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quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

LIVRO(ATIVIDADES): BRASIL EM CAMPO - NELSON RODRIGUES (ORG. SONIA RODRIGUES) - COM GABARITO

 LIVRO(ATIVIDADES): BRASIL EM CAMPO – NELSON RODRIGUES  (Org. Sonia Rodrigues)

 

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrNqZcBcUb_9FomMZv-a-tZYruGsviET8zF-FPx7MFnwTmW_R81UhLveAFBViZodITUzeVdEp6sk20Zj1yl6_mQrk9VcjMl0OQLWYRMnwlVMWSrN6mh1GnslBojU0zzHJtulRMZyycbfIWDV1KtbBdHenFeS1t52wBjyQprFT8N8IIfydPp_qrX19edGQ/s1600/LIVRO.jpg

CRÔNICA (1): Nem toda unanimidade é burra (p.11 à 14)            

 

01.O que Sonia Rodrigues entregou ao Marcos Caetano? p.11

Entregou o conjunto de crônicas que havia selecionado para integrar a coletânea Brasil em Campo.

02.Na verdade, Nelson não foi o melhor cronista esportivo do Brasil, e sim o quê? p.11

Foi o melhor do mundo.

03.O que são as crônicas de Nelson? p.12

São documentos vivos e constituem prova categórica de seu conhecimento esportivo e – por que não? – sociológico.

04.Nelson tinha razão sobre Pelé e Garrincha, mas também sobre o quê? p.12

O comunismo e a luta de classes, sobre a caretice da opinião pública, sobre muitos debates da cultura nacional, sobre a vida, a morte e a paixão.

05.No trepidante Fla X Flu de sua vida, o grande inimigo foi o quê? p. 13

Foi a burrice.

06.É uma pena que um personagem tão transmidiático, não tenha tido a oportunidade de quê? p.13.

De viver em tempos de internet e redes sociais.

07.Os folhetins de Nelson foram, sob muitos aspectos, os primeiros blogs. E suas peças foram o quê? p.13

Foram pioneiras em transitar entre teatros, salas de projeção e aparelhos de televisão.

08.O que pode propiciar este livro? p. 13

Pode propiciar um debate que há alguns anos seria impensável: terá sido ele maior na crônica ou no teatro?

 

CRÔNICA (2): No Brasil, o futebol é que faz o papel da ficção (p.15 à 17)            

 

01.Confesso, porém, que sou um brasileiro obsessivo e repito que frase? p.15

- Um brasileiro delirante, que precisa ver o Brasil, por todas as partes.

 

02.Eis a verdade: - no Brasil, o futebol é? p.16

É que faz o papel da ficção.

 

03.O ficcionista Guimarães Rosa ainda não desconfiou que os nossos descobridores, os nossos argonautas de cristal, os nossos lusíadas, os nossos mares, estão onde? p.16

Estão no futebol.

 

04.A ressurreição nacional data de quando? p.16

Data de 58.

 

05.Como foi o arremesso lateral de Djalma Santos? p. 17

A bola está no chão. E vem Djalma Santos. Ele se curva. Apanha a bola e a carrega, a mãos

 

CRÔNICA (3): Só os profetas enxergam o óbvio (p.18 e 19)            

 

01.Qual a frase que ia sofrer todas as variações possíveis? p.18

- “Só os profetas enxergam o óbvio.”

02.As pessoas enxergam tudo, menos o quê? p.19

O óbvio.

03.Qual é o Exemplo nº 1? p.19

A nossa crônica esportiva.

04.Claro que nem todos os cronistas têm o quê? p.19

Têm essa cegueira.

05.Por que nunca houve na Terra um futebol como o brasileiro? p. 19

Somos tricampeões do mundo e não basta?

06.Mas há os que soluçam: que frase? p.19

-“Não somos mais os melhores, não somos mais os reis”.

 

CRÔNICA (4): O brasileiro paga para não admirar (p.20 à 22)            

 

01.No Brasil, cochicha-se o elogio e faz o que com o insulto? p.20

Berra-se o insulto.

02.Com que idade Pelé foi campeão do mundo? p.20

Aos 17 anos.

03.Quem se mascara? p.21

É o falso “grande jogador”, ou melhor dizendo, o perna de pau.

O cabeça de bagre não tem talento e, por isso, a sua compensação é a máscara.

 

04.Quem são os jogadores que não precisam senão da clara e singela consciência do próprio valor? p.21

Pelé, Nilton Santos, Didi, Rivelino e Gerson.

 

05.No Velho Mundo fizeram uma enquete: - “Quais as personalidades mais importantes do nosso tempo?” Quem ganhou de quem? p. 21

Pelé ganhou de Churchill, de Roosevelt, de Stálin, Kennedy.

 

06.O povo chinês ainda ignora que o homem desceu na Lua, mas sabe o quê? p.21

Sabe quem é Pelé. Não há brasileiro mais elogiado do que o sublime crioulo.

 

CRÔNICA (5): É preciso ver os magros com a pulga atrás da orelha (p.23 à 25)            

 

01.Como se chama o personagem da semana e onde ele está? p.23

Feola e ele está em Araxá.

02.É preciso ver os magros de que forma? p.23

Com a pulga atrás da orelha.

03.Como eles são? p.23

São perigosos, suscetíveis de paixões, de rancores, de fúrias tremendas.

 

04.Numa terra de neurastênicos, deprimidos e irritados, convém ter o quê? p.23

Ter o macio, o inefável humor dos gordos.

05.Que faz a banha? p. 23

Lubrifica as reações, amacia os sentimentos, amortece os ódios, predispõe ao amor.

 

06.Quantas irritações por dia tem o técnico? p.24

No mínimo, duzentas irritações.

 

07.Não se sente a autoridade de Feola, porque ele não faz o quê? p. 24

Não esbraveja, não estrebucha, nem todos percebem que ele é o único que manda, o único que decide.

 

08.Qual o jeito de Feola enfurece-lo? p.25

É chamá-lo de gordo. Então, ele pula e esbraveja como um caluniado.

 

CRÔNICA (6): Narciso às avessas, que cospe na própria imagem (p.26 à 28)            

 

01.O que a torcida pode fazer? p.26

Pode salvar ou liquidar um time.

 

02.Qual a arma irresistível que tem o torcedor? p.26

O palpite errado.

03.Aqui a primeira providência do torcedor foi qual? p.26

Foi humilhar, desmoralizar o triunfo, retirar-lhe todo o dramatismo e toda a importância.

 

04.Há uma relação nítida e taxativa entre quem? p.27

Entre a torcida e a seleção.

05.Um péssimo torcedor corresponde a quem? p. 27

Corresponde a um péssimo jogador.

06.Em 50, houve mais que o revés de onze sujeitos, houve o quê? p.27

Houve o fracasso do homem brasileiro.

07.Por que o torcedor é um Narciso às avessas? p. 27

Porque cospe na própria imagem.

 

 CRÔNICA (7): Quem ganha e perde as partidas é alma (p.29 à 31)            

 

01. O futebol brasileiro tem tudo, menos o seu psicanalista. Cuida-se de quê? p.29

Cuida-se da integridade das canelas, mas ninguém se lembra de preservar a saúde interior, o delicadíssimo equilíbrio emocional do jogador.

02. Já é tempo, de quê? p.29

De atribuir-se ao craque uma alma, que talvez seja precária, talvez perecível, mas que é incontestável.

 

03. A torcida, a imprensa e o rádio dão importância a quê? p.29

A pequeninos e miseráveis acidentais.

04. O jogador brasileiro é sempre o quê? p.29

Um pobre ser em crise.

05. Mas quem ganha e perde as partidas? p. 30

É a alma.

06. Faço minhas as palavras da autoridade: - só um Freud explicaria o quê? p.31

A derrota do Brasil frente à Hungria, do Brasil frente ao Uruguai e em suma, qualquer derrota do homem brasileiro no futebol ou fora dele.

 CRÔNICA (8): O Brasil vacila entre o pessimismo mais obtuso e a esperança mais frenética (p. 32 à 34)            

 01.Os jogadores já partiram e o Brasil vacila entre o quê? p.32

Entre o pessimismo mais obtuso e a esperança mais frenética.

 

02.Desde 50 que o nosso futebol tem p? p.20udor de acreditar em si mesmo. A derrota frente aos uruguaios, na última batalha, ainda faz o quê? p. 32

Faz sofrer, na cara e na alma, qualquer brasileiro.

 

03.Dizem que tudo passa, mas eu vos digo: - menos o quê? p.32

Menos a dor de cotovelo que nos ficou dos 2x1.

04.O que nos trava? p.32

O pânico de uma nova e irremediável desilusão.

05.Qual é a pura, a santa verdade? p. 33

É a seguinte: qualquer jogador brasileiro, quando se desamarra de suas inibições e se põe em estado de graça, é algo de único em matéria de fantasia, de improvisação, de invenção.

06.O que se entende por “complexo de vira-latas”? p.33

Entendo eu a inferioridade em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo. Isto em todos os setores e, sobretudo, no futebol.

07.O brasileiro precisa se convencer de quê? p.34

De que não é um vira-lata e que tem futebol para dar e vender, lá na Suécia.

 

CRÔNICA (9): A chamada consciência humana é o medo do rapa (p. 35 e  36)            

01.Os homens estacam para o surdo escoamento dos veículos. E, súbito, uma voz gaiata anuncia o quê? p.35

“Olha o rapa!”.

 

02. O que é o medo? p.35

É um grande e eficaz nivelador.

03. O pior de tudo foi o quê? p.35

Era rebate falso,

04. O último a recuperar um pouco de harmonia interior foi quem? p.35

Um psicanalista célebre.

05. Todos reagem com esse pânico municipal. Menos quem? p. 36

O juiz de futebol.

06. O árbitro de futebol resiste a tudo. É o quê? p.36

É o único ser inamovível, inexpugnável.

07. Vejam as touradas. Diante dos urros do público, ele recebe uma brusca consciência ética da humilhação. Se lhe fosse permitido, o que faria o touro? p. 36

Assim ofendido, largaria o toureiro e sairia dando marradas nos espectadores.

08. Só o juiz de futebol faz o quê? p.36

Lava as mãos diante do irresponsável furor coletivo.

 

CRÔNICA (10):  Uma bofetada muda não ofenderia ninguém (p. 37 e  38)            

 01.O jogador esbofeteia o árbitro. Ora, um tapa não é apenas um tapa, é o quê? p.37

É, na verdade, o mais transcendente, o mais importante de todos os atos humanos.

02.A partir do momento em que alguém dá ou apanha na cara, acontece o quê? p.37

Inclui, implica e arrasta os outros à mesma humilhação. Todos nós ficamos atrelados ao tapa.

03.De todos os sons terrenos, qual o único que não admite dúvidas, equívocos ou sofismas? p.37

É o da bofetada.

04.Qual foi o desenlace? p.38

A fuga do homem.

05.Ao contrário dos outros covardes, que escondem, que renegam, que desfiguram a própria covardia – que fez o juiz? p. 38

O juiz correu como um cavalinho de carrossel.

06. A imprensa e o rádio envolveram o árbitro. Essa covardia, foi como? p.38

Foi fotografada, irradiada, televisionada.

 

CRÔNICA (11):  Para o jogador de caráter, uma vaia é um incentivo fabuloso (p. 39 a 41)            

 01.O que aconteceu no instante em que o alto-falante do Maracanã anunciou Julinho em lugar de Garrincha? p.39

O estádio entupido foi uma vaia só.

 

02.Na pior das hipóteses, Feola deveria ter posto quem? p.39

Julinho na ponta-direita e Garricha na esquerda.

03.Quem é Julinho na história do futebol brasileiro? p.39

Ninguém se lembrava de que, no mundial da Suíça, contra os húngaros Julinho fizera um carnaval medonho. De certa feita, driblara

04.Para o jogador de caráter, uma vaia é o quê? p.40

É um incentivo fabuloso, um afrodisíaco infalível.

05.Ele o marcou contra os ingleses, sim, mas também contra quem? p. 40

Contra os que o vaiaram.

06.Do primeiro gol em diante, a multidão transformou-se em quê? p.40

Em “macaca de auditório” de Julinho.

07.Se ele apanhava a bola, os 200 mil espectadores faziam o quê? p.40

Arreganhavam o riso enorme e já gozavam por antecipação, o que Julinho iria fazer.

08.Assim é o brasileiro de brio. Deem o quê? p.41

Deem-lhe uma boa via e ele sai por aí, fazendo milagres, aos borbotões.       

CRÔNICA (12): Sujeitos que não sabiam se gato se escreve com “x” iam ler a  vitória no jornal (p. 42 a 44)            

 01.O rei Gustavo da Suécia veio apertar as mãos de quem? p.42

Dos Pelés, dos Didis.

02.Graças aos 22 jogadores, que formaram a maior equipe de futebol da Terra em todos os tempos, graças a esses jogadores, dizia eu, que o Brasil descobriu o quê? p.42

Descobriu-se a si mesmo.

03.A as moças na rua, as datilógrafas, as comerciárias, as colegiais andam pelas calçadas com o quê? p.43

Com um charme de Joana D’Arc.

04.A vitória passará a quê? p.43

Passará a influir em todas as nossas relações com o mundo.

05.O brasileiro fazia-me lembrar aquele personagem de Dickens que vivia batendo no peito, dizendo o quê? p. 43

“Eu sou humilde! Eu sou o sujeito mais humilde do mundo!”

06.A partir do título mundial, começamos a achar que a nossa tristeza é o quê? p.43

É uma piada fracassada.

07.O brasileiro já não se considerava o melhor nem de cuspe à distância. E o escrete vem e faz o quê? p.43

Vem e dá um banho de bola, um show de futebol, um baile imortal na Suécia.

 

 CRÔNICA (13): Feliz do povo que pode esfregar um Garrincha na cara do mundo (p.45 a 47)            

 

01.Que povo é feliz? p.45

O povo que pode esfregar um Garrincha na cara do mundo.

02.“...eu não vou quebrar lanças em prol do estilo”, como queria quem? p.45

Bilac.

03.“Então faço a pergunta: - que fizemos nós, ontem, em Santiago? p.45

Éramos onze gatos pingados contra milhões enfurecidos.

04.Como é o Mané? Descreva-o. p. 45

Com suas pernas tortas e fulgurantes, com o seu olho rútilo e também torto, pôs os Andes de gatinhas, ou de cócoras, sei lá.

05.Quando Mané Garrincha enfiou um gol e depois outro, como diria um orador de gafieira? p. 45

Foi uma pátria constelada de Garrinchas.

 

06.O povo não sabia como conciliar duas coisas, quais? p.46

O delírio dos locutores e a exata veracidade da imagem.

07.Todo o Chile se levantar contra nós. A imprensa, o rádio, a TV, o homem de rua, as crianças quiseram o quê? p. 46

Quiseram triturar emocionalmente a “seleção de ouro”.

 

08.Garrincha foi a maior figura do jogo e a maior figura de quê? p.47

A maior figura da Copa do Mundo – a maior figura do futebol brasileiro.

 CRÔNICA (14): A Rússia e os Estados Unidos começaram a ser o passado (p.48 a 50)            

 

01.Brasil era proclamado bicampeão do mundo. E, a partir da vitória, sumiram quem? p.48

Sumiram os imbecis, e repito: - não há mais idiotas nesta terra.

02. Quantos milhões de reis(habitantes) somos? p.48

75 ilhões de reis

03. Vinte e quatro antes da batalha, já acontecia o quê? p.48

Já tropeçavam na rua os bêbados da vitória. Amigos, nunca foi tão fácil ser profeta.

04.Esse time de negros ornamentais, folclóricos, divinos, deslumbrou o mundo. Foi o quê? p. 48

Foi o mais belo futebol que jamais olhos humanos contemplaram.

 

05.Quem é novo Pelé proclamado? p. 49

Amarildo, o “Possesso”.

 

06.A bola, também possessa, foi cravar no fundo das redes. Parecia apenas o empate, mas já era o quê? p.49

Já era o bi.

07.Depois da vitória não me falem na Rússia, não me falem nos Estados Unidos. A Rússia e os Estados Unidos começaram a ser o passado. Foi a vitória do escrete e mais o quê? p. 50

Foi a vitória do homem brasileiro, ele sim, o maior homem do mundo. Hoje o Brasil tem a potencialidade criadora de uma nação de napoleão.

 

        CRÔNICA (15): A derrota dos cretinos (p.51 a 54)            

 01.À medida que o comboio se aproximava de Brasília, começamos a ver carros parados na estrada. Para quê? p.51

Sempre meninas fugindo docemente para o mato e fazendo de um arbusto o biombo do pudor.

02.Não há Céu tão genial como qual? p.52

O simples e honesto asfalto da Belo Horizonte- Brasília.

03.O que acontece com o sujeito depois de aspirar essa emanação gloriosa? p.52

O sujeito venta fogo!

04.Quem o cronista gostaria de ver, aqui, dando rijas e sadias marteladas? p. 53

Carlos Drummond.

05.Segundo os inimigos de Brasília, a beleza passou a ser uma indignidade. Diante do belo, do simplesmente belo, rosnam que palavras? p. 53

“Fascismo! Fascismo!”

06.Oferecer aos alunos a maravilhosa experiência humana e brasileira que é simples visita ao Planalto. Ir a Brasília é? p. 54

É voltar mais brasileiro.

 CRÔNICA (16): O pior dos brasileiros é o que se supõe um lorde inglês (p.55 a 57)            

 01.Quem é o pior dos brasileiros? p.55

É o que se supõe um lorde inglês.

02.Imagino a humilhação do sujeito que entrega a presidência a outro sujeito. Há uma coisa que não acaba. Qual? p.55

É o idílio com a autoridade, a lua de mel com o poder.

03.O homem quer o quê? p.55

O homem quer o Poder, quer a Autoridade, para sempre.

04.O ex-presidente adquire, imediatamente, que jeito? p. 55

Um ar de museu de cera.

05.Dir-se-ia que ele tinha sempre um riso, onde? p. 55

No bolso, riso que ele puxava escandalosamente, nas cerimônias mais enfáticas.

06.O que ele conseguiu em cinco anos, o que não se conseguira em quatro séculos? p. 56

Salvar o homem brasileiro.

07.Que faz o homem nas horas cruciais? p. 57

           Enfia a mão na memória, como um saco de mágico, e arranca de lá as soluções urgentes e salvadoras.

 

08.Tenho um amigo que antes de tomar uma decisão diz o quê? p.57

- “Vejamos o que diz o passado!” e o passado sopra-lhe a solução ideal.

 

CRÔNICA (17): Todos somos hipócritas para não confessar a nossa desolada solidão   - (p.58 a 60)

 

01. Não me admiraria nada se, de repente, lesse que anúncio nos Classificados? p.58

“PRECISA-SE de um amigo. Paga-se bem. Procurar o sr. Artur, das 14 às 17 horas etc., etc.”

02. Qual é o único pudor que nos resta? p.58

O pudor de gostar, de querer bem, e de precisar de um afeto profundo.

 03.Ninguém ignora que nossos clubes vergam ao peso das dívidas como o quê? p.59

Como uma árvore ao peso dos frutos.

04.Qual foi a resposta para a imprensa que quis incompatibilizar os onzes brasileiros com os torcedores? p. 59

A resposta foi a bilheteria dos três últimos jogos da seleção.

05.Em 58 e 62 o povo se levantou para receber os nossos craques, e desta vez, o que aconteceu? p. 59

A loucura começou antes, muito antes.

Falta um ano para a Copa.

 

06.Por que o cronista diz que a euforia popular tem algo de profético? p. 59

Porque o povo sente que este Scratch vai ser campeão.

 

07.Sim, nós respiramos otimismo, e se o Scratch do João trouxer a Copa, e para sempre – veremos o quê? p. 60

Veremos este povo subir pelas paredes como uma lagartixa profissional.

 

CRÔNICA (18): Tristíssimo Brasil (p.61 a 62)

 

01.O que nossa resenha ensina? p.61

Ensina mais sobre o país do que os sertões, no princípio do século.

02.Qual é a tese que há muito tempo sustentamos? p.61

O europeu é viril, mas leal; ao passo que o brasileiro é bruto e desleal.

 

03.De forma um dos convidados pôs nas nuvens o futebol europeu? p.61

A educação europeia, a polidez europeia, a correção europeia.

 

04.Vencendo a minha timidez de subdesenvolvido, comecei a dizer o quê? p. 61

- O craque brasileiro é muito mais doce, mais educado, mais cavalheiro do que o europeu.

 

05. Em 58, contra a França, fomos garfados da maneira mais deslavada. De que forma? p.61/2

Tivemos que fazer três gols para que um valesse.

06.Em 62, a mesma coisa. O escrete evoluía em campo como quem? p. 62

Como um marquês de rancho, com peruca, sapatos de fivela e um manto azul com estrelas bordadas.

07.Confesso que não tive palavras. Sem entender mais nada, perguntava de mim para mim o quê? p. 62

- Que espécie de prazer, que miserável volúpia, que satisfação demoníaca e suicida leva o brasileiro a cuspir na própria imagem como um Narciso às avessas.

 

CRÔNICA (19): O doce e truculento João (p.63 a 64)

 

01.O bom no Saldanha está na duplicidade, de que forma? p.63

De um lado, é um Francisco de Assis, e de outro lado, é um Tartarin.

 

02.O que acontece quando ele se inflama? p.63

Saiam da frente, porque o colega põe fogo por todas as narinas.

 

03.Segundo o cronista, o justo é quem? p.63

É um dos mais abomináveis tipos humanos que eu conheço.

 

04.Que conselho daria ao leitor? p. 63

Nunca receba um justo em casa.

 

05.Outra coisa que o colega nunca foi: - um idiota da objetividade. Jamais consente o quê? p.63

Que a objetividade sufoque, mate, estrangule a flor translúcida do sentimento e a rosa escarlate da paixão.

 

06.Quem foi Marta Rocha? p. 66

Foi uma das mais belas descobertas deste país.

07. Se tivéssemos de fazer um concurso de animais de futebol, o brasileiro teria o quê? p. 67.

Teria um franciscano quadragésimo sétimo lugar.

 CRÔNICA (20): O brasileiro morre por uma frase, mata por uma frase (p.68 e 69)

 

01.Atrás de nós um crioulão conversava com outro crioulão. E um deles dizia o que ao outro? p.68

- “Então, eu disse a ela: Fique sabendo que eu sou inteligente como o Otto Lara Resende”

 

02.–“E o Otto é tão inteligente assim?” p.68

Digo, e com que sinceridade o digo:

- “O Otto é muito mais inteligente do que o povo imagem.”

03.O que o cronista acha um absurdo com relação ao Otto? p.69

Esse homem tão inteligente não gosta de futebol.

 

04.Que profecia desvairada Gagliano Neto me afirmou de olho rútilo e lábio trêmulo? p. 69

“Amanhã, o Brasil vai ganhar de oito  a zero”.

05. Por que perdemos? p.69

Porque só acreditávamos na goleada.

 

06.Que aconteceu com Otto Lara Resende quando eu estava falando dele? p. 69

Ele foi uma das testemunhas humilhadas e ofendidas naquele dia.

 

07.Como era o silêncio de 200 mil brasileiros? p. 69.

Era de rebentar os tímpanos.

 

CRÔNICA (21): Quem é o chuta? (p.70 e 72)

 

01.Quem foi o primeiro presidente da república que tinha interesse pelo futebol? p.70

O general Garrastazu Médici.

 

02.Qual era a fala da vizinha? p.70

“A gente  vive aprendendo.”

03.Weltman continua de pé e pergunta o quê? p.70

- Como pode um chefe de Estado, no Brasil, desconhecer a nossa maior e mais obsessiva paixão popular?

 

04.Que gemeu na tribuna de honra o diplomata? p. 71

- “Ai Jesus, que relva catita!”

 

05.Durante noventa minutos, milhares de pessoas, entre homens, mulheres e crianças, vociferavam que palavras? p.71

- “Chuta, chuta!”

 

06.O diplomata vira-se para o rapaz do Itamaraty, que o acompanhava e fez que pergunta? p. 71

           - “Quem é o chuta? Quem é o Chuta?”

 

07.Que políticos brasileiros sabem tanto ou menos do que o diplomata luso? p.71

Há ministros, há deputados e senadores.

 

08.Em pleno jogo Brasil x Suécia um amigo milionário me convidou para passear. Eu, na minha tremenda dispneia emocional, respondi o quê? p.71

- “Pelo amor de Deus, não saio, nem a tiro. Estou por conta do jogo.”

 

CRÔNICA (22): Quando o brasileiro acredita em si mesmo, é imbatível (p.73 e 74)

 

01.O que Deus me poupou? p.73

O sentimento da inveja.

 

02.Quando cruzo com Walther Moreira Salles faço o quê? p.73

Tiro o chapéu que não uso, ao último gentil-homem, e passo adiante.

 

03. Walther foi convidado para servir ao escrete. Seus amigos quiseram dissuadi-lo. Mas que fez ele? p.73

Ele foi irredutível.

04. Walther foi taxativo: - “Não saio nem por um milhão” – e disse, por fim, o quê? p.73

“Não saio porque acredito na estrela do Brasil e na minha própria estrela”.

 

05. Qual prognóstico o presidente Médici para o jogo Brasil X Itália, no México? p. 73

“Brasil 4 x 1 “

06.Qual foi um dos momentos mais dramáticos da batalha? p.73

       Foi aquele em que vinha Pelé e atrás um italiano que dava pequenos chutes nos seus calcanhares.

 

07. O cronista diz: - Bom tempo, bom tempo. A verdade é? p. 74

- Quando o brasileiro acredita em si mesmo, é imbatível.

 

CRÔNICA (23): O time nacional tem que se achar o melhor do mundo (p.75 e 76)

01. Dirão você: - “Isso é literatura!” E se o fosse, não seria demérito. Mas eu digo que esse rapaz não podia ser apontado, não como “um brasileiro”, mas como quem? p.75

“o brasileiro”

02.Como “A besta” podia se considerar? p.75

Um brasileiro autêntico.

03.  O que escreveu o cronista na crônica de ontem? p.75

-“O brasileiro ou acredita em si mesmo ou cai de quatro.”

 04. Para a seleção render cem por cento, ou mil por cento, precisa o quê? p.75

Precisa acreditar no Brasil.

05. Segundo o cronista, os jogadores brasileiros já acreditaram no Brasil, foi quando? p. 76

Foi  na minha pré-adolescência.

06. Como estava Luiz Vinhas no vestiário? p.76

Ventando fogo.

07. Ele abriu uma bandeira da Pátria e fez o quê? p. 76

Fez cada jogador beijar a bandeira.

 CRÔNICA (24): Como é que que se identifica um cretino fundamental (p.77 e 78)

 01. As cartas que o cronista recebe é de um leitor que faz qual pergunta? p.77

-“Por que é que o senhor não dá nomes aos bois? Por que não diz quais são os cretinos fundamentais da nossa crônica.?”

 

02.Como estão os cretinos fundamentais? p.77

Estão nus nas nossas barbas, sem a proteção de uma escassa folha de parreira.

 

03. Que fazem milhares de cretinos fundamentais? p.77

Torcem contra o Brasil

04.Que comentário fez ao Nelson a grã-fina das narinas de cadáver? p.78

-“São analfabetos, Nelson, são analfabetos.

 

05.O cretino fundamental deve o que ao futebol brasileiro? p. 78

Deve o sapato da mulher e o leite do caçula.

 

06.Que pesadelo talvez profético teve o cretino fundamental? p.78

Pois sonhou que o homem da carrocinha de cachorro aplicou-lhe o laço de arame no pescoço.

 

07. Cercado de latidos, pôs-se a berrar o quê? p. 78

O home do laço retruca: - “Pior, muito pior. És cretino fundamental.”

 

CRÔNICA (25): Os mistérios da personalidade (p.79)

 

01.Por que o vizinho era o que se chama um homem de bem? p.79

Quando ele passava, cumprimentava todos, inclusive postes (tinha o gênio do cumprimento)

02.Ele tinha uma testa que começava na frente e ia acabar onde? p.79

Ia acabar cá atrás no cangote.

03.O que diz a minha vizinha gorda e patusca? p.79

“Nada como um dia depois do outro”.

04.E de repente, o homem de bem fez o quê? p.79

Bateu uma carteira.

05.De quem o homem de bem bateu a carteira? p. 79

Bateu a carteira do defunto.

06.Que explicação o homem de bem deu por ter pego a carteira do defunto? p.79

“São os mistérios da personalidade”.

07.As pessoas presentes passaram da indignação santa para o quê? p. 79

Para a perplexidade aguda.

 

08.Todo mundo tem os chamados mistérios da personalidade. E, nesse caso, qualquer sujeito é capaz de quê? p.79

É capaz de tudo, até de uma boa ação.

 

CRÔNICA (26): O grande ouvinte é o homem que faz ficção (p.81 e 82)

 

01.Que pergunta tem um toque de narcisismo? p.81

“Homem ou mulher”.

02.O brasileiro está querendo insinuar o quê? p.81

Que tem excesso de mulheres.

03.Ora, eu sou romântico e o romântico é que tipo de homem? p.81

Homem de uma mulher só.

04.Um sujeito me perguntou se o cretino fundamental não é a mesma coisa que o idiota da objetividade. Expliquei que há o quê entre eles? p.81

Há singularidades entre um e outro.

05.Que disse Jânio Quadros quando este ainda presidente da República, disse a Otto Lara Resende? p. 81

“Minhas duas fraquezas são a mulher bonita e o homem inteligente.”

06.Qual é o nome do amigo do cronista, que ele não abre mão? p.82

É o romancista Permínio Asfora.

07.Quem é uma das maiores figuras do velho futebol? p. 82

- Di Stéfano.

08.O que ele declarou numa entrevista? p.82

“Ou o Brasil joga de primeira ou não ganha de ninguém.”

 CRÔNICA (27): Para que uma ditadura assim inédita e assim feroz (p.83 e 85)

 

01.O que aconteceu com todas as novelas? p.83

Foram escorraçadas do chamado horário nobre.

02.E quem quiser vê—las e ouvi-las terá que fazer o quê? p.83

Terá que esperar as onze horas da noite.

03.Essa campanha contra as novelas foi desencadeada para quê? p.83

Para salvar infância e juventude.

04.O que se procura realmente definir, caracterizar e anular? p.84

É a profunda e irreversível incapacidade educacional da família.

05.O cronista diz crer que, um dia desses, aconteça o que com o Maracanã? p. 84

Só possa abrir suas portas às onze de noite, quer dizer, no horário compatível com os pulhas de ambos os sexos.

06.Essa autoridade diz a criança “deve”, “precisa” assistir até a filmes de terror para quê? p.84

Para liberar não sei que misteriosas potencialidades.

 

CRÔNICA (28): A Loteria Esportiva coincidiu com o Brasil descoberto em 1964 (p.86 e 88)

 

01. O cronista diz que precisa conhecer a História, e a História precisa o quê? p.86

Precisa conhecer a nossa maravilhosa Loteria Esportiva.

02.Desde Pero Vaz Caminha? p..86

O gosto da pobreza.

03.O que o brasileiro não admitia, nem como uma hipótese? p.86

Que viesse a ser, um dia, milionário.

04.Qual é o símbolo autêntico de um Brasil pré-revolucionário? p.87

-“Eu não mereço tanto!”

05.O brasileiro não estava preparado, para ser rico. Se a fortuna fosse bater na sua porta, ele próprio diria, o quê? p. 87

- “Não estou em casa.”

06.Com o desenvolvimento, o brasileiro pensa em quê? p.87

Pensa em ganhar dinheiro, em ser rico.

07.Sistematicamente, os melhores prêmios saem para quem? p. 87

Saem para os pés-rapados.

08.Outrora, um brasileiro que ganhasse bilhões, de estalo, acontecia o quê? p.88

Havia de morrer na hora, enfarte fulminante.

 

 

CRÔNICA 29: O brasileiro novo-rico procura vingar-se de todas as privações passadas – p. 89 a 91

01. Quem é a figura curiosa e, até fascinante, segundo o cronista? p.89

O brasileiro.

02. O cronista diz que o nosso bem, ou nosso mal, está onde? p.89

Está no que eu chamaria de pobreza vocacional.

03. Qual é a verdade citada pelo cronista? p. 89

Ei-la: - o brasileiro não nasceu para ser rico.

04. Por que o amigo do cronista disse que não esquece da Aldeia Campista? p.89

Era um nostálgico de velhas fomes.

 05. O jogador Paulo César estava fazendo quais exigências? p.90

Mundos e fundos, coisas, enfim, que só o Tesouro da Inglaterra pode pagar.

06. Paulo César  pode passar quantos anos sem comprar camisas? p.90

Trezentos anos.

07. A toda hora, o novo-rico procura o quê? p. 91

Procura vingar-se de todas as privações passadas.

08. Assim como Paulo César; creiam que o novo-rico está sempre fazendo o quê? p.91

Se vingando de fomes pretéritas.

Quer ter muito para gastar mais, e mais, e mais.

CRÔNICA 30: O brasileiro não gosta que concordem com ele. p. 92 a 94

01. Daí que a verdade pirandelliana de cada um aplica-se a tudo e, em especial, a quê? p. 92

Ao futebol.

02. Ora, sinto-me perfeitamente à vontade porque sou como quem? p. 92

Como profeta das segundas-feiras.

03. Para o Saldanha, no jogo com o Flamengo, o que aconteceu com o Botafogo? p. 93

Foi caçado a pauladas como uma ratazana prenhe; para o Scassa, no jogo com o Botafogo.

04. O brasileiro não gosta que concordem com ele. E quando isso acontece, é capaz de quê? p. 93

É capaz de subir pelas paredes como uma lagartixa profissional.

05. O que não existem para o futebol? P. 93

As impossibilidades.

06. Que dúvida o cronista insinuou a João Saldanha sobre o Botafogo? p.93

-“E se acontecer uma catástrofe? E se o Botafogo não for campeão?”

CRÔNICA 31: O brasileiro tem alma de feriado  - p.95 e 96

01.Qual foi a grande descoberta que o autor fez sobre o "brasileiro" ao final da crônica, após questionar quem faria o Brasil se todos estivessem na praia?

A grande descoberta do autor foi que "O brasileiro tem alma de feriado".

02. Onde o autor esperava encontrar as praias após o longo feriado, e o que ele realmente encontrou ao chegar lá?

Ele encontrou o oposto: a praia estava "inundada de brasileiros" e com "mais gente do que nunca", como ele diz com espanto.

03. O que é a "grande saraivada de feriados" que o autor menciona no início da crônica e qual o efeito dela sobre o brasileiro?

A "grande saraivada de feriados" que o autor menciona é uma sequência muito longa de dias de folga.

04. De acordo com o texto, qual é o sentimento que aparece no brasileiro na terça-feira, quando o período de descanso dos feriados termina e ele precisa voltar aos "dias úteis"?

O cronista chama de "provação dos chamados dias úteis", acompanhada de uma melancolia que ele compara aos "paráveis às de Jó" (uma referência bíblica a grande sofrimento).

05. O autor menciona ter sentido um "remorso ou vergonha" no meio do feriado. Qual foi o motivo desse sentimento?

O cronista sentiu remorso ou vergonha por ter se esquecido completamente do Brasil e das suas responsabilidades por quatro longos e dilatados dias de folga.

CRÔNICA 32: Não se improvisa uma derrota    - p.97, 98 e 99

01. No início da crônica, o cronista fala de uma medalha que o Brasil não podia ganhar na "Grande Exposição Internacional de Paris". Por que ele diz que o Brasil tinha que perder para ter razão?

O cronista diz que o Brasil tinha que perder para que o "nacionalismo" e a "derrota" tivessem razão de ser.

02. Qual objeto simples, que cabia em um bolso, foi usado para representar o Brasil na exposição, segundo o texto?

O objeto simples que representou o Brasil na exposição foi uma "caixa de fósforos".

03. O cronista menciona a volta de uma época onde o patriotismo era diferente. Como esse patriotismo se manifestava quando três brasileiros se encontravam na rua, segundo o texto?

Quando três brasileiros se juntavam, eles automaticamente rompiam a cantar o hino nacional. Isso mostrava um patriotismo genuíno e cheio de fervor, que acontecia naturalmente no cotidiano.

04. No trecho sobre a Copa de 38, o que o cronista diz que realmente uniu os brasileiros?

O que realmente uniu os brasileiros, segundo Nelson Rodrigues, não foi a vitória, mas sim a derrota para a Itália (perdemos de 2 x 1). Ele descreve que, após o jogo, "o brasileiro urrava nas esquinas e botecos".

05. Qual é o risco que a direção dos jornais corria ao perguntar aos seus redatores sobre quem o Brasil deveria torcer em uma partida de futebol, como no caso Brasil vs. Rússia?

O risco era que a resposta do redator não fosse a que o jornal esperava (torcer pelo Brasil). Na resposta do redator citada, ele diz: "Ganha a Rússia, porque o brasileiro não tem caráter".

CRÔNICA 33: Não se faz política com bons sentimentos -                         p. 100 e 101

01. Qual escritor famoso o cronista cita no início da crônica para dizer que não se faz política nem literatura com "bons sentimentos"?

Ele cita André Gide.

02. A quem o cronista ligou logo após o apito final de um jogo para dar os parabéns, e que ele chama de "nossa Rachel de Queiroz"?

Ele ligou para a escritora Rachel de Queiroz.

03. Qual era a única palavra que um repórter pediu para o Conde de Keisserlling encontrar para resumir a maior virtude do povo brasileiro?

A palavra era DELICADEZA.

04. O que o narrador diz que ele e outras pessoas usavam para mostrar "reverência" ao homem no Palace Hotel?

Eles usavam o chapéu (tirando-o da cabeça).

05. O que o narrador diz que faz, logo no início da crônica, para provar que o brasileiro é um "sujeito imprevisível"?

Ele diz que o brasileiro é capaz de bater no telefone (desligar na cara) de sua amiga Rachel de Queiroz, mesmo tendo grande admiração por ela.

06. Qual é a palavra que um dos repórteres usou para descrever a sua própria falta de delicadeza, dizendo: "Eu sou um qua-drúpede de 28 patas"?

O repórter usou a palavra "qua-drúpede" (quadrúpede), que significa um animal de quatro patas, para dizer que era uma pessoa bruta e sem sutileza.

CRÔNICA 34: A fortuna  tem um defeito: - conhecida demais

                         p. 102 a 104

01. Qual é o nome do jogador de futebol famoso e rico que é o tema principal da crônica?

O jogador é Paulo César, que o texto também chama de "Perla Paraguaia" (embora ele seja carioca).

02. O que o narrador da crônica (o "eu") disse que Paulo César tem em grande quantidade no seu guarda-roupa, além de muitas camisas, para mostrar sua riqueza?

O narrador diz que Paulo César tem trezentos sapatos e duzentas e cinquenta calças de veludo.

03. Qual é o "defeito" que o narrador afirma que a fortuna de Paulo César tem?

O defeito é que a fortuna de Paulo César é "conhecida demais".

04. Quando a crônica foi publicada e em qual jornal, de acordo com o texto?

A crônica foi publicada em O Globo, na data de 3/11/1971.

05. O que o personagem "Esbraveja" diz que a maioria das pessoas sente por Paulo César e que faz com que elas fiquem "derrubando o mundo"?

Ele diz que o sentimento é a inveja.

 

CRÔNICA 35: O POVO E A RAINHA – p. 105 e 106

01. Qual é o sentimento que, segundo o autor, o povo brasileiro tem pelas rainhas, marquesas e condessas?

O povo brasileiro adora rainhas, marquesas e condessas. O cronista diz que o amor por elas é o mesmíssimo sentimento que se tem pelo futebol.

02. Qual é o único defeito que, de modo geral, o brasileiro médio acha que a República tem?

O único defeito da República é não ter uma Rainha.

03. Que país o escrete brasileiro visitou, e qual foi o resultado de um jogo que o autor lembra?

O escrete brasileiro visitou a Inglaterra (em Wembley). O jogo terminou em um empate de 4 a 4, depois que o Brasil vencia por 2 a 0.

04. Qual foi a justificativa dada pelos brasileiros para a derrota mencionada (o empate, no caso, que fez o Brasil perder a vantagem)?

Os brasileiros culparam a derrota (ou a perda da vitória) dizendo que o adversário (a Inglaterra) tinha uma Rainha.

05. Onde a Rainha da Inglaterra (Rainha Elizabeth II) iria aparecer pela primeira vez para o povo brasileiro, segundo a crônica?

A Rainha iria aparecer na tribuna de honra do ex-Maracanã, ou seja, o Estádio Mário Filho.

06. Quando um grande escritor europeu visitou o Brasil, o que ele disse ser o caráter do brasileiro em uma única palavra?

Ele definiu o caráter do brasileiro com a palavra "Delicadeza".

CRÔNICA 36 – O futebol menor não tem manchete – p. 107 a 109

01. Segundo o cronista, o que o futebol menor tem de "maravilhoso"?

O futebol menor tem de maravilhoso os clubes pequenos, as sedes modestas, os campos são, por vezes, terrenos baldios, e coisas como a história do goleiro Bicanca.

02. O que Otaviano, o personagem principal da história, tinha de especial que poderia levá-lo a jogar no Fluminense?

Otaviano tinha muito talento para o futebol, tanto que foi convidado para treinar no Fluminense.

03. Qual era o grande e estranho medo que Otaviano sentia, que o fez trancar-se no quarto e desistir de jogar futebol?

O grande e estranho medo que Otaviano sentia era o medo da morte.

04. Qual foi o emprego que Otaviano conseguiu, mas que deixou a família chocada?

O emprego que Otaviano conseguiu foi de barbeiro de necrotério.

05. Quando Otaviano estava muito doente, o que as mulheres da família falavam sobre o motivo da doença?

Elas sussurravam que a doença era causada pelo "Desgosto do filho! Desgosto da família!"

06. No final da crônica, qual foi a última frase que a mãe de Otaviano disse a ele antes que ele morresse?

A última frase da mãe para o filho foi: "Deus te abençoe."

 

CRÔNICA 37 – A partir de Méier, o brasileiro começa a ter saudades do Brasil -  p. 110 a 112

01. Na crônica, o cronista conta a história de dois amigos que viajaram. Quem são eles?

Os dois amigos são Claudio Mello e Souza e Otto Lara Resende.

02. Um dos amigos, Otto Lara Resende, viajou para quais países escandinavos?

Otto Lara Resende viajou para a Noruega e a Dinamarca.

03. O que Claudio Mello e Souza declarou ao desembarcar do avião, na volta da viagem?

Ele declarou, brincando: "O francês é um cavalo!" (O autor explica que isso era um elogio à vitalidade).

04. Qual foi a frase que Claudio Mello e Souza disse ao taxista de Paris que tentou insultá-lo (ruge-lhe um desaforo)?

Claudio Mello e Souza respondeu: "Te parto a cara, seu palhaço!" (O autor diz que essa atitude "liquida a questão").

05. Que objeto Claudio Mello e Souza comprou em uma sapataria, pouco antes de embarcar no Galeão?

Claudio Mello e Souza comprou uma botina suntuária (um tipo de bota).

06. Onde o cronista, no final do texto, diz que é o seu verdadeiro assunto ("meu assunto e meu ganha-pão")?

O cronista diz que seu assunto é o futebol.

CRÔNICA 38 – O apelido corrige e denuncia a mistificação do nome – p. 113 a 114

 

01. Qual é a ideia principal do autor sobre o apelido?

O autor diz que o apelido corrige e denuncia a mistificação do nome, revelando a verdadeira identidade da pessoa.

02. Na primeira história contada na crônica, qual era o nome do rapaz que tinha uma figura obesa e "crudelíssima"?

O nome do rapaz era Nero de Albuquerque e Silva.

03. Qual foi o apelido que os colegas de Nero de Albuquerque e Silva deram para ele?

O apelido que os colegas deram para ele foi "Rosquinha".

04. O que a legenda dizia na coroa de flores que os colegas mandaram para o "Rosquinha" quando ele morreu?

A legenda dizia: "Ao Rosquinha, o Eterno Adeus Dos Seus Desolados Companheiros."

05. O autor compara o jogador Ademar (o "Rosquinha" do futebol) com que tipo de animal para mostrar sua força e ferocidade em campo?

O autor o compara com uma fera e com uma Pantera.

06. De acordo com o que o cronista diz, o que é a única coisa que realmente interessa no futebol de Ademar "Rosquinha"?

A única coisa que interessa no futebol dele é a barriga, ou seja, o seu peso físico.

CRÔNICA 39 – Para saber da atualidade nacional – só recorrendo aos idiotas mais à mão  - p.115 a 119

01. No início da crônica, o cronista menciona um amigo, repórter policial, que estava sempre bêbado. O que ele respondia quando perguntavam por que ele bebia?

"Não bebo." e dizia que era um "pau-d'água" que nasceu e morreu bêbado.

02. O que o autor e seu amigo Walter Clark foram fazer na casa de um casal de "progressistas"?

Eles foram convidados para uma festa na casa do casal.

03. O que o cronista e o Walter Clark viram no palácio (mansão) do casal, no Alto da Boa Vista, que tinha a ver com uma "mulher nua" e um jacaré?

Eles viram uma estátua de mulher nua com uma cascata artificial que tinha filhotes de jacaré.

04. Qual foi a palavra rude (palavrão) que a anfitriã da festa distribuiu aos convidados como se fossem bombons?

Ela distribuía a palavra "surpresa" (o autor diz que essa palavra era o palavrão que lhes correspondia, dada a vulgaridade da festa).

05. O que havia no palácio (mansão) do casal, no "teatrinho", onde a anfitriã pediu para todos se sentarem?

Havia um palco com umas duzentas cadeiras e um pequeno palco.

CRÔNICA 40 – Avenida Atlântica, de Forte a Forte, quatro quilômetros de umbigos -p. 120 e 121

01. Qual é a pessoa que o cronista diz ser a "maior cabeça do Brasil" e que "reabilita o elogio"?

A pessoa é o sociólogo Gilberto Freyre.

02. O que um repórter perguntou a Gilberto Freyre sobre o filme "A Dama da Lotação"?

O repórter perguntou o que Gilberto Freyre achava d**'A Dama da Lotação** (um filme famoso de Neville d'Almeida, com roteiro de Nelson Rodrigues).

03. O que era Neville, o amigo que ligou para o autor, enquanto esperava que algo acontecesse (que era "simplesmente a aurora")?

Neville era o telefonema (ou a pessoa no telefone).

04. O que o cronista disse sobre a Avenida Atlântica, do Forte ao Forte, que era o equivalente a "quatro quilômetros de umbigos"?

Ele estava descrevendo a Avenida Atlântica como uma coisa linda que ele estava olhando.

05. O que Gilberto Freyre disse que achava de Nelson Rodrigues, quando perguntado sobre o filme "A Dama da Lotação"?

Gilberto Freyre respondeu que o cronista era "só um gênio satânico no sentido nietzschiano".

06. Qual era a profissão do noivo do segundo exemplo da crônica, que se casaria com a moça que foi pedir conselho ao cronista?

Ele era um craque de futebol.

07. Quem era Ava Gardner, a pessoa que o cronista dizia ter o "direito de se despir" na Avenida Atlântica?

Ava Gardner era uma atriz famosa de Hollywood (o autor a usou como comparação para falar sobre o desejo de se despir que a paisagem inspirava).

CRÔNICA 41: Ninguém acredite na virtude de cara amarrada – p. 122 a 124

01. Quem é o personagem central que motiva a crônica e qual é a sua profissão original?

O personagem central é o Fregolente. Sua profissão original é ator (o autor menciona que ele é um "ator Fregolente" e faz parte do meio teatral).

02. No início do texto, Nelson Rodrigues faz uma distinção entre tipos de pessoas no meio teatral. Como ele descreve a personalidade de Fregolente em comparação a outros colegas?

Nelson Rodrigues descreve o meio teatral como cheio de "víboras" (pessoas ruins) e "débeis mentais", mas destaca Fregolente como uma exceção admirável. Ele o chama de "antivíbora", descrevendo-o como uma pessoa cheia de bondade, inocência e misericórdia, dizendo que ele é "tão bom que a gente sente".

03. Qual foi a notícia surpreendente que Fregolente deu a Nelson Rodrigues por telefone?

A notícia surpreendente foi que Fregolente, aos 53 anos de idade, estava se formando em Medicina.

04. O autor defende uma ideia muito específica sobre a "alegria" versus a "dor". Segundo o texto, o que é mais sagrado para o narrador?

Para o narrador, a alegria é mais profunda e mais santa do que a dor. Ele afirma: "A alegria também é mais santa do que a dor" e critica a ideia de que a virtude está ligada à seriedade ("cara amarrada").

05. O livro se chama "Brasil em Campo" e Nelson Rodrigues frequentemente usa metáforas de futebol. Por que o autor compara Fregolente a jogadores como Nilton Santos e Ademir?

O autor faz essa comparação para destacar a longevidade, a garra e a capacidade de resistir ao tempo. Assim como esses jogadores atravessaram gerações mantendo o talento ("o mesmo elã"), Fregolente também "derrotou a idade" ao se formar médico já maduro.

06. Ao final do texto, o narrador diz que o médico Fregolente era "um menino de Charles Dickens". O que essa metáfora sugere sobre o estado de espírito de Fregolente?

Sugere que, apesar da idade avançada (53 anos na formatura, 57 na época da crônica), Fregolente mantinha a pureza, o entusiasmo e a inocência de uma criança. Ele conservava a capacidade de sonhar e se alegrar genuinamente.

07. Explique o título da crônica: "Ninguém acredite na virtude de cara amarrada".

O título é um conselho do autor para que não julguemos as pessoas pela aparência de seriedade. Ele quer dizer que ser sério ou mal-humorado ("cara amarrada") não é sinônimo de ser uma pessoa boa ou virtuosa. Pelo contrário, para Nelson Rodrigues, a verdadeira santidade e bondade estão na alegria e no riso, como demonstrado pelo personagem Fregolente.

 

CRÔNICA 42: A força da burrice – p.125 e 126

01. Onde se passa a situação narrada na crônica e, segundo Nelson Rodrigues, o que aquele grupo de pessoas representa simbolicamente?

A situação se passa no programa "Grande Resenha", da TV Globo. Para o autor, a mesa redonda do programa tem um valor simbólico formidável: aquele grupo representa a própria "Pátria", ou seja, o Brasil.

02. Qual foi a declaração feita por um dirigente ("paredro") do futebol brasileiro que causou indignação no autor?

O dirigente declarou que "o nosso futebol não tem nenhuma chance", justificando a ausência do Brasil no Pan-Americano. Nelson Rodrigues ficou indignado com o pessimismo e a falta de crença no potencial brasileiro.

03. Por que Nelson Rodrigues chama a opinião do dirigente de "a força da burrice"? Quais argumentos o autor usa para defender que o futebol brasileiro era bom?

O autor considera "burrice" porque o dirigente ignorava fatos óbvios. Os argumentos que Nelson usa são: o Brasil era, na época, bicampeão do mundo; o país tinha o Pelé (o melhor jogador); e o futebol era uma das poucas coisas que realmente funcionavam bem no Brasil.

04. Na segunda parte do texto, um dos companheiros de mesa faz uma afirmação sobre o jogador Pelé na Copa do Mundo que choca o autor. O que foi dito e como o autor prova que isso era mentira?

O companheiro disse que Pelé foi "muito bem tratado" e "não sofreu nenhuma violência" na Copa. O autor rebate dizendo que o "videoteipe" (as gravações dos jogos) mostrava o contrário: Pelé sendo agredido, derrubado e "ceifado por trás" pelos adversários.

05. Ao final do texto, como a maioria dos participantes da "resenha" reagiu ao ouvir a mentira sobre a violência contra Pelé?

Eles reagiram com grande indignação cívica ("ira"). O autor descreve de forma exagerada que eles "subiam pelas paredes como lagartixas" e pareciam prestes a cantar o hino nacional, demonstrando patriotismo e defesa do futebol brasileiro.

 

CRÔNICA 43: O sucesso é um risco de vida – p. 127 a 129

01. Logo no início do texto, o narrador afirma que o sucesso é perigoso ("um risco de vida"). Segundo ele, por que isso acontece?

Segundo o autor, o sucesso é perigoso porque desperta a inveja ("o despeito") das outras pessoas, que ele chama de "massa dos incapazes" e "ineptos".

02. O autor conta a história de um colega muito culto, que sabia várias línguas, mas que fingiu não saber como se escrevia a palavra "você". Por que ele fez isso?

Ele fingiu ser "analfabeto" ou ignorante para não chamar a atenção e para evitar a inveja dos outros, pois acreditava que "a sabedoria causa inveja homicida".

03. Na segunda parte do texto, o autor muda de assunto e começa a falar de futebol. Quem é o personagem real, apelidado de "João Sem Medo", que se torna o foco da crônica?

O personagem é João Saldanha, que foi escolhido para ser o técnico da seleção brasileira.

04. Como as pessoas reagiram quando João Saldanha aceitou o convite para ser técnico da seleção?

As pessoas reagiram mal. O texto diz que "todas as vaidades feridas se juntaram contra o João", ou seja, muita gente ficou com inveja e começou a torcer contra ele.

05. O texto cita uma vitória muito importante da seleção comandada por João Saldanha antes das eliminatórias. Contra qual país, que era o atual campeão do mundo, o Brasil jogou e venceu?

O Brasil venceu a Inglaterra.

06. Nelson Rodrigues diz que o jogador brasileiro costuma ficar triste ou deprimido ("a um passo da depressão"). O que ele diz que o técnico João Saldanha "injetou" nos jogadores para mudar isso?

O autor diz que João Saldanha injetou “sangue de leões” nos jogadores, transformando o time em uma equipe de “feras” cheia de entusiasmo.

07. No final do texto, o autor usa o nome de um animal para se referir às pessoas invejosas que torciam contra o sucesso da seleção. Que animal é esse?

Ele chama as pessoas invejosas de hienas ("Só as hienas é que não gostaram").

CRÔNICA 44: No Brasil, a delícia do Poder é o seu abuso – p. 130 a 131

01.Qual é a principal tese (ideia central) que Nelson Rodrigues defende sobre o brasileiro no início da crônica?

A principal tese é que o brasileiro não nasceu para ser inteligente e que o brasileiro inteligente é angustiado, aflito e neurótico (ele está sempre preocupado).

02. O que o narrador afirma sobre o comportamento do brasileiro quando este começa a exercer um cargo de Poder (autoridade)?

O brasileiro que começa a exercer o Poder muda fisicamente: fica inquieto, perde o sono e não come. A crônica afirma que a maior satisfação ("a delícia") do Poder para ele é poder abusar dele.

03. Quem é o Dr. Paulo de Carvalho e o que aconteceu com ele ao ser reinstalado no cargo de chefia da delegação?

O Dr. Paulo de Carvalho é o chefe da delegação. Ele sofreu um rude impacto emocional ("intensa dispneia emocional") por causa do estresse e da forma como utilizava o seu poder.

04. Qual foi a atitude do Dr. Paulo de Carvalho que causou indignação na imprensa e na TV, e que o autor considera "brasileira"?

A atitude foi trancar as portas para a Informação (proibiu o acesso). Ele impediu que os jornalistas assistissem ao treino da seleção, sendo este o "seu abuso" de poder.

05. O que o narrador quer dizer quando afirma que "A Informação é uma das raríssimas coisas sagradas do Brasil"?

Ele quer dizer que a Informação (o direito de saber e de informar) é algo de valor altíssimo e deve ser respeitado no Brasil. O autor usa a palavra "sagrada" para enfatizar que a proibição de informar é um ato grave.

 

CRÔNICA 45: Eis a verdade nacional: - juiz não tem horário! – p.132 a 134

01. Qual é a principal afirmação que o autor usa para defender que o "Inferno é uma sala de espera"?

O autor discorda da ideia de que o inferno são os outros. Para ele, o inferno é uma sala de espera, onde as pessoas sofrem com o pior dos martírios: as longas e alucinantes esperas.

02. Em que tipo de evento o narrador participou como padrinho e que motivou a crônica sobre a espera?

O narrador participou de um casamento na igreja ou no cartório (o texto fala em "casarão sinistro" e "escassos casamentos").

03. Qual foi a razão principal do atraso na cerimônia, que era a "primeira e crueldíssima desilusão matrimonial" para as noivas?

A razão do atraso era a ausência do juiz, pois, segundo a "verdade nacional", "juiz não tem horário!" (ou seja, ele não precisava cumprir o horário marcado).

04. Como a demora afetou o comportamento e o humor dos convidados (noivos, padrinhos, etc.) na sala de espera?

Inicialmente, eles tentavam rir e cochichar. Mas, com a demora (que chegou a duas horas e meia), o bom humor se extinguiu, os risos cessaram e a espera se tornou "amarga", transformando o ambiente em uma "depressão" ou "melancolia".

05. O que os convidados e os noivos sentiram ao final, quando o juiz finalmente chegou e a espera terminou?

A euforia foi comprometida e, em uma "atroz melancolia", eles sentiram que tinham vivido a sua "primeira experiência do Inferno" (representada pela espera). O alívio do fim da espera não foi completo por causa do sofrimento anterior.

CRÔNICA 46: Vivemos na terra onde se cochicha o elogio e se berra o insulto – p. 135 a 136

01. De acordo com o título, qual é a principal crítica que Nelson Rodrigues faz ao comportamento do brasileiro?

A crítica principal é que o brasileiro tem dificuldade em ser positivo e generoso. Ele tende a falar bem dos outros (elogio) em voz baixa ou de forma disfarçada (cochicha), mas é muito fácil para ele criticar e ofender (berra o insulto).

02. Qual foi a reação do "soldadinho de chumbo" quando o narrador o elogiou, dizendo "Te vi, ontem, com aquela boa!"?

O soldadinho de chumbo recuou dois passos, começou a chorar (bulhado em lágrimas) e disse que a pessoa que ele viu não era ele, pois nenhuma mulher vai com a cara dele.

03. Por que o narrador decidiu tratar o "soldadinho de chumbo" com confiança e humildade, dizendo "Há piores, há piores"?

O narrador fez isso porque percebeu que o soldadinho de chumbo se considerava o sujeito mais desgraçado da terra. Ao se deparar com essa humildade e sinceridade, o narrador sentiu que ele merecia solidariedade.

04. O narrador se refere a um grupo de pessoas que pensam que "lacraias" são as que torcem contra o clube de nossa alma. Quem Nelson Rodrigues afirma que são as verdadeiras "lacraias"?

As verdadeiras "lacraias" (pessoas maliciosas) são aquelas que se fingem de torcedores de algum time (tricolor, rubro-negro, etc.) e são bem-servido de lacraias o Fluminense, mas que, na verdade, só querem ver a derrota e a "caveira" do clube. Elas não são torcedoras, são invejosas.

05. Qual é o conselho que o narrador dá para alguém que vai conversar com uma "lacraia" e quer captar a confiança dela?

O conselho é elogiar a pessoa e dizer: "Estás com uma aparência ótima". O narrador afirma que a "lacraia" vai responder com total modéstia, pois a característica delas é a falsa sinceridade.

 

CRÔNICA 47: Com paletó, Garrincha é um vago Manuel dos Santos – p.137 a 138

01.Qual é o nome do jogador de futebol famoso de quem a crônica está falando?

O nome do jogador é Garrincha, cujo nome verdadeiro era Manuel dos Santos (Mane).

02. Quem é o personagem que conversa com o narrador sobre a situação de Mané?

O personagem que conversa com o narrador é o Presidente Médici.

03. Qual era a "solução ideal" que Mário Penteado e Salim Peixeado acharam para Garrincha?

A solução era um negócio de café para ele e dar-lhe um paletó novo.

04. Por que Salim não queria que Garrincha assinasse o contrato sem o paletó?

Porque, para Salim, o paletó era como um protocolo ou a forma certa de se apresentar para um negócio importante.

05. O que Garrincha disse quando Simão perguntou se ele queria o paletó para a cerimônia?

Garrincha disse: "Não, Garrincha, você não vai com paletó."

06. Por que o narrador diz que Mané era o autor do tricampeonato?

Porque Mané decidiu duas Copas (ganhou, ou foi importante para o time ganhar) das quais o Brasil foi campeão.

07. Qual a principal ideia de Salim Peixeado sobre o paletó, no final da crônica?

Ele estava convencido de que, com o paletó, Garrincha deixaria de ser o vago Manuel dos Santos para ser alguém importante.

 

CRÔNICA 48: O videoteipe é muito menos burro do que parece – p. 139 e 140

01. Qual invenção ou tecnologia é comparada com a maneira como os locutores de rádio narravam o futebol?

É comparada com o videoteipe (também conhecido como VT), que mostrava as imagens reais do jogo.

02. O que o narrador da crônica sentiu depois de ouvir os locutores de rádio narrando o jogo do Brasil contra o AIK?

Ele ficou deprimido e perdido por causa da narração.

03. O que o videoteipe mostrou sobre o time de futebol que os locutores não mostraram?

O videoteipe mostrou o talento e a magia da seleção, revelando jogadas perfeitas e irretocáveis, que o rádio escondia.

04. Segundo a crônica, como os locutores tratavam o time do Brasil?

Eles dramatizavam as falhas e não valorizavam o talento do time.

05. Qual é o papel do videoteipe para o futebol brasileiro, segundo o texto?

O videoteipe tem o papel de restaurar a imagem e o gênio do time, mostrando a verdade dos jogos.

06. Para o narrador, qual é a diferença entre a narração do rádio e as imagens do videoteipe?

A narração do rádio tem mistério e esgana (dramatização), enquanto o videoteipe mostra a realidade e o gênio do time.

 

CRÔNICA 49: O escrete inglês é o Bonsucesso com Rainha e Esquadra – p. 141e 142

01. Qual era o título do livro que Nelson Rodrigues foi autografar na livraria?

O livro se chamava "Música humana".

02. O que o narrador da crônica (Nelson Rodrigues) estava fazendo na livraria?

Ele estava em uma noite de autógrafos para lançar o seu livro.

03. Qual era a surpresa que o esperava na livraria, segundo o texto?

A surpresa era um jovem de vinte anos, que ele descreve como "uma deslumbrante certeza", para quem ele deu um autógrafo.

04. Na crônica, Nelson Rodrigues menciona um jogo de futebol recente. Que times jogaram essa partida?

Os times que jogaram foram Argentina contra Inglaterra.

05. Qual é a única superioridade que, segundo o narrador, a Inglaterra tem sobre a Argentina?

É o "Bonsucesso com Rainha e Esquadra", ou seja, a pompa, a tradição e o poder da Rainha e da Marinha (Esquadra).

06. Por que o narrador diz que o brasileiro admira o time de futebol errado?

Porque, segundo ele, o brasileiro admira a Inglaterra quando está errado, e admira a Argentina quando também está errado.

 

CRÔNICA 50: Futebol é paixão – p. 143 a 145

01. Segundo a crônica, qual foi a primeira grande vitória do futebol brasileiro que mudou o "Pré-Brasil"?

O triunfo (vitória) na Suécia, em 1958, que foi a primeira vez que o Brasil ganhou a Copa do Mundo.

02. O que o narrador afirma sobre o filme "O Pagador de Promessas" em relação ao futebol?

Ele diz que o filme é o profeta do bicampeonato (o Brasil ser campeão pela segunda vez seguida).

03. Quem é o diretor de cinema mencionado que, segundo a crônica, gastou muito dinheiro e era "o gênio do dia seguinte"?

O diretor é Anselmo Duarte, que ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes.

04. O que era um "canastrão" na cabeça do Anselmo Duarte, antes de ele ganhar o prêmio em Cannes?

Era um canastrão (um ator ruim) de cabeça aos sapatos.

05. Qual era o sentimento do narrador sobre o cinema brasileiro antes de Anselmo Duarte vencer em Cannes?

Ele diz que o cinema brasileiro não podia ganhar e não tinha diretores nem artistas, sendo uma "vergonha nacional".

06. Qual relação o narrador faz entre a vitória do Brasil na Suécia (1958) e a vitória do filme de Anselmo Duarte em Cannes?

Ele diz que o "pagador" (o filme) ganhou em Cannes porque o "scratch" (a seleção brasileira) ganhou na Suécia, ou seja, há uma relação de triunfo do Brasil no mundo.

07. Quem é o personagem "Francis" mencionado no final da crônica e qual é o seu problema?

É o crítico Paulo Francis, que o narrador diz que continua amargo e que é um "analfabeto obsessivo".

 

CRÔNICA 51: O grã-fino rasga dinheiro na vista e quer médico de graça – p. 146 e 147

01. Quem era a primeira pessoa que telefonou para o narrador e o que ela queria?

Era uma grã-fina (mulher da alta sociedade) que queria que o narrador arranjasse ingressos (caronas) para ela ir aos jogos do escrete (seleção de futebol).

02. O que a grã-fina disse quando o narrador perguntou o que ela queria que ele fizesse?

Ela disse: "Quero ver o escrete".

03. Como a grã-fina se despediu do narrador depois que ele disse que arranjaria os ingressos?

Ela se despediu dizendo: "Deus te ame eternamente".

04. Na segunda parte da crônica, o que a grã-fina queria que o narrador fizesse?

Ela queria que o Dr. Stans Murad, um famoso cardiologista, atendesse o marido dela de graça, sem cobrar a consulta.

05. O que o narrador diz sobre as pessoas ricas que gostam da seleção brasileira?

Ele diz que são pessoas ricas que podem comprar um milhão de ingressos, mas gostam de pegar "carona" (ingressos de graça) para saborear a delícia da carona.

06. Quem é o Dr. Stans Murad e o que o narrador pede para ele fazer, de forma irônica?

O Dr. Stans Murad é o maior cardiologista do Brasil. O narrador pede, ironicamente: "Faz um favor: — pague", ou seja, ele debocha do comportamento da grã-fina.

 

CRÔNICA 52: À sombra dos canalhas em flor – p. 148 e 149

01. Quem é o último "canalha" (mau-caráter) que o narrador conheceu e que motivou a primeira parte da crônica?

É o último patrícia que ele conheceu, o homem que estava para se casar, mas que era o "perfeito canalha".

02. Qual foi a reação do pai da noiva (o "velho") quando soube que sua filha estava se casando com um "canalha"?

O pai chorava às lágrimas, entre lírios e de quatro em quatro.

03. O que a mãe da moça (a "velha") disse sobre o noivo ser um "canalha"?

Ela disse que "Minha filha, você não casa assim mesmo... Meu pai, ou me caso ou me mato".

04. Quantos anos tinha o rapaz da segunda história, que foi contratado por um grande clube?

Ele tinha 17 anos.

05. O que a mulher desse rapaz fez no dia do jogo de estreia dele?

Ela invadiu o campo de futebol.

06. Por que a mulher invadiu o campo, segundo o texto?

Porque, ao acordar, ela não viu o marido e, ao chegar ao campo, viu o marido jogando com outra pessoa ("Goethe aos 17 anos"). O narrador diz que "a perseguição foi feroz" e que a mulher estava correndo atrás do marido.

 

CRÔNICA 53: Não há nada mais real, concreto, mais escorchante do que Papai Noel – p.150 a 151

01. Qual é o personagem que Nelson Rodrigues diz ser a "aluna de psicologia" e o que ele acha dela?

É uma dona de quitanda que, de repente, ele afirma que se tornou aluna de psicologia, e que ele diz que o "fascina".

02. Onde o narrador encontrou a dona de quitanda (aluna de psicologia) pela primeira vez?

Ele a encontrou em uma quitanda (pequena loja que vende frutas e verduras).

03. Em que tipo de festa o narrador encontrou a dona de quitanda e qual era a data do aniversário dessa festa?

Ele a encontrou em uma festa de aniversário e lembrou que o aniversário era no Natal (o nascimento do Menino Jesus).

04. O que a dona da casa perguntou a Nelson Rodrigues que o deixou irritado?

Ela perguntou se ele acreditava que Papai Noel fazia bem para as crianças.

05. Qual é a declaração do narrador sobre o Papai Noel?

Ele diz que "não há nada mais real, concreto, mais escorchante do que Papai Noel".

06. Que técnico de futebol famoso é mencionado na crônica e qual é a "mania" dele, segundo o texto?

É o técnico Zagallo. A "mania" dele era dizer que o escrete (seleção) "precisa vencer" (ter a obrigação de vencer).

 

CRÔNICA 54: Sem um mínimo de paixão não se consegue chupar nem um Chicabon – p. 152 e 153

01. Qual é o conceito que o cronista diz não acreditar no início da crônica?

O narrador não acredita na imparcialidade.

02. O que Nelson Rodrigues compara com a imparcialidade absoluta, tratando-a como algo estranho e raro?

Ele compara a imparcialidade com "um ser tão extraordinário que teria de viver amarrado num pé de mesa" e também com a mulher barbada ou a mula de duas cabeças.

03. O que Nelson Rodrigues diz ser obrigatório no ser humano, em vez da isenção (imparcialidade)?

Ele diz que a afetividade (ter sentimentos, como a paixão) é obrigatória.

04. Qual a pequena frase de efeito que o cronista usa para resumir a importância da paixão na vida?

Ele diz: "Sem um mínimo de paixão não se consegue chupar nem um Chicabon."

05. Que profissionais, além do cronista, o narrador diz que não podem ser imparciais?

Ele cita o arquiteto, o engenheiro, o pintor, o trapezista e o bombeiro hidráulico.

06. Nelson Rodrigues afirma que a imparcialidade não existe de forma completa. Ele diz que só conseguimos ser imparciais por quanto tempo?

Ele diz que só conseguimos ser imparciais "por um segundo", em "brevíssimos momentos de vida".

 

CRÔNICA 55: A paixão é mais importante do que a bola – p. 154 a 155

01. Quem era o "canastrão" do teatro no começo do século, e o que ele fazia de errado no palco?

O canastrão se chamava Zaconi. Ele invadia a cena, tropeçando nos móveis e agia com pompa (muita ostentação).

02. O que Zaconi fez no palco, em sua "maior noite", ao ser surpreendido?

Ele derrubou o cenário com um berro (grito) e, com um berro, punha abaixo um edifício.

03. Segundo Nelson Rodrigues, o que aconteceu com o canastrão depois que o estilo de atuação mudou?

O canastrão não morreu, ele se transformou no torcedor apaixonado de futebol.

04. Onde o narrador diz que vê os "canastrões" atualmente?

Ele os vê no Maracanã (Mário Filho) e no meio da rua, como torcedores de futebol.

05. O que o canastrão, agora transformado em torcedor, faz no estádio?

Ele faz tudo que fazia no teatro: xingava, aplaudia e é injusto.

06. O que o canastrão-torcedor, que o narrador encontrou na rua, disse sobre o time de futebol Artime?

Ele disse que "Artime foi o artilheiro absoluto", mas logo depois deu a entender que um goleador precisa de passes para fazer gols.

 

CRÔNICA 56: Tudo é possível na Jules Rimet, menos uma boa ação – p.156 a 158

01. Que personagem o narrador diz ter um "afeto de irmão" e que virou técnico da Seleção Brasileira?

O personagem é João Saldanha.

02. O que o narrador afirma sobre as qualidades e os defeitos das pessoas?

Ele diz que as qualidades "influem pouquíssimo ou nada", e que as pessoas são amadas por causa de seus defeitos.

03. Qual era o grande defeito de João Saldanha, segundo a crônica?

Ele era "furioso" e o narrador diz que ele possuía os "defeitos luminosos" necessários.

04. O que o narrador respondeu a quem perguntou se Saldanha tinha as "qualidades necessárias" para ser técnico?

Ele respondeu que não sabia se ele tinha qualidades, mas que ele tinha os "defeitos necessários".

05. Qual era o outro defeito de Saldanha, de acordo com o texto, que o fazia desprezar o futebol europeu?

Ele tinha uma "dionisíaca" (paixão exagerada) e chamava o "futebol europeu é uma carnificina".

06. Por que o narrador diz que a Inglaterra, em 1966, salvou o mundo com sua resistência?

Porque, na Copa de 1966, apesar de ter feito "horrores", a Inglaterra "manipulou juízes" e "bateu o pau", mas ganhou, mostrando que o "subdesenvolvimento" (defeitos) também tem valor.

07. Qual foi o aviso que João Saldanha fez ao mundo sobre como o seu time de jogadores iria se comportar?

Ele fez uma "advertência mundial": "Meu jogador não dará o primeiro tiro. Mas se começarem, nós vamos acabar com a guerra."

CRÔNICA 58: O palpite errado tem sido o pão espiritual de milhões de brasileiros – p. 161 a 163

01. O que Nelson Rodrigues diz ter sido o "pão espiritual de milhões de brasileiros"?

O palpite errado (opinião incorreta ou azarada).

02. O que aconteceria se o palpite errado fosse "proibido" ou não pudesse mais ser usado pelos brasileiros, segundo o texto?

Os brasileiros estariam "liquidados", pois o palpite errado é algo que eles cometem "do berço ao túmulo".

03. O narrador menciona um time de futebol que estava "humilhado e tão ofendido" na época em que ele escrevia. Qual era o time?

O escrete brasileiro (a Seleção Brasileira), especialmente o time de 1970 (com Gerson, Pelé, Tostão, etc.).

04. Qual era o "óbvio" que ninguém percebia sobre o escrete brasileiro na época?

Que o time era um elenco de gênios e que bastava que eles jogassem bem que os "gringos entrariam por um cano deslumbrante".

05. O que os brasileiros faziam com o fracasso da seleção, em vez de ficarem tristes?

Eles apostavam a cabeça no fracasso do time, ou seja, era como se o fracasso fosse uma forma de consolo ou até mesmo uma "lição imortal".

06. O que o narrador diz ser a "verdadeira" causa que faz o palpite errado acontecer no futebol?

A falta de gols nos treinos ou o fato de que os jogadores não enxergam o óbvio (que há uma distância enorme entre o treino e o jogo).

07. Qual é a opinião do narrador sobre as goleadas nos treinos da seleção?

Ele diz que as goleadas devem ser deixadas para os jogos, pois o treino é apenas para aquecimento muscular e psicológico.

 

CRÔNICA 59: Mas suas depressões, o brasileiro tem pavor de uma carrocinha de Chicabon – p.164 a 166

01. No início da crônica, onde o narrador encontra o brasileiro deprimido?

Ele o encontra parado em cima do meio-fio, na rua, como se estivesse esperando para ser atropelado.

02. O que o brasileiro deprimido tinha pavor de ver na rua, que estava se aproximando dele?

Ele tinha pavor da "carrocinha de Chicabon" (um carrinho de sorvetes).

03. Qual era o medo do brasileiro, que o impedia de atravessar a rua?

O medo de ser atropelado.

04. O que o narrador diz que transformou o brasileiro de deprimido para otimista?

O narrador o inflamou com as palavras: "Você não é brasileiro? Rapaz, o brasileiro é mais homem do que todo o mundo!" (Injetou ânimo e paixão nele).

05. Depois de ficar otimista, como o brasileiro atravessou a rua?

Ele atravessou a rua triunfalmente, sem dar confiança a ônibus e carros, desafiando a carrocinha de Chicabon.

06. O que o narrador diz que a Seleção Brasileira precisa ter para ser a melhor do mundo?

Ele diz que a seleção não precisa de futebol, pois já tem o melhor do mundo, mas precisa acreditar em si mesma.

07. O que é preciso para que os craques brasileiros ganhem o "caneco de ouro" (a Copa do Mundo)?

Basta estimular os craques, injetando amor da torcida e fé neles, para que sejam imbatíveis.

CRÔNICA 60: Seus jogadores dormiam numa alcova de cetim e jogavam de sapatos de fivela – p. 167 a 169

01. Qual era a "certeza" que o colega de Nelson Rodrigues tinha sobre o futebol?

A certeza era: "Em futebol, vence sempre o melhor".

02.O que o narrador (Nelson Rodrigues) pensa sobre essa certeza de que o melhor sempre vence?

Ele diz que a dúvida é mais sábia e não acredita que o melhor sempre vença.

03. Quem é o personagem Duracque e como ele se tornou vitorioso?

Duracque é um argentino que, no Grande Prêmio (corrida), derrotou o fabulosíssimo Napoleão em Waterloo.

04. Qual era o país que Nelson Rodrigues citou como exemplo de que o melhor não vence no futebol, na Copa de 1954?

A Hungria, que, apesar de ter o melhor time e o melhor estilo, perdeu a Copa.

05. Como o narrador descreve os jogadores do time que perdeu na Copa de 1954, em contraste com a vitória?

Ele diz que os jogadores húngaros "dormiam numa alcova de cetim e jogavam de sapatos de fivela", ou seja, eram luxuosos, mas perderam.

06. O que o narrador diz que a paixão pode fazer no futebol, que é pior do que perder a guerra?

A paixão pode fazer com que "o pior pode vencer uma batalha, mas perde a guerra".

07. Quem é Palhares e o que o narrador diz ter acontecido com ele, para ilustrar que nem sempre o melhor é recompensado?

Palhares é um homem que o narrador encontra e que é uma figura moral, mas que "quase passa fome" e que o narrador chegou a ver com uma "Mercedes suntuária".

CRÔNICA 61: O brasileiro é o abutre de si mesmo – p.170 a 172

01. Como Nelson Rodrigues define o brasileiro de maneira chocante no início da crônica?

Ele diz que o brasileiro é o "abutre de si mesmo".

02. O que Nelson Rodrigues quer dizer com a expressão "abutre de si mesmo"?

Significa que o brasileiro não tem autoestima e se "autoflagelava" (se criticava e maltratava a si mesmo).

03. O que acontecia com o "patrício" (homem da alta sociedade) que o narrador conheceu e que era "sujeito fabuloso"?

O homem se devorava (se atacava) ao negar os próprios méritos e virtudes.

04. Qual é a principal crítica que o narrador faz aos cronistas de futebol e brasileiros em geral?

Que eles subestimam o futebol brasileiro e negam o futebol carioca no plano nacional.

05. O narrador afirma que o futebol brasileiro é "mais plástico, mais brilhante, mais original" que o futebol de outros países. Qual a principal prova que ele dá disso?

Ele afirma que o Brasil é "bicampeão do mundo" (ganhou duas Copas do Mundo seguidas: 1958 e 1962).

06. Em vez de elogiar o futebol brasileiro, o que os críticos faziam, de acordo com o texto?

Eles elogiavam o futebol europeu ou negavam o futebol carioca no plano nacional.

07. Qual é a "doença" ou problema do brasileiro, no fundo, que o faz desprezar a si mesmo?

O problema é a falta de auto-estima (o que o torna o "abutre de si mesmo").

CRÔNICA 62: Eu e o João – p. 173 a 174

01. Que tipo de relacionamento o narrador (Nelson Rodrigues) diz ter com João Saldanha?

Uma "boa amizade" que continua "além da vida e para além da morte".

02. O que Nelson Rodrigues e João Saldanha faziam nas manhãs de domingo, depois da Resenha?

João Saldanha dava uma "fraterna carona" (carona de irmão) ao narrador, levando-o até a porta de casa.

03. O narrador e João Saldanha concordavam em tudo?

Não, eles divergiam (discordavam) em tudo, mas mantinham uma amizade cordial, baseada em "nobilíssimas divergências".

04. Qual a principal diferença entre o futebol europeu e o futebol brasileiro, segundo João Saldanha?

João Saldanha acha que o futebol europeu é um "futebol de choque" (mais físico), enquanto o nosso futebol "tem toda a razão" (é melhor).

05. O que aconteceu com a Seleção Brasileira na Copa de 1966, na Inglaterra, em contraste com a maneira brasileira de jogar?

O Brasil foi "agredido pelas costas", apanhou "fisicamente sem reagir" e agiu com "mansidão", o que era um "espetáculo de cafajestismo".

06. Que jogador inglês é mencionado por dar "tapas na cara do adversário" e nas costas do juiz na Copa de 66?

O jogador é Stiles.

07. O que o narrador diz sobre o futebol brasileiro ser "cândido" (ingênuo) em comparação com o futebol europeu, especialmente ao lembrar de Garrincha?

O narrador diz que "Não há futebol mais cândido do que o nosso" e que a deslealdade (a forma de jogar mais agressiva e violenta) é algo que o europeu chega a ser ingênuo perto do brasileiro.

 

CRÔNICA 63: A multidão não é humana porque lhe falta cara – p. 175 176

1. Quem é o narrador e com qual amigo ele estava conversando?

O narrador estava conversando com seu amigo chamado Paralelépípedo de Albuquerque.

2. O que o amigo Paralelépípedo de Albuquerque diz ter tentado ser?

Ele confessa que tentou ser um paralelépípedo integral (um sujeito pleno), mas diz ter fracassado.

3. Qual foi a palavra que o narrador disse para acalmar seu amigo Paralelépípedo?

O narrador disse a palavra: "fracasso" (ou "uma palavrinha", em que o fracasso era o tema).

4. Segundo o narrador, o que o amigo Paralelepípedo achava que ele deveria ser, ao invés de um "túmulo"?

O amigo Paralelepípedo achava que ele deveria ser ourivel (ourives), ou seja, um artesão que trabalha com ouro.

 

5. O que significa a expressão "homem de turfe" na frase do Paralelépípedo?

A expressão "homem de turfe" se refere a alguém que está envolvido com corridas de cavalos (turfe é a modalidade de corrida de cavalos).

6. Por que o narrador diz que o nosso Albuquerque "tem mais razão do que parece" sobre o turfe?

O narrador diz que a fascinação pelo turfe não é pelo jogo em si, mas pela coisa paisagística que envolve a corrida (o verde, o céu, etc.).

7. Qual é a principal mensagem que o título da crônica ("A multidão não é humana porque lhe falta cara") quer expressar?

O título sugere que, ao fazer parte de uma multidão, a pessoa perde sua individualidade ou sua identidade (sua "cara"), tornando-se menos humana.

CRÔNICA 64: Amor é exclusividade – p. 177 a 178

01. Qual é o título da crônica?

O título da crônica é "Amor é exclusividade".

02. O que a moça, que é amiga do narrador, não sabia em matéria de futebol?

Ela não sabia o que era um "chute" e ignorava se a bola era quadrada ou redonda.

03. Qual era o grande estádio do mundo que o narrador teve que explicar para a moça?

O narrador teve que explicar que "aquilo" (o que a moça via) era o Maracanã, o maior estádio do mundo.

04. O que a moça encontrou por acaso que despertou seu interesse pela leitura?

Ela encontrou, por acaso, na mesa de um bar, um exemplar do Jornal dos Sports.

05. O que a moça perguntou ao narrador por telefone dias depois de ter lido a crônica dele?

Ela ligou para o narrador e perguntou: "Você só escreve sobre o Fluminense?".

06. Qual é a ideia principal do narrador sobre o amor, segundo o texto?

O narrador afirma que, no amor, o verdadeiro sujeito é o camarada de uma só mulher, defendendo a ideia de que a conquista deve ser única e para sempre.

07. Com base no texto, a que o narrador compara a fidelidade de um escritor a um único assunto?

Ele compara essa fidelidade exasperada (excessiva) a uma "beleza completa".

CRÔNICA 65: No Brasil, é difícil encontrar um otimista – p.179 a 181

01. Na crônica "Amor é exclusividade", qual era o time pelo qual o cronista só escrevia?

O cronista escrevia só sobre o Fluminense, o que ele chamava de "o tema único do Tricolor".

02. O que a moça, que ignorava o futebol, descobriu por acaso que a levou a se interessar pela leitura?

Ela encontrou um exemplar do Jornal dos Sports na mesa de um bar.

03. Segundo a crônica "Amor é exclusividade", qual é a principal característica do "verdadeiro Don Juan" no amor?

O verdadeiro Don Juan é o sedutor de uma conquista única, para sempre.

04. Na crônica "No Brasil, é difícil encontrar um otimista", o que o amigo Danilo Nunes perguntou ao cronista?

Ele perguntou ao cronista: "Ganhamos ou não ganhamos?" (Referindo-se a uma vitória ou à Copa).

05. O que fez o herói português no navio, quando uma criança caiu no mar?

O português atirou-se no mar para salvar a criança.

 06. Após o resgate da criança, o que o herói português (salvador) pediu em vez de medalhas ou homenagens?

Ele só queria saber qual era a multidão que o empurraria no mar (o que o levou a agir).

07. Qual foi a ação de Mickey (o jogador do Fluminense) que resultou em gol na partida contra o Botafogo, no final da crônica?

Mickey mergulhou e enfiou a cabeça, dando uma cabeçada potente (um "maior tiro de meta de todos os tempos") que resultou em gol.

CRÔNICA 66: O imparcial só merece a nossa gargalhada – p. 182

01. Qual é a principal característica da moça, amiga do cronista, na crônica "Amor é exclusividade"?

Ela era de uma ignorância enciclopédica em matéria de futebol, não sabia o que era um chute nem se a bola era quadrada ou redonda.

02. O que o cronista diz que é o "verdadeiro Don Juan" na crônica sobre o amor e a exclusividade?

O verdadeiro Don Juan é o sedutor de uma conquista única, para sempre, o camarada de uma só mulher.

03. Na crônica "No Brasil, é difícil encontrar um otimista", o que o herói português fez quando uma criança caiu no mar?

Ele atirou-se no mar para salvar a criança.

04. Qual foi o único pedido do herói português após salvar a criança do mar?

Ele só queria saber qual era a multidão que o empurraria no mar, pois não queria medalhas nem homenagens.

05. Na crônica "O imparcial só merece a nossa gargalhada", por que o cronista diz que o imparcial é cômico?

Ele diz que o imparcial é cômico porque não existe e, apesar disso, ele faz uma série de coisas (namora, casa, tem filhos, etc.).

CRONICA 67: Tudo no Brasil está para ser profetizando – p. 183 a 185

01.Na crônica "Amor é exclusividade", o que a moça, amiga do cronista, não sabia sobre futebol?

Ela não sabia o que era um "chute" e ignorava se a bola era quadrada ou redonda.

02. Segundo o cronista, qual é o time pelo qual ele escreve com fidelidade exasperada?

O cronista escreve sobre o Fluminense, o que ele chama de "o tema único do Tricolor".

03. O que o herói português fez quando uma criança caiu no mar, na crônica "No Brasil, é difícil encontrar um otimista"?

Ele atirou-se no mar, em largas braçadas, para salvar a criança.

04. Por que o cronista afirma que o imparcial é cômico na crônica "O imparcial só merece a nossa gargalhada"?

Ele diz que o imparcial é cômico porque não existe, apesar de fazer uma série de coisas (namorar, casar, ter filhos, etc.).

05. Na crônica sobre otimismo, o que o jogador Mickey fez no jogo Botafogo x Fluminense que resultou em gol?

Ele mergulhou, deitou-se no chão e enfiou a cabeça, dando uma cabeçada potente que foi chamada de "o maior tiro de meta de todos os tempos".

06. Quem é Gilson Amado, citado na crônica "Tudo no Brasil está para profetizado", e qual é a característica dele que o cronista destaca?

Gilson Amado é um dos "gilsons amados" (profetas) que o cronista considera a flor dos Amados. Ele destaca que Gilson tem a "alucinação" de que o Brasil precisa de visões de Joana D'Arc.

07. Qual é a principal crítica do cronista em "Tudo no Brasil está para profetizado" sobre o que o futebol brasileiro precisa?

Ele afirma que o brasileiro precisa ter visões de Joana D'Arc (entusiasmo, heroísmo) e não de realistas ou idiotas, para afastar o "vendaval de pessimismo" que varre os campos.

CRÔNICA 68: O que marca o campeão é a sorte, ou seja – uma virtude sobrenatural – p.186

01. Qual é a principal coisa que, segundo o texto, marca o campeão?

É a sorte, ou seja, uma virtude sobrenatural.

02. O texto diz que a primeira e grande virtude do campeão não é o quê?

Não é a técnica, nem a tática, nem a física.

03. Qual era o nome da menina da vizinhança com quem o "gênio do formidável guerreiro" andava em brincadeiras?

O nome dela era Josefina.

04. Onde o sujeito que nasceu para ser Napoleão nasceu?

Ele nasceu em Pindamonhangaba.

05. Por que o "Ogre da Córsega" (que é o Napoleão) morreu, de acordo com a última frase do texto?

Porque faltou-lhe sorte (mesmo tendo sido assassinado por um "tosse inédita").

CRÔNICA 69: Garrincha ou Werther? – p.187  a 188

01. Segundo a crônica, qual jogador, além de Pelé, era considerado um "craque insubstituível"?

O jogador era Mané (Garrincha).

02. Quem, segundo o texto, jogava por si e pelo time, mesmo quando estava ausente (não estava no jogo)?

Mané (Garrincha).

03. Em que ano o texto menciona que o Brasil jogou e ganhou o campeonato mesmo sem a participação de Pelé?

Foi no ano de 1962.

04. O que o texto diz que os rádios andavam tocando com o título "Volte para casa"?

Um samba (um apelo em música).

05. O texto diz que Garrincha já não sabe se joga, se renuncia (desiste) ou se não faz o futebol. Por que ele deixou de ser o "doce, o manso"?

Porque descobriu o amor.

06.Qual o nome de um famoso compositor de óperas que o texto menciona ao falar do drama de Garrincha?

O compositor é Carlos Gomes (que escreveu a ópera "O Guarani").