POEMA: TERCEIRA DOR
Alphonsus de Guimaraens
É Sião que dorme ao luar. Vozes diletas
Modulam salmos de visões contritas...
E a sombra sacrossanta dos Profetas
Melancoliza o canto dos levitas.
As torres brancas, terminando em setas,
Onde velam, nas noites infinitas,
Mil guerreiros sombrios como ascetas,
Erguem ao Céu as cúpulas benditas.
As virgens de Israel as negras comas
Aromalizam com os ungüentos brancos
Dos nigromantes de mortais aromas...
Jerusalém, em meio às Doze Portas,
Dorme: e o luar que lhe vem beijar os flancos
Evoca ruínas de cidades mortas.
Entendendo o poema
01. Na
segunda estrofe do poema, percebe-se uma repetição sonora de cunho consonantal
conhecido como
a) aliteração.
b) assonância.
c) eco.
d) onomatopeia.
e) sinestesia.
02. Que
tema é abordado nesse poema?
O poema é marcadamente místico e
envolvido com a religiosidade católica.
03. Qual é
a imagem predominante no início do poema?
No início do poema, a imagem
predominante é a de Sião dormindo ao luar, enquanto vozes diletas cantam salmos
e sombra sacrossanta dos Profetas melancoliza o canto dos levitas.
04. O que
as torres brancas simbolizam no poema?
As torres brancas simbolizam as estruturas
religiosas e espirituais de Jerusalém, onde guerreiros sombrios como ascetas
vigiam e erguem cúpulas em direção ao céu.
05. Qual é
o papel das virgens de Israel no poema?
No poema, as virgens de Israel aromatizam suas
negras comas com os unguentos brancos dos nigromantes, criando uma imagem de
beleza e mistério ligada a elementos mágicos e místicos.
06. Qual é
a sensação que o luar evoca em relação a Jerusalém? O
luar que beija os flancos de Jerusalém evoca a ideia de evocação de ruínas de
cidades mortas, criando uma atmosfera melancólica e nostálgica que ressalta a
história e as vicissitudes da cidade.
Olá! Acabei de achar seu blogue e estou MARAVILHADO com o conteúdo! Parabéns por tantas questões excelentes sobre língua e literatura portuguesa. Já favoritei aqui e mal posso esperar para analisa-lo melhor! Um abraço!
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