Eles
Vivem Ante os que partiram...
Eles Vivem
Ante os que partiram, precedendo-te na
Grande Mudança, não permitas que o desespero te ensombre o coração.
Eles não morreram. Estão vivos.
Compartilham-te as aflições, quando te
lastimas sem consolo.
Inquietam-se com sua rendição aos
desafios da angústia quando te afastas da confiança em Deus.
Eles sabem igualmente quanto dói a
separação.
Conhecem o pranto da despedida e te
recordam as mãos trementes no adeus, conservando na acústica do espírito as
palavras que pronunciaste, quando não mais conseguiram responder as
interpelações que articulaste no auge da amargura.
Não admitas estejam eles indiferentes
ao teu caminho ou à tua dor.
Eles percebem quanto te custa a
readaptação ao mundo e à existência terrestre sem eles e quase sempre se
transformam em cirineus de ternura incessante, amparando-te o trabalho de
renovação ou enxugando-te as lágrimas quando tateais a lousa ou lhes enfeitas a
memória perguntando porque.
Pensa neles com a saudade convertida em
oração.
As tua preces de amor representam
acordes de esperança e devotamento, despertando- os para visões mais altas na
vida.
Quando puderes, realiza por eles as
tarefas em que estimariam prosseguir e tê-los-ás contigo por infatigáveis
zeladores de teus dias.
Se muitos deles são teu refúgio e
inspiração nas atividades a que te prendes no mundo, para muitos outros deles
és o apoio e o incentivo para a elevação que se lhes faz necessária.
Quando te disponhas a buscar os entes
queridos domiciliados no Mais Além, não te detenhas na terra que lhes resguarda
as últimas relíquias da experiência no plano material ...
Contempla os céus em que mundos
inumeráveis nos falam da união sem adeus e ouvirás a voz deles no próprio
coração, a dizer-te que não caminharam na direção da noite, mas sim ao encontro
de Novo Despertar.
Francisco Cândido
Xavier – ditado por Emmanuel
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