Mostrando postagens com marcador FÁBULA. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador FÁBULA. Mostrar todas as postagens

sábado, 9 de agosto de 2025

FÁBULA: A CIGARRA E A FORMIGA - LA FONTAINE - COM GABARITO

 Fábula: A cigarra e a formiga

            La Fontaine

        Era uma vez uma cigarra que vivia saltitando e cantando pelo bosque, sem se preocupar com o futuro. Esbarrando numa formiguinha, que carregava uma folha pesada, perguntou:

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVetm3Jyu861L_t9Esp6HaEhSosnyocog5g-yUnHCOL72aB_DLa0ggqtgc7l3g-d3vIJ0IhUkSm0PWd99OlAt8u56aapfUgEDld0Ce0r4OIJDzarDlgHbKD-_51OMe_ZOnPYzWctqUbxdt4mAE8mTCtDQxtkdHMMtdwOE-wZYn6eZh46QSbn1ZWBus3L8/s320/La-cigale-et-la-fourmi.jpg

        -- Ei, formiguinha, para que todo esse trabalho? O verão é para se aproveitar! O verão é para se divertir!

        -- Não, não, não! Nós, formigas, não temos tempo para diversão. É preciso trabalhar agora para guardar comida para o inverno.

        Durante o verão, a cigarra continuou se divertindo e passeando por todo o bosque e quando tinha fome, era só pegar uma folha e comer.

        Um belo dia, passou de novo perto da formiguinha carregando outra pesada folha.

        A cigarra então aconselhou:

        -- Deixa esse trabalho para as outras! Vamos nos divertir. Vamos, formiguinha, vamos cantar! Vamos dançar!

        A formiguinha gostou da sugestão. Ela resolveu ver a vida que a cigarra levava e ficou encantada. Resolveu viver também como sua amiga.

        Mas, no dia seguinte, apareceu a rainha do formigueiro e, ao vê-la se divertindo, olhou feio para ela e ordenou que voltasse ao trabalho. Tinha terminado a vidinha boa.

        A rainha das formigas falou então para a cigarra:

        -- Se não mudar de vida, no inverno você há de se arrepender, cigarra! Vai passar fome e frio.

        A cigarra nem ligou, fez uma reverência para rainha e comentou:

        -- Hum!! O inverno ainda está longe, querida!

        Para a cigarra, o que importava era aproveitar a vida, e aproveitar o hoje, sem pensar no amanhã. Para que construir um abrigo? Para que armazenar alimento? Pura perda de tempo!

        Certo dia o inverno chegou, e a cigarra começou a tiritar de frio. Sentia seu corpo gelado e não tinha o que comer. Desesperada, foi bater na casa da formiga.

        Abrindo a porta, a formiga viu na sua frente a cigarra quase morta de frio.

        Puxou-a para dentro, agasalhou-a e deu-lhe uma sopa bem quente e deliciosa.

        Naquela hora, apareceu a rainha das formigas que disse à cigarra:

        -- No mundo das formigas, todos trabalham e se você quiser ficar conosco, cumpra o seu dever: toque e cante para nós.

        Para a cigarra e para as formigas, aquele foi o inverno mais feliz das suas vidas.

Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=563. Acesso em: 20 mar. 2015.

Fonte: Universos – Língua Portuguesa – Ensino fundamental – Anos finais – 9º ano – Camila Sequetto Pereira; Fernanda Pinheiro Barros; Luciana Mariz. Edições SM. São Paulo. 3ª edição, 2015. p. 82-83.

Entendendo a fábula:

01 – Qual era a principal diferença entre a forma de viver da cigarra e da formiga?

      A cigarra vivia o presente, aproveitando o verão para cantar e se divertir, sem se preocupar com o futuro. A formiga, por outro lado, era trabalhadora e previdente, focando em guardar comida durante o verão para se preparar para a escassez do inverno.

02 – O que a cigarra tentou fazer quando encontrou a formiga?

      Ela tentou convencer a formiga a parar de trabalhar e aproveitar o verão, cantando e dançando com ela. A cigarra não entendia a necessidade de tanto esforço, vendo o trabalho como uma "perda de tempo".

03 – Qual foi a reação da rainha das formigas ao ver a cigarra e a formiga se divertindo?

      A rainha olhou feio para a formiguinha que estava se divertindo e ordenou que ela voltasse imediatamente ao trabalho. Ela também repreendeu a cigarra, alertando que ela se arrependeria no inverno.

04 – O que aconteceu com a cigarra quando o inverno chegou?

      Ela começou a passar frio e fome, pois não havia se preparado. Desesperada, ela bateu na casa da formiga em busca de ajuda.

05 – Qual foi a atitude da formiga e de sua rainha quando a cigarra pediu ajuda?

      A formiga abriu a porta, acolheu a cigarra, deu-lhe agasalho e uma sopa quente. A rainha, por sua vez, ofereceu à cigarra a chance de ficar no formigueiro, mas com uma condição: que ela trabalhasse, tocando e cantando para todas as formigas.

06 – Qual é a lição principal ou "moral" desta versão da fábula?

      Ao contrário da versão tradicional, onde a cigarra é deixada de lado, esta fábula ensina sobre a importância da cooperação e do valor de diferentes talentos. O trabalho da formiga (provisão) e o da cigarra (arte e alegria) se complementam, tornando a vida de todos mais feliz. A moral é que cada um tem seu papel, e todos podem contribuir.

07 – De que forma a solução encontrada pela rainha das formigas representa uma nova perspectiva sobre o trabalho e o lazer?

      A rainha reconheceu que a cigarra tinha um talento que as formigas não tinham: a música. Em vez de puni-la por não ter trabalhado como as outras, ela encontrou uma forma de a cigarra contribuir com a comunidade de acordo com sua habilidade natural, transformando a música (que era vista como lazer) em uma forma de trabalho que enriqueceu a vida de todos no formigueiro.

 

quarta-feira, 14 de maio de 2025

FÁBULA: A RATOEIRA E O RATO - ESOPO - COM GABARITO

Fábula: “A Ratoeira e o Rato”

              ESOPO

        Numa planície da Ática, perto de Atenas, morava um fazendeiro com sua mulher; ele tinha vários tipos de cultivares, assim como: oliva, grão de bico, lentilha, vinha, cevada e trigo. Ele armazenava tudo num paiol dentro de casa, quando notou que seus cereais e leguminosas, estavam sendo devoradas pelo rato. O velho fazendeiro foi a Atenas vender partes de suas cultivares e aproveitou para comprar uma ratoeira.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZktR-tuni1O_jE2fu_rfaDThgWdMEC4aN8u6F5hPpkc9vRFAa78Fsm7EM16OuxuiLHDgWicngwsyzWAsQma_X_xVSJiCgIoHgFAXBSbGHgr7WA2Yy0qI96O966zUj-7gtnzZYxhVsUOlPTJOlTKnt1oFRRgNiZDxjq3RJzWq7N7c3lbnFXc_dahc2dk0/s320/RATO.png


        Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote. Pensou logo no tipo de comida que haveria ali.

       Ao descobrir que era uma ratoeira ficou aterrorizado.

      Correu ao pátio da fazenda advertindo a todos:

       - Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa!

      A galinha disse:

      - Desculpe-me Senhor Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.

     O rato foi até o porco e disse:

     - Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira!

     - Desculpe-me Senhor Rato, disse o porco, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser orar. Fique tranquilo que o Senhor será lembrado nas minhas orações.

      O rato dirigiu-se à vaca. E ela lhe disse:

      - O que? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não! Então o rato voltou para casa abatido, para encarar a ratoeira. Naquela noite ouviu-se um barulho, como o da ratoeira pegando sua vítima.

      A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pego.

       No escuro, ela não viu que a ratoeira havia pego a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher. O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre.

      Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha. O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal.

     Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la.

     Para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco.

     A mulher não melhorou e acabou morrendo.

     Muita gente veio para o funeral. O fazendeiro então sacrificou a vaca, para alimentar todo aquele povo.

Moral: Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se que quando há uma ratoeira na casa, toda fazenda corre risco. O problema de um é problema de todos.

Compreendo o texto

01. Em "O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal", o autor referiu-se:

a. a uma faca grande para matar a vaca.

b. a uma bota para esmagar o rato.

c. a uma faca grande para matar a galinha.

d. a um animal grande desconhecido que serviria de jantar.

02. Qual dos seguintes animais NÃO foi procurado pelo rato para alertar sobre a ratoeira?

a. A galinha.

b. O porco.

c. O gato.

d. A vaca.

03. Onde se passava a história da fábula?

a. Numa floresta distante.

b. Numa cidade movimentada.

c. Numa planície da Ática, perto de Atenas.

d. Numa montanha isolada.

04. Qual foi o primeiro evento inesperado que aconteceu após a ratoeira ser colocada?

a. O rato foi pego na ratoeira.

b. A galinha ficou doente.

c. A ratoeira pegou a cauda de uma cobra venenosa.

d. O porco fugiu da fazenda.

05. Qual foi o último animal sacrificado pelo fazendeiro na história?   

a. galinha.

b. O porco.

c. A vaca.

d. O rato.

06. Qual é a principal moral da fábula "A Ratoeira e o Rato"?

a. Devemos sempre ter medo de coisas novas.

b. Os problemas dos outros não nos afetam.

c. Quando há um perigo para um, todos estão em risco.

d. É importante ter muitos amigos e vizinhos.

 

domingo, 9 de março de 2025

FÁBULA: A ASSEMBLEIA DOS RATOS - IVANA ARRUDA LEITE - COM GABARITO

 Fábula: A assembleia dos ratos

            Ivana Arruda Leite

        Certa vez os ratos reuniram-se em assembleia para encontrar um jeito de se livrar das garras do gato que morava na vizinhança. Foram muitas as propostas, mas nenhuma parecia resolver o problema. Até que uma ratazana esperta teve a ideia:

        – E se nós amarrássemos um sino no pescoço do gato? Quando ele estiver se aproximando, nós ouviremos o sino e fugiremos a tempo.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAoc3cjrsGUL1OYsQsm-w6EtytKdd5VXpcRLVVTScwIh_kowmDY2r4S6-Vrc-NPWo-inmHO_P3t-ltYJWIJV5ZrK98Tj3n29l90nMIQ2oIf7m668d30NpvcDx4-55EvuJb6lHcOfQe3AfRFbHNwTIfYyElsLbkWqID9nuqQj7AQtl0YaVJMGlDsm-gQCQ/s320/GATO.jpg


        A proposta foi aplaudidíssima por todos os presentes.

        – Muito bem, agora só resta escolher quem dentre nós vai amarrar o sino no pescoço do gato.

        Os ratos foram saindo de fininho, com as desculpas mais esfarrapadas:

        – Eu não sei dar laço.

        – Eu sou canhoto.

        – Eu não enxergo muito bem.

        Até que não sobrou nenhum na sala.

        Moral: Falar é fácil, fazer é que são elas.

LEITE, Ivana Arruda. Fábulas de Esopo. São Paulo: Escola Educacional, 2004. p. 22.

Fonte: Português. Vontade de Saber. 6º ano – Rosemeire Alves / Tatiane Brugnerotto – 1ª edição – São Paulo – 2012. FTD. p. 74.

Entendendo a fábula:

01 – Qual era o problema que os ratos enfrentavam?

      Os ratos estavam sendo ameaçados por um gato que morava na vizinhança.

02 – Qual foi a solução proposta pela ratazana esperta?

      A ratazana propôs amarrar um sino no pescoço do gato para que os ratos pudessem ouvi-lo se aproximando e fugir a tempo.

03 – Como os ratos reagiram à proposta da ratazana?

      Os ratos aplaudiram a proposta da ratazana, achando-a uma ótima ideia.

04 – Por que nenhum dos ratos se ofereceu para amarrar o sino no pescoço do gato?

      Os ratos deram diversas desculpas para não realizar a tarefa, como não saber dar laço, ser canhoto ou não enxergar bem, mostrando que, na prática, ninguém queria se arriscar.

05 – Qual a moral da fábula?

      A moral da fábula é que é fácil falar, mas difícil agir, ou seja, é mais fácil ter ideias do que colocá-las em prática.

 

 

quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

FÁBULA: O PODER DA ARROGÂNCIA - COM GABARITO

 FÁBULA: O PODER DA ARROGÂNCIA

 

Um policial federal vai a uma fazenda e diz ao dono, um velho fazendeiro:

-Preciso inspecionar sua fazenda. Há uma denúncia de plantação ilegal de maconha.

O fazendeiro diz:

-Ok, mas não vá naquele campo ali.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4x1f4-bVyOwrmH7lWOuRK0TQ575LGTlf9n799Knyc9frfjKqh_7yOaPWmu_uHWKtvTdZEo2_Rbj4CldMhyf6Mz23H-7lW0A9_k7agxTDq05WuAcUdNbVaKzkPrlTrMBTwiFSsRfrnaacsGKwUsTIv-LtqZdnH80Gm7KRsQUGk48MqIZSbxVT8LMQrrso/s320/CRACH%C3%81.jpg


E aponta para uma determinada área.

O oficial P... da vida diz indignado:

-O senhor sabe que tenho o poder do governo federal comigo?

E tira do bolso um crachá mostrando ao fazendeiro:

-Este crachá me dá a autoridade de ir onde quero... e entrar em qualquer propriedade. Não preciso pedir ou responder a nenhuma pergunta. Está claro? Me fiz entender?

O fazendeiro educado pede desculpas e volta para o que estava fazendo.

Poucos minutos depois o fazendeiro ouve uma gritaria e o oficial do governo federal correndo para salvar sua própria vida perseguido pelo Santa Gertrudes, o maior touro da fazenda.

O fazendeiro larga suas ferramentas, corre para a cerca e grita:

O Crachá, mostra o CRACHÁ!

 

Entendendo o texto

01-Qual o tema do texto lido?

O texto aborda o tema da arrogância e suas consequências, utilizando a história do policial federal e do fazendeiro como exemplo.

02-Qual a tese defendida no texto?

a- não ouça os outros;

b- use todo o seu poder;

c- evite ser arrogante com os outros;

d- investigue as denúncias custe o que custar.

03-Quando o fazendeiro grita “O Crachá, mostra o CRACHÁ!”, percebemos que o fazendeiro foi: 

a- verdadeiro;

b- brincalhão;

c- irônico;

d- conselheiro

04-O texto-discurso confronta e ironiza principalmente a prática social daqueles que:

a- se julgam inferiores aos outros;

b- se julgam superiores aos outros;

c- se julgam iguais aos outros;

d- trabalham como policiais federais

05-Retire do texto um argumento que revele ARROGÂNCIA.

"O senhor sabe que tenho o poder do governo federal comigo?".

06-A expressão “P... da vida” foi usada no texto significando?

a-desapontamento;

b- fúria;

c- tristeza;

d- angústia.

07-No trecho “Um policial federal vai a uma fazenda e diz ao dono, um velho fazendeiro”, os adjetivos sublinhados caracterizam quais substantivos respectivamente? Atribuem valor positivo ou negativo?

  • policial federal: "federal" caracteriza o substantivo "policial" e atribui valor positivo, indicando sua função e autoridade.
  • velho fazendeiro: "velho" caracteriza o substantivo "fazendeiro" e atribui valor neutro, apenas descrevendo sua idade.

08-No trecho “Ok, mas não vá naquele campo ali.”, a palavra sublinhada indica:

a- tempo;

b- modo;

c- lugar;

d- causa.

09-No trecho “-Ok, mas não vá naquele campo ali.”, a conjunção sublinhada possui sentido de:

a- tempo;

b- adição;

c- adversidade;

d- conclusão.

10-No trecho “Um policial federal vai a uma fazenda e diz ao dono...”, a conjunção sublinhada possui sentido de:

a- explicação;

b- adição;

c- adversidade;

d- conclusão.

11-No trecho “Não preciso pedir ou responder a nenhuma pergunta.” a conjunção sublinhada possui sentido de:

a- alternância;

b- adição;

c- adversidade;

d- conclusão.

12-No trecho “Poucos minutos depois o fazendeiro ouve uma gritaria...”, a expressão sublinhada indica:

a- tempo;

b- modo;

c- lugar;

d- alternância;

e- consequência.

13-De acordo com o texto, a gritaria ocorre por qual motivo:

a- ter-se ouvido o fazendeiro;

b-ter-se ignorado o conselho do fazendeiro;

c-ter-se obedecido às regras do governo federal;

d- ter-se esquecido de mostrar o crachá ao touro.

14-O touro Santa Gertrudes pode ser lido simbolicamente, já que se trata de um texto-discurso que traz um ensinamento de vida para o leitor. Quais outros “touros” você indicaria que existem na vida de cada um?

Além do touro físico, podemos interpretar como "touros" os desafios, obstáculos e problemas que enfrentamos na vida. Assim como o policial precisou lidar com o touro, cada pessoa precisa lidar com seus próprios "touros" para alcançar seus objetivos.

15-No trecho “O oficial P... da vida diz indignado”, a palavra sublinhada pode ser substituída por qual outra sem alterar sentido do texto?

A palavra "indignado" pode ser substituída por irritado, enfurecido ou contrariado, sem alterar o sentido do texto.

16-O adjetivo “ilegal” (linha 3) caracteriza qual palavra do texto? Acrescenta imagem positiva ou negativa?

O adjetivo "ilegal" (linha 3) caracteriza a palavra plantação. Acrescenta imagem negativa, indicando que a plantação não está de acordo com a lei.

domingo, 5 de janeiro de 2025

FÁBULA: A ANDORINHA E OS PÁSSAROS - ESOPO - COM GABARITO

 Fábula: A andorinha e os pássaros

             Esopo

        Nos primeiros dias da estação de caça, a andorinha sentiu o perigo que rondava seus irmãos. Convocou então os pássaros para uma assembleia e aconselhou-as a arrancar dos carvalhos as parasitas viscosas. E acrescentou:

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxmGDQ8KtAes7NCrJ0cdCU2UC2uwjQOskTchJKVmHRhk046KLmsSOALrtEc-Y8HHqDO9FNNE7RP4jiGa5T2Oze4yxSUtoHBLwlevg1r4ufWUUo7E02I63U8KnlDyV3skc7xJ_tK0BEBhlI2ybYlY_60P7UOJAIPx8shSVnCbtOLY-lYpo5mPiYta1HTDI/s320/andorinhas-na-biblia.jpg


        -- Se vocês não conseguirem fazer isso, vão até os homens e peçam-lhes para não recorrer ao visco para nos pegar.

        Os pássaros riram, achando que a andorinha não estava bem do juízo. Ela, por seu lado, foi até os homens e pediu-lhes clemência. Eles a acolheram por vê-la tão inteligente e deram-lhe abrigo. A andorinha encontrou refúgio e proteção entre eles; já os outros pássaros foram pegos e serviram de alimento para os homens.

        Quem sabe prever os perigos consegue se safar melhor.

ESOPO. Fábulas de Esopo. Porto Alegre: L&PM, 1997.p. 81.

Fonte: Livro – Português: Linguagem, 2 / William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães, 11. Ed. Ensino médio – São Paulo: Saraiva, 2016. p. 202.

Entendendo a fábula:

01 – Qual a principal lição que a fábula "A Andorinha e os Pássaros" nos ensina?

      A principal lição da fábula é a importância da previdência. A andorinha, ao prever o perigo que as parasitas viscosas representavam para os pássaros, agiu de forma proativa para evitar a captura. Essa atitude a salvou e a colocou em uma posição privilegiada em relação aos outros pássaros.

02 – Qual a atitude dos outros pássaros diante do conselho da andorinha?

      Os outros pássaros zombaram da andorinha e não levaram a sério seu aviso. Eles subestimaram o perigo e acabaram sendo capturados pelos homens. Essa atitude demonstra a importância de ouvir os conselhos e de não subestimar as informações que recebemos.

03 – Qual a importância da ação da andorinha em procurar os homens?

      A atitude da andorinha em procurar os homens demonstra sua inteligência e sua capacidade de adaptação. Ao buscar a proteção dos homens, ela não apenas garantiu sua própria segurança, como também estabeleceu uma relação de confiança com eles.

04 – Qual o papel das parasitas viscosas na história?

      As parasitas viscosas representam o perigo iminente que ameaça os pássaros. Elas simbolizam as dificuldades e os obstáculos que podem surgir em nossas vidas e que devemos estar preparados para enfrentar.

05 – Qual a relevância da fábula "A Andorinha e os Pássaros" para os dias atuais?

      A fábula "A Andorinha e os Pássaros" continua relevante nos dias atuais, pois nos ensina a importância da antecipação de problemas, da tomada de decisões conscientes e da busca por soluções proativas. A história nos mostra que aqueles que se preparam para o futuro têm mais chances de sucesso e de evitar situações de perigo.

 

terça-feira, 17 de dezembro de 2024

FÁBULA: URUBUS E SABIÁS - RUBEM ALVES - COM GABARITO

 FÁBULA: Urubus e sabiás

                  Rubem Alves

 

"Tudo aconteceu numa terra distante, no tempo em que os bichos falavam... Os urubus, aves por natureza becadas, mas sem grandes dotes para o canto, decidiram que, mesmo contra a natureza, eles haveriam de se tornar grandes cantores. E para isto fundaram escolas e importaram professores, gargarejaram dó-ré-mi-fá, mandaram imprimir diplomas, e fizeram competições entre si, para ver quais deles seriam os mais importantes e teriam a permissão para mandar nos outros. Foi assim que eles organizaram concursos e se deram nomes pomposos, e o sonho de cada urubuzinho, instrutor em início de carreira, era se tornar um respeitável urubu titular, a quem todos chamam de Vossa Excelência. Tudo ia muito bem até que a doce tranquilidade da hierarquia dos urubus foi estremecida. A floresta foi invadida por bandos de pintassilgos tagarelas, que brincavam com os canários e faziam serenatas para os sabiás... Os velhos urubus entortaram o bico, o rancor encrespou a testa, e eles convocaram pintassilgos, sabiás e canários para um inquérito.

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEge5CzuC7tjPdYhr_QjnsuIKIGbkFXbiaRRGSKkJiS7pQ3t_2BgnwYZwMS1yXPaoPZExqKpUi1Xoj33kLEGMJ63oRBDGOLMnU2rvRGdAaB2cTZoyiDfwYBKHYAI2CdgVXOyhNkJzC_Msx1SC2wpsUbWniBH5XpL9uwpNV5UDkZGjp5G0jAvdbxASW2Fpkw/s320/URUBUS.jpg 

— Onde estão os documentos dos seus concursos? E as pobres aves se olharam perplexas, porque nunca haviam imaginado que tais coisas houvesse. Não haviam passado por escolas de canto, porque o canto nascera com elas. E nunca apresentaram um diploma para provar que sabiam cantar, mas cantavam simplesmente...

— Não, assim não pode ser. Cantar sem a titulação devida é um desrespeito à ordem.

E os urubus, em uníssono, expulsaram da floresta os passarinhos que cantavam sem alvarás...

MORAL: Em terra de urubus diplomados não se houve canto de sabiá."


O texto acima foi extraído do livro "Estórias de quem gosta de ensinar — O fim dos Vestibulares", editora Ars Poetica — São Paulo, 1995, pág. 81. Rubem Alves: tudo sobre o autor e sua obra em "Biografias".

 

Entendendo o texto

 01-Qual a prática social criticada pelo sujeito autor no texto-discurso?

    a- a de que na nossa sociedade o conhecimento sempre vem em primeiro lugar;

    b- a de que na nossa sociedade o dom é muito valorizado;

    c- a de que na nossa sociedade o diploma vale mais do que o conhecimento;

    d- a de que na nossa sociedade ensina-se a todos;

02-Em um dos efeitos de sentidos possíveis, os personagens urubus representam:

    a- grupo de pessoas talentosas;

    b- grupo de pessoas poderosas;

    c- grupo pessoas gentis;

    d- grupo de pessoas estudiosas.

03-Em um dos efeitos de sentidos possíveis, os personagens sabiás, pintassilgos e canários representam:

    a- grupo de pessoas poderosas;

    b- grupo de pessoas que possuem o saber fazer;

    c- grupo de pessoas invasoras;

    d- grupo de pessoas diplomadas.

04-A qual outro grupo de pessoas você associaria os personagens urubus?

Burocratas, políticos corruptos, pessoas que valorizam mais a aparência do que a essência.

05-A qual outro grupo de pessoas você associaria os personagens sabiás?

Artistas, artesãos, cientistas, pessoas que possuem um talento natural e inovador.

06-Assinale o único enunciado em que o sujeito autor não foi irônico com os urubus?

    a- aves por natureza becadas, mas sem grandes dotes para o canto;

    b- o sonho de cada urubuzinho, instrutor em início de carreira, era se tornar um respeitável urubu titular;

    c- eles haveriam de se tornar grandes cantores;

    d- o rancor encrespou a testa.

07-Qual único argumento não foi usado pelos urubus para impedir o canto dos sabiás?

    a- concurso;

    b- diploma;

    c- talento;

    d- alvará.

08-No enunciado — Não, assim não pode ser. Cantar sem a titulação devida é um desrespeito à ordem.”, os urubus principalmente:

    a- exigem respeito às leis;

    b- exigem formatura/diploma para que os sabiás cantem;

    c- apelam para a grosseria;

    d- tentam impedir o canto dos sabiás

09-No enunciado “E para isto fundaram escolas e importaram professores”, a crítica central é:

    a- os que têm dinheiro e poder ocupam as melhores posições na sociedade, pagando cursos, mesmo não tendo tanto talento;

    b- os que tem dinheiro e poder investem na educação;

    c- só os que tem dinheiro e poder que tem acesso aos melhores professores;

10-Qual enunciado revela o primeiro conflito da narrativa em relação ao projeto dos personagens urubus?

    a- mesmo contra a natureza, eles haveriam de se tornar grandes cantores;

    b- fundaram escolas e importaram professores;

    c- Tudo ia muito bem até que a doce tranquilidade da hierarquia dos urubus foi estremecida;

    d- Os velhos urubus entortaram o bico, o rancor encrespou a testa.

11-O clímax, ponto máximo do conflito, está revelado no enunciado:

    a) A floresta foi invadida por bandos de pintassilgos tagarelas, que brincavam com os canários e faziam serenatas para os sabiás...

    b) Os velhos urubus entortaram o bico, o rancor encrespou a testa, e eles convocaram pintassilgos, sabiás e canários para um inquérito.
    c)— Onde estão os documentos dos seus concursos? E as pobres aves se olharam perplexas, porque nunca haviam imaginado que tais coisas houvesse.

    d) E os urubus, em uníssono, expulsaram da floresta os passarinhos que cantavam sem alvarás...
12-O desfecho da narrativa está revelado em:

       a- — Onde estão os documentos dos seus concursos?

     b- Os velhos urubus entortaram o bico, o rancor encrespou a testa, e eles convocaram pintassilgos, sabiás e canários para um inquérito.

    c- E nunca apresentaram um diploma para provar que sabiam cantar, mas cantavam simplesmente...
    d- E os urubus, em uníssono, expulsaram da floresta os passarinhos que cantavam sem alvarás...

13-No enunciado “"Tudo aconteceu numa terra distante, no tempo em que os bichos falavam...”, o pronome grifado refere-se:

    a- à terra distante;

    b- ao tempo em que os bichos falavam;

    c- a todo acontecimento que vai ser narrado na história;

    d- aos urubus e sabiás.

14-Na sequência discursiva E as pobres aves se olharam perplexas, porque nunca haviam imaginado que tais coisas houvesse.”, o verbo grifado pode ser substituído sem alteração do sentido por:

     a- acontecessem;

     b- existissem;

     c- ocorressem;

     d-colaborassem.

15-Na sequência discursiva E os urubus, em uníssono, expulsaram da floresta os passarinhos que cantavam sem alvarás...”, a palavra grifada significa:

     a- diploma/formatura;

     b- licença/autorização;

     c- talento/dom;

     d- instrumentos musicais.

16-Pode-se dizer que os personagens urubus, ao saberem que “A floresta foi invadida por bandos de pintassilgos tagarelas, que brincavam com os canários e faziam serenatas para os sabiás...”, foram tomados pelo sentimento de:

     a- inveja;

     b- gratidão;

     c- vingança;

     d- medo.

17-Os fatos narrados e o respectivo desfecho são uma crítica social que exemplifica que:

     a- as leis sempre protegem os cidadãos de bem;

     b- as leis sempre são justas e se aplicam a todos;

     c- as leis muitas vezes servem aos interesses dos grupos e classes dominantes, ignorando o povo mais simples;

    d- todos possuem igualdade perante a lei.

18-Em sua postura crítica, o que deve possuir maior valor: o saber ou o diploma? Justifique sua resposta.

O saber deve possuir maior valor. O diploma é apenas um certificado, enquanto o saber é a capacidade de fazer algo, de criar, de inovar. A história dos urubus e sabiás demonstra que o talento natural e a capacidade de fazer algo são mais importantes do que qualquer título formal.

19-Marque (V) para efeitos de sentidos pertinentes e (F) para efeitos de sentidos não pertinentes ao texto-discurso:

     a-(  V  ) Percebe-se uma crítica aos que não reconhecem o saber fazer de cada ser social;

    b-(  V ) Percebe-se uma crítica aos que colocam os diplomas acima do saber fazer;

    c-(  F  ) Percebe-se uma crítica aos que possuem conhecimento espontâneo e natural;

    d-( F ) Percebe-se que o sujeito autor defende claramente o diploma acima do talento;

20-Produza um texto-discurso, discutindo sobre o que mais vale: “o diploma ou o conhecimento?”, “tirar notas para passar de ano ou aumentar o aprendizado a cada ano de estudo?”. Afinal, você é urubu ou sabiá?

A fábula de Rubem Alves nos convida a refletir sobre a valorização excessiva de diplomas e títulos em nossa sociedade. Os urubus, com seus diplomas e regras, representam um sistema que muitas vezes sufoca a criatividade e o talento. Já os sabiás simbolizam a importância do conhecimento prático e da expressão individual.

É fundamental entender que o diploma é uma ferramenta, mas não define a capacidade de um indivíduo. O conhecimento, por sua vez, é a base para a inovação e o desenvolvimento. Ao priorizarmos o aprendizado contínuo e o desenvolvimento de habilidades, estamos investindo em nosso crescimento pessoal e profissional.

Tirar boas notas é importante, mas não deve ser o único objetivo da educação. Aprender de forma significativa, questionar, criar e desenvolver o pensamento crítico são habilidades muito mais valiosas para a vida.

Eu me identifico mais com os sabiás. Acredito que o conhecimento deve ser buscado de forma autônoma e que a educação deve estimular a curiosidade e a criatividade. Ao invés de apenas memorizar informações para passar em provas, devemos buscar entender o mundo ao nosso redor e desenvolver soluções para os problemas que enfrentamos.

Em resumo, o conhecimento é o verdadeiro tesouro, e o diploma é apenas um reflexo de um momento específico da nossa jornada de aprendizado.