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segunda-feira, 13 de maio de 2024

POESIA: CARTA AOS PUROS - VINÍCIUS DE MORAES - COM GABARITO

 Poesia: “Carta aos Puros"

              (Vinicius de Moraes)

Ó vós, homens sem sol, que vos dizeis os Puros
E em cujos olhos queima um lento fogo frio
Vós de nervos de nylon e de músculos duros
Capazes de não rir durante anos a fio.

Ó vós, homens sem sal, em cujos corpos tensos
Corre um sangue incolor, da cor alva dos lírios
Vós que almejais na carne o estigma dos martírios
E desejais ser fuzilados sem o lenço.

Ó vós, homens iluminados a néon
Seres extraordinariamente rarefeitos
Vós que vos bem-amais e vos julgais perfeitos
E vos ciliciais à ideia do que é bom.

Ó vós, a quem os bons amam chamar de os Puros
E vos julgais os portadores da verdade
Quando nada mais sois, à luz da realidade,
Que os súcubos dos sentimentos mais escuros.

Ó vós que só viveis nos vórtices da morte
E vos enclausurais no instinto que vos ceva
Vós que vedes na luz o antônimo da treva
E acreditais que o amor é o túmulo do forte.

Ó vós que pedis pouco à vida que dá muito
E erigis a esperança em bandeira aguerrida
Sem saber que a esperança é um simples dom da vida
E tanto mais porque é um dom público e gratuito.

Ó vós que vos negais à escuridão dos bares
Onde o homem que ama oculta o seu segredo
Vós que viveis a mastigar os maxilares
E temeis a mulher e a noite, e dormis cedo.

Ó vós, os curiais; ó vós, os ressentidos
Que tudo equacionais em termos de conflito
E não sabeis pedir sem ter recurso ao grito
E não sabeis vencer se não houver vencidos.

Ó vós que vos comprais com a esmola feita aos pobres
Que vos dão Deus de graça em troca de alguns restos
E maiusculizais os sentimentos nobres
E gostais de dizer que sois homens honestos.

Ó vós, falsos Catões, chichisbéus de mulheres
Que só articulais para emitir conceitos
E pensais que o credor tem todos os direitos
E o pobre devedor tem todos os deveres.

Ó vós que desprezais a mulher e o poeta
Em nome de vossa vã sabedoria
Vós que tudo comeis mas viveis de dieta
E achais que o bem do alheio é a melhor iguaria.

Ó vós, homens da sigla; ó vós, homens da cifra
Falsos chimangos, calabares, sinecuros
Tende cuidado porque a Esfinge vos decifra...
E eis que é chegada a vez dos verdadeiros puros.

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3KaTaj_U3eKVGvxfUFm7k6TUyvwkdJRGxZopeRwD6L3xPlmhuJORxhREjxorFcJqQNQvENw7NwEbIF84xpXJ1WgKgdIHH6Tqh2gJ59VhBlWnADVQIoQHwnHTqtKSxyWjxEuLvWixBD4m6C4Nzk6jUKLi64YkLNXYVdqXsGBywwBbRR49c4UWsyPt5-uc/s1600/HOMENS.jpg 


Entendendo o texto

01. Quem é o eu lírico da poesia "Carta aos Puros" de Vinicius de Moraes?

a) Um observador crítico.

b) Um homem sem sal.

c) Um ser iluminado a néon.

d) Um súcubo dos sentimentos mais escuros.

02. Como o eu lírico descreve os homens aos quais se refere na poesia?

a) Como homens de músculos duros e sangue colorido.

b) Como homens raros e perfeitos.

c) Como homens sem sol, sem sal e iluminados a néon.

d) Como homens corajosos e altruístas.

03. Qual é o sentimento principal expressado pelo eu lírico em relação aos "Puros"?

a) Admiração.

b) Desprezo.

c) Indiferença.

d) Solidariedade.

04. Segundo o eu lírico, como os homens descritos na poesia se veem?

a) Como portadores da verdade.

b) Como homens fracos e insignificantes.

c) Como portadores de sentimentos escuros.

d) Como homens iluminados pela esperança.

05. Qual é a crítica central do eu lírico em relação aos "Puros"?

a) Sua falta de ambição.

b) Sua tendência ao conflito e à violência.

c) Sua falsa virtude e autoengano.

d) Sua incapacidade de amar.

06. Qual é a analogia utilizada pelo eu lírico para descrever a relação dos "Puros" com a esperança?

a) Como uma bandeira aguerrida.

b) Como um túmulo do forte.

c) Como um dom público e gratuito.

d) Como um antônimo da treva.

07. Como os "Puros" são caracterizados em relação à escuridão dos bares e ao amor?

a) Eles se revelam nas sombras, mas temem o amor.

b) Eles se escondem da escuridão e temem o amor.

c) Eles desfrutam da escuridão dos bares e desprezam o amor.

d) Eles evitam a escuridão e enxergam o amor como uma fraqueza.

08. Qual é a crítica do eu lírico em relação ao comportamento dos "Puros" diante dos sentimentos nobres?

a) Eles maiusculizam os sentimentos nobres.

b) Eles menosprezam os sentimentos nobres.

c) Eles ignoram os sentimentos nobres.

d) Eles distorcem os sentimentos nobres.

09. O que o eu lírico sugere sobre a visão dos "Puros" em relação aos pobres e aos sentimentos nobres?

a) Eles desvalorizam os pobres e os sentimentos nobres.

b) Eles valorizam os pobres, mas menosprezam os sentimentos nobres.

c) Eles oferecem esmolas aos pobres em troca de virtude.

d) Eles desprezam os pobres, mas valorizam os sentimentos nobres.

10. Qual é a advertência final do eu lírico aos "Puros"?

a) Eles devem cuidar-se porque estão sendo vigiados pela Esfinge.

b) Eles devem buscar a verdadeira pureza.

c) Eles devem aceitar sua imperfeição.

         d) Eles devem abandonar suas ideias preconcebidas. 

sexta-feira, 8 de julho de 2022

MÚSICA(ATIVIDADES): A FELICIDADE - VINÍCIUS DE MORAES/ANTÔNIO CARLOS JOBIM - COM GABARITO

 Música(Atividades): A FELICIDADE

                 Vinicius de Moraes, Antônio Carlos Jobim

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranquila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor

A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
Pra tudo se acabar na quarta-feira

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar

A minha felicidade está sonhando
Nos olhos da minha namorada
É como esta noite, passando, passando
Em busca da madrugada
Falem baixo, por favor
Pra que ela acorde alegre com o dia
Oferecendo beijos de amor.

                            MORAES, Vinícius de. Disponível em: http://www.viniciusdemoraes.com.br. Acesso em: 3 fev. 2015.

Fonte: Livro Língua Portuguesa – Singular & Plural – 7° ano – Laura de Figueiredo – 2ª edição. São Paulo, 2015 – Moderna. p. 113-115.

Entendendo a música:

01 – O que você entendeu do texto? Do que a “voz que fala” está tratando?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: A voz fala sobre como entender a felicidade.

02 – No texto, a felicidade é comparada a quê?

      É comparada à gota de orvalho (1ª estrofe), à ilusão do carnaval; à pluma (3ª estrofe); e também a “esta noite” que passa em busca da madrugada.

03 – Há presença de rimas, na canção?

      Sim, apresenta a rima como recurso. Não há um esquema regular, em cada estrofe temos esquemas diferentes.

04 – Quanto ao uso de linguagem figurada que produz novos sentidos.

      Sim, usa a linguagem figurada: o texto faz uso de metáforas e comparações.

05 – Depois de ter conversado sobre alguns aspecto do texto, você diria que o texto é poético? Por quê?

      Sim. Porque o texto trabalha com o jogo de palavras, além da presença de rimas e organização em versos. Tratando-se de um texto poético.

06 – Você saberia dizer qual é a diferença entre a letra da canção e um poema? Justifique sua resposta.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: É difícil dizer, porque muitas vezes foi escrito próprio para a música e outra vez foi feito como poema, podendo ser transformado em música.

 

domingo, 12 de setembro de 2021

POEMA: O POETA APRENDIZ - VINICIUS DE MORAES - COM GABARITO

 Poema: O Poeta Aprendiz

             Vinicius de Moraes

Ele era um menino
Valente e caprino
Um pequeno infante
Sadio e grimpante
Anos tinha dez
E asas nos pés
Com chumbo e bodoque
Era plic e ploc
O olhar verde gaio
Parecia um raio
Para tangerina
Pião ou menina
Seu corpo moreno
Vivia correndo
Pulava no escuro
Não importa que muro
Saltava de anjo
Melhor que marmanjo
E dava o mergulho
Sem fazer barulho
Em bola de meia
Jogando de meia-direita ou de ponta
Passava da conta
De tanto driblar.

[...]

MORAES, Vinícius de. Livro de Letras. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 6º ano – Ensino Fundamental – IBEP 4ª Edição São Paulo 2015 p. 50-1.

Entendendo o poema:

01 – Leia os versos a seguir e preste atenção na palavra “caprino”:

        “Ele era um menino / Valente e caprino.”

a)   Leia agora a definição do dicionário para “caprino”.

Ca.pri.no s.m.pl. 1 nome genérico para cabras e bodes, ovelhas e carneiros, considerados como espécie; ovinos: É criador de caprinos. Adj. 2 relativo a cabra ou bode: carne caprina.

 CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário escolar da língua portuguesa. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2013.

b)   O que fazia o menino para ser qualificado como “caprino”?

O menino vivia saltitando, pulando por todos os lados, brincando e correndo “sem parar”.

02 – Que outras características, além de caprino, são dadas ao menino no poema?

      O menino era valente, sadio e grimpante, tinha dez anos, parecia um raio, era moreno, vivia correndo e pulando.

03 – As expressões “asas nos pés” e “saltava de anjo” ressaltam que característica do menino?

      Sua agilidade.

04 – A descrição feita no poema leva o leitor a formar uma imagem do menino. Qual é ela?

      A maior parte das características expostas no texto traça o perfil de uma criança esperta, ativa.

05 – Releia: O olhar verde gaio
                     Parecia um raio
                     Para tangerina
                     Pião ou menina.”

Explique a comparação entre “olhar” e “raio” feita no poema.

      A comparação sugere que o olhar do menino tem o mesmo brilho, a mesma força, a mesma “rapidez” que um raio. O termo “verde-gaio” caracteriza o olhar do garoto como esperto, alegre e, neste caso, representa o próprio menino.

06 – Localize no poema as palavras que correspondem aos brinquedos e às brincadeiras do menino e transcreva-as.

      As palavras e expressões são: “bodoque”, “plic e ploc”, “pião”, “correndo”, “saltava”, “bola de meia”, “jogando” e “driblar”.

·        Que versos destacam a habilidade do menino com brinquedos?

“Era plic e ploc” / “E dava o mergulho / Sem fazer barulho / Em bola de meia / Jogando de meia-direita ou de ponta”.

07 – Copie o trecho do poema de que você mais gostou. Justifique sua escolha.

      Resposta pessoal do aluno.

08 – Escreva no caderno uma justificativa para o título do poema.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Para o garoto, a vida era poesia. Como um poeta se expressa das mais variadas maneiras com palavras e gosta do que faz, o menino também extravasa de mil maneiras o que ele curte.

quinta-feira, 25 de março de 2021

POEMA: O RIO - VINICÍUS DE MORAES - COM GABARITO

 POEMA: O RIO


Vinicius de Moraes

 

Uma gota de chuva

A mais, e o ventre grávido

Estremeceu, da terra.

Através de antigos


Sedimentos, rochas

Ignoradas, ouro

Carvão, ferro e mármore

Um fio cristalino

Distante milênios

Partiu fragilmente

Sequioso de espaço

Em busca de luz.

Um rio nasceu.

 

MORAES, Vinicius de. O rio. Disponível em: <www.viniciusdemoraes.com.br/pt-br/

poesia/poesias-avulsas/o-rio>. Acesso em: 24 jun. 2019.

 ENTENDENDO O POEMA

1.1 Qual é o tema do texto?

     O nascimento de um rio.

 2.2 Explique, com suas palavras, o que o poema conta.

      Resposta pessoal. Sugestão de resposta: Uma gota de chuva a mais cai sobre a terra fértil, formando um fio de água cristalina que futuramente se transforma em rio.

 

terça-feira, 17 de novembro de 2020

MÚSICA(ATIVIDADES): PAIOL DE PÓLVORA - VINÍCIUS DE MORAIS - COM GABARITO

 Música: Paiol de Pólvora

               Toquinho, Vinicius de Moraes e Clara Nunes

 

Estamos trancados no paiol de pólvora

Paralisados no paiol de pólvora

Olhos vedados no paiol de pólvora

Dentes cerrados no paiol de pólvora

 

Só tem entrada no paiol de pólvora

Ninguém diz nada no paiol de pólvora

Ninguém se encara no paiol de pólvora

Só se enche a cara no paiol de pólvora

 

Mulher e homem no paiol de pólvora

Ninguém tem nome no paiol de pólvora

O azar é sorte no paiol de pólvora

A vida é morte no paiol de pólvora

 

São tudo flores no paiol de pólvora

TV a cores no paiol de pólvora

Tomem lugares no paiol de pólvora

Vai pelos ares o paiol de pólvora

                                     Composição: Toquinho / Vinícius de Moraes

Entendendo a canção:

01 – De que se trata essa canção?

      Fala da liberdade, depois a condenação. Atingida pelos ruídos de comunicação da censura, a música.

02 – Após analisar a letra da canção, como o eu lírico se sente?

      Se sente sufocado, pois faz um desabafo.

03 – Identifique a opção que completa corretamente o enunciado a seguir.

        Pode-se afirmar que o texto cumpre seu objetivo, pois...:

a)   Simplesmente passa informações.

b)   Provoca emoções e reflexões.

c)   Serve de diversão.

d)   Modifica o comportamento.

04 – Do que o eu lírico tem medo? Comprove com um verso.

      Tem medo da morte. “A vida é morte no paiol de pólvora”.

05 – Existe uma crítica social. Cite-a.

      A censura.

06 – Nos versos:

        “O azar é sorte no paiol de pólvora

         A vida é morte no paiol de pólvora.”

        Que figura de linguagem há nesses versos?

      A figura é antítese (palavras ou orações que se opõem quanto ao sentido).

terça-feira, 28 de julho de 2020

MÚSICA(ATIVIDADES): VALSINHA - VINICIUS DE MORAES/CHICO BUARQUE - COM GABARITO

MÚSICA(ATIVIDADES): VALSINHA

                   VINÍCIUS DE MORAES/CHICO BUARQUE

Um dia ele chegou tão diferente

Do seu jeito de sempre chegar

Olhou-a de um jeito muito mais quente

Do que sempre costumava olhar

E não maldisse a vida tanto

Quanto era seu jeito de sempre falar

E nem deixou-a só num canto

Pra seu grande espanto, convidou-a pra rodar

 

E então ela se fez bonita

Como há muito tempo não queria ousar

Com seu vestido decotado

Cheirando a guardado de tanto esperar

Depois os dois deram-se os braços

Como há muito tempo não se usava dar

E cheios de ternura e graça

Foram para a praça e começaram a se abraçar

 

E ali dançaram tanta dança

Que a vizinhança toda despertou

E foi tanta felicidade

Que toda cidade se iluminou

E foram tantos beijos loucos

Tantos gritos roucos como não se ouvia mais

Que o mundo compreendeu

E o dia amanheceu em paz.

 

(MORAES, Vinícius de & BUARQUE, Chico. In: BUARQUE, Chico. A arte de Chico Buarque. LP Fontana nº 6470 549, 195. L. 1, f.5.)

Entendendo a canção:

01 – Sobre o texto, só NÃO se pode afirmar que:

a)   O texto estabelece uma relação de semelhança entre a dança, o jogo amoroso e as relações humanas.

b)   O gesto amoroso da dança começa no interior da casa e atinge o mundo.

c)   O gesto amoroso da dança produz o efeito de instaurar a paz entre os seres humanos.

d)   O conceito de amor implícito no texto não inclui o prazer físico entre os personagens.

02 – Leia as asserções a seguir para responder à questão abaixo:

I – A expressão “pra”, no verso 8, traz marcas de oralidade.

II – Nos versos 21 e 22 estabelece-se uma relação de consequência.

III – A expressão “ali”, no verso 17, refere-se à palavra cidade.

IV – Este é um texto narrativo que relata uma transformação.

A alternativa que traz os números das asserções corretas é:

a)   I e II.

b)   III e IV.

c)   I, III e IV.

d)   I, II e IV.

03 – A expressão “seu jeito” (verso 06) tem como referente:

a)   O narrador.

b)   O autor.

c)   Ele.

d)   Ela.

04 – Leia a canção e responda. Com relação ao gênero e a tipologia textual referente a esse texto, é correto afirmar que predominam:

a)   O gênero música e a tipologia descritiva.

b)   O gênero música e a tipologia narrativa.

c)   O gênero música e a tipologia expositiva.

d)   O gênero poesia e a tipologia descritiva.

e)   O gênero poesia e a tipologia narrativa.

05 – O texto relata uma transformação: o amante chegava habitualmente de um jeito e passou a chegar de outro. Como ele chegava? Como passou a chegar?

      Ele chegava sempre maldizendo a vida.

      Chegou diferente e a olhou de um jeito muito mais quente.

06 – Em um dia diferente, uma das atitudes dele, de modo especial, causou surpresa para a moça. Que atitude foi essa?

      Declarou-se, olhou para ela de um jeito diferente.

07 – A transformação ocorrida coma personagem masculina desencadeou outra na personagem feminina. Qual foi essa transformação?

      Ela se sentiu amada e se fez bela para ele, colocando um vestido decotado, cheirando a guardado de tanto esperar.

08 – Que versos da canção notamos que é um amor antigo e ingênuo?

      “Depois os dois deram-se os braços

       Como há muito tempo não se usava dar

       E cheios de ternura e graça

       Foram para a praça e começaram a se abraçar”.

09 – Nessa canção o eu lírico retrata o quê?

      Retrata uma situação em que o homem redescobre a mulher e isso cria a possibilidade de um encontro erótico, que é descrito na canção.

     


terça-feira, 21 de julho de 2020

POEMA: A AUSENTE - VINÍCIUS DE MORAES - COM GABARITO

Poema: A AUSENTE

             Vinícius de Moraes

Amiga, infinitamente amiga
Em algum lugar teu coração bate por mim
Em algum lugar teus olhos se fecham à ideia dos meus.
Em algum lugar tuas mãos se crispam, teus seios
Se enchem de leite, tu desfaleces e caminhas
Como que cega ao meu encontro...
Amiga, última doçura
A tranquilidade suavizou a minha pele
E os meus cabelos. Só meu ventre
Te espera, cheio de raízes e de sombras.
Vem, amiga
Minha nudez é absoluta
Meus olhos são espelhos para o teu desejo
E meu peito é tábua de suplícios
Vem. Meus músculos estão doces para os teus dentes
E áspera é minha barba. Vem mergulhar em mim
Como no mar, vem nadar em mim como no mar
Vem te afogar em mim, amiga minha
Em mim como no mar...

Vinícius de Moraes

Entendendo o poema:

01 – No poema, o eu lírico:

a)   Queixa-se de um amor não correspondido.

b)   Demonstra sentimento de possessividade amorosa.

c)   Assemelha-se à “amiga”, como um espelho e sua imagem.

d)   Invoca a mulher pra compartilhar de seus apelos sensuais.

e)   Vê a figura feminina sob uma perspectiva dualista: angelical e sensual.

02 – Sobre o poema, é correto afirmar:

a)   O amor físico revela-se isento de sofrimento.

b)   A realidade focalizada é vista de uma forma objetiva.

c)   A mulher, na visão do eu lírico, aparece envolta em sensualidade e erotismo.

d)   A voz poético não encontra eco no coração do ser desejado.

e)   O sujeito poético – com a lembrança do mar – reprime a intensidade de seu desejo.

03 – Do ponto de vista estético, trata-se de um texto modernista porque:

a)   Apresenta uma linguagem aproximada a da prosa, livre de rima e de métrica.

b)   Adota uma atitude combativa a valores considerados falsos.

c)   Tenta conciliar o presente com o passado.

d)   Busca a originalidade a qualquer preço.

e)   Valoriza fatos e coisas do cotidiano.

 


sábado, 11 de julho de 2020

MÚSICA(ATIVIDADES): CORUJINHA - VINÍCIUS DE MORAES - COM GABARITO

Música(Atividades): Corujinha

                                                        Vinicius de Moraes

Corujinha, corujinha

Que peninha de você

Fica toda encolhidinha

Sempre olhando não sei quê

 

O seu canto de repente

Faz a gente estremecer

Corujinha, pobrezinha

Todo mundo que te vê

Diz assim, ah, coitadinha

Que feinha que é você

 

Quando a noite vem chegando

Chega o teu amanhecer

E se o sol vem despontando

Vais voando te esconder

 

Hoje em dia andas vaidosa

Orgulhosa como quê

Toda noite tua carinha

Aparece na TV

Corujinha, coitadinha

Que feinha que é você.

Composição: Toquinho / Vinícius de Moraes.

Entendendo a canção:

01 – No decorrer da canção, o eu lírico nos revela a quem ele se dirige – Corujinha – empregando o diminutivo como recurso.

a)   Retire da canção outras palavras que também estão no diminutivo.

Peninha, encolhidinha, pobrezinha, coitadinha, feinha, carinha.

b)   Com que intenção esse recurso foi utilizado?

Para intensificar a ideia dos estados em que a coruja se encontrar.

02 – Releia a terceira estrofe:

“Quando a noite vem chegando

Chega o teu amanhecer

E se o sol vem despontando

Vais voando te esconder”.

        A que hábitos próprios da coruja a estrofe está fazendo referência?

      Aos hábitos noturnos já que as corujas andam à noite.

03 – Com que expressões o eu lírico caracteriza a corujinha?

      Encolhidinha, pobrezinha, coitadinha, orgulhosa, vaidosa, feinha.

04 – Num determinado momento o eu lírico apresenta situações contrárias para se referir a corujinha. Copie esses versos que mostram essa contrariedade.

      “Hoje em dia andas vaidosa / Orgulhosa como quê.”

05 – Por que o eu lírico diz que a corujinha está vaidosa?

      Porque ela aparece na TV à noite.

06 – Por que o eu lírico diz ter “peninha” da corujinha?

      Porque ela é muito feia.

07 – Retire do texto exemplos de:

a)   Rimas da 3ª e da 4ª estrofes e classifique-as pelo valor e pela localização.

Pobrezinha e coitadinha – POBRE (adjetivo).

Vê e você – RICA (verbo e pronome).

ABAB – intercaladas.

Chegando e despontando – POBRE (verbos).

Amanhecer e esconder – POBRE (verbos).

ABAB – intercaladas.

b)   Personificação.

(A CORUJINHA) andas vaidosa / Orgulhosa como quê.

c)   Copie a última estrofe e circule as sílabas tônicas dos verbos.

“Corujinha, coitadinha

Que feinha que é vo!”

08 – Copie um exemplo de linguagem figurada e explique seu sentido denotativo.

      “Toda noite tua carinha / Aparece na TV”. A carinha da coruja é o símbolo da seção coruja da Rede Globo, cujo horário é de filmes na madrugada.

09 – O que o eu lírico quer dizer com a repetição o 1° verso?

      Ao se dirigir à Corujinha ele intensifica o nome dela nos versos para dar ênfase.