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domingo, 1 de dezembro de 2024

CONTO: AS COCADAS - CORA CORALINA - COM GABARITO

 CONTO: As Cocadas

               Cora Coralina

 

Eu devia ter nesse tempo dez anos. Era menina prestimosa e trabalhadeira à moda do tempo.

Tinha ajudado a fazer aquela cocada. Tinha areado o tacho de cobre e ralado o coco. Acompanhei rente à fornalha todo o serviço, desde a escumação da calda até a apuração do ponto. Vi quando foi batida e estendida na tábua, vi quando cortada em losangos. Saiu uma cocada morena, de ponto brando, atravessada de paus de canela cheirosa. O coco era gordo, carnudo e leitoso, o doce ficou excelente. Minha prima me deu duas cocadas e guardou tudo mais numa terrina grande, funda e de tampa pesada. Botou no alto da prateleira.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYaXYVypbnXrlwuuNnkYgMSP7YEBeQEfeRWB0J2VBylW2kGJqQO774IVRXJS1LpIF4mrCpuSXaFQLA1vtegGZ-V_6Dn18VTOfa3FBslO_qWttfaXRe_F0R3MdJ-W62WaObPjkII9Hu3rlCwyJnimMIMfjbdXopoe1qscEdvPqSriG7gQst9EpVttl2Ttw/s320/COCADAS.jpg


Duas cocadas só... Eu esperava quatro e comeria de uma assentada oito, dez mesmo. Dias seguidos namorei aquela terrina, inacessível de noite, sonhava com as cocadas. De dia, as cocadas dançavam pequenas piruetas na minha frente. Sempre eu estava por ali perto, ajudando nas quitandas, esperando, aguardando e de olho na terrina.

Batia os ovos, segurava a gamela, untava as formas, arrumava nas assadeiras, entregava na boca do forno e socava cascas no pesado almofariz de bronze.

Estávamos nessa lida e minha prima precisou de uma vasilha para bater um pão-de-ló. Tudo ocupado. Entrou na copa e desceu a terrina, botou em cima da mesa, deslembrada do seu conteúdo. Levantou a tampa e só fez: Hiii... Apanhou um papel pardo sujo, estendeu no chão, no canto da varanda e despejou de uma vez a terrina.

As cocadas moreninhas, de ponto brando, atravessadas aqui e ali de paus de canela e feitas de coco leitoso e carnudo guardadas ainda mornas e esquecidas, tinham se recoberto de uma penugem cinzenta, macia e aveludada de bolor.

Aí minha prima chamou o cachorro: Trovador... Trovador... e veio o Trovador, um perdigueiro de meu tio, lerdo, preguiçoso, nutrido e abanando a cauda. Farejou os doces sem interesse e passou a lamber, assim de lado, com o maior pouco caso.

Eu olhando com uma vontade louca de avançar nas cocadas.

Até hoje, quando me lembro disso, sinto dentro de mim uma revolta – má e dolorida – de não ter enfrentado decidida, resoluta, malcriada e cínica, aqueles adultos negligentes e partilhado das cocadas bolorentas com o cachorro.

CORALINA, Cora. O Tesouro da Casa Velha. 3. ed. São Paulo: Global, 2000.p.85-6.

 Entendendo o texto

01-  Marque (V) para efeitos de sentidos pertinentes ao texto-discurso e (F) para os efeitos de sentidos não pertinentes: 

a-( V ) percebe-se que independente da idade, as crianças e adolescentes da época eram submetidos às atividades domésticas, prática considerada normal, à época;

b-( F  ) percebe-se que ao narrar que participou de todas as etapas da feitura do doce, a menina, narradora-personagem, pretendeu realçar o quanto se sentiu injustiçada, ao receber apenas uma cocada;

c-( V ) percebe-se que ao qualificar positivamente o coco, a narradora-personagem quis sugerir que a escolha da matéria-prima contribui, muitas vezes, para o pleno resultado do produto;

d-( V ) percebe-se que a narradora-personagem instiga o leitor a imaginar as sensações que sentiu quando menina, ao qualificar o coco e o doce, depois de pronto;

e-( F ) Percebe-se que não se apelou para os sentidos -visual, olfativo, gustativo e tátil- do leitor e da leitora, ao justificar-se o desejo da menina pelo doce;

f-( F ) percebe-se que a personagem prima, ao oferecer as cocadas emboloradas ao Trovador, o cachorro do tio, mostra que o tratamento dispensado aos animais não era dos melhores;

g-( F ) percebe-se que a personagem prima, ao oferecer as cocadas emboloradas ao Trovador, o cachorro do tio, mostra que a maioria dos adultos, à época, dava mais atenção aos animais que às crianças;

h-( V ) percebe-se que à época, geralmente, os adultos não ligavam importância aos sentimentos das crianças e adolescentes;

i-( V ) percebe-se que ao guardar a vasilha contendo as cocadas, no alto da prateleira, não se tinha intenção de distribuir os doces, mas sim de guardá-los; 

j-( F ) percebe-se que o fato de colocar a vasilha contendo as cocadas, no alto da prateleira, acentuava uma prática social comum da personagem prima: a capacidade de partilhar;

l-( F  ) percebe-se que a preocupação exclusiva com o trabalho era uma prática social marcante na vida das pessoas de antigamente;

k-( F ) percebe-se a prática social de as tarefas de casa serem repartidas igualmente entre todos os membros da casa;

l-( F ) percebe-se a prática social de a cozinha ficar a cargo tanto de homens quanto de mulheres;

m-( V  ) percebe-se como destaque a prática sócio-psicológica da inveja;

n-( V ) percebe-se como destaque a prática sócio-psicológica da frustração;

o-( F  ) percebe-se que a narradora-personagem, ao relembrar o episódio de quando menina, denota superação do sentimento negativo que nutria pelos adultos de então.

     02-No texto-discurso, percebe-se, como tese central, uma oposição político-cultural da narradora-personagem a uma prática social dos tempos mais antigos. Contra o que se protesta:

       a- contra a gulodice das crianças;

       b- contra o fato de as crianças trabalharem;

    c- contra a rigidez e a insensibilidade com que os adultos tratavam as crianças;

       d- contra os maus tratos aos animais.

   03-O primeiro conflito relevante da narrativa se instala quando:

      a- se fazem as cocadas;

      b- se distribuem duas cocadas à menina e colocam-se as outras cocadas no alto da prateleira;

      c- se descobre que as cocadas se emboloraram;

      c- se distribuem as cocadas para o cachorro.

  04-O clímax da narrativa transcorre quando:

        a- se distribuem duas cocadas à menina e colocam-se as outras cocadas no alto da prateleira;

          b- se descobre que as cocadas se emboloraram;

     c- se distribuem as cocadas ao cachorro, com a menina salivando de vontade comê-las;

         d- a narradora-personagem lembra do episódio já adulta.

  05-Uma relação trabalhista permanece existindo, tanto na época histórica em que teria vivido a narradora-personagem, quanto nos dias de hoje. Qual?:

        a- o trabalhador trabalha duro e os chefes o recompensam com uma grande quantidade das riquezas produzidas;

        b- o trabalhador trabalha duro e os chefes não o recompensam como deveria, retornando-lhe apenas uma mísera parte das riquezas produzidas;

         c- o trabalhador trabalha duro e o chefe reparte em igualdade as riquezas produzidas com o trabalhador;

         d- o trabalhador trabalha duro e vê o fruto do seu trabalho, as riquezas produzidas, sendo distribuídas para o bem comum de toda a sociedade.

   06- Em “Até hoje, quando me lembro disso, sinto dentro de mim uma revolta – e dolorida – de não ter enfrentado decidida, resoluta, malcriada e cínica, aqueles adultos negligentes e partilhado das cocadas bolorentas com o cachorro.”, os adjetivos grifados:

a-   caracterizam-qualificam positivamente a REVOLTA, os ADULTOS e as COCADAS;

         b-caracterizam-qualificam negativamente a REVOLTA e os ADULTOS;

         c-caracterizam-qualificam negativamente a narradora-personagem;

         d- caracterizam-qualificam negativamente a REVOLTA, os ADULTOS e as COCADAS.

    07-Em Batia os ovos, segurava a gamela, untava as formas, arrumava as assadeiras, entregava na boca do forno e socava no pesado almofariz de bronze.”, a quem ou a que se referem as ações acima sublinhadas?

A narradora-personagem.

    08-Em “Batia os ovos, segurava a gamela, untava as formas, arrumava as assadeiras, entregava na boca do forno e socava no pesado almofariz de bronze.”, infira qual objeto a narradora-personagem “arrumava nas assadeiras” ou “entregava na boca do forno”?

        As formas com os bolos ou outras preparações culinárias.

   09-Algumas palavras utilizadas no conto sofreram modificações, ao longo do tempo, outras até caíram em desuso (ficaram arcaicas). Pesquise o significado das palavras abaixo:

a-aguando; esperando ansiosamente.

b-almofariz; recipiente de pedra ou metal, usado para triturar alimentos ou outros materiais.

c-apuração; ato de levar ao ponto certo, de refinar.

d-areado; ato de esfregar com areia para limpar.

e-deslembrada; esquecida, distraída.

f-escumação; ato de retirar a espuma.

g-gamela; : recipiente grande, geralmente de madeira, usado para misturar alimentos

h-terrina; recipiente fundo e largo, com tampa, usado para guardar alimentos

i-untava; passava gordura ou outro tipo de substância em uma superfície

j-quitandas:  doces ou salgados vendidos em pequenas quantidades

 

 

 

CONTO: PAPÉIS DE CIRCUNSTÂNCIAS - FRAGMENTO - CORA CORALINA - COM GABARITO

 Conto: Papéis de circunstância – Fragmento

           Cora Coralina

        Como me lembro deles...

        De muita coisa passada na infância a gente se esquece, de outras não. Elas nos acompanham a vida inteira, embora não sejam coisas de profundidade nem tenham em si mesmo conteúdo de alto ensinamento. Foram simplesmente alguns traços vivos que, repetidos, de certa forma gravaram-se no disco das impressões deixando marca para sempre. Nos longos anos que passei longe da velha casa, sobrecarregada com os fardos, mais arrochos da vida, muita coisa desapareceu da minha lembrança, sobre outras se fecharam de forma inviolável os escaninhos – melhor direi – as gavetinhas da memória. Mas aqueles papéis de circunstância e junto a eles, a figura alta, magra e severa de minha mãe, esse quadro só a morte poderá apagar.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsCRHoQ7ygIEnAlH3-Ni2JkxwlCDZIddTrGIy-MiltC1KhH7LVA0xzFkV4K1jm0w_EyqEfqMCbOb8gX-KCURlf6_7UuIGeQbUfMK5ITffqDaNUjcmvg9PPLTtDVmNT-ZqMTu8DqUNeq0xL_Uc6kD6hmrvjJfUy7l06Pgkj0mfbzI3v4wtvGhnKGpq760A/s320/CASA.jpg


        Papéis de circunstâncias eram todos aqueles papéis que pertenciam a ela, que existiam na casa ou que ali foram deixados por meu pai, tios e parentes, falecidos ou ausentados. Eram guardados em velhas canastras de couro tacheadas de amarelo, com arabescos, datas e iniciais e pesadas fechaduras de ferro. Atulhavam gavetas enormes e escaninhos de segredo. [...]

        Eram papéis amarrados com nastro verde. Outros lacrados com plastas de um lacre vermelho que já foi de bom uso nas casas e no correio e que se comprava no comércio em tabletes compridos. Havia também ali uma caixinha misteriosa com fecho de segredo que criança não tinha de saber e que não era para se tocar. [...]

        Não havia distração para criança naquele tempo. Era-nos proibido sair à rua ou aparecer à porta, senão em dias excepcionais, e ainda assim acompanhadas. Eu tinha, portanto, de descobrir meu pequeno mundo interessante dentro da velha casa e satisfazer minha curiosidade faminta, violando coisas guardadas. [...]

Cora Coralina. In: Estórias da casa velha da ponte. São Paulo: Global, 2001, p. 87-90.

Fonte: Linguagem em Movimento – língua Portuguesa Ensino Médio – vol. 1 – 1ª edição – FTD. São Paulo – 2010. Izeti F. Torralvo/Carlos A. C. Minchillo. p. 279-280

Entendendo o conto:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Fardos: problemas difíceis de suportar.

·        Nastro: cadarço, fita de algodão.

·        Arrochos: sérias dificuldades.

·        Plastas: que tem consistência moldável, como uma massa mole.

·        Inviolável: que não se pode abrir, danificar.

·        Violando: abrindo sem permissão, devassando.

·        Canastras: baús, caixas.

02 – A memória seletiva: Por que a narradora se lembra com tanta vivacidade dos "papéis de circunstância" e da figura de sua mãe, enquanto outros detalhes da infância parecem ter se apagado? Que papel a emoção e a importância atribuída a esses elementos desempenham na construção da memória?

      A emoção como gatilho: A intensidade das emoções ligadas aos "papéis de circunstância" – mistério, proibição, curiosidade – faz com que essas lembranças se fixem mais profundamente na memória da narradora.

      A importância atribuída aos objetos: Os papéis representam um pedaço do passado familiar e da história da casa, carregando consigo um peso simbólico e emocional que os torna inesquecíveis.

      A construção identitária: As lembranças selecionadas ajudam a construir a identidade da narradora, moldando sua visão de si mesma e do mundo.

03 – Os papéis como objetos de fascínio: O que torna os "papéis de circunstância" tão fascinantes para a criança que a narradora um dia foi? Que mistérios e possibilidades esses objetos representam para ela? Como a proibição de tocá-los intensifica esse fascínio?

      O mistério e o proibido: A proibição de tocar nos papéis desperta a curiosidade da criança, tornando-os ainda mais atraentes.

      A imaginação infantil: A criança projeta suas próprias histórias e significados nos objetos, criando um universo particular e imaginativo.

      A busca por conhecimento: A curiosidade infantil é um motor que impulsiona a busca por conhecimento e compreensão do mundo.

04 – A casa como universo: A velha casa é descrita como um microcosmo repleto de segredos e histórias. De que forma esse espaço confinado influencia a imaginação da criança e molda sua percepção do mundo? Como a casa se torna um reflexo do passado familiar?

      O microcosmo familiar: A casa é um espaço que guarda as histórias e os segredos da família, sendo um reflexo do passado e das tradições.

      O desenvolvimento da identidade: A casa é o primeiro ambiente que a criança conhece e onde ela constrói suas primeiras experiências e relações.

      A limitação e a expansão: A casa, ao mesmo tempo em que limita o universo da criança, estimula sua imaginação e a busca por novos horizontes.

05 – O papel da mulher: A figura materna é apresentada de forma bastante marcante, associada à severidade e à guarda de segredos. Qual é o papel da mulher na sociedade retratada no conto? Como a figura materna se relaciona com os valores e as tradições familiares?

      A figura materna como guardiã: A mãe é retratada como a guardiã dos segredos da família, responsável por preservar as tradições e os valores.

      A submissão feminina: A figura feminina é associada à submissão e ao cumprimento de papéis sociais predefinidos.

      A complexidade da figura materna: A mãe é uma figura ambígua, que inspira tanto admiração quanto medo.

06 – O tempo e a memória: A passagem do tempo é um tema central no conto. Como a narradora concilia as lembranças da infância com a experiência da vida adulta? De que forma o passado influencia o presente?

      A memória como construção: A memória não é uma reprodução fiel do passado, mas uma construção subjetiva e seletiva.

      A passagem do tempo e a transformação: A passagem do tempo transforma as lembranças, dando-lhes novos significados e nuances.

      A nostalgia e a saudade: As lembranças da infância são marcadas pela nostalgia e pela saudade de um tempo que já passou.

07 – A linguagem e a construção do texto: Cora Coralina utiliza uma linguagem rica em detalhes e imagens sensoriais para descrever os "papéis de circunstância" e a atmosfera da casa. Como essa linguagem contribui para a criação de um clima de mistério e nostalgia?

      A descrição detalhada: Cora Coralina utiliza uma linguagem rica em detalhes para criar uma atmosfera envolvente e realista.

      As sensações e as emoções: A linguagem evoca sensações e emoções, transportando o leitor para o universo do conto.

      A musicalidade: A linguagem poética de Cora Coralina confere ao texto uma musicalidade e uma beleza únicas.

08 – A importância dos objetos: Os objetos, como os "papéis de circunstância", desempenham um papel fundamental na narrativa. De que forma esses objetos se tornam porta-vozes da história familiar e da identidade da narradora? Qual a relação entre os objetos e a memória?

      Os objetos como testemunhas do passado: Os objetos guardam a memória das pessoas e dos acontecimentos, sendo verdadeiros testemunhos do tempo.

      A relação entre objetos e identidade: Os objetos possuem um valor simbólico e afetivo, contribuindo para a construção da identidade individual e coletiva.

      A materialidade da memória: Os objetos materializam a memória, tornando-a tangível e palpável.

 

quarta-feira, 3 de julho de 2024

POEMA: ESTAS MÃOS - CORA CORALINA - COM GABARITO

 Poema: Estas Mãos

              Cora Coralina

Olha para estas mãos
de mulher roceira,
esforçadas mãos cavouqueiras.

Pesadas, de falanges curtas,
sem trato e sem carinho.
Ossudas e grosseiras.

Mãos que jamais calçaram luvas.
Nunca para elas o brilho dos anéis.
Minha pequenina aliança.
Um dia o chamado heroico emocionante:
– Dei Ouro para o Bem de São Paulo.

Mãos que varreram e cozinharam.
Lavaram e estenderam
roupas nos varais.
Pouparam e remendaram.
Mãos domésticas e remendonas.

Íntimas da economia,
do arroz e do feijão
da sua casa.
Do tacho de cobre.
Da panela de barro.
Da acha de lenha.
Da cinza da fornalha.
Que encestavam o velho barreleiro
e faziam sabão.

Minhas mãos doceiras...
Jamais ociosas.
Fecundas, imensas e ocupadas.
Mãos laboriosas.
Abertas sempre para dar, ajudar,
unir e abençoar.

Mãos de semeador afeitas
à sementeira do trabalho.
Minhas mãos raízes
procurando a terra.

Semeando sempre.
Jamais para elas
os júbilos da colheita.

Mãos tenazes e obtusas,
feridas na remoção de pedras e tropeços,
quebrando as arestas da vida.
Mãos alavancas
na escava de construções inconclusas.

Mãos pequenas e curtas de mulher
que nunca encontrou nada na vida.
Caminheira de uma longa estrada.
Sempre a caminhar.
Sozinha a procurar,
o ângulo perdido, a pedra rejeitada.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxRNonFKEWEg7l4otXdJKk_QUjmZ4j1336OnmWqt4M2TAYHV3N99usRs2myttMeZjINOO8UULBFN348On0JheLJSsL82R89-ps1JXq5hVuOG9LgmMNqayLKMe3NR177wI5QD4mFyL5HEpd-KgZ0MSnvDwt4ppDjmZPIEaOoecjkR_8VvxQSHIvtydEUDg/s320/MAOS.jpg

 

 

Entendendo o texto

 

01.Quem é o sujeito lírico do poema "Estas Mãos"?

     O sujeito lírico é uma mulher roceira, que descreve suas mãos e o trabalho árduo que elas realizam.

02. Como o poema descreve as mãos da mulher roceira?

      As mãos são descritas como esforçadas, pesadas, de falanges curtas, ossudas, grosseiras, e jamais calçaram luvas ou receberam o brilho dos anéis.

03. Quais atividades as mãos da mulher roceira realizavam no poema?

        As mãos varreram, cozinharam, lavaram e estenderam roupas, pouparam e remendaram, e também fizeram sabão.

04. Que objetos do cotidiano rural são mencionados no poema?

      São mencionados o arroz, o feijão, o tacho de cobre, a panela de barro, a acha de lenha, e a cinza da fornalha.

05. Como o poema caracteriza as mãos em relação à economia doméstica?

       As mãos são íntimas da economia, especialmente relacionadas ao arroz e feijão, e são descritas como domésticas e remendonas.

 06. Qual o papel das mãos na produção de doces, segundo o poema?

       As mãos são chamadas de "minhas mãos doceiras", indicando que também eram usadas na produção de doces, sempre ocupadas e fecundas.

07. O que as mãos representam em termos de trabalho e esforço contínuo?

      As mãos representam trabalho incessante e esforço contínuo, sempre ocupadas, laboriosas, sem jamais conhecer os júbilos da colheita.

08. Como o poema descreve a busca da mulher roceira ao longo da vida?

      A mulher é descrita como caminhante de uma longa estrada, sempre procurando sozinha o ângulo perdido, a pedra rejeitada.

09. Que metáforas são usadas no poema para descrever a função das mãos?

      As mãos são descritas como alavancas na escava de construções inconclusas e como raízes procurando a terra.

10. Qual é a mensagem central do poema "Estas Mãos" de Cora Coralina?

       A mensagem central é uma homenagem às mãos trabalhadoras e esforçadas das mulheres roceiras, que, apesar de não receberem reconhecimento ou ornamentos, são fundamentais na construção e manutenção da vida cotidiana.

 

domingo, 29 de outubro de 2023

POEMA: TODAS AS VIDAS - CORA CORALINA - COM GABARITO

 Poema: Todas as vidas

              Cora Coralina

Vive dentro de mim
uma cabocla velha
de mau-olhado,
acocorada ao pé do borralho,
olhando pra o fogo.
Benze quebranto.
Bota feitiço...
Ogum. Orixá.
Macumba, terreiro.
Ogã, pai-de-santo...

 Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhV7T25dlBajupopLczC60fTB0xQbhrvTlMa6-_KaKOgIFPptjihPySO4yJnvdG92NWcWLqCE_xZZtiv4BHLYERbznS1vnNl-LObxeNTm21XvvQEiA3O7OHll-GEHSi-e2-qunstKavHDenWQbbHDkjwiCQEQPxwUAxN1eydmaIIPMKaZMihPV_l3QjZ8c/s320/Cora_Coralina.jpg


Vive dentro de mim
a lavadeira do Rio Vermelho,
Seu cheiro gostoso
d’água e sabão.
Rodilha de pano.
Trouxa de roupa,
pedra de anil.
Sua coroa verde de São-Caetano.

Vive dentro de mim
a mulher cozinheira.
Pimenta e cebola.
Quitute bem feito.
Panela de barro.
Taipa de lenha.
Cozinha antiga
toda pretinha.
Bem cacheada de picumã.
Pedra pontuda.
Cumbuco de coco.
Pisando alho-sal.

Vive dentro de mim
a mulher do povo.
Bem proletária.
Bem linguaruda,
desabusada, sem preconceitos,
de casca-grossa,
de chinelinha,
e filharada.

Vive dentro de mim
a mulher roceira.
– Enxerto da terra,
meio casmurra.
Trabalhadeira.
Madrugadeira.
Analfabeta.
De pé no chão.
Bem parideira.
Bem criadeira.
Seus doze filhos.
Seus vinte netos.

Vive dentro de mim
a mulher da vida.
Minha irmãzinha...
tão desprezada,
tão murmurada...
Fingindo alegre seu triste fado.

Todas as vidas dentro de mim:
Na minha vida –
a vida mera das obscuras.

Cora Coralina, em “Poemas dos becos de Goiás e estórias mais”, Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1965.

Entendendo o poema:

01 – Qual é a principal ideia ou tema do poema?

      O poema celebra e homenageia a diversidade de experiências e vidas das mulheres brasileiras, destacando diferentes aspectos de suas vidas e papéis na sociedade.

02 – Quais são algumas das figuras femininas mencionadas no poema?

      O poema menciona diversas figuras femininas, como a cabocla velha, a lavadeira, a mulher cozinheira, a mulher do povo, a mulher roceira e a mulher da vida.

03 – O que a mulher cozinheira simboliza no poema?

      A mulher cozinheira simboliza a habilidade culinária e a cultura alimentar do povo brasileiro, destacando a importância da comida tradicional e da cozinha caseira.

04 – Qual é o papel da mulher roceira no poema?

      A mulher roceira representa a vida rural e o trabalho árduo no campo, enfatizando a relação próxima com a terra, a maternidade e a criação dos filhos.

05 – O que o poema sugere sobre a diversidade das vidas das mulheres brasileiras?

      O poema sugere que as mulheres brasileiras desempenham papéis diversos e desempenham uma ampla gama de atividades, desde tarefas domésticas até trabalhos na roça, enfatizando a riqueza da cultura e das experiências femininas.

06 – Qual é a mensagem geral transmitida pelo poema "Todas as vidas"?

        A mensagem geral do poema é a celebração e a valorização das múltiplas facetas da vida das mulheres brasileiras, reconhecendo a importância de todas as suas experiências e contribuições para a sociedade.

 

 

quinta-feira, 19 de outubro de 2023

POEMA: MEU EPITÁFIO - CORA CORALINA - COM GABARITO

 Poema: MEU EPITÁFIO

            Cora Coralina

Morta… serei árvore
Serei tronco, serei fronde
E minhas raízes
Enlaçadas às pedras de meu berço
são as cordas que brotam de uma lira.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRbNSRXEJvUhP3aTxOVOd7vb1_61Iet6_X7rL0zFhcxrpIFdcLUZP4c9H9laHl4BTsSCRbvW9PnI5v1lZBXoOheRAgfuArxp1e9B_cq2wIlyqrJ2kx9o0s_Y0MF1hDbuyjp47PpYcMbzo1Us31P6nkPhwBMXLuhaAGJ2JDXYQNgC2x4iXAW6ZNWYRL5gI/s1600/PAINEIRA.jpg


Enfeitei de folhas verdes
A pedra de meu túmulo
num simbolismo
de vida vegetal.

Não morre aquele
que deixou na terra
a melodia de seu cântico
na música de seus versos.

Cora Coralina, meu livro de cordel.

Entendendo o poema:

01 – Qual é o título do poema e quem é a autora?

      O título do poema é "MEU EPITÁFIO" e a autora é Cora Coralina.

02 – Como a autora descreve sua transformação após a morte?

      A autora descreve que após a morte, ela se transformará em uma árvore, com tronco, fronde e raízes enlaçadas às pedras de seu berço.

03 – Qual é o simbolismo por trás da autora enfeitando a pedra de seu túmulo com folhas verdes?

      O simbolismo por trás disso é a representação da vida vegetal, sugerindo que a morte não é o fim, mas uma continuação da vida de alguma forma.

04 – O que a autora quer dizer com "Não morre aquele que deixou na terra a melodia de seu cântico na música de seus versos"?

      A autora está afirmando que a imortalidade está ligada à contribuição que deixamos na Terra, especialmente através de nossas palavras e criações artísticas, que permanecem após nossa morte.

05 – Qual é a imagem poética central usada pela autora neste poema?

      A imagem poética central é a transformação da autora em uma árvore após a morte, simbolizando a continuidade da vida e da influência por meio da natureza e da arte.

 

 

POEMA: MINHA CIDADE - CORA CORALINA - COM GABARITO

 Poema: Minha cidade

             Cora Coralina

Goiás, minha cidade… 
Eu sou aquela amorosa 
de tuas ruas estreitas, 
curtas, 
indecisas, 
entrando, 
saindo 
uma das outras. 
Eu sou aquela menina feia da ponte da Lapa. 
Eu sou Aninha. 

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXJVxaC4XAz8ZeytBx-0EbW9znUOzTWBLlt_SR8PTYnW0mjQNLyu5wb3sxkS9_h1I20pI3AVXBdbeX0bg4bZOgOwmPNPmCKF-4RxgGQP4rkon07Bt6SKixsdLdZyHc9Vk44BCN07r2zLAW3Gxidhk7TsaH1GG42BqZrvgGBsGRUtBG2G46k1Y-BSJ_M0U/s1600/GOIAS.jpg


Eu sou aquela mulher 
que ficou velha, 
esquecida, 
nos teus larguinhos e nos teus becos tristes, 
contando estórias, 
fazendo adivinhação. 
Cantando teu passado. 
Cantando teu futuro. 

Eu vivo nas tuas igrejas 
e sobrados 
e telhados 
e paredes. 

Eu sou aquele teu velho muro 
verde de avencas 
onde se debruça 
um antigo jasmineiro, 
cheiroso 
na ruinha pobre e suja. 

Eu sou estas casas 
encostadas 
cochichando umas com as outras. 
Eu sou a ramada 
dessas árvores, 
sem nome e sem valia, 
sem flores e sem frutos, 
de que gostam 
a gente cansada e os pássaros vadios. 

Eu sou o caule 
dessas trepadeiras sem classe, 
nascidas na frincha das pedras: 
Bravias. 
Renitentes. 
Indomáveis. 
Cortadas. 
Maltratadas. 
Pisadas. 
E renascendo. 

Eu sou a dureza desses morros, 
revestidos, 
enflorados, 
lascados a machado, 
lanhados, lacerados. 
Queimados pelo fogo. 
Pastados. 
Calcinados 
e renascidos. 
Minha vida, 
meus sentidos, 
minha estética, 
todas as virações 
de minha sensibilidade de mulher, 
têm, aqui, suas raízes. 

Eu sou a menina feia 
da ponte da Lapa. 
Eu sou Aninha. 

                     Cora Coralina. Poema dos becos de Goiás e histórias mais. Rio de Janeiro: Global, 1985. p. 47-48.

Entendendo o poema:

01 – Quem é a autora do poema "Minha cidade"?

      A autora do poema "Minha cidade" é Cora Coralina.

02 – Qual é o título do livro em que este poema foi publicado?

      O poema faz parte do livro "Poema dos becos de Goiás e histórias mais," publicado em 1985.

03 – Onde se passa a história narrada no poema?

      A história narrada no poema se passa na cidade de Goiás, que é a cidade natal da autora.

04 – Qual é o personagem mencionado no poema que se identifica como "a menina feia da ponte da Lapa"?

      A personagem referida como "a menina feia da ponte da Lapa" é a própria autora, Cora Coralina, quando era jovem.

05 – O que a autora faz nos "larguinhos e nos becos tristes" da cidade?

      Nos "larguinhos e nos becos tristes" da cidade, a autora conta histórias, faz adivinhações e canta o passado e o futuro da cidade.

06 – Que elementos naturais são mencionados no poema, associados à cidade de Goiás?

      Elementos naturais como igrejas, sobrados, telhados, árvores, muros com avencas e morros são mencionados no poema, todos associados à cidade de Goiás.

07 – Como a autora descreve a relação das pessoas com a natureza na cidade?

      A autora descreve a relação das pessoas com a natureza na cidade como uma ligação forte e resiliente, onde árvores, trepadeiras e morros são descritos como indomáveis e renascendo, representando a persistência da natureza e sua importância na vida das pessoas da cidade.

 

domingo, 29 de maio de 2022

BIOGRAFIAS: PELÉ, ROBERTO CARLOS E CORA CORALINA - COM GABARITO

 Biografias: Pelé, Roberto Carlos e Cora Coralina

Texto 1

       Pelé

        Nascido em Três Corações, pequena cidade mineira, em 23 de outubro de 1940, sua carreira no futebol começou cedo. Jogou alguns anos em equipes amadoras e, com 11 anos, foi descoberto pelo jogador Waldemar de Britto, que o convidou para fazer parte do Clube Atlético de Bauru. Em 1956, aos 15 anos, Britto o levou para o Santos.

        Quando chegou ao clube santista com o garoto, Waldemar de Britto disse: “esse menino vai ser o melhor jogador de futebol do mundo”. Previsão que logo começaria a se tornar realidade.

        Em 7 de setembro do mesmo ano, chegaria seu primeiro “show” quando entrou na partida e marcou o sexto gol da vitória de 7x1 do Santos sobre o Corinthians de Santo André. Depois, na primeira partida do torneio regular, marcou 4 gols. Na campanha seguinte foi titular e se transformou no maior artilheiro do Campeonato Paulista.

        Em 7 de julho de 19557, estreou na seleção, tinha apenas 17 anos quando se transformou no jogador mais jovem a ganhar uma Copa do Mundo. Ali o mundo passou a conhecer a Pérola Negra. Foi assim que começou uma lenda que cresceria até transformá-lo no rei do futebol e no atleta do século.

Fonte de pesquisa: Ismael López. Futebol: Pelé. Terra: Atletas do século. Extraído de: www.terra.com.br/esportes/atletaas/pele.htm. Acesso em: 21 jan. 2013.

Texto 2

      

Fonte da imagem - https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiliqfxFR5XfTbSrulMmiX3LrXuA8epTchX1bs_OWstNl3xxP6Q2wZ9jSNwbtndXLJPK-NkSTstVHtkK303LdtZjhknoXCrHT_xSHwtMoU_sVWdqDDel_u1pyHLEj22RsPc2dUJffY0ilqbUB-n1xHgwZdRs62vSOcwsaatJ6jtJtusc51WyaqYRYeS/s1600/Roberto.jpg

  Roberto Carlos

        Roberto Carlos (1941) é cantor e compositor brasileiro. O “Rei” da música romântica brasileira. Foi o líder do movimento musical chamado Jovem Guarda, que surgiu nos anos 1960. Em parceria com Erasmo Carlos, compôs inúmeros sucessos.

        Roberto Carlos (1941) nasceu em Cachoeira do Itapemirim, Espirito Santo, no dia 19 de abril de 1941. Filho do relojoeiro Robertinho Braga e da costureira Laura Moreira Braga, estudou no Conservatório Musical de sua cidade. Aos 9 anos apresentou-se pela primeira vez cantando, no programa infantil da Rádio Cachoeira. Já chamava a atenção imitando o cantor Bob Nelson. Aos 12 mudou-se com a família para Niterói, Rio de Janeiro.

        Em 1957, com a popularização do rock’n’roll americano, Roberto Carlos, junto com Tim Maia, Arlênio Lívio e Wellington Oliveira, formam a banda “The Sputniks”. No ano seguinte a banda estava desfeita e Roberto Carlos inicia sua carreira solo. Gravou alguns compactos no final da década de 1950. Junto com Erasmo Carlos, faz versões [de músicas] e inicia sua maior parceria musical. Em 1961, lança seu primeiro LP, Louco por você. Em 1963, com disco Parei na contramão, com as músicas Splish splash, O calhambeque e É proibido fumar, inicia sua carreira de grande sucesso. [...]

                                  Roberto Carlos: cantor e compositor brasileiro. E-biografias. Extraído de: www.e-biografias.net/roberto_carlos. Acesso em: 21 jan. 2013.

Texto 3

       

Fonte da imagem -https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRWwGsDbhECIUPEukEXI9OdxB8R17KUhC1tNIaBCvRnPi2un2MrmC4nj-PKUwsFBe4Y7hd52dRfIDwuEXf8KPErmWyc3l70MR44kG4ADX5Xih1y8E7u7Odg7UoPW0fnIzCrZWsoVuMMLgTRt9LJUGR3zYW3zB62PBZxFD__rBDD9dpJ8C11wxPFRo8/s1600/cora.jpg 

Cora Coralina

        Cora coralina, pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas (Vila Boa de Goiás, 20 de agosto de 1889 – Goiânia, 10 de abril de 1985) foi uma poetisa brasileira.

        Filha do desembargador Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto e de Jacinta Luísa do Couto Brandão, Ana foi criada às margens do Rio Vermelho.

        Apesar de ter cursado somente as primeiras quatro séries do Ensino Fundamental, começou a escrever os seus primeiros textos aos 14 anos de idade, publicando-os em jornais locais. É dessa época seu primeiro conto, Tragédia na roça.

        Em 1911 casou-se com um advogado paulista e se mudou para Jaboticabal, interior de São Paulo. Com a morte do marido, Cora teve de sustentar os filhos sozinha. Mudou-se para a cidade de São Paulo, onde viveu por um tempo, e depois voltou para o interior do estado, desta vez para Penápolis. Anos mais tarde, transferiu-se para Andradina, no Mato Grosso. Em 1956, retornou a Goiás.

        Ao completar 50 anos de idade [...], assumiu o pseudônimo de Cora Coralina e, aos 77 anos, publicou o primeiro livro, Poemas dos becos de Goiás e Estórias mais. Onze anos depois compôs Meu livro de cordel.

Fontes de pesquisa: Algo sobre: Cora Coralina. www.algosobre.com.br/biografias/cora-coralina.html#bio. Jornal de Poesia. Extraído de: www.jornaldepoesia.jor.br/cora.html3#bio. Acesso em: 21 jan. 2013.

       Fonte: Língua Portuguesa – Caminhar e transformar – Aos finais do ensino fundamental – 1ª edição – São Paulo – FTD, 2013. p. 41-4.

Entendendo as biografias:

01 – Nas biografias que você leu:

a)   Como os acontecimentos da vida dos biografados estão organizados?

     (   ) Do mais novo para o mais antigo.

     (   ) Do mais importante para o menos importante.

     (X) Do mais antigo para o mais recente, ou seja, em sequência temporal.

b)   Por quem os fatos são relatados?

(   ) Pela própria pessoa.

(X) Por outra pessoa.

02 – Com base em seus conhecimentos e na leitura dos textos, responda.

a)   Qual é a finalidade das biografias?

As biografias preservam informações culturais, garantem a autoria de obras e inventos, eternizam as ideias das pessoas e apresentam exemplos de vida.

b)   Que tipos de informações a biografias pode trazer?

Nome, local e data de nascimento, informações sobre a infância, a juventude, a fase adulta, as realizações, os principais trabalhos e contribuições da pessoa biografadas.

03 – Releia as biografias 1 e 2 e observe que, em cada uma delas, há uma ou mais expressões para se referir ao biografado em substituição ao nome.

a)   Que expressões são essas?

Biografia 1: Pérola Negra, rei do futebol, atleta do século.

Biografia 2: “Rei” da música romântica brasileira.

b)   Que palavra é comum aos dois biografados?

A palavra rei.

04 – Marque um X nas informações verdadeiras. A biografia:

(X) É um texto em geral comprometido com a veracidade das informações.

(   ) É um texto em geral comprometido com a fantasia.

(X) É dirigida aos leitores que têm curiosidade em conhecer a vida de uma determinada pessoa.