segunda-feira, 6 de maio de 2019

POEMA: CANTIGA - D.AFONSO SANCHES - COM QUESTÕES GABARITADAS


Poema: Cantiga
         
     D. Afonso Sanches

Dizia la fremozinha:
— Ai Deus, val!
Como estou d’amor ferida!
— Ai Deus, val!
Como estou d’amor ferida!

Dizia la ben talhada:
— Ai Deus, val!
Como estou d’amor coitada!
— Ai Deus, val!
Como estou d’amor ferida!

— Como estou d’amor ferida!
— Ai Deus, val!
Não vem o que ben queria!
— Ai Deus, val!
Como estou d’amor ferida!

— Como estou d’amor coitada!
— Ai Deus, val!
Não vem o que muit’amava!
— Ai Deus, val!
Como estou d’amor ferida!
        In: Elsa Gonçalves. A lírica galego-portuguesa.
Lisboa, Editorial Comunicação, 1983.
Entendendo o poema:

01 – A repetição é um dos procedimentos expressivos da poesia e da música popular. Copie os versos repetidos, indicando quantas vezes aparecem no texto.
      “Como estou d’amor ferida! (Seis vezes); “Ai, Deus, val!” (Oito vezes); “Como estou d’amor coitada!” (Duas vezes).

02 – Observe também o uso do refrão (“Ai, Deus, val!”), comum nas cantigas populares. Procure lembrar-se de uma cantiga folclórica ou de uma música popular brasileira feita com repetições e refrão. Anote-a em seu caderno.
      Resposta pessoal do aluno.

03 – Há duas vozes na cantiga. Explique essa afirmação.
      Resposta pessoal do aluno.

04 – No primeiro verso da cantiga, a moça é caracterizada com o adjetivo diminutivo “fremosinha”. Comente o uso desse diminutivo.
      Resposta pessoal do aluno.

05 – Por que a moça se sente “coitada” e “d’amor ferida”?
      A moça sente-se “coitada” e “d’amor ferida” porque o namorado, que ela tanto espera, não vem ao seu encontro.

06 – Comente a razão de tão grande sofrimento: é um fato banal, corriqueiro, ou é um grande drama de amor?
     A razão de tão grande sofrimento parece ser um fato corriqueiro: apenas a ansiedade por um atraso, ou a frustação de um desencontro, tão comuns entre namorados.

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