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sexta-feira, 28 de março de 2025

POEMA: SE SE MORRE DE AMOR! - FRAGMENTO - GONÇALVES DIAS - COM GABARITO

 Poema: Se se morre de amor! – Fragmento

             Gonçalves Dias

Se se morre de amor! — Não, não se morre,
Quando é fascinação que nos surpreende
De ruidoso sarau entre os festejos;
Quando luzes, calor, orquestra e flores
Assomos de prazer nos raiam n’alma,
Que embelezada e solta em tal ambiente
No que ouve, e no que vê prazer alcança!

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWRwUIPa_ibYBfPShcj65mTJyK4opryyk2flO7hqIDpdcOFuu7tW44JW4nOwHyJfl2p6BpwYxGAVXw6zyWPR8oApr4kpjVvqp0lEkWSj11N-Mh33xEGmceb_wrkRXDewZOb1kXN2U4h0kHaTgpaOeFn0I9NjG1NSHFx1AVC_hs3LPb8GT8gzj5o6fIWDI/s320/maxresdefault.jpg



Simpáticas feições, cintura breve,
Graciosa postura, porte airoso,
Uma fita, uma flor entre os cabelos,
Um quê mal definido, acaso podem
N’um engano d’amor arrebatar-nos.
Mas isso amor não é; isso é delírio,
Devaneio, ilusão, que se esvaece
Ao som final da orquestra, ao derradeiro
Clarão, que as luzes no morrer despedem!
Se outro nome lhe dão, se amor o chamam,
D’amor igual ninguém sucumbe à perda.

Amor é vida; é ter constantemente
Alma, sentidos, coração — abertos,
Ao grande, ao belo; é ser capaz d’extremos,
D’altas virtudes, té capaz de crimes!
Compreender o infinito, a imensidade,
E a natureza e Deus; gostar dos campos,
D’aves, flores, murmúrios solitários;
Buscar tristeza, a soledade, o ermo,
E ter o coração em riso e festa;

E á branda festa, ao riso da nossa alma
Fontes de pranto intercalar sem custo;
Conhecer o prazer e a desventura
No mesmo tempo, e ser no mesmo ponto
O ditoso, o misérrimo dos entes:
Isso é amor, e desse amor se morre!

[...]

DIAS, Gonçalves. Se se morre de amor!. In: Poesia brasileira, p. 27.

Fonte: Português. Série novo ensino médio. Volume único. Faraco & Moura – 1ª edição – 4ª impressão. Editora Ática – 2000. São Paulo. p. 174-175.

Entendendo o poema:

01 – Qual a visão inicial do poeta sobre a morte por amor?

      O poeta inicialmente nega a possibilidade de morrer por amor, descrevendo o que ele considera ser uma mera "fascinação" passageira.

02 – Como o poeta descreve a "fascinação" que pode ser confundida com o amor?

      O poeta descreve a "fascinação" como algo que surge em ambientes festivos, sob a influência de luzes, música e beleza superficial, um engano que se desfaz com o fim da festa.

03 – Qual a diferença entre "fascinação" e o verdadeiro amor, segundo o poeta?

      A "fascinação" é vista como um delírio passageiro, enquanto o verdadeiro amor é descrito como uma experiência profunda e intensa, que abrange tanto a alegria quanto a dor.

04 – Quais as características do verdadeiro amor, de acordo com o poema?

      O verdadeiro amor é descrito como vida, capaz de extremos, conectado à natureza e a Deus, e que pode levar tanto à felicidade quanto à tristeza profunda.

05 – Como o poeta descreve a intensidade do verdadeiro amor?

      O poeta descreve o verdadeiro amor como uma experiência que pode levar à morte, tamanha a sua intensidade e profundidade.

06 – Qual a mensagem principal do poema em relação ao amor?

      A mensagem principal do poema é que o amor verdadeiro é uma experiência complexa e intensa, que vai além da paixão superficial e pode levar a extremos emocionais.

07 – De que forma Gonçalves Dias utiliza a linguagem para expressar a diferença entre "fascinação" e amor?

      Gonçalves Dias utiliza uma linguagem rica em contrastes e paradoxos, contrapondo a superficialidade da "fascinação" à profundidade e intensidade do verdadeiro amor, através de descrições detalhadas e emotivas.

 

 

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

POESIA: CANÇÃO DO TAMOIO - GONÇALVES DIAS - COM GABARITO

 Poesia: Canção do Tamoio

             Gonçalves Dias

Não chores, meu filho;
Não chores, que a vida
É luta renhida: Viver é lutar.
A vida é combate,
Que os fracos abate,
Que os fortes, os bravos,
Só pode exaltar.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg24bnFk2k2qIlkT5NgFA0AHgFiTUy2wDD0Azqj5MkHU4QHknjkA05TDFXem7WAQ5JY5DStpPLYVzc17PBPJpvPyyzqRvlHKoM8vtcybVQK5LEOl3crFHdsU4qXiqSRUddc_MBJC487TOteaWCTl74fsMxPY5kjrqpGlWo-9l5wAkM3a-14Sccl9xYbZcA/s320/TAMOIO.jpg


Um dia vivemos!
O homem que é forte
Não teme da morte;
Só teme fugir;
No arco que entesa
Tem certa uma presa,
Quer seja tapuia,
Condor ou tapir.

O forte, o cobarde
Seus feitos inveja
De o ver na peleja
Garboso e feroz;
E os tímidos velhos
Nos graves conselhos,
Curvadas as frontes,
Escutam-lhe a voz!

Domina, se vive;
Se morre, descansa
Dos seus na lembrança,
Na voz do porvir.
Não cures da vida!
Sê bravo, sê forte!
Não fujas da morte,
Que a morte há de vir!

E pois que és meu filho,
Meus brios reveste;
Tamoio nasceste,
Valente serás.
Sê duro guerreiro,
Robusto, fragueiro,
Brasão dos tamoios
Na guerra e na paz.

Teu grito de guerra
Retumbe aos ouvidos
D’imigos transidos
Por vil comoção;
E tremam d’ouví-lo
Pior que o sibilo
Das setas ligeiras,
Pior que o trovão.

E a mãe nestas tabas,
Querendo calados
Os filhos criados
Na lei do terror;
Teu nome lhes diga,
Que a gente inimiga
Talvez não escute
Sem pranto, sem dor!

Porém se a fortuna,
Traindo teus passos,
Te arroja nos laços
Do inimigo falaz!
Na última hora
Teus feitos memora,
Tranq
uilo nos gestos,
Impávido, audaz.

E cai como o tronco
Do raio tocado,
Partido, rojado
Por larga extensão;
Assim morre o forte!
No passo da morte
Triunfa, conquista
Mais alto brasão.

As armas ensaia,
Penetra na vida:
Pesada ou querida,
Viver é lutar.
Se o duro combate
Os fracos abate,
Aos fortes, aos bravos,
Só pode exaltar.

GONÇALVES DIAS, A. Poesia completa. Rio de Janeiro: Edições de Ouro, 1968, p. 419-423.

Fonte: livro Português: Língua e Cultura – Carlos Alberto Faraco – vol. único – Ensino Médio – 1ª edição – Base Editora – Curitiba, 2003. p. 465.

Entendendo a poesia:

01 – Qual é o tema central da "Canção do Tamoio"?

      O tema central da "Canção do Tamoio" é a exaltação da coragem, da força e da bravura do guerreiro indígena. Através da figura do filho, o poema busca incutir valores de luta, resistência e honra, características tidas como essenciais para a sobrevivência e o sucesso na cultura Tamoio.

02 – Quem é o interlocutor principal do poema e qual é a sua intenção?

      O interlocutor principal do poema é um pai que se dirige ao seu filho. Sua intenção é dupla:

      Consolar o filho: O pai busca acalmar o filho que chora, lembrando-o que a vida é uma batalha constante.

      Inspirar o filho: O pai deseja transmitir ao filho os valores da cultura Tamoio, incentivando-o a ser um guerreiro forte, corajoso e honrado.

03 – Quais são os principais valores exaltados no poema?

      O poema exalta diversos valores considerados importantes na cultura Tamoio, como:

      Coragem: A bravura e a intrepidez no campo de batalha são constantemente enfatizadas.

      Força: Tanto a força física para lutar quanto a força de caráter para enfrentar os desafios da vida são valorizadas.

      Honra: A honra e a glória são apresentadas como recompensas para aqueles que lutam com bravura.

      Resistência: A capacidade de resistir à dor, ao medo e às adversidades é vista como essencial.

      Destemor: A morte não é temida, mas sim a fuga da luta.

04 – Que imagens poéticas são utilizadas para descrever o guerreiro Tamoio?

      O poema utiliza diversas imagens poéticas para descrever o guerreiro Tamoio, como:

      "Um dia vivemos!": Expressa a intensidade e a brevidade da vida, incentivando a aproveitá-la com coragem.

      "No arco que entesa / Tem certa uma presa": Ilustra a precisão e a determinação do guerreiro.

      "Garboso e feroz": Descreve a postura imponente e a ferocidade do guerreiro em combate.

      "Cai como o tronco / Do raio tocado": Compara a morte do guerreiro à queda de uma árvore atingida por um raio, enfatizando sua força e imponência.

05 – Qual é o papel da mãe no poema?

      A mãe desempenha um papel importante no poema, transmitindo o "terror" aos inimigos através do nome do filho guerreiro. Seu papel é o de incutir medo e respeito nos oponentes, garantindo a segurança e a reputação da família.

06 – Como a natureza é retratada no poema?

      A natureza é retratada como um campo de batalha, onde a vida é uma luta constante pela sobrevivência. As imagens do "condor" e do "tapir" (animais nativos) reforçam a ideia de que a natureza é um palco de desafios a serem superados.

07 – Qual é a mensagem final do poema?

      A mensagem final do poema é um chamado à ação. O pai conclama o filho a seguir os valores da cultura Tamoio, a empunhar suas armas e a entrar na vida com coragem e determinação. A vida é apresentada como um combate, e somente os fortes e bravos serão exaltados.

 

POESIA: RECORDAÇÃO - GONÇALVES DIAS - COM GABARITO

 Poesia: Recordação

            Gonçalves Dias

Quando em meu peito as aflições rebentam
Eivadas de sofrer acerbo e duro;
Quando a desgraça o coração me arrocha
Em círculos de ferro, com tal força,
Que dele o sangue em borbotões golfeja;
Quando minha alma de sofrer cansada,
Bem que afeita a sofrer, sequer não pode
Clamar: Senhor, piedade; — e que os meus olhos
Rebeldes, uma lágrima não vertem
Do mar d'angústias que meu peito oprime:

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLTolHEt4rT5LT5RSCxg05RRJSF01aBvhzxgWIrJvoyL_OfzAA1PS0ORX5ledZ562PnhU0iZh1hGKQZ_UVSx4K6OmWWXLQAixuQP7FkH-TQtEtvv8KE9ffQ6JUXYt1zZN7ZVgeZTlegTNNIL2yLNM56j587Z9LBVHajiTHPZplNDJ3gWWDFzQl0apHksA/s320/Goncalves-Dias.png



Volvo aos instantes de ventura, e penso
Que a sós contigo, em prática serena,
Melhor futuro me augurava, as doces
Palavras tuas, sôfregos, atentos
Sorvendo meus ouvidos, — nos teus olhos
Lendo os meus olhos tanto amor, que a vida
Longa, bem longa, não bastara ainda
por que de os ver me saciasse!... O pranto
Então dos olhos meus corre espontâneo,
Que não mais te verei. — Em tal pensando
De martírios calar sinto em meu peito
Tão grande plenitude, que a minha alma
Sente amargo prazer de quanto sofre.

GOLÇALVES DIAS, A. Poesias completas. Rio de Janeiro: Edições de Ouro, 1968, p. 44.

Fonte: livro Português: Língua e Cultura – Carlos Alberto Faraco – vol. único – Ensino Médio – 1ª edição – Base Editora – Curitiba, 2003. p. 464.

Entendendo a poesia:

01 – Qual é o tema central do poema?

      O tema central do poema é a dor do poeta causada pela saudade de um amor passado. Ele relembra momentos de felicidade com a pessoa amada e compara com o sofrimento presente, intensificando a sensação de perda.

02 – Quais são os sentimentos expressos no poema?

      O poema expressa uma variedade de sentimentos, incluindo:

      Dor e sofrimento: O poeta descreve a intensidade da sua dor, comparando-a com "círculos de ferro" que apertam seu coração e fazem "o sangue em borbotões golfejar".

      Desespero: O poeta se sente tão angustiado que não consegue sequer clamar por piedade.

      Lembranças de felicidade: O poeta relembra momentos de alegria com a pessoa amada, como as conversas serenas e o amor que lia em seus olhos.

      Saudade: A saudade da pessoa amada é tão forte que faz o poeta chorar.

      Amargo prazer no sofrimento: O poeta encontra um "amargo prazer" em seu sofrimento ao pensar na intensidade do amor que sentiu.

03 – Que imagens poéticas são usadas para descrever a dor do poeta?

      Gonçalves Dias utiliza imagens poéticas fortes para descrever a dor do poeta, como:

      "Círculos de ferro": Metáfora que representa a opressão e a intensidade da dor.

      "Sangue em borbotões golfeja": Imagem que ilustra a violência da dor física.

      "Mar d'angústias": Metáfora que compara a dor a um oceano de sofrimento.

04 – Como as lembranças da pessoa amada contrastam com a dor presente?

      As lembranças da pessoa amada, descritas como momentos de "ventura" e "prática serena", contrastam fortemente com a dor presente do poeta. Essa oposição intensifica a sensação de perda e a saudade.

05 – Qual é o significado do "amargo prazer" que o poeta sente?

      O "amargo prazer" que o poeta sente ao sofrer pela saudade da pessoa amada pode ser interpretado como uma forma de manter viva a memória desse amor. Mesmo que a dor seja intensa, ela também serve como uma lembrança constante da felicidade que ele já viveu.

 

 

POESIA: O SONO - GONÇALVES DIAS - COM GABARITO

 Poesia: O SONO 

             Gonçalves Dias 

Nas horas da noite, se junto a meu leito

Houveres acaso, meu bem, de chegar, 

Verás de repente que aspecto risonho

Que toma o meu sonho, 

Se o vens bafejar! 

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiS1NcImp3JSjc3gDxjprnv2oCodNTCQbAbMt7QnKL9R8X085y2ZB2BQ1ZC9XQELD5w_-dNTsTEeghHn9cs8DZzZPBoDkpmSn3ebOccha4q-iMLf8K8OCqWA5Ni0nYNfRQYyUvQ8DGaN_PjOu7-_rN_ekUIhasLAAEAOB57VGd0qATSa8QKpRjoceLGAk4/s320/RELOGIO.png 


.

O anjo, que ao sono preside tranquilo, 

Ao anjo da terra não ceda o lugar; 

Mas deixe-o amoroso chegar-se ao meu leito, 

Unir-me a seu peito, 

D'amor ofegar. 

.

As notas que exaltam as harpas celestes, 

Os gozos, que os anjos só podem gozar, 

Talvez também frua, se a meu peito unida

T'encontro, ó querida, 

No meu acordar! 

GONÇALVES DIAS, A. Poesias completas. Rio de Janeiro: Edições de Ouro, 1968, p. 238.

Fonte: livro Português: Língua e Cultura – Carlos Alberto Faraco – vol. único – Ensino Médio – 1ª edição – Base Editora – Curitiba, 2003. p. 476.

Entendendo a poesia:

01 – Qual é o tema central do poema "O Sono"?

      O tema central do poema é a influência do ser amado sobre os sonhos do poeta. O sono, que naturalmente deveria ser um momento de descanso, transforma-se em uma experiência intensificada pela presença (mesmo que em sonho) da pessoa amada. O poema explora a relação entre o amor, o sono e a imaginação, mostrando como a presença do ser amado pode transformar a experiência onírica.

02 – Que imagens poéticas são utilizadas para descrever a influência do ser amado nos sonhos?

      Gonçalves Dias utiliza diversas imagens poéticas para descrever a influência do ser amado nos sonhos. O sonho do poeta se torna "risonho" e "balsamizado" pelo "bafejar" do ser amado. A presença da pessoa amada é tão forte que o poeta anseia que o "anjo do sono" ceda lugar ao "anjo da terra", para que possa sentir o amado "unir-se a seu peito" e "d'amor ofegar". Essas imagens evocam a ideia de que o amor é capaz de transformar a realidade onírica, tornando-a ainda mais intensa e prazerosa.

03 – Qual é a importância do amor na experiência do sono descrita no poema?

      O amor é o elemento central que transforma a experiência do sono no poema. A presença do ser amado, mesmo que apenas em sonho, é capaz de proporcionar ao poeta "gozos que os anjos só podem gozar". O amor idealizado, puro e intenso, é apresentado como a força motriz que guia os sonhos e proporciona momentos de felicidade transcendental.

04 – Como o poema "O Sono" se relaciona com o Romantismo?

      O poema "O Sono" apresenta características típicas do Romantismo, como a exaltação dos sentimentos, a idealização do amor e a valorização da natureza. A intensidade do amor expresso no poema, a crença na capacidade do amor de proporcionar felicidade e a idealização da figura amada são elementos frequentes na poesia romântica. Além disso, a natureza, representada pelos "anjos" e pelas "harpas celestes", desempenha um papel importante na atmosfera onírica do poema.

05 – Qual é a mensagem principal transmitida pelo poema "O Sono"?

      A mensagem principal transmitida pelo poema é a de que o amor é capaz de transcender a realidade, influenciando até mesmo os sonhos. A presença do ser amado, mesmo que em pensamento, é capaz de transformar a experiência do sono em um momento de intensa felicidade e prazer. O poema celebra o poder do amor de proporcionar alegria e bem-estar, mostrando que ele é capaz de transformar a vida, inclusive durante o sono.

 

 

segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

POESIA: CANTIGA DE AMOR - GONÇALVES DIAS - COM GABARITO

 Poesia: Cantiga de amor

             Gonçalves Dias

Senhora minha, desde que vos vi, 

lutei para ocultar esta paixão 

que me tomou o coração;

mas não o posso mais e decidi 

que saibam todos o meu grande amor, 

a tristeza que tenho, a imensa dor 

que sofro desde o dia em que vos vi.

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9kRQcZgwbCdHWvSWypLADWsKF30SiI8q8l57VT4asmfxrIfxr_5IxZTUT3RM1GlItJTsHKxVBjFIRUSXVpQ2-hWz-SOt33q3YAuiMDAMWyEaJ2CjWS-yOK7lXRCApEJ8REthkKomr5zAvo9KPdnBQSx1M5nsj6-f5cXkOcc7xfl6OkCBkj3BOKkX9zzg/s320/CANTIGA.jpg


Quando souberem que por vós sofri 

tamanha pena, pesa-me, senhora, 

que por vossa crueza padeci, 

eu que sempre vos quis mais que ninguém, 

e nunca me quisestes fazer bem, 

nem ao menos saber o que eu sofri.

 

E quando eu vir, senhora, que o pesar 

que me causais me vai levar a morte, 

direi, chorando minha triste sorte: 

“Senhor, por que me vão assim matar?”

E, vendo-me tão triste e sem prazer, 

todos, senhora, irão compreender 

que só de vós me vem este pesar.

Já que assim é, eu venho vós rogar 

que queiras pelo menos consentir 

que passe a minha vida a vos servir, 

e que possa dizer em meu cantar 

que está mulher, que em seu poder me tem, 

sois vós, senhora minha, vós, meu bem; 

graça maior não ousarei pedir.

DIAS, Gonçalves. In: BERARDINELLI, C. Cantigas de trovadores medievais em português moderno. Rio de Janeiro: Simões, s.d. p. 17.

Fonte: Português – Literatura, Gramática e Produção de texto – Leila Lauar Sarmento & Douglas Tufano – vol. 2 – Moderna – 1ª edição – São Paulo, 2010, p. 107.

Entendendo a poesia:

01 – Quais os principais elementos do amor cortês presentes nesta cantiga?

      Submissão da amada: A mulher é exaltada como um ser superior, quase divino, a quem o poeta se submete completamente.

      Sofrimento amoroso: O eu lírico expressa uma profunda tristeza e dor causada pelo amor não correspondido.

      Idealização da amada: A mulher é descrita de forma idealizada, como um ser perfeito e inalcançável.

      Servidão amorosa: O poeta se coloca como servo da amada, disposto a tudo para servi-la.

02 – Qual a função da repetição do nome "senhora" na cantiga?

      A repetição do vocativo "senhora" reforça a submissão do eu lírico à amada e a sua posição de inferioridade em relação a ela. Além disso, contribui para a criação de um clima de reverência e adoração.

03 – Qual o papel da natureza na expressão dos sentimentos do poeta?

      A natureza não desempenha um papel significativo nesta cantiga. A expressão dos sentimentos do poeta é centrada na relação com a amada e na sua própria interioridade.

04 – Qual a relação entre a dor amorosa e a morte na cantiga?

      A dor amorosa é tão intensa que o poeta teme pela própria vida. A morte é vista como uma possível consequência do sofrimento causado pela amada. Essa associação entre amor e morte é um tema recorrente na poesia trovadoresca.

05 – Como se pode interpretar o pedido final do poeta à amada?

      O pedido final do poeta revela a sua humildade e a sua esperança de que a amada possa, ao menos, reconhecer o seu amor e permitir que ele a sirva. É uma súplica por um gesto de misericórdia, mesmo que a amada não possa retribuir o seu amor.

 

 

domingo, 15 de dezembro de 2024

POESIA: LIRA - GONÇALVES DIAS - COM GABARITO

 Poesia: Lira

            Gonçalves Dias

Se me queres a teus pés ajoelhado,
Ufano de me ver por ti rendido,
Ou já em mudas lágrimas banhado;
        Volve, impiedosa,
        Volve-me os olhos;
        Basta uma vez!

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqM1PRRsWN6kwqt9Fm2J5Rclc-Bgf5MGhQuhyphenhyphen44-YYUS2lSeKJbdDM8vhbPwuJtBcka9ydjGvpWYKP_nIrrP5Ax8px6G4lIRT9KesJrnKF0bV9jz6LXA-MtFtCOtcSVw9NqMMkp4SynTjcVB_FhlMyjetXAskaiknRk_JMmuAADY9W5hRFPhCYFidYzuc/s320/SENHORA.jpg



Se me queres de rojo sobre a terra,
Beijando a fímbria dos vestidos teus,
Calando as queixas que meu peito encerra,
        Dize-me, ingrata,
        Dize-me: eu quero!
        Basta uma vez!

Mas se antes folgas de me ouvir na lira
Louvor singelo dos amores meus,
Por que minha alma há tanto em vão suspira;
        Dize-me, ó bela
        Dize-me: eu te amo!
        Basta uma vez!

DIAS, Gonçalves. In: BUENO, Alexei (org.) Gonçalves Dias: poesia e prosa completas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1998, p. 223.

Fonte: Português – Literatura, Gramática e Produção de texto – Leila Lauar Sarmento & Douglas Tufano – vol. 2 – Moderna – 1ª edição – São Paulo, 2010, p. 107.

Entendendo a poesia:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Ufano: orgulhoso.

·        Rendido: vencido.

·        Volve: volta.

·        De rojo: de rastros, rastejando.

·        Fimbria: barra.

·        Folgas: tens prazer.

02 – Qual a principal emoção expressa pelo eu lírico na Lira?

      A principal emoção expressa pelo eu lírico é o amor apaixonado e sofrido. Ele se coloca em posição de súplica, implorando por um gesto de carinho ou reconhecimento da amada. A repetição do verso "Basta uma vez!" enfatiza a intensidade desse desejo.

03 – Que tipos de súplicas o eu lírico faz à amada?

      O eu lírico apresenta três tipos de súplica:

      Submissão: Pede para ajoelhar-se aos pés da amada e ser visto como rendido.

      Intimidade física: Deseja beijar a fímbria dos vestidos dela, buscando um contato físico mais próximo.

      Reconhecimento: Implora por uma palavra de amor, um sinal de que seus sentimentos são correspondidos.

04 – Qual o papel da lira na expressão dos sentimentos do eu lírico?

      A lira representa a voz do poeta, o instrumento através do qual ele expressa seus sentimentos. É por meio da música que ele busca alcançar a amada e expressar a intensidade de seu amor. A lira simboliza a arte como forma de comunicação e como refúgio para a alma apaixonada.

05 – Como a figura da amada é construída no poema?

      A amada é apresentada como uma figura distante e indiferente, que provoca sofrimento no eu lírico. Ela é descrita como "impiedosa" e "ingrata", sugerindo uma certa crueldade em não corresponder ao amor do poeta. Essa construção da figura feminina é comum na poesia romântica, onde a mulher é frequentemente idealizada e, ao mesmo tempo, inalcançável.

06 – Quais as características do Romantismo presentes na Lira?

      A Lira apresenta diversas características do Romantismo, como:

      Idealização da mulher: A amada é descrita como um ser perfeito e inalcançável.

      Subjetivismo: O poema expressa os sentimentos e emoções do eu lírico de forma intensa e pessoal.

      Valorização da natureza: Embora não explicitamente presente neste poema, a natureza é um elemento frequente na poesia romântica, servindo como cenário para as emoções do poeta.

      Individualismo: O eu lírico se isola do mundo e se refugia em seus próprios sentimentos.

      Musicalidade: A linguagem poética é rica em musicalidade, com o uso de rimas e aliterações, buscando imitar a melodia da lira.

 

domingo, 22 de outubro de 2023

POESIA: PEDIDO - GONÇALVES DIAS - COM GABARITO

 Poesia: Pedido

            Gonçalves Dias

Ontem no baile
Não me atendias!
Não me atendias,
Quando eu falava.

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIi3AnEI8pNSrbW2eqeqh3FDNwPe02o4XcLgbDvBktJcTnfj4XnTGiCr2-ljl3gW5zDecniYiV5Zukl_Ub6RV0818iqsLlo-GWyYmhdg7Gbry68HkX5G3UW5pG4WHCjIAei8KLJ9i82CX3qVZKpgUZyyUFUm8j00NdQjDqNIWUTBkaQ1I6wqz_IBPVdnI/s320/BAILE.jpg



De mim bem longe
Teu pensamento!
Teu pensamento,
Bem longe errava.

Eu vi teus olhos
Sobre outros olhos!
Sobre outros olhos,
Que eu odiava.

Tu lhe sorriste
Com tal sorriso!
Com tal sorriso,
Que apunhalava.

Tu lhe falaste
Com voz tão doce!
Com voz tão doce,
Que me matava.

Oh! não lhe fales,
Não lhe sorrias,
Se então só qu'rias
Exp'rimentar-me.

Oh! não lhe fales,
Não lhe sorrias,
Não lhe sorrias,
Que era matar-me.

Publicado no livro Primeiros Cantos (1846). Poema integrante da série Poesias Diversas.

Entendendo a poesia:

01 – Quem é o autor da poesia "Pedido"?

      O autor da poesia "Pedido" é Gonçalves Dias.

02 – Qual é o tema principal da poesia "Pedido"?

      O tema principal da poesia "Pedido" é a expressão dos sentimentos de ciúmes e sofrimento devido à indiferença de alguém durante um baile.

03 – O que o eu lírico sente em relação à pessoa a quem se dirige na poesia?

      O eu lírico sente ciúmes, sofrimento e tristeza em relação à pessoa a quem se dirige, pois ela parece ignorá-lo em favor de outra pessoa.

04 – Como o eu lírico descreve os olhos da pessoa amada em relação a outra pessoa?

      O eu lírico descreve os olhos da pessoa amada como estando sobre outros olhos, o que sugere que ela está direcionando sua atenção e afeto a outra pessoa.

05 – Qual é a reação do eu lírico ao sorriso da pessoa amada para outra pessoa?

      O eu lírico sente que o sorriso da pessoa amada para outra pessoa é como uma punhalada em seu coração, sugerindo que isso o machuca profundamente.

06 – Como a voz da pessoa amada afeta o eu lírico na poesia?

      A voz da pessoa amada, descrita como "doce", tem um efeito devastador sobre o eu lírico, causando-lhe dor e sofrimento.

07 – Qual é o apelo do eu lírico na poesia "Pedido"?

      O apelo do eu lírico na poesia é para que a pessoa amada não fale, não sorria e não se relacione com outra pessoa, pois isso o faz sofrer intensamente. O eu lírico pede que a pessoa amada não o machuque dessa maneira.

 

 

 

sexta-feira, 16 de junho de 2023

POEMA: OLHOS VERDES - GONÇALVES DIAS - COM GABARITO

 POEMA: OLHOS VERDES

             Gonçalves Dias

Eles verdes são:
E têm por usança
Na cor esperança,
E nas obras não.
CAMÕES, Rimas

 

São uns olhos verdes, verdes,
Uns olhos de verde-mar,
Quando o tempo vai bonança;
Uns olhos cor de esperança,
Uns olhos por que morri;
 Que ai de mi!
Nem já sei qual fiquei sendo
 Depois que os vi!

 

Como duas esmeraldas,
Iguais na forma e na cor,
Têm luz mais branda e mais forte,
Diz uma – vida, outra – morte;
Uma – loucura, outra – amor.
 Mas ai de mi!
Nem já sei qual fiquei sendo
 Depois que os vi!

 

Fonte da imagem: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7WPQ4YAwcrOGPwUjz4vVG7VeWpr6Dpd3cOxKaosKEfC5PHg5opVoZ2mdkM7frnmHeivyZIPqePRI-XzOljJBR_wmaIiw5OHDdFDtom_lJFhUUP_c-FVazaTtPwx9NLHE3bP0d4DV4lER6nTrb_o0zLN1kdi_2zJVV7L8k12kH3RwiY3GPqG_Nmm3Y/s320/Meus%20Olhas%20Verdes.JPG

São verdes da cor do prado,
Exprimem qualquer paixão,
Tão facilmente se inflamam,
Tão meigamente derramam
Fogo e luz no coração;
 Mas ai de mi!
Nem já sei qual fiquei sendo
 Depois que os vi!



São uns olhos verdes, verdes,
Que podem também brilhar;
Não são de um verde embaçado,
Mas verdes da cor do prado,
Mas verdes da cor do mar.
 Mas ai de mi!
Nem já sei qual fiquei sendo
Depois que os vi!

 

Como se lê num espelho,
Pude ler nos olhos seus!
Os olhos mostram a alma,
Que as ondas postas em calma
Também refletem os céus;
 Mas ai de mi!
Nem já sei qual fiquei sendo
 Depois que os vi!

 

Dizei vós, ó meus amigos,
Se vos perguntam por mi,
Que eu vivo só da lembrança
De uns olhos cor de esperança,
De uns olhos verdes que vi!
 Que ai de mi!
Nem já sei qual fiquei sendo
 Depois que os vi!


Dizei vós: “Triste do bardo!
Deixou-se de amor finar!
Viu uns olhos verdes, verdes,
Uns olhos da cor do mar:
Eram verdes sem esp’rança,
Davam amor sem amar!”
Dizei-o vós, meus amigos,
 Que ai de mi!
Não pertenço mais à vida
 Depois que os vi!

(1823-1864)
Cancioneiro do amor – Os mais belos versos da poesia brasileira
Antologia organizada por Wilson Lousada
Livraria José Olympio Editora – 2ª edição, 1952.

Fonte: Livro-Conecte literatura brasileira: William Roberto Cereja/Thereza Cochar Magalhães- 2.ed. São Paulo: Saraiva, 2013. p.199/200.

 

ENTENDENDO O POEMA

01. Explicar por que, sendo o Romantismo contrário à tradição clássica, o poema "Olhos verdes" apresenta como epígrafe versos de Camões.

         Os versos que servem de epígrafe ao poema são escritos na medida velha (redondilhas menores), métrica de origem medieval e muito apreciada pelos românticos.

02. Comentar a importância dos dualismos - como vida/morte, loucura/amor - na construção do texto "Olhos verdes" e confrontá-los com os dualismos barrocos.

        Os românticos apreciavam os dualismos, mas não com a perspectiva conflituosa e cheia de culpa do Barroco, que opunha o mundo material ao espiritual. Os dualismos românticos visavam demonstrar o desarranjo interior provocado pela paixão e, muitas vezes  pela falta de correspondência amorosa.

03. Explicar em que consiste o estado de morto-vivo" do eu linco, no poema Olhos verdes".

       O eu lírico sente-se como um morto-vivo, ou seja, alguém que, embora vivo, morreu interiormente, pois não é correspondido no amor.



sábado, 14 de maio de 2022

POEMA: MINHA TERRA! GONÇALVES DIAS- COM GABARITO

 Poema: Minha terra!

             Gonçalves Dias

Quanto é grato em terra estranha

Sob um céu menos querido,

Entre feições estrangeiras,

Ver um rosto conhecido;

 

Ouvir a pátria linguagem

Do berço balbuciada,

Recordar sabidos casos

Saudosos — da terra amada!

 

E em tristes serões d'inverno,

Tendo a face contra o lar,

Lembrar o sol que já vimos,

E o nosso ameno luar!

 

Certo é grato; mais sentido

Se nos bate o coração,

Que para a pátria nos voa,

P’ra onde os nossos estão!

 

Depois de girar no mundo

Como barco em crespo mar,

Amiga praia nos chama

Lá no horizonte a brilhar.

 

E vendo os vales e os montes

E a pátria que Deus nos deu,

Possamos dizer contentes:

Tudo isto que vejo é meu!

 

Meu este sol que me aclara,

Minha esta brisa, estes céus:

Estas praias, bosques, fontes,

Eu os conheço — são meus!

 

Mais os amo quando volte,

Pois do que por fora vi,

A mais querer minha terra,

E minha gente aprendi.

DIAS, Gonçalves. Poemas. Rio de Janeiro: Edições de Ouro, s/d. Paris, 1964.

Fonte: Livro – Viva Português 2° – Ensino médio – Língua portuguesa – 1ª edição 1ª impressão – São Paulo – 2011. Ed. Ática. p. 86-88.

Entendendo o poema:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavra abaixo:

·        Grato: agradável, bom, doce.

·        Lar: a parte da cozinha onde se acende o fogo, lareira.

·        Pátrio: relativo ou pertencente à pátria.

02 – De acordo com o texto, em relação tanto ao conteúdo como à forma. Quantos versos têm as estrofes? E quantas sílabas poéticas têm os versos?

      Todas as estrofes têm quatro versos; os versos têm sete sílabas poéticas.

03 – O tema da composição poética é comum, mas há diferença na forma de representa-lo.

a)   Qual é esse tema, encontrado no poema?

A saudade da terra natal.

b)   O que motiva o desfiar de lembranças do eu lírico em “Minha terra!”?

O encontro do eu lírico, em terras estrangeiras, com um conterrâneo (um brasileiro).

c)   No poema, a pátria é valorizada pelo contraste com o que falta ou não é tão bom no lugar onde se encontra o eu lírico. Copie uma estrofe do poema que mostre uma diferença entre o lugar onde o eu lírico está e a pátria, de que ele tem saudade.

A terceira estrofe.

04 – Releia a primeira estrofe do poema. Nessa estrofe, por meio da caracterização da terra onde se encontra o eu lírico, antecipa-se a caracterização da pátria.

a)   Copie no caderno as expressões que se referem à terra onde se encontra o eu lírico e ao povo desse lugar.

Terra estranha, um céu menos querido, feições estrangeiras.

b)   Sabendo o que o eu lírico sente em relação à terra estrangeira, conclua, por oposição, o que ele sente em relação à terra natal.

A terra natal é, para ele, a terra conhecida e querida, o lugar onde estão as pessoas com as quais se identifica, inclusive fisicamente.

c)   A ideia de pátria pode estar relacionada a segurança, identidade ou importância da família. A que essa primeira estrofe permite pensar que a ideia de pátria está relacionada para o eu lírico?

Identidade.

05 – Faça um levantamento da referência à pátria no poema, depois responda:

a)   O que o eu lírico mais valoriza em seu país?

O eu lírico valoriza mais a natureza, as belezas naturais.

b)   Que relação pode haver entre a valorização desse aspecto específico e o fato de Gonçalves Dias ter passado muitos anos na Europa, em Portugal e na França?

A Europa tem clima mais frio e sua natureza, ainda que bela, não tem a diversidade tropical, daí o destaque dado ao sol, às praias, etc., elementos que se opõem claramente aos da paisagem europeia.

06 – Complete a frase no caderno: O poema “Minha terra!” sugere que ...........

·        O amor à pátria é algo absoluto, sentido por qualquer pessoa que valorize seu país.

·        Só pode amar a pátria quem vive longe dela.

·        A distância e a saudade levam a valorizar as pessoas e as belezas da pátria.