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domingo, 3 de dezembro de 2023

RESENHA CRÍTICA DO FILME: SETE MINUTOS DEPOIS DA MEIA-NOITE - RENATO HERMSDORFF - COM GABARITO

 Resenha crítica do filme: Sete Minutos Depois da Meia-Noite

        O choro é livre. E genuíno.

        por Renato Hermsdorff

        O espanhol Juan Antônio Bayona (ou J. A. Bayona como assina atualmente) chamou a atenção do mundo cinematográfico quando despontou com o (envolvente) terror O Orfanato (2008). O filme serviu de cartão de visitas para que ele entrasse em Hollywood pela porta da frente, e o resultado foi (o excessivo) O Impossível (2012), em que comanda Naomi Watts e Ewan McGregor lidando com o tsunami que assolou a Tailândia no fim de 2004. "Hypado", o moço foi escalado para dar sequência a Guerra Mundial Z e Jurassic World.

 

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWdbodrH-riWuz1d6rw5H5dQxzI_dRGWUrTtg1QrjIGg-Kb53GY_3jQE_s4riPxH-37x81i-cKC8jcn-6g3i4MKpr1ROoSCUq5aqu-gDNFZoaFzJulxhIcZz06SMjIfTpvjkGuYoiYAAWR4SpFvytllVhRzadbiNYHqFJyeEqjiEE070X95A3HrinWwTU/s320/sete.jpg 

        Até lá, no entanto, há uma árvore no caminho do diretor, que investe, agora, com Sete Minutos Depois da Meia-Noite, no universo da fantasia. A produção, que começa como uma história comum de desabrochar da infância (o tal "coming of age", de que Hollywood tanto gosta), se revela uma tocante lição de vida sobre como lidar com o luto. 

        No filme, Conor (Lewis MacDougall, o "Nibs" de Peter Pan) é um garoto de 13 anos que se julga invisível – o típico "outsider", talentoso (ele desenha) e vítima de "bullying". Filho de um pai (Toby Kebbell) um tanto ausente, o menino é apegado à mãe (Felicity Jones) que, no entanto, padece de uma grave doença. Por isso, ele passa a conviver mais com a quase desconhecida avó (Sigourney Weaver), que não tem muito tato com os mais jovens. Diante desse cenário nada... confortável?, ele acaba acidentalmente convocando um monstro em forma de árvore (voz de Liam Neeson), que aparece sempre sete minutos depois da meia-noite.

        Com um enredo desses, o filme tenderia a caminhar na fina linha entre o melodrama forçoso e a emoção genuína. Mas – e essa é a boa notícia – desequilibra para o segundo lado.

        Na forma, há o contraponto entre a grandiosidade dos efeitos visuais – com uma impressionante riqueza de detalhes que vai desde a “construção” do tal monstro ao cenário de ruínas do entorno –, e o capricho milimétrico com que Bayona trata os quadros, sobretudo quando filma em macro os belíssimos desenhos do protagonista (ponto para a direção de arte), e captura a mansidão com que o apontador descama o lápis.

        Mas é na costura das relações pessoas (e diálogos!) do roteiro de Patrick Ness (autor também do romance no qual o filme se baseia) que A Monster Calls (no original) ganha definitivamente o espectador.

        Se, por um lado, o pano de fundo (de frente mesmo) da situação da mãe (comedida na medida no registro de Felicity Jones) corta o coração da plateia, a necessária dureza da avó balanceia a trama como um chamado à vida ("pero sin perder la ternura"). Mas é no olhar que o jovem Lewis MacDougall consegue reter toda a melancolia represada, fundamental a seu personagem. Para completar, se é para chamar um monstro, que ele venha com a voz de Liam Neeson.

        Portanto, partindo de um ponto inocente – e até clichê – da “busca pela identidade”, Sete Minutos Depois da Meia-Noite resulta em uma metáfora madura sobre como lidar com uma conjuntura tão triste quanto inevitável: a iminência da perda de um ente querido. Ainda mais numa fase em que se é "velho demais para ser criança e muito novo para ser um homem". O choro é livre. E genuíno.

HERMSDORFF, Renato. Sete Minutos depois da meia-noite: O choro é livre. E genuíno. AdoroCinema, [202]. Disponível em: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-227551/criticas-adorocinemaa/. Acesso em: 23 jul. 2020.

Fonte: Práticas de Língua Portuguesa/Faraco, Moura, Maruxo. – 1.ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2020. p. 295-297.

Entendendo a resenha:

01 – Depois da leitura da resenha crítica, responda às questões no caderno.

a)   Você já havia assistido a esse filme?

Resposta pessoal do aluno.

b)   Em caso afirmativo, considera que a sinopse da história (isto é, o resumo do enredo) foi bem apresentada na resenha? Por quê?

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: A sinopse apresentada na resenha contém os principais eventos narrados no filme, constituindo um bom resumo do seu enredo.

c)   Em caso negativo, acredita ter formado uma boa noção sobre a história do filme? Explique.

Resposta pessoal do aluno.

02 – Além do resumo do enredo, a resenha também presenta comentários apreciativos sobre o filme.

a)   Segundo o texto, o autor da resenha considera Sete minutos depois da meia-noite um filme de qualidade, que merece ser visto? Por quê?

Resposta pessoal do aluno.

b)   Quais são os pontos fortes do filme, na opinião do resenhista?

Resposta pessoal do aluno.

03 – Sendo um texto marcado pelo resumo e pela expressão de opiniões, a resenha crítica tem caráter duplo: ela é explicativo-expositiva e, ao mesmo tempo, argumentativa. Sendo assim, qual é a tese defendida pelo autor da resenha com relação ao filme resenhado? Identifique-a com um trecho do texto.

      A tese aparece no trecho: “A produção, que começa como uma história comum de desabrochar da infância (o tal "coming of age", de que Hollywood tanto gosta), se revela uma tocante lição de vida sobre como lidar com o luto.”

04 – Tendo em vista os elementos composicionais mencionados anteriormente, localize na resenha as partes do texto que correspondem a cada um deles.

      A contextualização: o primeiro parágrafo. A sinopse: o segundo parágrafo. A análise: do terceiro ao último parágrafo.

 

quarta-feira, 8 de novembro de 2023

RESENHA DE FILME: DOUTORES DA ALEGRIA - MARA MOURÃO - COM GABARITO

 Resenha de filme:  DOUTORES DA ALEGRIA

                               Uma metáfora para a vida

                             Myrna Silveira Brandão

        Doutores da Alegria é a primeira instituição criada no país para levar solidariedade, humor, carinho e o lirismo da arte do palhaço para crianças e adolescentes que estão internados em hospitais.



Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhROGNSNByom7JRPx48bp9wx-639T3ZcliPaDzAcuAQ5fP_OhGChRZoBTnDpOGO9NjVUpz-l0f4sxQ6hIY3SeqTDrlg1NTEQo2uUBDWB3rXCR7BU2-3sgrT-Gc4ZiS238PN3jX-qDSMi_TpNKzvC8A7UnxPxl_lRcdiHxT9RUA2FS9qKa-fEBj0KvD9rmU/w194-h129/DOUTORES.jpg
        O filme Doutores da Alegria, de Mara Mourão, além de trazer o emocionante universo dos integrantes daquela instituição, mostra como a alegria e brincadeiras engraçadas podem fazer bem e trazer conforto àqueles pequenos seres doentes e com poucos momentos de felicidade em suas vidas.

        Além disso, o comovente filme de Mara mostra o papel do palhaço na sociedade, levando-nos a pensar sobre a sua função social. Os próprios palhaços conduzem esse diálogo e discorrem sobre sua profissão.

        [...] São artistas, que durante anos, vêm alterando a ordem padrão das relações sociais, desmontando, sem qualquer agressividade, hierarquias pré-estabelecidas, fazendo rir e levando a pensar.

        Graças a essa capacidade de, através do raciocínio lateral, olhar as situações por um outro prisma, eles conferem nova dimensão a momentos difíceis, mas inerentes à vida.

        Não há nenhuma pieguice na proposta. O que se vê é um engajamento de corpo e alma de 37 pessoas dispostas a levar sorrisos e felicidade a pequenos, muitas vezes em terrível estado terminal.

        Com sensibilidade e humor, o filme transporta o público para o dia a dia dos hospitais e capta a transformação nesse ambiente provocada a partir do encontro do palhaço com a criança.

        A diretora explica como esse arquétipo pode trazer mudanças para os dias atuais. “O hospital é uma metáfora para a vida, lá estão todas as emoções que também fazem parte do mundo externo, porém colocadas sob uma lente de aumento. E por isso que, quando o palhaço chega a esse ambiente e causa uma modificação, fica claro que é capaz de gerar transformações também em vários outros locais”, afirma.

        O filme tem muitas cenas engraçadas, a partir dos encontros e depoimentos tocantes, de momentos passados ao lado dos jovens pacientes, seus pais e médicos. E vai fundo na forma como os palhaços olham para o outro e compreendem a dor e a perda.

        A filmagem foi feita de forma quase invisível e, para não inibir as crianças, as câmeras foram cobertas com ursinhos de pelúcia. Assim, os pequenos pacientes olham e interagem com os brinquedos sem perceber que estão sendo filmados.

        Através do carinho, a suavidade da ação dos “doutores” permite que, em inúmeros momentos, a própria criança possa liderar a história.

        Inspirada na experiência do palhaço Michael Christien que em 1986 montou a Clowncar Unit, o grupo foi criado pelo ator e palhaço Wellington Nogueira.

        Nogueira explica por que aceitou levar o trabalho do grupo para as telas: “decidimos aceitar o convite para fazer o filme porque todos nós, artistas que trabalham em hospitais, tivemos nosso olhar sobre a vida modificado por essa experiência. Aprendemos o possível e o impossível de maneira mais próxima e real. Assim, tornou-se estratégico para nossa organização dividir com o público esse olhar, ampliar o alcance dessa ação para que mais pessoas possam ter a oportunidade de mudar sua maneira de ver a vida e o mundo”, detalha o artista, que no Grupo interpreta o Dr. Zinho. [...]

        Doutores da Alegria foi o melhor filme do 3º Festival de Cinema Brasileiro de Nova York e o grande vencedor do Festival de Gramado em 2005.

http://www.abrhrj.org.br/typo/index.php?id=106

Entendendo a resenha de filme:

01 – Qual é a principal instituição abordada no filme "Doutores da Alegria" e qual é o seu propósito?

      A principal instituição abordada no filme é "Doutores da Alegria", a primeira organização no Brasil que leva humor e alegria para crianças e adolescentes internados em hospitais.

02 – Qual é a principal mensagem transmitida pelo filme em relação ao papel dos palhaços na sociedade?

      O filme destaca o papel dos palhaços na sociedade, mostrando como eles desafiam hierarquias sociais, fazem as pessoas rirem e levam-nas a refletir sobre a vida.

03 – Como o filme descreve a transformação que ocorre nos hospitais quando os palhaços interagem com as crianças?

      O filme descreve como a presença dos palhaços nos hospitais transforma o ambiente, proporcionando alegria e conforto às crianças, seus pais e médicos.

04 – O que a diretora do filme, Mara Mourão, afirma sobre o hospital em relação à vida?

      A diretora Mara Mourão afirma que o hospital é uma metáfora para a vida, pois nele estão presentes todas as emoções que também fazem parte do mundo externo, mas ampliadas. A chegada do palhaço a esse ambiente pode gerar transformações em outros locais.

05 – Como o filme foi gravado de forma a não inibir as crianças no hospital?

      Para não inibir as crianças no hospital, as câmeras foram cobertas com ursinhos de pelúcia, permitindo que os pequenos pacientes interagissem com os brinquedos sem perceber que estavam sendo filmados.

06 – Quem foi o fundador do grupo "Doutores da Alegria", e por que eles decidiram fazer o filme?

      O grupo "Doutores da Alegria" foi criado pelo ator e palhaço Wellington Nogueira. Eles decidiram fazer o filme para compartilhar a transformação que tiveram ao trabalhar nos hospitais e ampliar o impacto de sua ação, permitindo que mais pessoas mudem sua perspectiva de vida.

07 – Quais prêmios o filme "Doutores da Alegria" recebeu em festivais de cinema?

      O filme "Doutores da Alegria" foi o melhor filme do 3º Festival de Cinema Brasileiro de Nova York e o grande vencedor do Festival de Gramado em 2005.

 

quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

RESENHA FILME: A FAMÍLIA BÉLIER - ZECA SEABRA - ALMANAQUE VIRTUAL - COM GABARITO

 Resenha filme: A família Bélier

                Zeca Seabra

        Lançado sem grandes alardes (e sem sessão para os críticos) chega ao circuito carioca, uma das grandes surpresas cinematográficas de 2014. A família Bélier (La familie Bélier, 2014) é um interessante trabalho do diretor francês Eric Lartigau que consegue conquistar o público pela simplicidade de um argumento que fala que fala de amadurecimento e emancipação.

        Na trama a jovem Paula (Louane Emera, descoberta no reality show The Voice e em seu primeiro papel no cinema) é uma adolescente que mora com seus pais e irmão, todos surdos. Cabe à Paula administrar o negócio de laticínios e servir de tradutora oficial nas conversas com vizinhos. Após se inscrever no coral da escola por interesse amoroso, Paula tem seu talento descoberto por um professor de canto que a convida para uma bolsa de estudos em Paris. O conflito aparece em forma de relações e compromissos. Como abandonar a responsabilidade familiar e ir atrás de seus sonhos? Como lidar com a culpa?

        Lartigau traça um retrato bastante humano de uma família como outra qualquer cuja diferencial é a deficiência auditiva, mas em nenhum momento utiliza esta condição como peça melodramática. O interesse aqui é analisar as relações familiares e as dificuldades que toda adolescente passa quando decide dar seu grito de liberdade em um meio afetivamente caloroso. Com um discurso universal e sincero, o filme conta com um belo trabalho de caracterização de todo o elenco que realça as situações cômicas e embaraçosas sem cair na vala comum dos estereótipos dos deficientes.

        Os Bélier são barulhentos, comunicativos e também sujeitos a todos os tipos de frustações e carências quando percebem que um ente querido precisa sair do ninho. Este conflito, no entanto, não apaga as outras possibilidades que o roteiro tem a oferecer. A descoberta sexual do irmão de Paula, Quentin (Luca Gelberg – o único ator realmente deficiente), a candidatura do patriarca (o ótimo François Damiens) à prefeitura da cidade e o frustrado professor de canto (Éric Elmosnino) compõe uma bela moldura para este descontraído retrato familiar cuja maior qualidade é ser atemporal e de fácil identificação individual.

        Quando Paula canta a canção je vole de Michel Sardou para sua família na linguagem dos sinais, ficamos a imaginar como a dor do crescimento pode ser amoroso e que a escuta interna independe única e exclusivamente da audição externa.

        A família Bélier (La famille Bélier)

        França, 2014. 100 min.

        Direção: Eric Lartigau

        Com: Louane Emera, François Damiens, Karin Viard.

SEABRA, Zeca. A família Bélier. Almanaque Virtual. UOL, 3 jan. 2015. Disponível em: http://almanaquevirtual.uol.com.br/familia-belier. Acesso em: 28 jul. 2020.

Fonte: Práticas de Língua Portuguesa – Ensino Médio – Volume Único – Faraco – Moura – Maruxo – 1ª ed., São Paulo, 2020. Ed. Saraiva. p. 28-9.

Entendendo a resenha:

01 – Qual é o objetivo dessa resenha crítica? Como você chegou a essa conclusão?

      O objetivo é, além de divulgar um filme, apresentar também uma crítica sobre ele. A resenha apresenta a sinopse do filme e também traz comentários do resenhista, com o uso de adjetivos em certos trechos.

02 – Você costuma ler textos assim? Em caso afirmativo, em quais mídias e veículos você faz a leitura de resenhas críticas?

      Resposta pessoal do aluno.

03 – Você já assistiu a esse filme? Em caso afirmativo, concorda com as informações críticas a respeito dele? Em caso negativo, pela resenha, você se sentiria tentado a vê-lo? Por quê?

      Resposta pessoal do aluno.

04 – No segundo parágrafo da resenha, há uma sinopse, ou seja, uma síntese do enredo do filme. Releia esse parágrafo e comente com os colegas a importância desse trecho no conjunto da resenha.

      É por meio da sinopse que o resenhista apresenta as características do que é resenhado. No caso de filmes, a sinopse, em geral, traz um resumo do enredo.

sábado, 10 de setembro de 2022

RESENHA: DOCUMENTÁRIO SOBRE ATIVIDADES DE CRIANÇAS BRASILEIRAS - ELEONORA DE LUCENA - COM GABARITO

Resenha: Documentário sobre atividades de crianças brasileiras

                Eleonora de Lucena

                Documentário mostra crianças brasileiras que ainda brincam sem celular e eletrônicos

ARTE: MARCEL LISBOA/FOTOS: PIXABAY – CREATIVE COMMONS LICENSE – CC BY 4.0

        Tampinhas de garrafas, retalhos, pedras, cordas, galhos, barro. Tudo serve para criar e viajar na imaginação. É o que mostra “Território do brincar”, documentário de David Reeks e Renata Meirelles, em parceria com o Instituto Alana.

        Durante dois anos, os cineastas percorreram o Brasil para mostrar como brincam as crianças. Em grupos ou sozinhas, elas labutam: são cozinheiras, motoristas, engenheiras, caçadoras, construtoras, cuidadoras.

        Na tela, só meninos e meninas; adultos ficam de fora. A câmara acompanha a construção de caminhões com restos de madeira e corda. Jangadas são feitas de isopor e pano. Casas de lençol abrigam cozinhas de bolos de terra. Engenhocas surgem de peças achadas em entulhos.

        [...]

LUCENA, Eleonora de. Publicada em: 3 jun. 2015. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2015/06/1637375-documentario-mostra-criancas-brasileiras-que-ainda-brincam-sem-celular-e-eletronicos.shtml?cmpid=facefolha. Acesso em: 23 out. 2015. (Fragmento).

       Fonte: Língua Portuguesa – Se liga na língua – Literatura, Produção de texto, Linguagem – 2 Ensino Médio – 1ª edição – São Paulo, 2016 – Moderna – p. 232-3.

Entendendo a resenha:

01 – A primeira frase do texto é formada exclusivamente por substantivos concretos. Como o leitor deve entender a sequência dessas palavras?

      O leitor deve perceber que os substantivos concretos indicam os objetos usados pelas crianças mostradas no documentário para construir seus brinquedos.

02 – Escreva no caderno o substantivo abstrato que, associado a essa sequência, cria a possibilidade do brincar.

      Esse substantivo abstrato é imaginação.

03 – Como se classificam, quanto à formação, os substantivos que indicam profissões no segundo parágrafo?

      São substantivos derivados.

04 – O que as profissões indicadas sugerem sobre o universo de imaginação das crianças mostradas no documentário?

      As profissões sugerem um universo variado, já que envolvem trabalhos caracterizados por habilidades, graus de formação e prestígio social muito diferentes.

05 – Por meio de que recurso linguístico o verbo brincar se torna um substantivo no título do documentário?

      Pelo uso do artigo o (somado à preposição de), o qual permite que o verbo nomeie a ação de brincar, funcionando portanto como um substantivo.

06 – Como você interpreta o título “Território do brincar”?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: É um espaço próprio, reservado, protegido, para a brincadeira e a aplicação da imaginação.

07 – Sua interpretação do título considerou o fato de que o documentário mostrou crianças de várias partes do Brasil? Caso não o tenha feito, produza outra interpretação.

      Território do brincar também poderia ser uma referência ao espaço brasileiro e aos vários tipos de brincadeira que ocorrem em cada região.

08 – Na sua opinião, que sentido tem o advérbio ainda presente no título? Ele expressa uma crítica dos autores à condição das crianças? Justifique.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Os estudantes devem perceber que não há uma lamentação quanto à falta de acesso aos objetos eletrônicos; pelo contrário, valoriza-se a brincadeira realizada com objetos disponíveis usando a imaginação. O advérbio ainda estabelece uma relação temporal, sugerindo que há uma tendência de mudança para o futuro: nele é provável que as crianças brinquem também com itens eletrônicos.


terça-feira, 26 de julho de 2022

RESENHA: FILME -- OS VAMPIROS QUE SE MORDAM - COM GABARITO

 Resenha: OS VAMPIROS QUE SE MORDAM

 1 de outubro de 2010 No cinema / 1h 22min / Comédia

Direção: Jason Friedberg, Aaron Seltzer

Roteiro Jason Friedberg, Aaron Seltzer

Elenco: Jenn Proske, Matt Lanter, Ken Jeong

Título original Vampires Suck.

Twilight Fake

        Os fãs de Crepúsculo vão xingar muito o filme Os vampiros que se mordam no Twitter!

        Sabe aquelas comédias de Hollywood que tem tanta piada sem graça que você acaba rindo de tão bobas que são? Assim é “Os vampiros que se mordam”, uma paródia de Crepúsculo, Alice no País das Maravilhas, Black Eyed Peas e até da Lady Gaga. O melhor é que o Edward Cullen de mentira é interpretado pelo colírio Matt Lanter, o Liam de 90210 (Barrados no baile). Em todas as cenas, ele aparece falando quase dormindo com Bella (Jenn Proske) e usando muito (muito mesmo!) pó branco na cara, batom e delineador. É muito engraçado! Ainda rola uma briga feia entre fãs de Jacob e Edward e, em uma das cenas, o rosto de Bella vira um hambúrguer e a garota é atacada com garfo e faca pelos Cullen. Outro destaque é Jacob, interpretado por Chris Riggi, que aparece sem camisa o tempo inteiro. É de passar mal. Mas chega! Não vamos mais contar nada porque tem vááárias piadas legais.

        Talvez a única parte ruim é o filme não ter aquele ritmo agitado de comédias desse tipo, como Todo Mundo em Pânico. Mas é diversão garantida pra quem está a fim de dar risada com os amigos no cinema.

CRUZ, Phelipe. Capricho, São Paulo, ed. 1106, p. 90.

Fonte: Livro Língua Portuguesa – Singular & Plural – 7° ano – Laura de Figueiredo – 2ª edição. São Paulo, 2015 – Moderna. p. 241-2.

Entendendo a resenha:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Twilight: nome original da série Crepúsculo.

·        Fake: falso.

02 – Por que os fãs de Crepúsculo xingariam esse novo filme?

      Porque o novo filme é uma paródia do primeiro.

03 – O novo filme parodia apenas Crepúsculo?

      Não. Parodia também Alice no País das Maravilhas, a banda Black Eyed Peas e a cantora Lady Gaga.

04 – A leitura da resenha despertou em você a vontade de assistir a esse filme?

      Resposta pessoal do aluno.

05 – Com um colega, classifique os trechos abaixo de acordo com as seguintes ideias:

·        Algo que acontece sempre.

·        Algo que vai acontecer.   

        a)   “Os fãs de Crepúsculo vão xingar muito o filme Os vampiros que se mordam no Twitter!”

     Algo que vai acontecer.

b)   “Sabe aquelas comédias de Hollywood que têm tanta piada sem graça que você acaba rindo de tão bobas que são?”

    Algo que acontece sempre.

c)   “Mas é diversão garantida pra quem está a fim de dar risada com os amigos no cinema”.

      Algo que acontece sempre.

d)   “Não vamos mais contar nada [...]”.

Algo que vai acontecer.

06 – O que você observou para responder às questões da atividade anterior?

      Os verbos.

07 – Fizemos uma alteração no subtítulo da resenha. Observe.

        Os fãs de Crepúsculo vão xingar muito o filme Os vampiros que se mordam no Twitter!

        Os fãs de Crepúsculo xingaram muito o filme Os vampiros que se mordam no Twitter!   

a)   Qual dos dois subtítulos fala de algo que aconteceu no passado? E qual deles fala de algo que ainda vai acontecer no futuro?

O primeiro fala de algo que vai acontecer, e o segundo fala de algo que já aconteceu.    

b)   O que há no texto que ajudou você a perceber essa diferença? Justifique.

A locução verbal “vão xingar” (que dá a ideia de futuro) e o verbo “xingaram” (que indica passado).

08 – Observe o trecho em destaque:

        “Ainda rola uma briga feia entre fãs de Jacob e Edward e, em uma das cenas, o rosto de Bella vira um hambúrguer e a garota é atacada com garfo e faca pelos Cullen.”   

a)   Imagine as seguintes situações:

     I – O filme ainda será produzido num futuro próximo, mas você já sabe como será a cena descrita acima. Como descreveria essa cena a um amigo?

      “[...] em uma das cenas, o rosto de Bella vai virar (ou virará) um hambúrguer e a garota vai ser (ou será) atacada com garfo e faca pelos Cullen.”

     II – Você já assistiu ao filme e agora quer contar a um amigo como foi a cena descrita acima. Como a contaria?

      “[...] em uma das cenas, o rosto de Bella virou um hambúrguer e a garota foi atacada com garfo e faca pelos Cullen.”   

b)   O que mudou em seu modo de descrever a cena em cada uma dessas situações?

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: O uso de formas verbais em tempos diferentes.

sábado, 28 de maio de 2022

RESENHA: FILME CUERDAS - COM GABARITO

 Resenha: Filme Cuerdas

 Imagem: Cena do filme Cuerdas, 2014

Autores: Pedro Solís García (direção)

Técnica: Animação

        Consagrado com o Prêmio Goya de 2014, o curta-metragem de animação Cuerdas (“Cordas”) narra a amizade entre Maria, uma garotinha muito especial, e Nicolás, seu novo colega de classe, que sofre de paralisia cerebral. A menina, vendo algumas das impossibilidades do amigo, não desiste dele e faz de tudo que ele se divirta e consiga brincar. Ao final, uma surpresa especial, que lembra a todos a importância do educar e da relação estabelecida entre ensino e aprendizagem. O filme é baseado na vida do diretor Pedro Solís, que é pai de um outro Nicolás, o qual também sofre de paralisia cerebral, e de Alejandra, que, assim como Maria, faz de tudo para o irmão se sentir pleno em sua infância.

        Eu sou cidadão?

        O conceito de cidadania é profundo e vai além de ter um documento, não jogar lixo no chão ou poder votar; ser cidadão também é respeitar as pessoas, ser solidário, zelar pelo planeta, ter o direito a receber educação, saúde, alimentação e moradia, entre outras coisas. Enfim, ser cidadão é fazer valer os nossos direitos e agir de acordo com os nossos deveres.

        É função da escola contribuir intencionalmente para que os alunos exerçam a cidadania de maneira plena.  

Fonte: livro – Língua portuguesa – Buriti mais português – 4° ano – ensino fundamental – Anos iniciais – 1ª edição, São Paulo, 2017. Moderna. p. 178-8.

Entendendo a resenha:

01 – Que lugar é esse?

      Provavelmente uma sala de aula.

02 – O que as crianças estão fazendo?

      Conversando com o professor(a).

03 – Como elas parecem se sentir?

      Pela fisionomia das crianças, estão felizes.

04 – Qual é o sentimento que Maria tem em relação ao Nicolás?

      O sentimento de amor e cidadania, vendo algumas das impossibilidades do amigo, faz de tudo para que ele se divirta e consiga brincar.

05 – Quais são as personagens principais do filme “Cuerdas”?

      As personagens são Maria e Nicolás.

06 – Você já ajudou alguém? Quem?

      Resposta pessoal do aluno.

07 – Costuma participar da resolução de problemas?

      Resposta pessoal do aluno.

08 – O que significa ser cidadão?

      Ser cidadão é respeitar as pessoas, zelar pelo planeta, ter direito a educação, alimentação, saúde, moradia, etc.

09 – Qual é a função das escolas?

      A função das escolas é contribuir intencionalmente para que os alunos exerçam a cidadania de maneira plena.

sábado, 12 de fevereiro de 2022

RESENHA: SHERAZADE E AS MIL E UMA NOITES - JÚLIA DIAS CARNEIRO - CIÊNCIA HOJE PARA CRIANÇAS - COM GABARITO

 Resenha: SHERAZADE E AS MIL E UMA NOITES

       Veja como surgiram e o que contam as mais deslumbrantes histórias do mundo árabe!

        Prepare o coração: a viagem que começa agora vai te levar às alturas num meio de transporte nada comum — o tapete mágico! E olha que isso é só o começo. Durante as mil e uma noites que temos pela frente, veremos rainhas e sultões, gênios e monstros, lutas e intrigas, tudo em clima de muita magia, beleza e mistério! Ainda vamos encontrar velhos amigos, como Aladim, Ali-babá e até os quarenta ladrões! Ficou curioso? Então é hora de conhecer As mil e uma noites, livro que reúne as histórias mais deslumbrantes do mundo árabe.

        Tudo começa com a história do rei Shariar. Ele descobre que está sendo traído pela esposa, que tem um servo como amante, e, enfurecido, mata os dois. Depois, toma uma decisão terrível: a cada noite, vai se casar com uma nova mulher e, na manhã seguinte, ordenar sua execução, para nunca mais ser traído. Assim procede por três anos, causando medo e lamentações em todo o reino. Um dia, a filha mais velha do primeiro-ministro do rei, a bela e sábia Sherazade, diz ao pai que tem um plano para acabar com a barbaridade do rei. Para aplicá-lo, porém, ela precisa casar-se com ele. Horrorizado, o pai tenta convencer a filha a desistir da idéia, mas Sherazade estava decidida a acabar de vez com a maldição que aterrorizava a cidade.

        Quando chega a noite de núpcias, sua irmã mais nova, Duniazade, faz o que sua Sherazade havia pedido. Vai de madrugada até o quarto dos recém-casados e, chorando, pede para ouvir uma das fabulosas histórias que a irmã conhece. Sherazade começa então a narrar uma intrigante história que cativa a atenção do rei, mas não tem tempo de acabar antes do amanhecer. Curioso para saber o fim do conto, Shariar concede-lhe mais um dia de vida. Mal sabe ele que essa seria a primeira de mil e uma noites! As histórias de Sherazade, uma mais envolvente que a outra, são sempre interrompidas na parte mais interessante.

        Assim, dia após dia, sua morte vai sendo adiada.

        Você deve estar pensando que Sherazade tinha um baita repertório de histórias para contar, né? Bem, por mais fértil que fosse sua imaginação, seria impossível inventar tanta coisa ou ler tantos livros! Na verdade, a forma como Sherazade aprendeu todos esses contos explica também outro mistério da obra: ela não tem autor! Parece estranho, mas a explicação é simples: as histórias de as mil e uma noites eram contadas de uma pessoa para outra, estavam na boca do povo! Ninguém sabe quem as inventou; fazem parte da tradição oral do povo árabe, com seus contadores de histórias que reuniam multidões na ruas e mercados.

        Não se sabe ao certo quando os contos foram passados para o papel. A primeira versão do livro, Mil contos, surgiu na Pérsia (atual Irã, onde se passa a história de Sherazade) por volta do século 10. O nome que conhecemos só veio depois, com os árabes. Muito supersticiosos, eles acreditavam que números redondos atraíam coisas ruins. Passaram o nome então para As mil e uma noites. Porém, como o original do livro nunca foi encontrado, há versões diferentes para a história de Sherazade. O final, no entanto, é sempre o mesmo...

        [...]

Júlia Dias Carneiro. Ciência hoje das crianças on-line, 12 dez. 2001. Disponível em: www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/roteiropedagogico/recursometod/3665_sherazade.PDF. Acesso em: 15 fev. 2012.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 7º ano – Ensino Fundamental – IBEP 3ª edição São Paulo 201 p. 149-151.

Entendendo a resenha:

 01 – O texto reproduzido é uma resenha. Nesse tipo de gênero textual é comum encontrarmos, além de uma análise crítica, um resumo da obra.

a)   Essa resenha é a crítica literária de que obra?

Do livro As mil e uma noites.

b)   Que trecho do livro está resumido na resenha?

A história de Sherazade.

c)   Onde esse texto foi publicado?

Na revista Ciência hoje das crianças on-line.

d)   Qual é a intenção do texto?

A intenção é a de divulgar o livro e, para isso, chama atenção do leitor para a personagem protagonista, resumindo sua história.

02 – Compare o tempo verbal empregado na resenha com o empregado no conto “Os dois pequenos e a bruxa”: são os meninos? Por que?

      No conto “Os dois pequenos e a bruxa”, que é uma narrativa integral, o verbo usado é o pretérito. Na resenha, emprega-se o tempo presente quando o autor faz críticas sobre a obra, As mil e uma noites, e emprega-se o pretérito na narrativa da história de Sherazade, por exemplo.

03 – Quem escreveu a resenha sobre a história de Sherazade é a autora da história? Explique.

      Não, quem escreveu a resenha foi Júlia Dias Carneiro, uma crítica literária, que escreve para a revista na qual o texto foi publicado.

04 – Como a jornalista inicia a resenha?

      A jornalista inicia a resenha chamando a atenção do leitor para o que vai contar e, em seguida, menciona outros contos que fazem parte de uma obra como aquela, e destaca a personagem protagonista da trama.

·        Qual é a finalidade dessa introdução?

É chamar a atenção do leitor e atraí-lo para a leitura do restante da resenha.

05 – Faça um quadro a seguir em seu caderno e complete-o com os dados da história.

·        Razão que leva Sherazade a se casar.

Ela tem um plano para acabar coma maldade do rei, que mata todas as mulheres com as quais casa.

·        Conflito principal vivido pela personagem.

Ter de escapar da morte que a aguardava.

·        Estratégia de defesa usada pela personagem.

Contar histórias para o rei e interrompê-las na parte mais interessante da narrativa.

·        Solução do conflito e desfecho.

O rei se encanta com as histórias que se prolongam por muito tempo.

06 – Suponha que, em vez de contar histórias, Sherazade defendesse suas ideias a respeito das atitudes do rei e pedisse a ele para não morrer. Você acha que essa estratégia teria sido eficaz? Por quê?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Só pelo fato de ser mulher já não tinha a confiança do rei, que também já devia ter ouvido esses argumentos de muitas pessoas.

07 – Existem outras situações em que argumentar oralmente sobre um ponto de vista pode não ser a melhor escolha? Explique.

      Resposta pessoal do aluno.

08 – Que meios podem ser empregados para quem quer expor suas ideias e defende-las?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Expressar-se oralmente, expondo seu ponto de vista e as razões que o levam a defende-lo, ou manifestar-se por escrito.

 

quarta-feira, 10 de novembro de 2021

RESENHA DO LIVRO: A SOLIDÃO É BONITA - PADMINI - COM GABARITO

 Resenha do livro: A solidão é bonita

        Consideramos que este é um livrinho para adultos e crianças.

        Afinal, não é todo mundo que se dá bem com a solidão, não é mesmo?

        De maneira geral, o que percebemos no mundo é um movimento contrário: uma busca de companhia o tempo todo, seja real ou virtual.

        E vemos muitas crianças que não sabem lidar com o tempo de espera, com os momentos sozinhos. Numa geração tão sobrecarregada de estímulos, qualquer momento sozinho pode ser considerado um tédio.


Muito se pode fazer sozinho

        Isso pode ser bem triste, se pensarmos que, ao ficar sozinhos, na verdade estamos com aquela companhia que nunca nos falta: nós mesmos.

        É essencial saber estar só – e com alegria – desde pequeno.

        O livro O MONSTRO DA SOLIDÃO, de Vana Campos, publicado pela Cachecol Editora, vem nos lembrar disso. Por meio da história do menino Fred, percebemos que a solidão não é tão assustadora assim; na verdade, “a solidão é bonita”.

        Tantas coisas podemos fazer quando estamos sozinhos: imaginar livremente, ler, relaxar, dormir, pensar, refletir, ou inclusive não fazer nada.

        É na escuridão do seu quarto antes de dormir que Fred se depara com o monstro da solidão. Ele pensa em todos os malefícios que esse monstro pode trazer, como perigosos alienígenas ou ondas gigantes.

        Mas nada disso acontece.

        É a voz do narrador que interrompe seu fluxo de medo e vem contar de todos os lados positivos da solidão.

      Encontro consigo mesmo

   Até que sua empolgação fica enorme, quando ele é capaz de notar a beleza da solidão. É tanta sua empolgação, que ele precisa gritar, para espantar qualquer medo: “Sou só eu! E eu não tenho medo de mim”

        Recomendamos a todos essa aventura com Fred. Porque os momentos sozinhos podem ser mesmo muito especiais, criativos e revigorantes.

        Contudo, se por acaso ficar difícil ficar só, faça como nosso personagem: aventure-se e veja o que seu interior está querendo lhe mostrar. Boa aventura!

               Padmini. A solidão é bonita. Bamboleio. Disponível em: www.bamboleio.com.br/2018/02/22/a-solidao-e-bonita. Acesso em: 28 maio 2018.

Fonte: Língua Portuguesa – Português – Apoema – Editora do Brasil – São Paulo, 2018. 1ª edição – 6° ano. p. 183-6.

Entendendo a resenha:

01 – Identifique o título do livro de que se fala na resenha, o nome da autora e da editora.

      O monstro da solidão, de Vana Campos, da editora Cachecol.

02 – Na página inicial do blog, o trecho publicado era o transcrito a seguir:

        “Consideramos que este é um livrinho para adultos e crianças. Afinal, não é todo mundo que se dá bem com a solidão, não é mesmo? De maneira geral, o que percebemos do mundo é um movimento contrário, uma busca.”

a)   Em que pessoa do discurso vem escrita a resenha? Localize palavras no texto que justifiquem a sua resposta.

Na 1ª pessoa do plural: Consideramos, percebemos.

b)   A projeção dessa pessoa do discurso causa que efeito de sentido?

Torna o texto mais pessoal, subjetivo, aproximando a resenhista do leitor.

c)   Que ideia o uso do diminutivo livrinho reforça?

Reforça um modo afetivo e coloquial de fazer referência ao livro.

d)   Com quem a resenha está dialogando? Que expressão justifica essa resposta?

Com o leitor. A expressão coloquial “não é mesmo?”, própria de uma conversa.

e)   A resenhista apresenta alguma opinião sobre o livro nesse trecho inicial? Justifique sua resposta.

Sim, ela diz que o livro se destina a adultos e crianças.

f)    Como o texto não está completo na página de abertura do blog, o que o leitor deve fazer para ler a continuação dele?

O leitor que quiser continuar a leitura deve clicar em “Saiba mais”, poder ler o texto integral.

g)   Quais são os objetivos de comunicação desse primeiro texto?

Ele apresenta o livro, já aponta alguma qualidade nele e convida o leitor a prosseguir a leitura da resenha.

h)   Considerando as atividades anteriores, reflita: Que tipo de comunicação se estabelece entre a resenhista e o leitor?

Estabelece-se uma comunicação próxima, pessoal, como se fosse uma conversa.

03 – Analise observações apresentadas na resenha.

a)   Como você acha que a maioria das pessoas costuma lidar com a solidão? Para você, estar sozinho é o mesmo que estar solitário?

Resposta pessoal do aluno.

b)   Que coisas as pessoas podem fazem quando estão sozinhas?

Imaginar, ler, relaxar, dormir, pensar, refletir, não fazer nada.

c)   E você, o que costuma fazer nos momentos de solidão? A internet ajuda a lidar com isso?

Resposta pessoal do aluno.

04 – Releia:

        “[...] Por meio da história do menino Fred, percebemos que a solidão não é tão assustadora assim; na verdade, “a solidão é bonita”.

a)   Aparecem no trecho texto ideias diferentes sobre a solidão. Quais são elas?

A ideia de que a solidão é assustadora e a ideia de que é bonita.

b)   Qual dessas ideias ganha força no livro?

A ideia de que a solidão é bonita.

c)   Como se sabe disso?

Sabe-se disso porque a resenhista usa a expressão “na verdade” e transcreve uma frase do livro. Já no título do texto, ao transcrever a frase do livro a resenhista destaca essa ideia. Mais adiante, na resenha, isso se confirma.

d)   A oração entre aspas expressa um juízo de valor, uma apreciação sobre o valor de alguma coisa? Explique sua resposta.

Sim, expressa um juízo de valor positivo, fala da solidão atribuindo a ela uma qualidade.

e)   A resenhista parece compartilhar dessa opinião? Justifique sua resposta.

Sim, ela parece compartilhar, porque repete a oração e a introduz com a expressão “na verdade”.

05 – Descubra na resenha os seguintes elementos do enredo desenvolvido no livro:

a)   A personagem principal, ou protagonista:

O menino Fred.

b)   Seu antagonista:

O monstro da solidão.

c)   O local em que se passa a história:

O quarto de Fred.

d)   O momento em que ocorre a história:

À noite, quando a personagem se prepara para dormir.

e)   A transformação ocorrida com a personagem:

No início, Fred tem medo e imagina que existe o monstro da solidão, depois percebe que estava sozinho e que o monstro não existia. No início, ele está com medo dela e depois passa a não ter medo e enxerga a beleza da solidão.

06 – A leitura da resenha despertou em você a vontade de ler o livro? Por quê?

      Resposta pessoal do aluno.

07 – Observe outro trecho.

        “É essencial saber estar só – e com alegria – desde pequeno.

        O Livro O monstro da solidão [...] vem nos lembrar disso [...]”.

a)   O livro nos lembra de quê?

De que é essencial saber só – e com alegria – desde pequeno.

b)   Que palavra, na segunda frase, retoma o que foi dito anteriormente?

Disso.

08 – Releia a primeira frase da resenha.

        “Consideramos que este é um livrinho para adultos e crianças”.

a)   Nos parágrafos finais, essa ideia é retomada em que passagem?

“Recomendamos a todos essa aventura com Fred”.

b)   Explique como foi feita a retomada mostrando as substituições feitas.

O verbo consideramos foi substituído por recomendamos. Livrinho foi substituído por “essa aventura com Fred”. E “adultos e crianças” foi substituído por todos.

        Um texto pode retomar palavras e ideias já mencionadas por meio de pronomes, palavras e expressões de sentido equivalente.

        Ao rebater elementos, o texto mantém a ligação entre suas partes, reforça ideias e avança, segue adiante.

c)   Para que serviu a retomada de palavras e expressões do primeiro parágrafo que é feita no final do texto?

      Para ligar o início do texto ao seu final, mostrando que a resenha se desenvolve em torno da ideia já apresentada no início.

09 – Observe mais um trecho da resenha.

        “Isso pode ser bem triste, se pensamos que, ao ficar sozinhos, na verdade estamos com aquela companhia que nunca nos falta: nós mesmos.”

a)   De acordo com o texto, o que pode ser bem triste?

Considerar qualquer momento sozinho como um tédio.

b)   O parágrafo não deixa clara essa informação. Onde o leitor a encontra?

No parágrafo anterior.

c)   Que função o pronome isso desemprenha no parágrafo?

O pronome indica que a informação já foi apresentada e está sendo retomada.

10 – Releia mais um trecho.

        “Recomendamos a todos essa aventura com Fred. Porque os momentos sozinhos podem ser mesmo muito especiais, criativos e revigorantes”.

a)   O que o resenhista recomenda aos leitores?

Que leiam a história de Fred.

b)   De que modo ele justifica essa recomendação?

Dizendo que os momentos de solidão podem ser mesmo muito especiais, criativos e revigorantes.

c)   A recomendação expressa uma avaliação positiva ou negativa a respeito das ideias desenvolvidas no enredo do livro?

Expressa uma avaliação positiva.

Numa resenha de livro, apresenta-se o ponto de vista do resenhista, o que ele pensa sobre o livro. Palavras que indicam o valor das ideias desenvolvidas numa obra, como adjetivo “especiais”, “criativos” e “revigorantes”, que se referem aos momentos de solidão, expressam um ponto de vista positivo sobre o livro. Os adjetivos ajudam a construir a argumentação nesse gênero de texto.

11 – De acordo com a resenha, que ponto de vista sobre a solidão o livro apresenta?

      O livro apresenta o ponto de vista de que a solidão pode ser bonita, revigorante, importante para a pessoa conhecer a se mesmo.

12 – A resenhista parece concordar com o ponto de vista que é defendido no livro? Justifique sua resposta.

      Sim, porque ela repete ideias do livro, como “a solidão é bonita”, e fala da solidão como algo positivo.