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domingo, 12 de fevereiro de 2017

MANDAMENTOS PARA UMA BOA REDAÇÃO DO ENEM

MANDAMENTOS PARA UMA BOA REDAÇÃO DO ENEM

          Ao redigir, é importantíssimo que o aluno não cometa nenhum destes pecados transcritos a seguir, sob pena de padecer, sem indulgências, o inferno de mais um ano de espera!

01 – Esnobar. Mostrar que é “o bom”. Complicar. Escrever difícil.
         Não se preocupe em demonstrar cultura e conhecimento excessivos. As coisas realmente boas e valiosas são simples. Os grandes sábios são simples. As “grandes notas” vêm de redações simples.
          Não queira fazer experimentalismo linguísticos. Não tente neologismos (palavra nova formada da língua importada de língua estrangeira).
          Use apenas palavras comuns. Sem cair no lugar comum. Só recorra a um termo menos conhecido se ele se ajustar melhor no texto do que um termo usual.

02 – O palavrão:
         Nunca!

03 – Criticar a Universidade, as autoridades, é proibido.

04 – Ser negativista.
         Em tudo há um lado bom. Procure descobrí-lo. Se criticar, faça-o construtivamente.

05 – Evite definições. Elas são perigosas.
         Dado um tema como “A Liberdade”, a maioria tende a sair definindo:
         A Liberdade é ...
         A Liberdade é ...   
         A Liberdade é ..., monotonamente, maçantemente, insuportavelmente, de uma pobreza de espírito que revoltaria até São Francisco. 
         É sempre melhor bolar uma estória, relatar um episódio, dentro da qual e no decorrer do qual apareça o tema.

06 – O ponto final (.). Não o esqueça. Denota desleixo. Depõe contra você e ... é erro!

07 – O pingo no i. É preciso pôr os pingos nos is!...

08 – Cortar o t.

09 – A cedilha ç.

10 – A inicial maiúscula de período.

11 – As maiúsculas nos títulos.

12 – As iniciais de nomes próprios, maiúsculas.

13 – Erro gráfico até no título, é terrível!

14 – Estrangeirismo.
         O emprego de vocábulo que não pertença ao nosso idioma só pode ser feito quando não haja, em português, palavra de sentido correspondente. Termo técnico, por exemplo. Se usada, a palavra deve vir entre aspas (“ “) ou grifada.
          Ex.: “Know-how” (no-hau) = experiência.

15 – Eco.
         É a rima na prosa. Só os artistas têm direito de recorrer a ela, que pode fornecer belos efeitos.
         Exemplo de eco (defeito):
         Margarida levou toda a vida para atravessar a avenida.
         O Maneco entrou no boteco e bebeu uns trecos.

16 – A gíria:
         Via de regra não! A menos que se trate de diálogo, e entre como transcrição da linguagem de nível coloquial-popular. Fora daí, o uso da gíria será interpretado como pobreza vocabular. É negativo.

17 – Não abrevie palavras. Escreva-as todas por extenso, a menos que se trate de abreviações consagradas como por exemplo o “etc.”

18 – Evite repetir palavras. Use sinônimos. Há repetições que enfatizam. Mas fora o caso intencional da ênfase, repetir releva pobreza vocabular ou desleixo.
           Exemplo de repetição enfática:
           “Vamos, não chores ...
           A infância está perdida.
           A mocidade está perdida.
           Mas a vida não se perdeu.”
                                              (Drummond. “A Rosa do Povo”)

19 – Não escreva demais!
         No caso de não limitarem o número de linhas, não vá além de vinte e cinco. Entendo que o ideal para uma Redação são vinte linhas.
         OBS.: As provas, na sua maioria, determinam os limites mínimo e máximo.

20 – Não “encha linguiça”!
         À falta de ideias, não fique repetindo a mesma coisa com palavras diferentes! Isso é redundância, é prolixidade (muito longo), é terrível defeito! É preferível poucas linhas bem redigidas a muitas mal escritas. Faça um trabalho honesto!

21 – Não aumente o tamanho da letra para dar impressão de que escreveu bastante. Isso indispõe o avaliador. Letra estilo “bicho-de-pé”, só se vê a linha (de tão pequena), não pode. O avaliador não vai colocar lente de aumento especialmente para corrigir sua redação.

22 – Não se desculpe dizendo que não escreveu mais porque o tempo foi pouco. Ninguém vai acreditar! ....

23 – Não cometa CACOFONIA, que é a palavra de sentido obsceno, chulo ou ridículo, formada pela junção de sílabas entre as palavras.

24 – Pensamento novo, período novo.
         É comum, entre os que iniciam, misturar no mesmo período ideias que não se completam. Tome por norma: Ideia nova, período novo. Veja, entretanto, que isso nem sempre significa parágrafo novo!

25 – Oração subordinada sem principal – não diz nada! Não pode!
         Se há subordinada, tem que haver principal. Ou você já viu comandado sem comandante? Veja se entende alguma coisa:
         - Quando Maria chegou porque tinha visto um homem que ela não conhecia.
         - A menina que estava chorando quando a chamaram
         - Quando chove, se estamos sem agasalho.
         - O embrulho que chutou na calçada.
         Deu para entender? Por que não deu?
         E agora:
         - Quando Maria chegou, porque tinha visto um homem que ela não conhecia, desandou a chorar.
         - A menina que estava chorando quando a chamaram, foi eleita rainha.
         - Quando chove, es estamos sem agasalho, resfriamo-nos.
         - O embrulho que chutou na calçada furou-lhe o pé.
         Especialmente, tome cuidado com os períodos muito longos: resultam confusos e são propícios a períodos incompletos; os verbos nas formas nominais – gerúndio, particípio, infinito – equivalem a subordinadas; portanto, deve haver uma principal.