para separar adjuntos adverbiais deslocados.

06 – Por que, afinal, a família desistiu de comer a galinha? E por que, tempos depois, eles decidem comê-la?
      Exemplo de hipóteses interpretativas: A família desistiu de comer a galinha porque percebeu que ela era agora necessária para dar vida ao ovo que ela chocava. Depois eles decidem comê-la porque ela não está mais chocando ovo nenhum.   
  
07 – Às vezes, a narrativa do conto oscila entre a humanização e animalização da galinha. Cite trechos do texto que comprovam essa afirmativa.
      Parecia calma. Desde sábado encolhera-se num canto da cozinha. Não olhava para ninguém, ninguém olhava para ela. Mesmo quando a escolheram, apalpando sua intimidade com indiferença, não souberam dizer se era gorda ou magra. Nunca se adivinharia nela um anseio.

08 – Percebe-se, no conto, que o narrador(a) faz uma projeção da galinha para uma mulher / mãe que gostaria muito de não ter o sentido de sua vida reduzido à maternidade. Não quer (ou não ousa) cantar como o galo (ou cantar de galo), mas ficaria feliz em saber que pode. Qual a relação da projeção feita pelo narrador(a) com as mulheres anuais? Justifique sua resposta.
      As mulheres, atualmente, não gostam de ver suas vidas reduzidas à maternidade. Muitas mulheres amam o papel da maternidade, mas a maioria delas desejam ser vistas, não apenas como mães, mas como pessoas independentes, capazes, boas profissionais, etc.

09 – Qual é a(s) personagens principal do conto?
      A galinha.

10 – Em que tempo e em que lugar se passa essa narrativa? Justifique sua resposta.
      Tempo psicológico – Terceira pessoa. Era uma galinha de domingo. Ainda viva porque não passava de nove horas da manhã. Parecia calma. Desde sábado encolhera-se num canto da cozinha.
      Na casa da família – na murada do terraço, no terraço do vizinho – Foi pois uma surpresa quando a viram abrir as asas de curto voo, inchar o peito e, em dois ou três lances, alcançar a murada do terraço. Um instante ainda vacilou – o tempo da cozinheira dar um grito – e em breve estava no terraço do vizinho, de onde, em outro voo desajeitado, alcançou um telhado. Lá ficou em adorno deslocado, hesitando ora num, ora noutro pé.

11 – Que tipo de narrador está presente nesta narrativa? Justifique sua resposta.
      Narrador observador.

12 – Faça um resumo desse conto em, no máximo, cinco linhas, contando com suas próprias palavras o que você leu.
      Resposta pessoal do aluno.      


CRÔNICA: O DIAMANTE - LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO - COM GABARITO


Crônica: O DIAMANTE  

                 Luís Fernando Veríssimo

       Um dia, Maria chegou em casa da escola muito triste.
        -- O que foi? – Perguntou a mãe de Maria.
        Mas Maria nem quis conversa. Foi direto para o seu quarto, pegou o seu Snoopy e se atirou na cama, onde ficou deitada, emburrada.
        A mãe de Maria foi ver se Maria estava com febre. Não estava.
        Perguntou se Maria estava sentindo alguma coisa. Não estava.
        Perguntou se estava com fome. Não estava. Perguntou o que era, então.
        -- Nada – disse Maria.
        A mãe resolveu não insistir. Deixou Maria deitada na cama, abraçada com o seu Snoopy, emburrada. Quando o pai de Maria chegou em casa do trabalho, a mãe de Maria avisou:
        -- Melhor nem falar com ela.
        Maria estava com cara de poucos amigos. Pior. Estava com cara de amigo nenhum.
        Na mesa do jantar, Maria de repente falou:
        -- Eu não valo nada.
        O pai de Maria disse:
        -- Em primeiro lugar, não se diz "Eu não valo nada". É "Eu não valho nada". Em segundo lugar, não é verdade. Você valhe muito.
        Quer dizer: vale muito.
        -- Não valho.
        -- Mas o que é isso? – Disse a mãe de Maria. – Você é a nossa filha querida. Todos gostam de você. A mamãe, o papai, a vovó, os tios, as tias. Para nós, você é uma preciosidade.
        Mas Maria não se convenceu. Disse que era igual a mil outras pessoas. A milhões de outras pessoas.
        -- Só na minha aula tem sete Marias!
        -- Querida... – Começou a dizer a mãe. Mas o pai interrompeu.
        -- Maria – disse o pai –, você sabe porque um diamante vale tanto dinheiro?
        -- Porque é bonito.
        -- Porque é raro. Um pedaço de vidro também é bonito. Mas o vidro se encontra em toda parte. Um diamante é difícil de encontrar. Quanto mais rara é uma coisa, mais ela vale. Você sabe porque o ouro vale tanto?
        -- Por quê?
        -- Porque tem pouquíssimo ouro no mundo. Se o ouro fosse como areia, a gente ia caminhar no ouro, ia rolar no ouro, depois ia chegar em casa e lavar o ouro do corpo para não ficar suja. Agora, imagina se em todo o mundo só existisse uma pepita de ouro.
        -- Ia ser a coisa mais valiosa do mundo.
        -- Pois é. E em todo o mundo só existe uma Maria.
        -- Só na minha aula são sete.
        -- Mas são outras Marias.
        -- São iguais a mim. Dois olhos, um nariz...
        -- Mas esta pintinha aqui nenhuma delas tem.
        -- É...
        -- Você já se deu conta de que em todo o mundo só existe uma você?
        -- Mas, papai...
        -- Só uma. Você é uma raridade. Podem existir outras parecidas. Mas você, você mesma, só existe uma. Se algum dia aparecer outra você na sua frente, você pode dizer: é falsa.
        -- Então eu sou a coisa mais valiosa do mundo.
        -- Olha, você deve estar valendo aí uns três trilhões...
        Naquela noite a mãe de Maria passou perto do quarto dela e ouviu Maria falando com o Snoopy:
        -- Sabe um diamante...
                                           Luís Fernando Veríssimo
Entendendo a crônica:

01 – Maria chegou em casa triste.
a)   O que ela fez que comprova essa afirmação?
Ela chegou da escola e não quis conversar com sua mãe indo direto para seu quarto.

b)   Qual o motivo da tristeza de Maria?
Disse que não valia nada, e que era igual a mil outras pessoas.

02 – Como os pais de Maria tentaram ajuda-la?
      Dizendo que ela era uma filha querida, que todos a amavam. A mamãe, o papai, a vovó, os tios, as tias.

03 – Por que os pais de Maria usaram a comparação da menina com o diamante?
      Para mostra-la que era única e especial; que era uma raridade.

04 – Por que Maria achava que não valia nada?
      Porque só na sala de aula dela tinha sete Marias.

05 – Escreva nos parêntese que personagem do texto disse a afirmação:
·        “... Para nós você, é uma preciosidade”. (A mãe).
·        “... Quanto mais rara é uma coisa, mais ela vale”. (O pai).
·        “Você já se deu conta que em todo mundo só existe uma você?” (O pai).
·        “Então eu sou a coisa mais valiosa do mundo”. (A Maria).

Gramática

01 – Que substantivos foram usados pelo pai, na conversa com Maria, para que a menina compreendesse o seu valor:
(   ) Bonito, precioso.
(   ) Raro, ouro.
(X) Diamante, único.
(   ) Ouro, diamante.
(   ) Valioso, único.

02 – Classifique os substantivos em:
(A) Substantivo simples.
(B) Substantivo composto.

(A) Diamante.
(A) Escola.
(B) Guarda-roupa.
(B) Arroz-doce.
(B) Couve-flor.
(A) Vidro.

03 – Reescreva as frases abaixo colocando as palavras grifadas no diminutivo:
a)   O cão brincou com a bola e a menina achou uma graça.
O cãozinho brincou com a bolinha e a menina achou uma gracinha.

b)   A mãe comprou o presente para a filha.
A mãezinha comprou o presente para a filhinha.

04 – Transforme as palavras abaixo em adjetivos utilizando os sufixos oso, osa:
a)   Delícia: deliciosa.
b)   Cheiro: cheirosa.
c)   Coragem: corajosa.
d)   Cuidado: cuidadoso.
e)   Atenção: atencioso.

05 – Escreva os adjetivos pátrios correspondentes a cada país:
a)   França: francês.
b)   Argentina: argentino.
c)   Chile: chileno.
d)   Brasil: brasileiro.
e)   Portugal: português.

domingo, 24 de maio de 2020

MÚSICA(ATIVIDADES): A CIDADE - CHICO SCIENCE & NAÇÃO ZUMBI - COM QUESTÕES GABARITADAS

Música(Atividades): A Cidade

                                   Chico Science &  Nação Zumbi

O sol nasce e ilumina
As pedras evoluídas
Que cresceram com a força
De pedreiros suicidas
Cavaleiros circulam
Vigiando as pessoas
Não importa se são ruins
Nem importa se são boas

E a cidade se apresenta
Centro das ambições
Para mendigos ou ricos
E outras armações
Coletivos, automóveis,
Motos e metrôs
Trabalhadores, patrões,
Policiais, camelôs

A cidade não pára
A cidade só cresce
O de cima sobe
E o de baixo desce
A cidade não pára
A cidade só cresce
O de cima sobe
E o de baixo desce

A cidade se encontra
Prostituída
Por aqueles que a usaram
Em busca de uma saída
Ilusora de pessoas
De outros lugares,
A cidade e sua fama
Vai além dos mares

E no meio da esperteza
Internacional
A cidade até que não está tão mal
E a situação sempre mais ou menos
Sempre uns com mais e outros com menos

A cidade não pára
A cidade só cresce
O de cima sobe
E o de baixo desce
A cidade não pára
A cidade só cresce
O de cima sobe
E o de baixo desce

Eu vou fazer uma embolada,
Um samba, um maracatu
Tudo bem envenenado
Bom pra mim e bom pra tu
Pra gente sair da lama e enfrentar os urubus

Num dia de sol, recife acordou
Com a mesma fedentina do dia anterior.
                                                    Composição: Chico Science.
Entendendo a canção:

01 – A canção protesta contra as diferenças de classes sociais. O verso que reforça essa ideia é:
a)   “A cidade até que não está tão mal”.
b)   “Eu vou fazer uma embolada”.
c)   “Sempre uns com mais e outros com menos”.
d)   “Bom pra mim e bom pra tu”.
e)   “Num dia de sol, Recife acordou”.

02 – Em que verso localiza o lugar de onde se fala?
      “Num dia de sol, Recife acordou”.

03 – No verso: “Eu vou fazer uma embolada”. Refere-se a quê?
      Refere-se a arte de cantar e rimar, em duplas, rapidamente.

04 – Por que a letra desta canção é considerada um texto literário?
      Porque tem caráter artístico, explora a linguagem conotativa ou poética e que, geralmente, têm o objetivo de emocionar o leitor.

05 – Que temas são abordados na canção?
      Há uma grandiosidade de repertório, percorrem temas como cidadania, direito das famílias, combate à corrupção, exclusão social, etc.

06 – A exclusão social tratada na canção, como é gerada?
      É gerada pelo sistema urbano (cidade), marcante na divisão desigual os espaços urbanos.

07 – Na canção os valores democráticos são exaltados, pois estão contidos onde?
      Estão contidos na cultura popular.

08 – A competição pelo solo urbano, tem gerado efeitos sociais muitos fortes. Quais?
      A expansão das favelas que contribui para uma segregação cada vez maior. Desta forma, a exclusão do acesso a habitações dignas compromete direitos básicos dos cidadãos, os quais deveriam ser respeitados promovidos por todos.