sábado, 4 de maio de 2019

MENSAGEM: CARIDADE TRANSFERIDA -DIVALDO FRANCO(JOANNA DE ÂNGELIS) - O LIVRO DOS ESPÍRITOS - ALLAN KARDEC - SOBRE OS ESPÍRITOS - ANJOS E DEMÔNIOS - REFLEXÃO



Mensagem: CARIDADE TRANSFERIDA
DIVALDO FRANCO PELO ESPÍRITO JOANNA DE ÂNGELIS


    Ninguém objeta quanto à qualidade dos elevados propósitos.
        Não se faz qualquer restrição à nobreza de tais sentimentos.
        A caridade é sempre uma luz acesa vencendo trevas.
        Por isso mesmo não é lícito eximir-se alguém de clarificar-se com a luminescência que dela emana.
       Quem conduz uma luz beneficia-se primeiro.



        Generaliza-se uma prática que, embora edificante, tem assumido um caráter passadista.
        Pessoas generosas, que desejam auxiliar, sempre se eximem de fazê-lo, justificando-se falta de tempo, de saúde, poucas possibilidades econômicas… E encaminham os necessitados que lhe buscam o concurso a outras que lhes parecem bem aquinhoadas, valorosas, sem problemas…Mas que os têm, igualmente, só que se não queixam, fomentando o comércio do desânimo e da insensatez.
        São criaturas bem formadas, sem dúvida, as que assim procedem, no entanto, se recusam a alegria de servir, a bênção de socorrer, a felicidade de amar.
        Claro que ante à impossibilidade real de fazer-se o bem, a atitude encaminhar o aflito a uma fonte abençoada é correta.
        Não, porém, como um hábito constante, transferindo-se a caridade de domicílio e de mãos…
*
        Quando alguém te chegar em sofrimento, sempre poderás auxiliar, se o quiseres.
        Não mensurando tempo nem examinando valores, deves repartir dádivas e repartir-te no ministério da caridade com Jesus.
        Caridade transferida ¾ socorro tardio.
*
        Conhecendo alguém que se afadiga no labor santificante da caridade, corre em seu auxílio, ao invés de o sobrecarregares com novas incumbências e maior soma de responsabilidades.
        Detendo-te a meditar na Parábola do Bom Samaritano, compreenderás a necessidade de fazeres, tu mesmo, a caridade.
        Não mandes outrem realizá-la em teu lugar.
        Não postergues o teu momento de felicidade.
        Jesus jamais se poupava, transferindo labores. Inclusive na cruz, quando solicitado pelo atormentado bandido, que Lhe rogava ajuda, distendeu-lhe a mão generosa da esperança, em nome da excelsa caridade de Nosso Pai.
(De Oferenda, de Divaldo P. Franco Joanna de Ângelis)

Mensagens Espírita: O livro dos Espíritos

ALLAN KARDEC – Tradução Matheus R. Camargo
Perguntas e respostas
                      Livro Segundo
MUNDO ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
                       Capítulo I
        SOBRE OS ESPÍRITOS
ANJOS E DEMÔNIOS

128 – Os seres que chamamos de anjos, arcanjos e serafins formam uma categoria especial, de uma natureza da dos outros Espíritos?
      -- Não, eles são os Espíritos puros: aqueles que estão no mais alto grau da escala e reúnem todas as perfeições.
      A palavra anjo geralmente revela a ideia da perfeição moral; entretanto, é frequentemente aplicada a todos os seres bons e maus que estão fora da humanidade. Diz-se: o anjo bom e o mau; o anjo de luz e o anjo das trevas. Nesse caso, ele é sinônimo de Espírito ou de gênio. Aqui, nós a usamos no seu sentido positivo.

129 – Os anjos passaram por todos os graus?
      -- Percorreram todos os graus, mas, como dissemos, alguns aceitaram sua missão sem reclamar, e chegaram mais depressa; outros levaram um tempo mais ou menos longo para chegar à perfeição.

130 – Se a opinião que admite seres criados perfeitos e superiores a todas as outras criaturas é errônea, como se explica que ela apareça na tradição de quase todos os povos?
      -- Deves saber que teu mundo não existe desde sempre e que, muito tempo antes de ele existir, já havia Espíritos que tinham alcançado o grau supremo. Os homens então acreditaram que eles sempre foram assim.

131 – Há demônios, no sentido que é atribuído a essa palavra?
      -- Se houvesse demônios, eles seriam obra de Deus. E Deus seria justo e bom se tivesse criado seres eternamente votados ao mal e desgraçados? Se há demônios, eles residem no teu mundo inferior ou em outros semelhantes. São estes homens hipócritas que fazem de um Deus justo um Deus maldoso e vingativo, e que julgam ser-lhe agradáveis pelas abominações que cometem em Seu nome.
      A palavra demônio está ligada à ideia de Espírito mau apenas em sua acepção moderna, pois a palavra grega daimôn, a partir da qual é formada, significa gênio, inteligência, e foi aplicada a seres incorpóreos, bons ou maus, sem distinção.
      A ideia dos demônios, na acepção vulgar da palavra, supõe seres essencialmente malfeitores; como todas as coisas, seriam criação de Deus. Ora, Deus, que é soberanamente justo e bom, não pode ter criado seres naturalmente propensos ao mal e eternamente condenados. Se não fossem obra de Deus, seriam eternos como Ele, e então haveria diversas forças soberanas.
      A primeira condição de toda doutrina é ser lógica. Ora, a dos demônios, no sentido absoluto, falha nesse ponto essencial. Que na crença de povos atrasados, que não conhecem os atributos de Deus, admita-se a existência de divindades malfeitoras, ou também demônios, é compreensível; mas para todo aquele que faz da bondade de Deus um atributo por excelência, é ilógico e contraditório supor que Ele possa ter criado seres voltados ao mal e destinados a praticá-lo perpetuamente, pois seria negar a Sua bondade. Os partidários dos demônios se apoiam nas palavras do Cristo; certamente não seremos nós quem contestaremos a autoridade de seu ensinamento, que gostaríamos de ver mais nos corações que nas bocas dos homens. Mas será que se está bem certo do sentido que ele atribuía à palavra demônio? Não se sabe que a forma alegórica é umas das marcas distintivas de sua linguagem, e que tudo o que está no Evangelho não deve ser levado ao pé da letra? Não precisamos de outra prova além desta passagem:
      “Logo após esses dias de aflição, o sol escurecerá e a lua não mais derramará a sua luz, as estrelas cairão do céu e as forças celestes serão abaladas. Em verdade vos digo que esta geração não passará antes que todas essas coisas se cumpram.”
      Não vimos a forma do texto bíblico ser contradita pela Ciência, no que diz respeito à criação e ao movimento da Terra? Não poderia ocorrer o mesmo com certas figuras empregadas pelo Cristo, que deveria falar de acordo com seu tempo e região? Cristo não poderia ter conscientemente dito uma falsidade. Portanto, se em suas palavras há coisas que parecem chocar a razão, é porque não as compreendemos ou as interpretamos mal.
      Os homens fizeram dos demônios o mesmo que fizeram dos anjos. Da mesma forma que acreditaram na existência de seres perfeitos desde sempre, tomaram os Espíritos inferiores por seres perpetuamente maus. A palavra demônio deve ser entendida, portanto, como relativa aos Espíritos impuros, que frequentemente não são melhores que aqueles designados com o nome de demônios, mas com a diferença de que seu estado é apenas transitório. São os Espíritos imperfeitos que reclamam das provações que sofrem e que, por isso mesmo, as sofrem por mais tempo, mas que chegarão por sua vez à perfeição, quando tiverem essa vontade. Portanto, poder-se-ia aceitar a palavra demônio com essa restrição; mas como agora ela é entendida num sentido exclusivo, isso poderia induzir ao erro, levando a acreditar na existência de seres especiais criados para o mal.
      Quanto a Satanás, ele é evidentemente a personificação do mal sob uma forma alegórica, pois não se poderia admitir um ser mau lutando de igual poder contra a Divindade, e cuja única preocupação fosse contrariar os desígnios divinos. Como o homem precisa de figuras e imagens para impressionar sua imaginação, representou os seres incorpóreos sob uma forma material, com atributos que lembram suas qualidades ou defeitos. Foi assim que os antigos, na tentativa d personificar o tempo, representaram-no sob a figura de um ancião com uma foice e uma ampulheta; a figura de um jovem teria sido um contrassenso. O mesmo se deu com as alegorias da fortuna, da verdade, etc. Os modernos representam os anjos ou Espíritos puros sob uma figura radiante, com asas brancas, símbolo da pureza; Satanás com chifres, garras e os atributos da bestialidade, símbolos das paixões vis. O ignorante, que toma as coisas ao pé da letra, viu nesses símbolos individualidades reais, como outrora tinha visto Saturno na alegoria do Tempo.




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