Mostrando postagens com marcador LEITURA DE OBRA DE ARTE. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador LEITURA DE OBRA DE ARTE. Mostrar todas as postagens

sábado, 10 de setembro de 2022

OBRAS: AEROBATIC BALLS E FLOURISH - JOHN EDMARK - COM GABARITO

 Obras: Aerobatic Balls e Flourish

            John Edmark

Aerobatic Balls [Bolas acrobáticas aéreas], seção “Air & Water”, de John Edmark, 2011 (bolas de pingue-pongue, sistema com doze correntes de ar, plataforma metálica, dimensões variáveis – Acervo do artista).



Flourish [Florescer], série “Blooms”, de John Edmark, 2011 (plástico branco, motor, luz estroboscópica, 11,58 cm x 11,61 cm x 4,38 cm – Galeria Osher, São Francisco, Estados Unidos.

Fonte: Estações e Linguagens – Rotas da Ciência e Tecnologia – Ensino Médio – Editora Ática – 1ª edição, São Paulo, 2020. p.  19-20.

Entendendo as obras:

01 – O artista estadunidense John Edmark (1965 -) também explora a ciência em suas obras, que se movimentam obedecendo a diferentes princípios da física.

a)   Assista ao vídeo de uma de suas obras, chamada Aerobatic Balls [Bolas acrobáticas aéreas], no site do artista, disponível em: http://www.johnedmark.com/air-water1/2016/4/29/aerobatic-balls (acesso em: 1° jul. 2020).

No site há vídeos de todas as suas obras. Aerobatic Balls faz parte da seção “Air & Water” [ar e água].

b)   Qual é o significado do nome dessa obra? Ele está relacionado ao funcionamento dela?

A palavra “aerobatic”, em inglês, é uma junção das palavras “aerial” e “acrobacia” (acrobacia aérea). O nome está ligado ao comportamento das bolas de pingue-pongue, que descrevem movimentos como acrobacias. Na obra, as bolas ficam suspensas por doze correntes de ar que fazem com que fiquem em movimento constante. Os movimentos podem se alterar, variando o número de bolas e a velocidade do ar.

c)   Ainda no site do artista, assista ao vídeo da série chamada “Blooms” [Florecimento], que utiliza a proporção áurea para que a escultura de uma flor impressa em 3D desabroche. Esse efeito é causado por rotações progressivas sob uma luz estroboscópica. O que chama sua atenção nesta obra específica? Comente com os colegas.

Resposta pessoal do aluno. O vídeo está disponível em: http://johnedmark.com/phifib/2017/1/9/blooms-2. Acesso em: 2 jul. 2020.

d)   Leia a seguir um depoimento do artista acerca de seu trabalho. Depois, responda às questões.

Declaração

        Se a mudança é a única constante na natureza, ela está escrita na linguagem da geometria.

        Grande parte do meu trabalho se liga a padrões de espaço e de crescimento. Por meio de esculturas cinéticas e objetos que se transformam, eu busco oferecer ao observador estruturas surpreendentes escondidas em um espaço aparentemente amorfo.

        Embora geralmente a arte seja um instrumento de fantasia, meu trabalho é um convite para mergulhar fundo em nosso próprio mundo e descobrir o quão surpreendente ele pode ser [...].

        Eu emprego precisão matemática na concepção e produção do meu trabalho. Não faço isso com o objetivo de exibir apenas exatidão ou exaltar a tecnologia atual, mas porque estou tentando formular perguntas e respostas sobre relações espaciais, que só podem ser abordadas com construções geométricas exatas. A precisão matemática é um aliado essencial no meu objetivo de obter clareza.

        [...] Por meio do meu trabalho, eu me esforço para compartilhar a alegria da descoberta com outras pessoas em uma busca contínua pelos padrões atemporais de mudança. 

EDMARK, John. Statement. Disponível em: http://www.johnedmark.com/statement. Acesso em: 1o jul. 2020. [Livremente traduzido para fins didáticos].

 

·        De acordo com o texto, como o artista articula arte e ciência em seu trabalho? 

Segundo o depoimento, Edmark busca mostrar em seu trabalho como a compreensão geométrica da natureza pode ser tão surpreendente quanto a fantasia proposta para a arte. 

·        John Edmark usa a escultura cinética como uma das técnicas de suas obras. Você sabe o que é uma escultura cinética?

Espera-se que os estudantes percebam o movimento que há nas obras de John Edmark para responder à questão. A arte cinética é uma vertente das artes visuais cuja principal característica é a utilização de recursos visuais e técnicas que atribuem movimento ou impressão de movimento à obra. 

 

ESCULTURA: VÊNUS DE HOHLE FELS - COM GABARITO

Escultura: Vênus de Hohle Fels

Fonte da imagem - https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiflqFCKxQ71UdrFIeU43lBY1hh8j6quSICoDuIN7OOMXUa81rFDdBsJon4wUmnf6o3XvNJG3QHFDszTRGPgI8B7_lNJrM-3QOupP2NRj0Hx75D2QYhyctIwsE3djPXVFsfRwTTs9ju5Hirgz0VnRecqGWXKL0S18LWlDZd0K0zsthyGR9dJ6Rv738v/s1600/ESCULTURA.jpg

Vênus de Hohle Fels, c. 40 mil a.C. (marfim, 6 cm – Museu Pré-histórico de Blaubeuren, Alemanha).

Fonte: Estações e Linguagens – Rotas da Ciência e Tecnologia – Ensino Médio – Editora Ática – 1ª edição, São Paulo, 2020. p. 41.

Entendendo a escultura:

01 – Com base nessa observação, converse com os colegas e levante hipóteses para estas questões:

a)   O que esse objeto mostra?

A escultura mostra um corpo feminino.

b)   Que matéria-prima foi utilizada em sua criação?

Foi esculpida em marfim de mamute.

c)   Qual é o peso dela? E o tamanho?

Mede 6 centímetros e pesa 33 gramas.

02 – Cheque suas hipóteses com o professor.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Essa escultura fica no Museu Pré-Histórico de Blaubeuren, na Alemanha.

03 – Considere o que a escultura mostra, o nome da caverna em que ela foi descoberta e responda: Por quais motivos a escultura ficou conhecida como Vênus de Hohle Fels?

      É comum que descobertas arqueológicas recebam nomes que se referem ao lugar onde foram descobertas (Hohle Fels); no caso de esculturas, costuma-se considerar também aquilo que a expressão artística representa (um corpo feminino, com formas avantajadas, que pode representar a fertilidade, a maternidade, a abundância; a deusa romana da fertilidade é Vênus). Por isso, o nome da pequena escultura é Vênus de Hohle Fels.

04 – Para ampliar seu repertório cultural, busque em sites de museus arqueológicos outros exemplos desse tipo de Vênus e compartilhe suas descobertas com os colegas.

      Resposta pessoal do aluno.

sábado, 27 de agosto de 2022

OBRA: KAPE TAWÃ (PONTE DO JACARÉ) - ISAKA HUNI KUIN - COM GABARITO

 Obra: Kape tawã (Ponte do jacaré)

 Fonte da imagem - https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7lLO_OOB8cuGiCq0KSNNACKDlSFtaDYOZ9LNlpd7mxp61Qxp3T99m8U0c7cHs3RO93zvJ98YdU3P8VXmnCeLJTzc0A91dVMsFcUukTLUiMHsGQTlKkcS5FcBwMhQonjAKn7xALts11a5eV4_x7Kl971ID8lcBth-1SX4lFHZQL4YWvelKzQ9KtyQy/s1600/JACAR%C3%89.jpg
 

Kape tawã (Ponte do jacaré), de Isaka Huni Kuin, 2014 Http://climacom.mudancasclimaticas.net.br

Fonte: Língua Portuguesa – Estações – Ensino Médio – Volume Único. 1ª edição, São Paulo, 2020 – editora Ática – p. 294-5.

Entendendo a obra:

01 – Você conhece artistas indígenas? Quais? Que linguagem artísticas eles usam para se expressar?

      Resposta pessoal do aluno.

02 – Como você conheceu esses artistas e suas obras?

      Resposta pessoal do aluno.

03 – Em sua opinião, há visibilidade para esses artistas e suas obras? Por quê? Comente com os colegas.

      Resposta pessoal do aluno.

04 – Que sensações essa obra desperta em você? A que temática você acha que ela se refere?

      Resposta pessoal do aluno.

05 – Descreva os principais elementos da obra. Quais chamaram mais a sua atenção?

      Os elementos que se destacam são o grande jacaré ao centro, sobre o qual se encontram dois casais, um na parte de trás e outro na da frente. Uma grande cobra, pintada em tons de vermelho e preto, ocupa também a extensão da tela e confunde-se com a margem do rio em que está o jacaré. A raiz que envolve a grande árvore central – e que serve de linha de demarcação dos lados esquerdo e direito do desenho – também se parece com uma cobra, dando vida, como uma seiva aparente, e sustentação à árvore frondosa. O jacaré está abocanhando uma caça.

06 – A tradução do título da obra, “Ponte do jacaré”, remete a um mito de origem importante dos Huni Kuin. Entre suas interpretações possíveis, destaca-se a que relaciona os deslocamentos humanos a acordos com os animais e a natureza. Levante hipóteses: Por que o jacaré mítico permitiu que o ser humano andasse sobre suas costas?

      Para andar sobre suas costas, os seres humanos ofereceram comida ao jacaré, o que está figurado no desenho pelo animal de caça; assim, fica acertado o acordo entre os seres humanos, os animais e a natureza, pois, se os humanos não alimentarem o jacaré, o animal poderá devorá-los – o que seria uma consequência natural.

07 – O professor indígena Ibã Huni Kuin vincula a passagem simbolizada na obra à travessia feita há milhares de anos por seres humanos pelo estreito de Bering, o que possibilitou o povoamento das Américas. Busque informações em fontes confiáveis para saber mais sobre essa travessia.

      Sim, o fato de os seres humanos andarem sobre um jacaré, a harmonia e a simetria dos elementos pictóricos sugerem uma relação de respeito com a natureza.

08 – É possível dizer que a convivência dos Huni Kuin com a natureza é harmônica? Justifique com elementos da obra.

      A participação em coletivos artísticos pode ser uma forma importante de ativismo político e social.

09 – Ao lado de outros artistas, Isaka Huni Kuin faz parte de um coletivo chamado Movimento dos Artistas Huni Kuin (MAHKU). Você acha que esse tipo de mobilização pode aumentar a visibilidade dos artistas desse povo e de suas obras?

      Resposta pessoal do aluno.

domingo, 26 de maio de 2019

LEITURA DE OBRA DE ARTE: RODA - MILTON DACOSTA - COM QUESTÕES GABARITADAS


Quadro: Roda (1942)
                 Milton Dacosta

Entendendo o quadro:

01 – Milton Dacosta nasceu em Niterói, em 1915.  Sua carreira firmou-se a partir de 1933, quando participou de uma exposição no Salão Nacional de Belas-Artes. Tal como nas obras de alguns poetas do período, nas obras de Dacosta também se veem influências das correntes de vanguarda, especialmente do Cubismo e do Surrealismo.

a)   Que aspectos do quadro se ligam ao Cubismo?
A geometrização das personagens: ângulos no rosto e no corpo, formas geométricas nos vestidos, no cabelo e na fita do cabelo.

b)   Que aspectos se ligam ao Surrealismo?
Certo estranhamento decorrente sobretudo do fato de as crianças não terem rosto.

02 – Intitulado Roda, o quadro retrata uma situação em que crianças de diferentes idades brincam de roda. Observe as personagens: o corpo, o rosto, a pele e as roupas.
a)   Qual é o aspecto mais inquietante na representação dessas personagens?
A falta do rosto.

b)   As cores das roupas que elas usam são vivas ou apagadas?
São vivas.

c)   As crianças se parecem com pessoas reais ou parecem seres artificiais, como se fossem bonecos? Por quê?
Parecem bonecos: não têm rosto e, em vez de pele, o corpo parece revestido de madeira ou papel.

03 – Observe agora os elementos que compõem o cenário em que as personagens se encontram.
a)   Trata-se de um cenário natural ou artificial? Caracterize-o.
Um cenário artificial; não há nem planta, nem animal, nem casa; há apenas quatro troncos ou estacas fincadas na terra. O solo, de uma cor verde, também não parece ser de terra nem coberto por vegetação.

b)   O que o cenário como um todo expressa?
Uma paisagem desértica, sem vida, que suscita impressões como o vazio.
04 – Visto no conjunto, nota-se que o quadro reúne elementos contraditórios, que podem ser organizados em pares, como ser e não ser, natural e artificial ou vida e morte. Identifique na obra elementos relacionados:
a)   Com o universo natural ou com a vida.
As crianças brincam de roda, as flores ao seu redor, as cores vivas dos vestidos.

b)   Com o universo artificial ou com a morte.
As flores jogadas no chão, as crianças que parecem bonecos, a paisagem desértica e sem vida.

05 – A criança sempre foi associada à ideia de ingenuidade, de pureza. Nesse quadro, as crianças revelam essas características? Justifique.
      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Até certo ponto, pois o quadro, ao mesmo tempo que expressa uma ideia de pureza infantil, retrata as crianças como seres autômatos, sem identidade e sem vida.

06 – O quadro foi pintado em 1942. As crianças que vemos brincam de roda e, por isso, têm as mãos dadas. Em 1940, Carlos Drummond de Andrade publicou o poema “Mãos dadas”, em que se lê:
        “O presente é tão grande, não nos afastemos.
         Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas”.

a)   Em qual contexto sociopolítico, nacional e internacional, o poema e o quadro foram produzidos?
No contexto internacional da Segunda Guerra Mundial e no contexto nacional do Estado Novo.

b)   É possível afirmar que no quadro de Dacosta as crianças representam a união, a solidariedade e a esperança de um futuro melhor?
Resposta pessoal do aluno. Sugestão: É possível que não. O aspecto artificial das crianças e da paisagem impossibilita associar a cena, apesar das mãos dadas, a um futuro de união e solidariedade.

07 – O que você acha que está mais diferente neste quadro?
      A frieza do autor em pintar rostos não identificados, sem expressão, sem sentimentos.

08 – Por que Milton Dacosta não desenhou o rosto das meninas?
      Acredito que porque as crianças perderam sua identidade, a brincadeira de roda mostrava muito da identidade infantil que foi se perdendo ao longo do tempo. Por este motivo as meninas não tem rosto, pois elas perderam sua identidade de criança.

09 – Mesmo sem ter desenhado o rosto, como você imagina que seria a expressão delas?
      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Expressão de felicidade.

10 – A menina que está de costas é maior e está de sapatos. Quem pode ser ela? Por quê?
      Ela pode ser uma mulher adulta. Acredito que tentando fugir das obrigações de um adulto e relembrando como é ser criança.