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quarta-feira, 25 de junho de 2025

MÚSICA(ATIVIDADES): AÍ! SE SÊSSE! - ZÉ DA LUZ - COM GABARITO

 Música (Atividade): Ai! Se sêsse!

            Zé da Luz

Se um dia nois se gostasse
Se um dia nois se queresse
Se nois dois se empareasse
Se juntim nois dois vivesse
Se juntim nois dois morasse
Se juntim nois dois drumisse
Se juntim nois dois morresse
Se pro céu nois assubisse

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNgUjFziglWpU0ue0HnpSsuA0Fc40B0ihBDqSKzASafI_ZPBOvJeaZ4o9Ht4ehkvxy8Gh0hSSsnxDw0Ow4-9ZWZYlSKpimMvA4xxk4iUcKMCxjeChkHUAts2yOTXSbrPqzQQWxykdDGFGmIyzp7ygO_II2yLcFwqk45Xu9hIt6YuEn_pCiY7FnqMcH3_w/s320/maxresdefault.jpg


Mas porém acontecesse de São Pedro não abrisse
A porta do céu e fosse te dizer qualquer tulice
E se eu me arriminasse
E tu cum eu insistisse pra que eu me arresolvesse
E a minha faca puxasse
E o bucho do céu furasse
Tarvês que nois dois ficasse
Tarvês que nois dois caísse
E o céu furado arriasse e as virgi toda fugisse.

Composição: Zé Da Luz. Disponível em: http://letras.terra.com.br/cordel-do-fogo-encantado/78514/. Acesso em: 4 nov. 2014.

Fonte: Língua Portuguesa: Singular & Plural. Laura de Figueiredo; Marisa Balthasar e Shirley Goulart – 6º ano – Moderna. 2ª edição, São Paulo, 2015. p. 215.

Entendendo a música:

01 – Qual é o sentimento principal que o eu-lírico expressa no início da canção?

      O sentimento principal expresso no início da canção é o de um desejo profundo e condicional de união com a pessoa amada. O eu-lírico usa a repetição de "se" para imaginar uma vida inteira de cumplicidade e proximidade.

02 – O que o eu-lírico imagina que aconteceria se ele e a pessoa amada morressem e tentassem entrar no céu?

      Ele imagina que, ao chegarem no céu, São Pedro não abriria a porta e diria "qualquer tulice" (besteira, tolice), impedindo a entrada dos dois.

03 – Diante da recusa de São Pedro, qual é a reação extrema e bem-humorada que o eu-lírico pensa em ter?

      O eu-lírico pensa em "se arriminar" (se armar) e, com a insistência da amada, puxar sua faca e "furar o bucho do céu".

04 – Quais seriam as consequências da ação radical do eu-lírico, caso ele "furasse o bucho do céu"?

      As consequências seriam: "Tarvês que nois dois ficasse / Tarvês que nois dois caísse / E o céu furado arriasse e as virgi toda fugisse." Ou seja, talvez eles permanecessem, talvez caíssem, o céu se desmoronaria e todas as virgens (anjos) fugiriam.

05 – Qual é o efeito do uso repetitivo da conjunção "se" ao longo da letra?

      O uso repetitivo da conjunção "se" cria uma atmosfera de hipótese e imaginação, construindo um cenário de possibilidades e fantasias. Ele enfatiza o caráter condicional de todos os eventos narrados, do amor à rebelião celestial.

 

 

MÚSICA(ATIVIDADES): O MUNDO É UM MOINHO - CARTOLA - COM GABARITO

 Música (Atividade): O Mundo É Um Moinho

             Cartola

Ainda é cedo, amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjF-o1245JlwriikozJh-JhUm_JRhuJDrX_Zfm2Sp3cWO6n8Dh_EEL1shx099BVR7ohaLT61vlArfILz-AL8fRPvcF2agv3mjtkO3CKS_iiJPv35xdEv-tKoLKYTR5d8cu95fMApFqp0NRGpx9NI7LJIe2SEljLDsJM-l_nkLWN2eXGZb2g_TcattZrcWE/s320/maxresdefault.jpg

Preste atenção, querida
Embora eu saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és

Ouça-me bem, amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos tão mesquinhos
Vai reduzir as ilusões a pó

Preste atenção, querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares, estás à beira do abismo
Abismo que cavaste com os teus pés

Ainda é cedo, amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar

Preste atenção, querida
Embora eu saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és

Ouça-me bem, amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos tão mesquinhos
Vai reduzir as ilusões a pó

Preste atenção, querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares, estás à beira do abismo
Abismo que cavaste com os teus pés.

 

Composição: Cartola. Selo: Discus Marcus Pereira, 1976.

Entendendo a música:

01 – Qual é o principal conselho que o eu-lírico dá à pessoa amada no início da música?

      O principal conselho é para que a pessoa amada preste atenção e reflita sobre suas decisões, pois ela está "anunciando a hora de partida" sem realmente saber o rumo que irá tomar, o que o eu-lírico vê como um erro por ser "ainda cedo".

02 – Qual a metáfora central usada para descrever o mundo e o que ela representa?

      A metáfora central é "o mundo é um moinho". Ela representa a força destrutiva e implacável da vida, que pode esmagar os sonhos, reduzir as ilusões a pó e transformar a inocência em cinismo, caso a pessoa não esteja preparada ou atenta.

03 – Que advertência o eu-lírico faz sobre os amores e suas consequências?

      O eu-lírico adverte que, de cada amor, a pessoa amada "herdarás só o cinismo". Isso sugere que as experiências amorosas podem levar à desilusão e à perda da inocência, tornando a pessoa cínica.

04 – A frase "Em cada esquina cai um pouco tua vida" expressa qual ideia?

      Essa frase expressa a ideia de que a vida se desgasta e se transforma com o tempo e as experiências. Cada "esquina" pode representar um novo caminho, uma nova decisão ou um novo relacionamento que, gradualmente, molda e altera a essência da pessoa, às vezes de forma negativa.

05 – Qual é o "abismo" mencionado na letra e como ele é "cavado"?

      O "abismo" representa uma situação de desgraça, ruína ou profunda tristeza na qual a pessoa pode se encontrar. Ele é "cavado com os teus pés", o que significa que essa situação é resultado das próprias escolhas e atitudes da pessoa ao longo da vida, reforçando a ideia de responsabilidade individual.

 

quarta-feira, 4 de junho de 2025

MÚSICA(ATIVIDADES): PALAVRA DE HONRA - TIÃO CARREIRO E PARDINHO - COM GABARITO

 Música (Atividades): Palavra de Honra

            Tião Carreiro e Pardinho

Todo homem tem seu preço
Todo santo tem seu dia
Mundo velho está mudado
De quando os avós vivia
Quando a palavra de um homem
Mais que dinheiro valia
Pra se firmar um negócio
Documentos não havia
Arrancava um fio da barba
E dava, por garantia

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzZ6DXuokyRYkzrhDntpK7i8wMib-CRc_IfZTxXa8OxR_d174x4lvhaHFuCdXgdznAKMm-UzsAbv6RYRXqDzdG6iqAc05dNrJQGn-F6jUTZ_2rRK-ilgniVuQVXqCX5Mn8V8ZGwzRXtqS6wuGDsy8oH4WOwAplWcu4YcFSyqelOs3Yc7QM-FWZpNMFHd0/s320/maxresdefault.jpg

Não usava documentos
Como nos tempos atuais
Para tratar com um homem
Costumava pensar mais
Porém se desse a palavra
Por nada voltava atrás
Honrava o que dizia
Mesmo com riscos fatais
Hoje a palavra de honra
Manter ou não, tanto faz

Hoje tudo tá mudado
Pra ninguém isto é segredo
A moral de certos homens
Está servindo de brinquedo
Quando fala volta atrás
Muda a verdade por medo
São simples montes de gelo
Que se passa por rochedo
Pra encontrar muitos deles
Não precisa, sair cedo

Quanto mais o tempo passa
Mais se perde a tradição
Filhos de homem direito
Perde o nome em tabelião
O bom conceito que herdaram
Se vai nos golpes que dão
Não importa a honra da casa
Querem ser mais do que são
Pra se andar nas alturas
Deixa a moral, lá no chão.

Composição: Pedro Tomaz D'Aquino / Tião Carreiro. 

Entendendo a música:

01 – Qual é a principal comparação que a música faz entre o passado e o presente?

      A música contrasta a valorização da palavra no passado com sua desvalorização no presente. Antigamente, a palavra de um homem era mais valiosa que dinheiro e garantia negócios, enquanto hoje, documentos são necessários e a palavra de honra é facilmente quebrada.

02 – Que gesto simbólico era usado antigamente para selar um acordo ou promessa?

      Para selar um acordo ou promessa, um homem arrancava um fio da barba e o dava como garantia.

03 – Segundo a letra, quais são as consequências da perda da "palavra de honra" na sociedade atual?

      A perda da "palavra de honra" leva à falta de moralidade em certos homens, que mudam a verdade por medo e agem de forma superficial. Além disso, filhos de "homens direitos" perdem o bom conceito e a honra que herdaram, buscando ascensão social sem se importar com a moral.

04 – A música sugere que a evolução do tempo trouxe mudanças positivas ou negativas em relação à moralidade? Justifique.

      A música sugere que a evolução do tempo trouxe mudanças negativas em relação à moralidade. Ela lamenta a perda da tradição e do valor da palavra, descrevendo a moral de certos homens como um "brinquedo" e criticando a busca por "andar nas alturas" deixando a moral "no chão".

05 – Quando a música diz "São simples montes de gelo / Que se passa por rochedo", o que ela quer transmitir sobre as pessoas?

      Essa metáfora quer transmitir que muitas pessoas atualmente são falsas e frágeis, parecendo fortes e confiáveis por fora ("rochedo"), mas por dentro são inconstantes e sem substância ("montes de gelo").

06 – Qual o significado da frase "Filhos de homem direito / Perde o nome em tabelião" dentro do contexto da música?

      Essa frase significa que, mesmo aqueles que vêm de famílias com boa reputação ("homem direito"), acabam por desonrar o nome da família ao se envolverem em golpes e atitudes desonestas, que podem resultar em registros negativos ou ações legais em tabelionatos.

07 – De que forma a música "Palavra de Honra" se relaciona com o conto "A palavra" de Santiago Villela Marques, apesar de serem de gêneros diferentes?

      Ambas as obras exploram o peso e a importância da "palavra", embora de maneiras distintas. Na música, a palavra é vista como algo que se perdeu em valor, lamentando a quebra de promessas. No conto, a "palavra" de Benito-Boa-Fé é inflexível e tem consequências definitivas, ressaltando como, em certos contextos, ela ainda pode ter um poder absoluto e irredutível, mesmo que suas interpretações sejam ambíguas ou cruéis. Ambos os textos, à sua maneira, mostram que a palavra, seja ela dada ou recebida, define destinos.

 

MÚSICA(ATIVIDADES): MEDITAÇÃO - TOM JOBIM - COM GABARITO

 Música (Atividades): Meditação

             Tom Jobim

Quem acreditou
No amor, no sorriso, na flor
Então sonhou, sonhou
E perdeu a paz
O amor, o sorriso e a flor
Se transformam depressa demais

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoM80DQYCPlJGIJ_cTZl2SYN_ksjpH1_U2_h4aQDC-JWhdxYp84o7ZrAejNZCObGfJcB01kjR-yqsOeDWbe9RmJyHWRjwVlYYs3CL6y4gmvHL_Eje5rTboPG84Uebxlqtol4POToGm-pAEYLOwjaRalGy60ZR79FGM8vqk3gUfkNao9ZRfFv_qqW3LNGU/s320/DI03529.jpg


Quem, no coração
Abrigou a tristeza de ver tudo isto se perder
E, na solidão
Procurou um caminho e seguiu
Já descrente de um dia feliz

Quem chorou, chorou
E tanto que seu pranto já secou
Quem depois voltou
Ao amor, ao sorriso e à flor
Então tudo encontrou
E a própria dor
Revelou o caminho do amor
E a tristeza acabou.

Composição: Newton Mendonça / Tom Jobim.

Fonte: Livro – Português: Linguagens, 3ª Série – Ensino Médio – William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães, 9ª ed. – São Paulo: Saraiva Editora, 2013. p. 321.

Entendendo a música:

01 – Qual o tema principal abordado na primeira estrofe da música?

      A primeira estrofe aborda a fragilidade e a impermanência do amor, do sorriso e da flor, sugerindo que a crença e a esperança nessas coisas podem levar à perda e à desilusão ("perdeu a paz").

02 – O que acontece com quem abriga a tristeza e busca um caminho na solidão, conforme a segunda estrofe?

      Quem abriga a tristeza e procura um caminho na solidão se torna descrente de um dia feliz, indicando um estado de desilusão e falta de esperança no futuro.

03 – Qual a transformação que ocorre com a dor e a tristeza na terceira estrofe?

      Na terceira estrofe, a dor e a tristeza são superadas. A própria dor se revela como um caminho para o amor, e a tristeza acaba, indicando uma resolução positiva e um reencontro com a felicidade.

04 – A música apresenta uma visão otimista ou pessimista sobre o amor e a felicidade no final? Justifique.

      A música apresenta uma visão otimista no final. Embora reconheça a dor e a perda, conclui que, ao retornar ao amor, ao sorriso e à flor, tudo é reencontrado, e até mesmo a dor pode revelar um caminho para a felicidade.

05 – Qual a mensagem central que Tom Jobim transmite sobre a experiência humana através da canção "Meditação"?

      A mensagem central é que, apesar das desilusões e tristezas inerentes à vida e ao amor, a superação da dor pode levar ao reencontro com a beleza, o amor e a alegria, transformando a experiência negativa em um aprendizado que guia a um estado de paz.

 

 

domingo, 1 de junho de 2025

MÚSICA(ATIVIDADES): SEGUE O SECO - MARISA MONTE - COM GABARITO

 Música (Atividades): Segue o Seco

             Marisa Monte

A boiada seca
Na enxurrada seca
A trovoada seca
Na enxada seca

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjf01h_Xl7f9-Bjj-KMJl99WwP4NNysbd6U-vCF_BOaAgR8730EoplsF4T7OIFdLLvV7lL1gssa5Ug6oGdedS-IkIwbNErUPL1lZb_77eNsv0hyIgucVj4X9G178xF26yg2DYmhusZUa3xVLcObbCYaQptC9MmKzmHNsnQA6Wp1ifmP9QgAf3SH2YU26tY/s320/SECO.jpg


Segue o seco sem sacar que o caminho é seco
Sem sacar que o espinho é seco
Sem sacar que seco é o Ser Sol

Sem sacar que algum espinho seco secará
E a água que sacar será um tiro seco
E secará o seu destino seca

Ô chuva, vem me dizer
Se posso ir lá em cima pra derramar você
Ó chuva, preste atenção
Se o povo lá de cima vive na solidão

Se acabar não acostumando
Se acabar parado calado
Se acabar baixinho chorando
Se acabar meio abandonado

Pode ser lágrimas de São Pedro
Ou talvez um grande amor chorando
Pode ser o desabotoado céu
Pode ser coco derramado.

Composição: Carlinhos Brown. Marisa Monte. CD Verde anil amarelo cor-de-rosa e carvão, 1994.

Fonte: Livro – Português: Linguagens, 3ª Série – Ensino Médio – William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães, 9ª ed. – São Paulo: Saraiva Editora, 2013. p. 140.

Atividades da música:

01 – Quais são as imagens de seca apresentadas no início da música e qual a sensação que elas transmitem?

      As imagens de seca apresentadas no início da música são "boiada seca", "enxurrada seca", "trovoada seca" e "enxada seca". Essas imagens paradoxais intensificam a sensação de aridez e ausência de vida, sugerindo uma seca tão extrema que afeta até mesmo elementos que normalmente estão associados à água ou à fertilidade. Transmitem uma sensação de desolação e de um ciclo vicioso de falta.

02 – O que significa a repetição da frase "Segue o seco sem sacar que..." e qual a implicação dessa falta de percepção para o personagem da música?

      A repetição da frase "Segue o seco sem sacar que..." enfatiza a ignorância ou a falta de consciência do personagem em relação à sua própria condição e ao ambiente em que vive. Ele continua seguindo em um caminho de seca, sem perceber que o próprio caminho, os obstáculos ("espinho"), e até mesmo a fonte de vida ("Ser Sol") estão secos. A implicação dessa falta de percepção é a perpetuação de seu sofrimento e a dificuldade de encontrar uma saída para a situação.

03 – Qual é o apelo presente no refrão ("Ô chuva, vem me dizer / Se posso ir lá em cima pra derramar você") e o que ele revela sobre a esperança do eu lírico?

      O apelo presente no refrão é um clamor à chuva, personificada como uma entidade capaz de trazer alívio. A pergunta "Se posso ir lá em cima pra derramar você" sugere um desejo intenso de participar da solução para a seca, de trazer a água que falta. Revela uma esperança, mesmo que distante, de que a situação possa mudar e de que ele possa contribuir para essa mudança.

04 – Como a música descreve a possível reação do "povo lá de cima" diante da solidão e do sofrimento?

      A música descreve a possível reação do "povo lá de cima" diante da solidão e do sofrimento de diversas formas: "se acabar não acostumando", "se acabar parado calado", "se acabar baixinho chorando", "se acabar meio abandonado". Essas descrições pintam um quadro de resignação, tristeza e isolamento, mostrando diferentes maneiras pelas quais a dureza da vida pode afetar emocionalmente as pessoas.

05 – Quais são as possíveis origens das "lágrimas" mencionadas no final da música e o que essas diferentes interpretações sugerem sobre a natureza do sofrimento?

      As possíveis origens das "lágrimas" mencionadas no final da música são "lágrimas de São Pedro" (associadas à chuva) ou "talvez um grande amor chorando", "o desabotoado céu" (uma imagem poética para a chuva) e "coco derramado" (algo inesperado e talvez menos significativo). Essas diferentes interpretações sugerem que o sofrimento pode ter diversas origens, desde causas naturais até questões emocionais profundas, e que, por vezes, a explicação pode ser tanto óbvia quanto misteriosa ou surpreendente. A variedade de explicações também enriquece a interpretação da música, deixando espaço para a reflexão sobre as fontes da dor e da esperança.

 

 

domingo, 27 de abril de 2025

MÚSICA(ATIVIDADES): MEU AMIGO, MEU HERÓI - GILBERTO GIL - COM GABARITO

 Música (Atividades): Meu Amigo, Meu Herói

             Gilberto Gil

Oh meu amigo, meu herói
Oh como dói saber que a ti também corrói
A dor da solidão
Oh meu amado, minha luz
Descansa tua mão cansada sobre a minha
Sobre a minha mão

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLlziaVxROPOaQ4rcr10rjZhUCinixvhPa8yR7597z9f0DXqZUHA3d45wJ5KvwS7FqeyggSicW6pTTUW7fm-NvR8Xp3yid4RuC26PSOanYc5Ee2Gs4tXlb4oeExHDarAbExjjk5nY_wkzYxo37U2aZm_D1nO_XVarvoaPN_0DLtTxbHpocTqr7wVRjIz0/s320/MUSICA.jpg


A força do universo não te deixará
O lume das estrelas te alumiará
Na casa do meu coração pequeno
No quarto do meu coração menino
No canto do meu coração espero
Agasalhar-te a ilusão
Oh meu amigo, meu herói
Oh como dói.
Oh como dói.

Composição: Gilberto Gil. “Meu amigo, meu herói”. In: http://letras.terra.com.br/gilberto-gil/46220.

Fonte: Livro – Português: Linguagens, 2. William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães, 9ª Ed. – Ensino médio. São Paulo: Saraiva, 2013. p. 383.

Atividades da música:

01 – Qual o sentimento predominante expresso na canção em relação ao amigo/herói?

      O sentimento predominante é de profunda empatia e dor, expresso na repetição da frase "Oh como dói", revelando a tristeza compartilhada pela solidão do amigo/herói.  

02 – Que tipo de apoio o narrador oferece ao amigo/herói na canção?

      O narrador oferece apoio emocional e um refúgio seguro, convidando o amigo a descansar sua "mão cansada" sobre a sua e oferecendo o "coração pequeno" como um lugar de acolhimento para "agasalhar-te a ilusão".  

03 – Quais elementos da natureza são mencionados na canção e qual o seu significado simbólico?

      A "força do universo" e o "lume das estrelas" são mencionados, simbolizando esperança, proteção e orientação. Eles representam a crença de que, apesar da dor e da solidão, o amigo/herói não está desamparado.

04 – Como a canção descreve o coração do narrador e qual a sua função na relação com o amigo/herói?

      O coração do narrador é descrito como "pequeno", "menino" e um lugar de espera, sugerindo fragilidade, sinceridade e disponibilidade para acolher e confortar o amigo/herói, oferecendo um espaço seguro para suas emoções.

05 – Qual a mensagem central transmitida pela canção sobre amizade e apoio mútuo?

      A mensagem central é a de que a amizade verdadeira implica em compartilhar a dor e oferecer apoio incondicional, mesmo diante da solidão e do sofrimento. A canção celebra a força do vínculo afetivo e a importância de oferecer um refúgio seguro para aqueles que amamos.

 

 

MÚSICA(ATIVIDADES): GENI E O ZEPELIM - CHICO BUARQUE - COM GABARITO

 Música (Atividades): Geni e o Zepelim

              Chico Buarque

De tudo que é nego torto
Do mangue e do cais do porto
Ela já foi namorada
O seu corpo é dos errantes
Dos cegos, dos retirantes
É de quem não tem mais nada

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3LCChjH-Bpf-Yv7WZm7quRNnsJBf28Wym3VfGE_FiJyi6Xyc-GO2RBZc444o7CJfV8L87PLaJjrNsP_VsjfgzJ_liNiAFI85rh0sXENKe5eM5GtUUc4DtFBfiQnLldoGkEqUWsPyGlzyC6GP0rTzwqiu50_37LWC-o1BunpobwgOrCBVhjxSCX5xd6h8/s1600/GENI.jpg


Dá-se assim desde menina
Na garagem, na cantina
Atrás do tanque, no mato
É a rainha dos detentos
Das loucas, dos lazarentos
Dos moleques do internato

E também vai amiúde
Com os velhinhos sem saúde
E as viúvas sem porvir
Ela é um poço de bondade
E é por isso que a cidade
Vive sempre a repetir

Joga pedra na Geni!
Joga pedra na Geni!
Ela é feita pra apanhar!
Ela é boa de cuspir!
Ela dá pra qualquer um!
Maldita Geni!

Um dia surgiu, brilhante
Entre as nuvens, flutuante
Um enorme zepelim
Pairou sobre os edifícios
Abriu dois mil orifícios
Com dois mil canhões assim

A cidade apavorada
Se quedou paralisada
Pronta pra virar geleia
Mas do zepelim gigante
Desceu o seu comandante
Dizendo: Mudei de ideia!

Quando vi nesta cidade
Tanto horror e iniquidade
Resolvi tudo explodir
Mas posso evitar o drama
Se aquela formosa dama
Esta noite me servir

Essa dama era Geni!
Mas não pode ser Geni!
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa de cuspir
Ela dá pra qualquer um
Maldita Geni!

Mas de fato, logo ela
Tão coitada e tão singela
Cativara o forasteiro
O guerreiro tão vistoso
Tão temido e poderoso
Era dela, prisioneiro

Acontece que a donzela
(E isso era segredo dela)
Também tinha seus caprichos
E ao deitar com homem tão nobre
Tão cheirando a brilho e a cobre
Preferia amar com os bichos

Ao ouvir tal heresia
A cidade em romaria
Foi beijar a sua mão
O prefeito de joelhos
O bispo de olhos vermelhos
E o banqueiro com um milhão

Vai com ele, vai, Geni!
Vai com ele, vai, Geni!
Você pode nos salvar
Você vai nos redimir
Você dá pra qualquer um
Bendita Geni!

Foram tantos os pedidos
Tão sinceros, tão sentidos
Que ela dominou seu asco
Nessa noite lancinante
Entregou-se a tal amante
Como quem dá-se ao carrasco

Ele fez tanta sujeira
Lambuzou-se a noite inteira
Até ficar saciado
E nem bem amanhecia
Partiu numa nuvem fria
Com seu zepelim prateado

Num suspiro aliviado
Ela se virou de lado
E tentou até sorrir
Mas logo raiou o dia
E a cidade em cantoria
Não deixou ela dormir

Joga pedra na Geni!
Joga bosta na Geni!
Ela é feita pra apanhar!
Ela é boa de cuspir!
Ela dá pra qualquer um!
Maldita Geni!

Joga pedra na Geni!
Joga bosta na Geni!
Ela é feita pra apanhar!
Ela é boa de cuspir!
Ela dá pra qualquer um!
Maldita Geni!

Chico Buarque. Geni e Zepelim.

Fonte: Livro – Português: Linguagens, 2. William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães, 9ª Ed. – Ensino médio. São Paulo: Saraiva, 2013. p. 392.

Atividades da música:

01 – Como a figura de Geni é inicialmente apresentada na música em relação à sociedade e a quem ela se dedica?

      Geni é apresentada como uma figura marginalizada, ligada a locais como o mangue e o cais do porto, e que se relaciona intimamente com os excluídos da sociedade: errantes, cegos, retirantes, detentos, loucos, lazarentos, moleques de internato, velhinhos doentes e viúvas. Ela é descrita como alguém que se doa a todos eles.

02 – Qual a atitude da cidade em relação a Geni, expressa no refrão, e como essa atitude se justifica na narrativa?

      A atitude da cidade em relação a Geni é de agressão e desprezo, expressa no refrão "Joga pedra na Geni! Ela é feita pra apanhar! Ela é boa de cuspir! Ela dá pra qualquer um! Maldita Geni!". Essa atitude se justifica pela sua promiscuidade e pela forma como ela se relaciona com os marginalizados, sendo vista como impura e merecedora de punição.

03 – Qual o evento extraordinário que interrompe a rotina da cidade e qual a ameaça que ele representa?

      A chegada de um enorme zepelim brilhante e armado com dois mil canhões interrompe a rotina da cidade. A ameaça é de destruição total, pois o comandante do zepelim anuncia sua intenção de explodir a cidade devido à "tanto horror e iniquidade" que presenciou.

04 – Qual a condição imposta pelo comandante do zepelim para poupar a cidade da destruição e quem é a pessoa escolhida para cumprir essa condição?

      A condição imposta pelo comandante para poupar a cidade é que "aquela formosa dama" o sirva naquela noite. Essa dama é Geni.

05 – Qual a reação inicial da cidade ao saber que Geni é a pessoa que pode salvá-los e como essa reação se transforma ao longo da negociação?

      A reação inicial da cidade é de incredulidade e repulsa, expressa na repetição do refrão depreciativo sobre Geni. No entanto, diante da ameaça iminente, a cidade muda radicalmente sua atitude, implorando para que Geni aceite a proposta do comandante, chegando a beijar sua mão e chamá-la de "Bendita Geni!".

06 – Qual a preferência íntima de Geni em relação aos seus amantes e como essa preferência se manifesta na noite em que ela se entrega ao comandante?

      Geni preferia amar com os bichos a deitar com um homem "tão nobre" e "cheirando a brilho e a cobre". Apesar de seu asco, ela se entrega ao comandante como quem se entrega a um carrasco, motivada pelos pedidos da cidade para salvá-los.

07 – Como a cidade reage após a partida do zepelim e do comandante, e qual a ironia presente nessa reação final?

      Após a partida do zepelim, a cidade sente um suspiro aliviado, mas logo ao raiar do dia, volta a hostilizar Geni com ainda mais intensidade, jogando pedras e bosta, e repetindo o refrão maldizente. A ironia reside na completa falta de gratidão e na persistência da crueldade da cidade em relação àquela que se sacrificou para salvá-los, mostrando a hipocrisia e a ingratidão da sociedade.

 

 

quarta-feira, 9 de abril de 2025

MÚSICA(ATIVIDADES): PALAVRAS REPETITAS - GABRIEL O PENSADOR - COM GABARITO

 Música (Atividades): Palavras Repetidas

             Gabriel o Pensador

A Terra tá soterrada de violência
De guerra, de sofrimento, de desespero
A gente tá vendo tudo, tá vendo a gente
Tá vendo, no nosso espelho, na nossa frente
Tá vendo, na nossa frente, aberração
Tá vendo, tá sendo visto, querendo ou não
Tá vendo, no fim do túnel, escuridão
Tá vendo no fim do túnel escuridão
Tá vendo a nossa morte anunciada
Tá vendo a nossa vida valendo nada
Tô vendo, chovendo sangue no meu jardim
Tá lindo o sol caindo, que nem granada
Tá vindo um carro-bomba na contramão
Tá vindo um carro-bomba na contramão
Tá vindo um carro-bomba na contramão
Tá vindo o suicida na direção

"É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã
Porque se você parar pra pensar, a verdade não há"

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgL4PoiZBv6aIwPqEID3MZSAvgczqVPgURnCTcn-KtOJnKbBzvJah29DvJ5AN_0k6kR9m3QPP_3VufZynhhk0P98VxxtrtPNvxIkvrb4Tq9IDdnOU429W3fGZrYyqxIA7gy9WZPGCR5Adv7px2IoaVw5qBQE5W6koWJzrXmp_MFD8Z1v0KF1vOjSyY3NII/s320/PALAVRAS.jpg


A bomba tá explodindo na nossa mão
O medo tá estampado na nossa cara
O erro tá confirmado, tá tudo errado
O jogo dos sete erros, que nunca pára
7, 8, 9, 10... cem
Erros meus, erros seus e de Deus também
Estupidez, um erro simplório
A bola da vez, enterro, velório
Perda total, por todos os lados
Do banco do ônibus ao carro importado
Teu filho morreu? meu filho também
Morreu assaltando, morreu assaltado
Tristeza, saudade, por todos os lados
Tortura covarde, humilha e destrói
Eu vejo um Bin Laden em cada favela
Herói da miséria, vilão exemplar
Tortura covarde, por todos os lados
Tristeza, saudade, humilha e destrói
As balas invadem a minha janela
Eu tava dormindo, tentando sonhar

"É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã
Porque se você parar pra pensar, a verdade não há"

Sou um grão de areia no olho do furacão
Em meio a milhões de grãos
Cada um na sua busca, cada bússola num coração
Cada um lê de uma forma o mesmo ponto de interrogação
Nem sempre se pode ter fé
Quando o chão desaparece embaixo do seu pé
Acreditando na chance de ser feliz
Eterna cicatriz
Eterno aprendiz das escolhas que fiz
Sem amor, eu nada seria
Ainda que eu falasse a língua de todas as etnias
De todas as falanges, e facções
Ainda que eu gritasse o grito de todas as Legiões
Palavras repetidas
Mas quais são as palavras que eu mais quero repetir na vida?
Felicidade, Paz, Fé...
Felicidade, Paz, Sorte
Nem sempre se pode ter Fé, mas nem sempre
A fraqueza que se sente quer dizer que a gente não é forte

Composição: Gabriel o Pensador / Renato Russo. Gabriel, o Pensador. CD Cavaleiro andante.

Fonte: Livro – Português: Linguagem, 8ª Série – William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães, 4ª ed. – São Paulo: Atual Editora, 2006. p. 196.

Entendendo a música:

01 – Qual a principal temática abordada na música?

      A música aborda a violência, o sofrimento e o desespero presentes no mundo, além de reflexões sobre a fragilidade da vida e a importância do amor.

02 – Qual a sensação transmitida pela repetição de frases como "Tá vendo" e "Tá vindo"?

      A repetição dessas frases intensifica a sensação de urgência e de perigo iminente, como se o narrador estivesse testemunhando uma tragédia em tempo real.

03 – Qual a interpretação da frase "É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã"?

      Essa frase ressalta a importância de valorizar os relacionamentos e expressar o amor no presente, diante da incerteza do futuro e da violência que cerca a vida.

04 – Como o narrador se sente diante da violência e do caos?

      O narrador se sente como "um grão de areia no olho do furacão", expressando sua impotência diante da magnitude dos problemas, mas também sua busca por sentido e esperança.

05 – Qual o significado da expressão "Bin Laden em cada favela"?

      Essa expressão controversa sugere que a violência e a marginalização podem transformar pessoas em figuras extremistas, comparando a situação das favelas com o contexto do terrorismo.

06 – Quais as "palavras repetidas" que o narrador deseja enfatizar?

      O narrador expressa o desejo de repetir palavras como "Felicidade", "Paz" e "Fé", demonstrando sua busca por esperança e positividade em meio ao caos.

07 – Qual a mensagem final transmitida pela música?

      A mensagem final da música é uma reflexão sobre a força interior e a capacidade de superação, mesmo diante da fraqueza e das dificuldades.

 

 

MÚSICA(ATIVIDADES): PRA FAZER O SOL NASCER - GILBERTO GIL - COM GABARITO

 Música (Atividades): Pra Fazer o Sol Nascer

             Gilberto Gil

Sol
Acende a luz
Atende à minha voz
A(s)cende de acender e de subir

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisd04U_DFZJItaZBQu0c3TX1HRFJ1_MUp5WMaRzO2OCzi_5Kd75_2S30QRRkG_NIoxvQ4HLIVY7JVy8RXH9KOaS8dmAlikZHBx-5Da1QtjS0H9lGcX374gFNe2J4f7c_3SKazT3UxhGzIoyCm9qKUqu0DY7ufUjiUq0NvOqoQRBpapEmm0JGVmZaRRGbM/s320/GIL.jpg

De clarear
De despertar assim
A mim, a tudo mais
Atende à minha voz
Ao meu saxofone
Cor do sol
Sol
Nasce d'ouro pra nós.

Composição: Gilberto Gil. Carlos Rennó, org. Gilberto Gil – todas as letras. São Paulo: Cia das Letras, 1996. p. 323.

Fonte: Livro – Português: Linguagem, 8ª Série – William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães, 4ª ed. – São Paulo: Atual Editora, 2006. p. 217.

Entendendo a música:

01 – Qual é a metáfora central utilizada na música?

      A metáfora central é o sol como um símbolo de renovação, esperança e despertar. Gilberto Gil usa a imagem do sol nascendo para transmitir uma mensagem de otimismo e positividade.

02 – Qual é a relação entre a voz do cantor e o saxofone na música?

      Na música, Gilberto Gil menciona que o sol atende à sua voz e ao seu saxofone. Isso sugere uma conexão profunda entre a expressão artística (a voz e o saxofone) e a força da natureza (o sol). Ambos são vistos como instrumentos de despertar e renovação.

03 – Qual o significado da palavra "acende" na música e como ela é utilizada?

      A palavra "acende" é utilizada com dois significados: "acender" de iluminar e "ascender" de subir. Essa dupla interpretação reforça a ideia do sol como uma força que tanto ilumina quanto eleva, despertando o mundo e as pessoas.

04 – Qual a mensagem que a música transmite sobre a relação entre o indivíduo e o mundo?

      A música transmite uma mensagem de que o indivíduo, através de sua voz e expressão, pode influenciar e se conectar com o mundo ao seu redor. Há uma sensação de que a positividade e a esperança podem ser invocadas e manifestadas.

05 – Qual o simbolismo da "cor do sol" na música?

      A "cor do sol" simboliza a vitalidade, a energia e a beleza da natureza. Ao mencionar a "cor do sol", Gilberto Gil evoca uma imagem de calor, luz e vida, reforçando a mensagem de esperança e renovação presente na música.

 

 

sexta-feira, 28 de março de 2025

MÚSICA(ATIVIDADES): FRUTA BOA - MILTON NASCIMENTO - COM GABARITO

 Música (Atividades): Fruta Boa

             Milton Nascimento

É maduro o nosso amor, não moderno
Fruto de alegria e dor, céu e inferno
Tão vivido o nosso amor, convivência
De felicidade e paciência
É tão bom

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOtg-tAWdSs4jqrzxEXAN8iqrs18858p1ngFokc9R4cLlxcsS6nj4N5RA5I5QomP03FcA8oIawvy8NmJd6-cZJUAmJng70KyGUMOqMImYGf5vS8v_sZeRk37uO632j4pBQXwlahCnAJub5dRyQjMIgUkMPpMM8SejbaeYBaC4SjG2QKDpPRz8-JUW_fig/s320/sddefault.jpg

O nosso amor comum é diverso
Divertido mesmo até, paraíso
Para quem conhece bem
Os caminhos
Do amor seu vai e vem
Quem conhece

Saboroso é o amor, fruta boa
Coração é o quintal da pessoa
É gostoso o nosso amor
Renovado é o nosso amor
Saboroso é o amor madurado de carinho

É pequeno o nosso amor, tão diário
É imenso o nosso amor, não eterno
É brinquedo o nosso amor, é mistério
Coisa séria mais feliz dessa vida
Vida.

Saboroso é o amor, fruta boa
Coração é o quintal da pessoa
É gostoso o nosso amor
Renovado é o nosso amor
Saboroso é o amor madurado de carinho

É pequeno o nosso amor, tão diário
É imenso o nosso amor, não eterno
É brinquedo o nosso amor, é mistério
Coisa séria mais feliz dessa vida
Vida.

Composição: Fernando Brant / Milton Nascimento. In: NASCIMENTO, Milton. Voz e suor. Emi-Odeon, 1983. CD, faixa 7. (Pontuação proposta pelos autores do livro).

Fonte: Português. Série novo ensino médio. Volume único. Faraco & Moura – 1ª edição – 4ª impressão. Editora Ática – 2000. São Paulo. p. 111.

Entendendo a música:

01 – Qual a metáfora central utilizada na música para descrever o amor?

      A metáfora central é a do amor como uma "fruta boa", que amadurece com o tempo e é saborosa.

02 – Quais as características do amor descritas na música?

      O amor é descrito como maduro, fruto de alegria e dor, convivência, felicidade e paciência, comum e diverso, divertido, paraíso, saboroso, renovado, pequeno e diário, imenso e mistério.

03 – O que significa a expressão "coração é o quintal da pessoa"?

      Essa expressão sugere que o coração é o lugar onde o amor cresce e se desenvolve, um espaço pessoal e íntimo onde se cultivam sentimentos.

04 – Como a música aborda a dualidade do amor?

      A música mostra que o amor é uma mistura de sentimentos opostos, como alegria e dor, pequeno e imenso, brinquedo e coisa séria, destacando a complexidade desse sentimento.

05 – Qual a importância do tempo na visão do amor apresentada na música?

      O tempo é fundamental para o amadurecimento do amor, que se torna mais saboroso e profundo com a convivência e as experiências compartilhadas.

06 – Qual a mensagem principal da música em relação ao amor?

      A mensagem principal é que o amor é um sentimento complexo e multifacetado, que se constrói e se renova ao longo do tempo, sendo uma das coisas mais felizes da vida.

07 – De que forma Milton Nascimento utiliza a linguagem para transmitir a sensação do amor?

      Milton Nascimento utiliza uma linguagem poética e sensorial, com metáforas e adjetivos que evocam a doçura e a profundidade do amor, além de destacar a dualidade e a complexidade desse sentimento.

 

MÚSICA (ATIVIDADES): A ÍNDIA E O TRAFICANTE - EDUARDO DUSEK - COM GABARITO

 Música (Atividades): A Índia e o Traficante

             Eduardo Dusek

Noite malandra
um luar de espelho
no meio da Terra
a índia colhe o brilho
Som de suor
cheirada musical
palmeira que se verga
em meio ao vendaval

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlYZfXv9Z03Mh3uLXh_rGFIA0axZSUITURzNznYE-wRjasM-G9wg3VpDL7wPNN5_E4gguWN72mXP05qRXMhmwGuVYG7Ui16JJyTG1BGHCuzri2EEJkEnN5mpDUGmU403_0r_icJB4YnCOy2VF1YqDx5UffVGMvWX5x8wgc33E2i0w8vyavBa1cYfkeuvQ/s320/hq720.jpg


Sentia macia floresta
Bolívia, montanha, seresta

Índia guajira
já colheu sua noite
volta para a tribo
meio injuriada
Uma fogueira numa encruzilhada
felina um olho de paixão danada

Era Leão, famoso traficante
um out-door, bandido elegante
que a levou para um apart-hotel
que tem em Cuiabá.

Índia na estrada
largou a tribo
comprou um vestido
aprendeu a atirar

Índia virada
alucinada pelo cara-pálida
do Pantanal

Índia guajira e o traficante
loucos de amor
trocavam o seu mel

Era um amor tipo 45
e tiroteios rasgando o vestido
em quartos de motel.

Explode o amor
Adios para o pudor
Guajira e o traficante
passam a escancarar

Rolam papéis
nos bares, nos bordéis
os dois de Bonnie and Clyde
assunto dos cordéis

Mayra pivete Amazônia
Esqueceu Tupã, a sem-vergonha

Dentro de um Cessna
bebendo champagne
Leão e seu bando
a fazem sua chefona

Índia fichada
"retrata" falada
a loto esperada
pelos Federais

Mas ela gosta de fotografia
e vira capa dos jornais do dia
enquanto espera
uma tonelada da pura alegria

Índia sujeira
foi dedurada por um sertanista
que era amigo seu

Índia traída
- "Mim tô passada" -
ela lamentava num mau português

A Índia deu um ganho
num Landau negro, chapa oficial
que era da Funai
passou batido pela fronteira
uma rajada de metralhadora...
Morta no Paraguai!!!

Composição: Eduardo Dussek / Luiz Carlos Góes. In: Dusek na sua. LP 829218-1, Polygram, 1986.

Fonte: Português. Série novo ensino médio. Volume único. Faraco & Moura – 1ª edição – 4ª impressão. Editora Ática – 2000. São Paulo. p. 217.

Entendendo a música:

01 – Qual o nome da índia protagonista da música e qual sua origem?

      O nome da índia é Guajira, e a música a descreve como uma índia da Amazônia, que "esqueceu Tupã".

02 – Quem é Leão e qual sua profissão?

      Leão é um famoso traficante, descrito como um "bandido elegante".

03 – Qual a transformação que a índia sofre ao longo da música?

      A índia passa de uma vida na tribo para se envolver com o mundo do crime, aprendendo a atirar e se tornando chefe de um bando.

04 – Como o relacionamento entre a índia e Leão é descrito?

      O relacionamento é descrito como intenso e perigoso, comparado a "um amor tipo 45" e com referências a tiroteios e quartos de motel.

05 – Qual o desfecho da história da índia?

      A índia é traída por um amigo sertanista, dedurada à polícia federal, e acaba morta no Paraguai.

06 – Que elementos da cultura pop são usados na música?

      A música faz referência a Bonnie e Clyde, um famoso casal de criminosos, e à cultura do tráfico de drogas.

07 – Qual a crítica social presente na música?

      A música faz uma crítica à exploração e à violência, mostrando como a índia é corrompida pelo mundo do crime e como a violência a consome no final. Também existe uma crítica a exploração de terras indígenas, e o desrespeito com a cultura indígena.