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terça-feira, 22 de outubro de 2019

ROMANCE: MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS - CAP.XVIII - MANUEL ANTÔNIO DE ALMEIDA - COM GABARITO

Romance: Memórias de um sargento de milícias        
                  Manuel Antônio de Almeida
      Capítulo XVIII – Fragmento
        [...]
        D. Maria chamou por sua sobrinha, e esta apareceu. Leonardo lançou-lhe os olhos, e a custo conteve o riso. Era a sobrinha de D. Maria já muito desenvolvida, porém que, tendo perdido as graças de menina, ainda não tinha adquirido a beleza de moça: era alta, magra, pálida: andava com o queixo enterrado no peito, trazia as pálpebras sempre baixas, e olhava a furto; tinha os braços finos e compridos; o cabelo, cortado, dava-lhe apenas até o pescoço, e como andava mal penteada e trazia a cabeça sempre baixa, uma grande porção lhe caía sobre a testa e olhos, como uma viseira. Trajava nesse dia um vestido de chita roxa muito comprido, quase sem roda, e de cintura muito curta; tinha ao pescoço um lenço encarnado de Alcobaça.
        Por mais que o compadre a questionasse, apenas murmurou algumas frases ininteligíveis com voz rouca e sumida. Mal a deixaram livre, desapareceu sem olhar para ninguém. Vendo-a ir-se, Leonardo tornou a rir-se interiormente.
        Quando se retiraram, riu-se ele pelo caminho à sua vontade. O padrinho indagou a causa da sua hilaridade; respondeu-lhe que não se podia lembrar da menina sem rir-se.
        — Então lembras-te dela muito a miúdo, porque muito a miúdo te ris.
        Leonardo viu que esta observação era verdadeira.
        Durante alguns dias umas poucas de vezes falou na sobrinha da D. Maria; e apenas o padrinho lhe anunciou que teriam de fazer a visita do costume, sem saber por quê, pulou de contente, e, ao contrário dos outros dias, foi o primeiro a vestir-se e dar-se por pronto.
        Saíram e encaminharam-se para o seu destino.
        [...].
                                   ALMEIDA, Manuel Antônio de. Memórias de um sargento de milícias. 17. ed. São Paulo, Ática, 1990. p. 5-8.
Fonte: Livro- Português – Série – Novo Ensino Médio – Vol. único. Ed. Ática – 2000- p. 232-3.

Entendendo o romance:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:
·        Alcobaça: Vila portuguesa de onde se importavam estes lenços grandes de algodão, em geral vermelhos.

·        A miúdo (ou a miúde): Frequentemente.

02 – Que elementos do enredo podemos classificar como “nada românticos”?
      O encontro dos pais de Leonardo, a rejeição paterna, o caráter de Leonardo, etc.

03 – Com relação à classe social, o que se observa ao compararmos as personagens de Manuel Antônio de Almeida com as personagens dos romances românticos?
      As personagens são gente do povo, não pertencem à burguesia.

04 – Que verdade estaria implícita na observação do padrinho de Leonardo?
      O padrinho sugere que Leonardo estaria interessado na sobrinha de D. Maria, já que não a tirava da cabeça.

05 – Por que Leonardo não pode ser caracterizado como um jovem cavalheiro romântico?
      Porque Leonardo rir-se incontidamente do jeito aparentemente tímido e interiorano da menina.



sexta-feira, 12 de maio de 2017

MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS- ROMANTISMO - MANUEL ANTÔNIO DE ALMEIDA - COM GABARITO


 MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS
  Manuel Antônio de Almeida


        “Logo que pode andar e falar tornou-se um flagelo; quebrava e rasgava tudo que lhe vinha à mão. Tinha uma paixão decidida pelo chapéu armado do Leonardo; se este o deixava por esquecimento em algum lugar ao seu alcance, tomava-o imediatamente, esperava com ele todos os móveis, punha-lhe dentro tudo o que encontrava, esfregava-o em uma parede, e acabava por varrer com ele a casa; até que Maria, exasperada pelo que aquilo havia de custar aos ouvidos, e talvez às costas, arrancava-lhe das mãos a vítima infeliz. Era, além de traquinas, guloso; quando não traquinava, comia. A Maria não lhe perdoava; trazia-lhe bem maltratada uma região do corpo; porém ele não se emendava, que era também teimoso, e as travessuras recomeçavam mal acabava a dor das palmadas.
        Assim chegou aos sete anos.
        Afinal de contas a Maria sempre era saloia, e o Leonardo começava a arrepender-se seriamente de tudo que tinha feito por ela, e tinha razão porque, digamos depressa e sem mais cerimônia, havia ele desde certo tempo concebido fundadas suspeitas de que era atraiçoado. Havia alguns meses atrás tinha notado que um certo sargento passava-lhe muitas vezes pela porta, e enfiava olhares curiosos, através das rótulas: uma ocasião, recolhendo-se, parecera-lhe que o vira encostado à janela. Isto porém passou sem mais novidade.
        Depois começou a estranhar eu um certo colega seu o procurasse em casa, para tratar de negócios do ofício, sempre em horas desencontradas: porém isto também passou breve. Finalmente aconteceu por três ou quatro vezes esbarrar-se junto de casa com o capitão do navio em que tinha vindo de Lisboa, e isto causou-lhe sérios cuidados. Um dia de manhã entrou sem ser esperado pela porta adentro; alguém que estava na sala abriu precipitadamente a janela, saltou por ela para a rua, e desapareceu.
        À vista disso nada havia a duvidar; o pobre homem perdeu, como se costuma dizer, as estribeiras; ficou cego de ciúmes. Largou apressado sobre um banco uns autos que trazia embaixo do braço, endireitou para Maria com os punhos cerrados.
        --- Grandessíssimo! ...
        E a injúria que ia soltar era tão grande que o engasgou... e pôs-se a tremer com todo o corpo.
        A Maria recuou dois passos e pôs-se em guarda, pois também não era das que receava com qualquer cousa.
        --- Tira-te, ó Leonardo!
        --- Não chames mais pelo meu nome, não chames... que tranco-te esta boca a socos...
        --- Safe-se daí! Quem lhe mandou pôr-se aos namoricos comigo a bordo?
        Isto exasperou o Leonardo; a lembrança do amor aumentou-lhe a dor da traição e o ciúme e a raiva de que se achava possuído transbordaram em socos sobre Maria, que depois de uma tentativa inútil de resistência desatou a correr, a chorar e a gritar:
        --- Ai... ai... acuda, Senhor Compadre... Senhor Compadre!
        Porém o compadre ensaboava nesse momento a cara de um freguês e não podia larga-lo.
        Portanto a Maria pagou caro e por junto todas as contas. Escolheu-se a choramingar em um canto.
        O menino assistira a toda essa cena com imperturbável sangue-frio: enquanto a Maria apanhava e o Leonardo esbravejava, ele ocupava-se tranquilamente em rasgar as folhas dos autos que este tinha largado ao entrar, e em fazer delas uma grande coleção de cartuchos.
        Quando, esmorecida a raiva, o Leonardo pôde ser alguma cousa mais do que ciúme, reparou então na obra meritória em que se ocupava o pequeno.
        Enfureceu-se de novo: suspendeu o menino pelas orelhas, fê-lo dar no ar uma meia-volta, ergue o pé direito, assenta-lhe em cheio sobre os glúteos, atirando-o sentado a quatro braças de distância.
        --- És filho de uma pisadela e de um beliscão; mereces que um pontapé te acabe a casta.
                                                                                  Manuel Antônio de Almeida.
1 – Sobre o texto:
a)     O tema de que trata o texto NÃO era característico do Romantismo. Cite-o.
Traição.

b)    Por que os personagens NÃO são representativos do romance romântico?
São movidos pelo ciúme, desamor, falta de consideração, defeitos que as personagens românticas não apresentam.
       




terça-feira, 18 de abril de 2017

MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS -MANUEL ANTÔNIO ALMEIDA - (FRAGMENTO) - COM GABARITO

MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS

          O pequeno, enquanto se achou novato em casa do padrinho, portou-se com toda a sisudez e gravidade; apenas porém foi tomando mais familiaridade, começou a pôr as manguinhas de fora. Apesar disto porém captou do padrinho maior afeição, que se foi aumentando de dia em dia, e que em breve chegou ao extremo da amizade cega e apaixonada. Até nas próprias travessuras do menino, as mais das vezes malignas, achava o bom do homem muita graça; não havia para ele em todo o bairro rapazinho mais bonito, e não se fartava de contar à vizinhança tudo o que ele dizia e fazia; às vezes eram verdadeiras ações de menino malcriado, que ele achava cheio de espírito e de viveza; outras vezes eram ditos que denotavam já muita velhacaria para aquela idade, e que ele julgava os mais ingênuos do mundo. [...]
          [O padrinho] Gastava às vezes as noites em fazer castelos no ar a seu respeito; sonhava-lhe uma grande fortuna e uma elevada posição, e tratava de estudar os meios que o levassem a esse fim. Eis aqui pouco mais ou menos o fio dos seus raciocínios. [...] Seria talvez bom manda-lo ao estudo... porém para que serve o estudo? Verdade é que ele parece ter boa memória, e eu podia mais para diante manda-lo a Coimbra... Sim, é verdade... eu tenho aquelas patacas; estou já velho, não tenho filhos nem outros parentes... mas também que diabo se fará ele em Coimbra?  Licenciado não:  é mau ofício; letrado? era bom... sim, letrado... mas não; não, tenho zanga a quem me lida com papéis e demandas... Clérigo? ... um senhor clérigo é muito bom... é uma coisa muito séria... ganha-se muito... pode vir um dia a ser cura. Está dito, há de ser clérigo... ora, se há de ser: hei de ter ainda o gostinho de o ver dizer missa... de o ver pregar na Sé, e então hei de mostrar a toda esta gentalha aqui da vizinhança que não gosta dele que eu tinha muita razão em lhe querer bem. Ele está ainda muito pequeno, mas vou tratar de o ir desasnando aqui mesmo em casa, e quando tiver 12 ou 14 anos há de me entrar para a escola.
          Tendo ruminado por muito tempo esta ideia, um dia de manhã chamou o pequeno e disse-lhe:
          --- Menino, venha cá, você está ficando um homem (tinha ele 9 anos); é preciso que aprenda alguma coisa para vir um dia a ser gente; de segunda-feira em diante (estava em quarta-feira) começarei a ensinar-lhe o bê-á-bá. Farte-se de travessuras por este resto da semana.
          O menino ouviu este discurso com um ar meio admirado, meio desgostoso, e respondeu:
          --- Então eu não hei de ir mais ao quintal, nem hei de brincar na porta?
          --- Aos domingos, quando voltamos da missa...
          --- Ora, eu não gosto da missa.
          O padrinho não gostou da resposta; não era bom anúncio para quem se destinava a ser padre; mas nem por isso perdeu as esperanças.
          O menino tomou bem sentido nestas palavras do padrinho: “Farte-se de travessuras por este resto da semana”, e acreditou que aquilo era uma licença ampla para fazer tudo quanto de bom e de mau lhe lembrasse durante o tempo que ainda lhe restava de folga. [...]
           Ao anoitecer, estando sentado à porta da loja, viu ao longe no princípio da rua um acompanhamento alumiado pela luz de lanternas e tochas, e ouviu padres a rezarem; estremeceu de alegria e pôs-se em pé de um salto. Era a via-sacra do Bom Jesus.
          Há bem pouco tempo que existiam ainda em certas ruas desta cidade cruzes negras pregadas pelas paredes de espaço em espaço.
          Ás quartas-feiras e em outros dias da semana saía do Bom Jesus e de outras igrejas uma espécie de procissão composta de alguns padres conduzindo cruzes, irmãos de algumas irmandades com lanternas, e povo em grande quantidade; os padres rezavam e o povo acompanhava a reza. Em cada cruz parava o acompanhamento, ajoelhavam-se todos, e oravam durante muito tempo. Este ato, que satisfazia a devoção dos carolas, dava pasto e ocasião a quanta sorte de zombaria e de imoralidade lembrava aos rapazes daquela época, que são os velhos de hoje, e que tanto clamam contra o desrespeito dos moços de agora. Caminhavam eles em charola atrás da procissão, interrompendo a cantoria com ditérios em voz alta, ora simplesmente engraçados, ora pouco decentes; levavam longos fios de barbante, em cuja extremidade iam penduradas grossas bolas de cera. Se ia por ali ao seu alcance algum infeliz, a quem os anos tivessem despido a cabeça dos cabelos, colocavam-se em distância conveniente, e escondidos por trás de um ou de outro, arremessavam o projétil que ia bater em cheio sobre a calva do devoto; puxavam rapidamente o barbante, e ninguém podia saber donde tinha partido o golpe. Estas e outras cenas excitavam vozeria e gargalhadas na multidão.
          Era a isto que naqueles devotos tempos se chamava correr a via-sacra. [...]
          Vinha aproximando-se o acompanhamento, e o menino palpitava de prazer. Chegou mesmo defronte da porta; teve ele então um pensamento que o fez estremecer; tornou-se a lembrar das palavras do padrinho: “farte-se de travessuras”; espiou para dentro da loja, viu-o entretido, deu um salto do lugar onde estava, misturou-se com a multidão, e lá foi concorrendo com suas gargalhadas e seus gritos para aumentar a vozeria. Era um prazer febril que ele sentia; esqueceu-se de tudo, pulou, saltou, gritou, rezou, cantou, e só não fez daquilo o que não estava em suas forças. Fez camaradagem com dois outros meninos do seu tamanho que também iam no rancho, e quando deu acordo de si estava de volta com a via-sacra na Igreja do Bom Jesus.

          ALMEIDA, Manuel Antônio de. Memórias de um sargento de milícias.
                                                                          São Paulo: Ática, 1998, p. 119-22.
Clérigo: padre, sacerdote cristão.
Coimbra: cidade de Portugal, conhecida principalmente por sua universidade.
Cura: vigário, padre responsável por uma paróquia.
Demanda: processo judicial.
Desasnar: tirar a ignorância.
Ensinar o bê-á-bá: alfabetizar.
Gentalha: gente das camadas inferiores da sociedade, ralé.
Letrado: advogado, jurista.
Licenciado: pessoa com nível universitário.
Pataca: moeda de prata corrente no Brasil no período imperial.
Ruminado: muito pensado.
Sisudez: seriedade.
Acompanhamento: cortejo, comitiva, procissão.
Carola: pessoa extremamente apegada à Igreja Católica e às práticas religiosas.
Clamar: reclamar, protestar.
Dar pasto: motivar, estimular.
Devoto: seguidor fervoroso de uma religião.
Ditério: zombaria, gozação.
Em charola: em fila, carregando-se uns aos outros.
Fartar-se: saciar-se, satisfazer uma vontade.
Irmandade: sociedade religiosa.
Projétil: qualquer coisa lançada com o objetivo de atingir alguém; no caso, a bola de cera.
Rancho: conjunto de pessoas reunidas em uma jornada ou marcha.
Via-sacra: itinerário composto de 14 estações, identificadas por imagens (esculturas, quadros ou cruzes) que lembram os principais momentos da Paixão de Cristo.

1 – Leonardo é descrito como uma criança bastante travessa. Complete o quadro com palavras e expressões que indicam a diferença entre a visão do narrador e a do padrinho com relação às atitudes do menino.
     Atitudes                   Visão do narrador                   visão do padrinho
Travessuras                  malignas                                     muita graça
Ações                          de menino malcriado              cheio de espírito e viveza
Ditos                           denotavam velhacaria             os mais ingênuos do
                                                                                                      Mundo.

2 – O padrinho imaginava um futuro para Leonardo. Pelos “castelos no ar” que fazia, é possível observar o valor dado na época a algumas carreiras.
a)      Que carreiras são valorizadas?
A carreira de Direito (pela presença da palavra “demandas”) e a de clérigo.

b)    De acordo com o padrinho, qual carreira seria a melhor para o afilhado? Por quê?
Ser clérigo, pois é uma carreira que impõe respeito (status) e ganha-se muito.

3 – O narrador reproduz o raciocínio do padrinho.
a)     Que evidências há no texto de que a “voz” que ouvimos em parte do segundo parágrafo é do padrinho?
O uso da primeira pessoa (por exemplo, “eu tenho aquelas patacas”); a presença de interrogativas (dúvidas), aproximando o trecho da forma pela qual o pensamento, na busca de uma solução, costuma se processar.

b)    Uma das questões do padrinho é “para que diabo serve o estudo?”. O que esse questionamento revela sobre a personagem?
Ao tentar escolher a futura profissão do afilhado, o padrinho baseia-se no valor dado socialmente a determinadas carreiras, para as quais é necessário estudar. Entretanto, pessoalmente, o padrinho parece não valorizar tanto assim o estudo.

c)     Como você responderia à pergunta do padrinho?
Resposta pessoal.

4 – Uma prática comum às classes sociais privilegiadas da época era enviar seus filhos para estudar em Portugal. O padrinho tinha recursos para essa prática?
       Embora não pertencesse a uma classe social muito privilegiada, o padrinho tinha algumas economias das quais poderia dispor, uma vez que estava velho e não tinha família para sustentar.
       É interessante discutir com os alunos se estudar no exterior ainda é uma prática comum hoje em dia e se todos tem acesso a isso.

5 – A procissão, um costume frequente da época, é apresentada no texto.
a)     Podemos dividir os participantes da procissão em dois grupos. Identifique-os.
O grupo dos padres e a dos jovens.

b)    Há diferenças na intenção e no comportamento dos dois grupos participantes da procissão? Justifique sua resposta.
A diferença é que: o grupo dos Padres e carolas, estavam lá pela fé; e os jovens para divertir, provocando o riso por meio de ditos, por vezes pouco decentes, e lançando bolas de cera na cabeça de carecas.

6 – Referindo-se aos rapazes que seguem a procissão, o narrador informa “que são os velhos de hoje, e que tanto clamam contra o desrespeito dos moços de agora”.
a)     Lembrando-se de que o narrador descreve, em meados do século XIX, uma procissão que teria acontecido no início do século XIX, quem seriam “os velhos de hoje”?
Os jovens rapazes que tumultuavam a procissão.

b)    Que comportamento costumeiro está sendo aí criticado?
O fato dos idosos criticarem ações de jovens, esquecendo-se de que tiverem um comportamento similar quando tinham pouca idade.

7 – Há indícios no texto de que o sonho do padrinho não vai se realizar?
      Além de o menino não gostar de missa, o que o atrai na procissão é a possibilidade de se divertir, de fazer travessuras.