quarta-feira, 30 de novembro de 2022

CONTO FANTÁSTICO: O HOMEM QUE SE ENDEREÇOU - IGNÁCIO DE LOYOLA BRANDÃO - COM GABARITO

 Conto Fantástico: O homem que se endereçou

                              Ignácio de Loyola Brandão

 Apanhou o envelope e na sua letra cuidadosa subscritou a si mesmo:

Narciso, rua Treze, nº 21.

Passou cola nas bordas do papel, mergulhou no envelope e fechou-se. Horas mais tarde a empregada colocou-o no correio. Um dia depois sentiu-se na mala do carteiro. Diante de uma casa, percebeu que o funcionário tinha parado indeciso, consultara o envelope e prosseguira. Voltou ao DCT, foi colocado numa prateleira. Dias depois, um novo carteiro procurou seu endereço. Não achou, devia ter saído algo errado. A carta voltou à prateleira, no meio de muitas outras, amareladas, empoeiradas. Sentiu, então, com terror, que a carta se extraviara. E Narciso nunca mais encontrou a si mesmo.

BRANDÃO, Ignácio de Loyola.

O homem com o furo na mão e outras histórias. São Paulo. Ática, 1998.

Fonte: Maxi: ensino fundamental 2:multidisciplinar:6 º ao 9º ano/obra coletiva: Thais Ginicolo Cabral. 1.ed. São Paulo: Maxiprint,2019.7º ano Caderno 4 p.108-110.

Entendendo o texto

01. A história se inicia em um ambiente doméstico que poderia ser real e narra uma sequência de fatos que não têm a probabilidade de se realizarem. Que acontecimento estranho transpassou a realidade nesse conto?

O personagem ter entrado em um envelope como se fosse uma carta e seguido todo o transcurso de uma correspondência.

02. Qual é o tipo de narrador?

Narrador-observador.

03. Considere o contexto e infira o significado da sigla DCT.

Departamento de Correios e Telégrafos.

04. Sobre a estrutura do conto, indique:

a)   a situação inicial.

Narciso decide escrever uma carta para si mesmo, passa cola nas bordas do papel, mergulha no envelope e fecha-se. Horas mais tarde, a empregada coloca-o no correio.

b)   o conflito.

O carteiro para indeciso diante de uma casa, não encontra o endereço, e prossegue seu caminho.

Narciso acaba voltando ao DCT.

c)   clímax.

Outro carteiro procura o endereço, não encontra; algo deve ter saído errado, a carta volta à prateleira, no meio de muitas outras.

d)   o desfecho.

Narciso nunca mais encontrou a si mesmo.

05. Sobre a intenção do autor ao escrever esse conto, assinale V (verdadeiro) ou F (falso)

( F  ) O autor deseja apenas produzir um conto fantástico.

( V ) Existe uma crítica por trás do homem que “nunca mais encontrou a si mesmo”.

( V ) O nome Narciso faz uma intertextualidade com o mito Narciso.

( F ) Narciso é um nome escolhido aleatoriamente.

06. Ainda sobre esse texto, faça o que se pede.

a)   Retire do texto a palavra proparoxítona que pode, também, ser paroxítona terminada em ditongo.

Funcionário.

b)   O que propicia a dupla possiblidade de classificação quanto à posição da sílaba tônica dessa palavra? Comprove sua resposta.

O que propicia a dupla possibilidade de classificação quanto à posição da sílaba tônica dessa palavra é a separação silábica: fun-cio-ná-ri-o (proparoxítona), fun-cio-ná-rio (paroxítona terminada em ditongo).

c)   Retire a outra palavra acentuada e justifique sua acentuação.

Saído: í tônico, segunda vogal do hiato, sozinho na sílaba.

terça-feira, 29 de novembro de 2022

ROMANCE POLICIAL: O MISTÉRIO DO SOBRINHO PERFUMADO -(FRAG.LIVRO-DEZ MISTÉRIOS PARA RESOLVER)- HÉLIO DE OVERAL - COM GABARITO

 ROMANCE POLICIAL: O MISTÉRIO DO SOBRINHO PERFUMADO

(FRAGMENTO DO LIVRO: DEZ MISTÉRIOS PARA RESOLVER)

                                   Hélio de Overal

          Este caso, que Zezinho Sherlock também esclareceu com a maior facilidade, começou num sábado à tarde. Mas o nosso herói só soube dele no domingo, quando foi visitar o tio, o delegado Orlando Quental, chefe do Departamento Especial da Polícia. [...]

          - O que foi que aconteceu, desta vez?

          - Enforcaram uma velha agiota, em Bonsucesso. Temos um suspeito, mas não podemos provar nada contra ele. Esse suspeito, que esta detido na vigésima primeira delegacia, é um sobrinho da vítima. Também temos uma testemunha que o acusa de ter assassinado a velha, para roubar o dinheiro do cofre.

         - Ah! Essa testemunha viu alguma coisa?

         - Ai é que está. Não viu, mas sentiu. A testemunha é um cego.

         - Puxa! O caso é interessante, titio. Como é que um cego pode ser testemunha de vista?

          - Eu não disse que ele é testemunha de vista. Mas suas declarações comprometem o rapaz. E o cego não teria interesse em acusar o suspeito se não estivesse certo do que diz. O diabo é que o rapaz acabou confessando que esteve no local do crime, mas nega ter enforcado a tia.

           - Ele é o único herdeiro?

           - Parece que sim. A velha não tem outros parentes mais chegados. Morava sozinha e vivia de rendimentos e de emprestar dinheiro a juros.

            - Comece pelo princípio, titio – pediu Zezinho, cruzando as pernas e ajeitando um cacho de cabelos negros que teimava em cair sobre os seus óculos.

            - O caso é o seguinte ontem à tarde, alguém ligou para a delegacia de Bonsucesso e comunicou que havia uma mulher morta, num pardieiro de um beco, na Avenida dos Democráticos. Uma patrulhinha, que estava nas proximidades, correu ao local e ali encontrou o corpo da Sra. Matilde Rezende. A polícia já a conhecia de nome e sabia que ela era agiota e avarenta, mas nunca a incomodou. É difícil provar que os agiotas estão agindo fora da lei. [...] Ora, a empregada jurou que a patroa tinha muito dinheiro naquele cofre.

            - Ah! Então, temos uma empregada, hein?

            - Sim. É uma outra velha, ausente na hora do crime. Tinha ido fazer compras e só voltou quando a polícia já estava na casa. Ela disse que não sabia quem tinha ido visitar a patroa, mas afirmou que o sobrinho dela é um marginal, desempregado crônico, e andava de olho no dinheiro da tia.

            - Nem todo desempregado é marginal, titio. Assim como nem todo pistoleiro é bandido, pois a polícia também usa pistola. Roubaram tudo do cofre? Se a vítima emprestava dinheiro a juros, devia haver alguma promissória, ou  vale, ou essas coisas que eu não conheço direito...

             - Havia outros papéis, na sala, mas jogados no chão. O assassino deve ter obrigado a velha a abrir o cofre, para roubar o dinheiro. Só deixou os documentos.

              - E onde é que entra o cego? – perguntou Zezinho, deleitado com a história. – O cego é um marginal, um camelô sem licença, que estava na entrada do beco. Alguns vizinhos o viram ali, com um cachorro e um tabuleiro, desde manhã cedo.

             - Nem todo camelô é marginal – repetiu Zezinho Sherlock. – A polícia tem o costume de dizer que o que não é direito está torto, mas há um exagero nisso... E o que foi que esse cego viu? Ou melhor: o que foi que ele pressentiu?

             O Dr. Quental apanhou um papel datilografado em cima da escrivaninha e consultou-o.

             - Tenho aqui o depoimento do cego – disse, depois, mostrando o papel. – Ele estava vendendo bijuterias, na entrada do beco, acompanhado pelo cachorro. Quando os patrulheiros chegaram tentou fugir, com o tabuleiro na cabeça, mas um soldado o apanhou logo adiante. Ele pensava que fosse o “rapa”..  Depois que o corpo da velha foi encontrado, o testemunho  do cego tornou-se muito valioso.

            - Por quê?

            - Porque ele identificou o sobrinho da vítima, pelo perfume. Ouça o que ele diz – e o delegado passou a ler um trecho do papel datilografado – “A certa altura, ouvi uns passos pesados e um homem, usando um perfume de alfazema, passou por mim e entrou no beco. E sei que era um homem porque seus passos eram pesados, e ele pigarreou. Um minuto depois, senti uma outra vez o mesmo perfume e o homem passou por mim, andando muito depressa, descabelado, quase correndo, como se estivesse fugindo de alguma coisa. Aprendi a conhecer as pessoas pelos passos e pelo cheiro. Direitinho como o meu cachorro.”

            - Exatamente. O rapaz tem vinte e cinco anos e não exerce nenhuma profissão. Já trabalhou como balconista de uma loja de ferragens, mas foi despedido há três anos. Quando foi detido, negou ter estado na casa da tia, mas o seu perfume o denunciou. Ele usa uma loção de lavanda inglesa.

             - Certo – murmurou Zezinho. – Alfazema e lavanda inglesa é a mesma coisa... E depois o rapaz acabou confessando que esteve no pardieiro?

              - Pois é. Acabou confessando. Mas disse que encontrou a porta aberta e a tia morta, na sala. [...] então saiu correndo e telefonou para a polícia, mas não se identificou. O que é que você acha disso?

              - Tudo me parece claro, titio – disse Zezinho Sherlock. – O sobrinho perfumado pode estar dizendo a verdade, pois o cego é um grande mentiroso! [...]

             Por que Zezinho chegou a essa conclusão?

 OVERAL, Hélio de. Dez mistérios para resolver. Rio de Janeiro. Ediouro,1986. p.30-35.

Fonte: Maxi: ensino fundamental 2:multidisciplinar:6 º ao 9º ano/obra coletiva: Thais Ginicolo Cabral. 1.ed. São Paulo: Maxiprint,2019.7º ano Caderno 4 p.88 a 92.

 ENTENDENDO O TEXTO

01. Que tipo de narrador o texto apresenta? Comprove sua resposta com um trecho do texto.

Narrador-observador. “O Dr. Quental leu e releu o depoimento do cego[...]”

02. Especifique, a seguir, quais características atribuídas a cada um dos personagens.

a)   Zezinho Sherlock:

Usava óculos, tinha cabelos negros e cacheados, é o herói da história.

b)   Orlando Quental:

Delegado, chefe do Departamento Especial da Polícia.

c)   Sra. Matilde Rezende:

Era agiota e avarenta.

d)   Cego:

Um camelô sem licença.

e)   Sobrinho da vítima:

Desempregado há três anos, usava um perfume de alfazema.

03. O mistério da história que você leu corresponde a um crime. Sabendo disso, responda às questões a seguir.

a)   Quando o crime aconteceu?

O crime aconteceu em um sábado à tarde.

b)   Onde?

A vítima foi enforcada em um pardieiro de um beco, na Avenida dos Democráticos.

c)   Quem foi a primeira pessoa a ver a vítima?

Tudo indica que foi o sobrinho, pois ele alega ter encontrado a porta aberta e a tia morta na sala, mas ele fugiu e telefonou para a polícia.

04. Nas histórias de detetive, o modo como a narração acontece acaba por sugerir ao leitor suspeitos que possam ter motivos ou um interesse para realizar o crime.

Que suspeito é sugerido no texto? Justifique sua resposta.

O texto aponta o sobrinho da vítima como suspeito de cometer o crime. A empregada afirma a polícia que ele é um marginal, desempregado crônico e andava de olho no dinheiro da tia.

05. Determine as informações referentes à sequência narrativa da história,

a)   Situação inicial:

Zezito Sherlock visita o tio e fica sabendo do assassinato da Sra. Matilde Rezende.

b)   Conflito:

Há um suspeito detido, sobrinho da vítima, mas nada se pode provar contra ele, pois, a testemunha que o acusa de ter assassinado a tia é um cego.

c)   Clímax:

O delegado Quental faz a leitura do depoimento da testemunha a Zezito.

d)   Desfecho:

Zezito Sherlock esclarece o caso, dizendo que o cego é um grande mentiroso.

06. Na situação inicial, o narrador afirma que Zezito Sherlock esclareceu o caso com a maior facilidade.

a)   Em que momento o herói da história percebe que o sobrinho perfumado pode estar dizendo a verdade?

Zezito Sherlock percebe que o cego está mentindo ao ouvir seu testemunho, lido pelo tio.

b)   Como ele chega à conclusão de que o cego é um grande mentiroso?

O cego afirma ter identificado o sobrinho por meio de seu perfume e de passo pesado, mas também diz que ele estava descabelado, o que faz Zezito concluir que o camelô não era cego (ou completamente cego).

07. Identifique os personagens comuns às histórias de detetive:

a)   Detetives – Zezinho Sherlock e o detetive Orlando Quental

b)   Vítima – Sra. Matilde Rezende

c)   Suspeitos – O cego e o sobrinho perfumado

d)   Culpado – O cego

e)   Inocente – O sobrinho perfumado

 

 

 

segunda-feira, 28 de novembro de 2022

REPORTAGEM: RAÇA, RACISMO, IDENTIDADE E ETNIA - COM GABARITO

 REPORTAGEM: RAÇA, RACISMO, IDENTIDADE E ETNIA

             O primeiro ouro brasileiro nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, foi conquistado por uma mulher. A judoca Rafaela Silva, 24 anos, foi também a primeira atleta negra, entre homens e mulheres, a subir ao lugar mais alto do pódio na Rio-2016. Depois dela, a norte-americana Simone Manuel, 20, sagrou-se como a primeira negra campeã olímpica de uma prova individual da natação na história das Olimpíadas. Ao lado da colega de time Lia Neal, 21, ela fez com que os Estados Unidos tivessem, pela primeira vez, duas nadadoras negras representando o país em uma mesma prova da modalidade – no revezamento 4 x 100m livre.

            “As mulheres entraram nas Olimpíadas, mas nunca todas as mulheres. Estamos tendo um levante negro, preto, significativo no evento. São mulheres que estão se empoderando em espaços onde antes nunca haviam ocupado”, reflete Yordanna Lara Pereira Rêgo, professora e pesquisadora de relações de gênero da Universidade Federal de Goiás (UFGO).

             Um movimento que não foi planejado internamente no Brasil, mas que se reflete de fora para dentro. “Não é só a mulher preta brasileira que está se empoderando, mas de todo o mundo e as Olimpíadas evidenciam isso, o que se torna uma porta importante”, explica a pesquisadora.

       NUNES, Maira.Há 14 anos, Olimpíadas do Rio-2016 viviam protagonismo de mulheres negra.

Correio Braziliense,14 ago 2020.Disponível em: https:/blogs.correiobraziliense.com.br/elasnoataque/mulheres-negras-olimpiadas-rio-2016. Acesso em: 10 mar.2021.

Fonte: Formação Geral Básico: Ensino Médio: Sociologia: Caderno 8: Caderno do professor/Angelo Pereira Campos, Luiz Cláudio Pinho. 1 ed.- São Paulo: SOMOS Sistemas de Ensino, 2020.p.7/8.

Reflita sobre o conteúdo da reportagem e explique a ideia do empoderamento representado pelo destaque das atletas negras nos Jogos Olímpicos de 2016. Apresente exemplos de outras mulheres negras ocupando espaços sociais anteriormente interditados por razões étnicas.

A reportagem anuncia em tom otimista o fato de muitas atletas negras terem se destacado em um evento de relevância mundial, o que é um sinal de empoderamento da mulher negra em um cenário tradicionalmente ocupado por homens brancos. A noção de empoderamento significa a capacidade de superar condições adversas enfrentadas por uma minoria – neste caso, as mulheres negras – em todos os segmentos sociais e estabelecer uma imagem simbólica de força e poder capaz de inspirar outras pessoas que compartilham da mesma condição. A noção de empoderamento transparece na trajetória de mulheres negras como as cantoras Leci Brandão, Alcione e Iza, a escritora Carolina de Jesus e as filósofas e ativistas Djamila Ribeiro e Angela Davis.

REPORTAGEM: O PAPEL DA JUSTIÇA DIANTE DOS PROCESSOS DE DISCRIMINAÇÃO E RACISMO - COM GABARITO

 REPORTAGEM: O PAPEL DA JUSTIÇA DIANTE DOS PROCESSOS DE DISCRIMINAÇÃO E RACISMO

 TEXTO I

          De acordo com o Censo dos Magistrados, realizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2013, 64% dos juízes são homens e 82% são ministros dos tribunais superiores. No quesito cor/etnia: 84,5% são brancos, 15,4% são pretos/pardos e 0,1% indígenas. A idade média de juízes é de 45 anos para desembargadores e ministros comuns, e de 42 anos para os juízes da Justiça Federal.

ALVES, Dina. Rés negras, juízes brancos: uma análise da interseccionalidade de gênero, raça e classe na produção da punição em uma prisão paulistana. Revista CS,Cali, n.21. p.97-120, jan.-abr.2017, p.110. Disponível em: www.scielo.org.co/pdf/recs/n21/2011-0324-recs-21-00097.pdf. Acesso em: 20.jan.2021.

 

TEXTO II

          Ser negra, pobre e mulher são fatores decisivos que influenciam as decisões judiciais na aplicação da lei penal e no encarceramento em massa. Entender o legado do sistema da escravatura no Brasil, como constituinte do atual sistema penal pode se revelar importante meio para uma democratização da Justiça. Mais ainda, reconhecer a especificidade da mulher negra encarcerada é importante para perceber como tais categorias produzem um complexo e difuso sistema de privilégios e de desigualdades que se refletem na realidade carcerária em São Paulo, especialmente no que se refere às mulheres negras encarceradas. A igualdade formal preconizada pela Constituição Federal garante a todas as pessoas os direitos fundamentais e sociais de forma isonômica. Mas, o poder judiciário reconhecer a existência do racismo institucional é um passo fundamental, pois mesmo na igualdade formal, em que todos e todas são iguais perante a lei, existem mecanismos “invisíveis” de discriminação que fazem com que algumas pessoas sejam menos iguais ou menos humanas, ou não humanas. As práticas rotineiras de policiamento de comunidade predominantemente negras e o crescimento nas estatísticas prisionais de mulheres negra, bem podem ser lidos como um diagnóstico da insidiosa persistência do racismo e da colonialidade da justiça criminal no Brasil contemporâneo.

ALVES, Dina. Rés negras, juízes brancos: uma análise da interseccionalidade de gênero, raça e classe na produção da punição em uma prisão paulistana. Revista CS,Cali, n.21. p.97-120, jan.-abr.2017, p.110. Disponível em: www.scielo.org.co/pdf/recs/n21/2011-0324-recs-21-00097.pdf. Acesso em: 20.jan.2021.

  Fonte: Formação Geral Básico: Ensino Médio: Sociologia: Caderno 8: Caderno do professor/Angelo Pereira Campos, Luiz Cláudio Pinho. 1 ed.- São Paulo: SOMOS Sistemas de Ensino, 2020.p.11 e 12.

a)   Considerando o perfil sociológico dos magistrados e da população carcerária, explique por que, segundo a autora do texto II, o funcionamento da justiça reforça a desigualdade na sociedade brasileira.

A pesquisa realizada a partir da análise de sentenças judiciais revelou que, em um sistema carente de representatividade em relação às pessoas que exercem cargos na magistratura, a avaliação dos juízes fica prejudicada. Predomina um perfil masculino e de idade avançada.

Há uma sobreposição de desigualdades, o que denominamos de interseccionalidade de gênero, raça e classe. A falta de pessoas negras e mulheres e, ainda, o perfil econômico do magistrado transformam a justiça em um mecanismo reprodutor das desigualdades, uma vez que há poucas pessoas que vivenciaram o racismo, o machismo e o preconceito de classe entre os representantes do Poder Judiciário brasileiro. Sem empatia entre juízes e as mulheres negras como rés, as sentenças são expedidas sem levar em conta a estrutura social.

 

b)  Compare o funcionamento do sistema prisional brasileiro às políticas segregacionistas do apartheid sul-africano. Estabeleça semelhanças e diferenças entre os dois.

Como política de confinamento voltada para grupos étnicos-raciais, o apartheid foi organizado pelo governo da África do Sul quando liderado por descendentes dos colonizadores brancos. As autoridades governamentais sul-africanas impuseram leis que determinavam os padrões de comportamento que deveriam ser adotados pelas maiorias étnicas que foram minorizadas por práticas injustas previstas em leis, como a Lei do Passe, que exigia passaporte para os negros poderem frequentar espaços públicos. No sistema prisional brasileiro, as leis são formalmente livres de preconceitos, são feitas para todos. No entanto, elas são interpretadas e aplicadas de forma racista, devido à atuação dos magistrados que são brancos e estabelecem as sentenças sem levar em conta a estrutura social e as condições sociais dos acusados. Nas periferias, comunidades e favelas, o policiamento age de forma seletiva. A questão racial permeia o tratamento que o Estado dá ao problema da criminalidade e da segurança pública.

 

 

 

 

 

TIRINHA: MAFALDA - CONCEPÇÃO DO REALISMO DO PONTO DE VISTA FILOSÓFICO - COM GABARITO

 TIRINHA:

 

Mafalda chama atenção sobre a forma de conceber um fenômeno do ponto de vista do Realismo em relação a outras concepções de pensamento. Considerando a observação da personagem, explique em que consiste a concepção do Realismo do ponto de vista filosófico.

A personagem afirma que o mundo real é um desastre, diferentemente de sua representação. A arte realista, em geral, acentua essa originalidade do mundo sobre as representações. Filosoficamente, mais do que uma percepção, isso deve ser “pensado”, concebido como uma experiência intelectual, isto é, uma Arte engajada, que busca uma verdade objetiva, reveladora dos problemas sociais. Essa concepção se desloca do idealismo e do romantismo, tendendo ao positivismo.

 Fonte: Formação Geral Básica: Ensino Médio: Filosofia: Caderno 8: Caderno do Professor/ Maria de Fátima Amorim – 1. Ed. São Paulo: SOMOS Sistemas de Ensino, 2020 p.7.

domingo, 27 de novembro de 2022

FRAGMENTO DO LIVRO: O MISTÉRIO DO 5 ESTRELAS - MARCOS REY - COM GABARITO

 FRAGMENTO DO LIVRO: O MISTÉRIO DO 5 ESTRELAS

                                            Marcos Rey

                                    O 222

        Leo apertou a campainha do 222, recebera um chamado. Logo se abria um palmo de porta mostrando a cara e o sorriso largo do Barão. Embrulhado num robe azulão, ele parecia ainda mais gordo, mole e displicente.

        — Me traga os jornais de sempre — pediu o hóspede passando ao bellboy uma nota amassada.

        — Esse dinheiro não vai dar, senhor.

        — Tem razão. Um momento.

        Quando abriu o guarda-roupa para apanhar a carteira, Leo viu pelo espelho interno do móvel que o Barão tinha companhia: um homem pequeno, com pinta de índio vestindo roupas civilizadas, lavava concentradamente as mãos na pia do banheiro. Devia ser uma daquelas muitas pessoas que o Barão ajudava, pensou o rapaz.

         O volumoso hóspede do 222 demorava para encontrar a carteira nos bolsos de seus paletós, enquanto o bellboy aspirava vários cheiros do apartamento: o de charutos já fumados e amanhecidos, um mais agradável de lavanda e ainda outro de maçã, sempre vendo pelo espelho o tal homenzinho a lavar as mãos e a enxugá-las em toalhas de papel que ia jogando numa cesta. Depois, com o súbito receio de ser visto pelo espelho do guarda-roupa, fechou a porta do banheiro com uma cotovelada.

         Afinal o Barão reapareceu com mais dinheiro e um novo sorriso.

          — O troco é seu, meu filho. Leo disparou pelos corredores acarpetados do Emperor Park Hotel, esperou e apanhou o elevador e passou pela portaria. Novato ainda no emprego provava com a velocidade das pernas seu interesse pelo trabalho. À entrada do edifício, em seu belo uniforme branco com debruns dourados, viu o Guima (Guimarães), o porteiro, antigo amigo de sua família, a quem devia o salário, aquelas gorjetas todas e a nova profissão.  

          Ao entrar pela primeira vez com o Guima, há dois meses, no imenso e rico saguão do Park, como o chamavam simplesmente os funcionários, Leo ficou deslumbrado. No seu mundo da Bela Vista, o bairro do Bexiga, onde nascera e morava, jamais pisara num ambiente tão bonito, moderno e fofo. "Isso que é um cinco estrelas", explicou o porteiro com orgulho de proprietário. "Mas o que é um cinco estrelas?" Guima olhou-o como se sua ignorância lhe fizesse pena e disse que a qualidade dos hotéis é medida pela quantidade de estrelas que ostenta. Cinco é o máximo, só para estabelecimentos de nível internacional.

         Era uma sexta-feira; na segunda, já fardado e registrado, Leo começava a trabalhar no Emperor Park Hotel como bellboy, mensageiro, das 8 às 18 horas, quando voltava para casa, jantava às pressas e corria para a escola noturna. O horário era puxado e o serviço de cansar as pernas, mas as gratificações compensavam. Recebia gorjetas inclusive em dinheiro estrangeiro. Logo conheceu a cor do dólar, da libra, do peso, do franco, da peseta, que trocava por cruzeiros lá mesmo na casa de câmbio do Park.

         Leo precisou de um mês para percorrer os vinte e tantos andares do hotel, sem contar os subterrâneos destinados às garagens, lavanderia, depósito de gêneros alimentícios, adega, almoxarifados, um labirinto frio e deserto em muitas horas do dia.

        Não era, porém, no proletário subsolo que o rapaz da Bela Vista encontrava satisfações e interesses. Gostava de vagar pelo saguão, sempre cheio de hóspedes que chegavam ou partiam, numa confusão de malas, rótulos e idiomas, de espiar a piscina, no quarto andar, com suas águas muito cloradas, dum verde para ricos, o restaurante, com seus odores caprichados, a luxuosa boate, o imponente salão de convenções, o tropical garden, pequena floresta onde serviam gelados e sanduíches, a sauna, que vendia calor e fumaça, a quadra de shopping, com suas lojas sofisticadas, e no alto, lá em cima, o belo bar-terraço, coisa de cinema, com pista de dança, solário e um mirante envidraçado para se ver São Paulo inteira, à luz do sol, elétrica ou de vela em jantares ou ocasiões especiais.

        A maioria dos hóspedes do Park também parecia ter cinco estrelas estampadas na testa: gente importante, preocupada com telefonemas internacionais, políticos, desportistas e artistas famosos que recebiam jornalistas ou deles fugiam, evitando fotos e entrevistas. Logo na primeira quinzena de Park Leo esteve a dois metros de distância de Vera Stuart, atriz do cinema norte-americano, carregou as malas dum automobilista francês de Fórmula 1, e levou uma garrafa de mineral ao apartamento de um dos reis do petróleo do Oriente Médio, vestido em trajes típicos.

         Havia, ainda, hóspedes que moravam no hotel: dona Balbina, viúva rica e solitária, Mister O'Hara, que embora muito idoso e doente dirigia uma grande empresa quase sem sair do apartamento, o anão Jujuba, ídolo infantil da televisão, e o Barão. Certamente Barão era apenas apelido do homem gordo que mandou Leo comprar jornais, conhecido benemérito, protetor de inúmeras instituições assistenciais.

         Leo voltou com os jornais e tocou a campainha do 222. Desta vez o hóspede não abriu de imediato a porta. Antes que o fizesse, o bellboy ouviu ruídos.

           — Quem é? — perguntou o Barão, o que nunca fazia.

           — Sou eu, o bellboy. Trouxe os jornais. A porta abriu pouco e lentamente, o suficiente apenas para mostrar o rosto do hóspede. O Barão muito pálido, como um doente, teimava em sorrir, mas não devia estar bem porque suas mãos, trêmulas, deixaram cair os jornais. Leo abaixou-se para apanhá-los quando viu, sob a cama, dois pés calçados, apontando para a porta. Pegou os jornais e ao levantar-se notou que havia uma mancha vermelha, provavelmente de sangue, no robe do gordo do 222.

          — Obrigado — disse o Barão, segurando confusamente os jornais e apressando-se em fechar a porta.

           Mesmo diante da porta fechada, Leo deteve-se ainda um momento para relembrar e fixar na memória a cena que acabara de ver. Daí por diante começariam seus problemas.

                      GUIMA, SABE O QUE EU VI?

            Leo desceu para o saguão desejando que ninguém o chamasse. Precisava contar ao Guima o que vira no 222. O porteiro, na rua, parava um táxi para um casal de hóspedes estrangeiros. Ele era bastante considerado pela gerência porque falava um pouco diversos idiomas, até japonês.

           Guima, assim que o viu, aproximou-se:

           — Diga a dona Iolanda que domingo passo lá pra filar macarronada.

            Leo estava agora mais assustado do que no momento em que vira os pés debaixo da cama.

             — Guima, sabe o que eu vi?

             O porteiro sentiu que o rapaz estava sob forte tensão e ficou muito preocupado. Para um bellboy não era interessante ver certas coisas. Aliás, o perfeito mensageiro não tem olhos nem ouvidos: apenas pernas e cortesia.

              — Alguma mulher sem roupa?

              — Não, acho que vi um cadáver.

              [...]

 Fonte: Maxi: ensino fundamental 2:multidisciplinar:6 º ao 9º ano/obra coletiva: Thais Ginicolo Cabral. 1.ed. São Paulo: Maxiprint,2019.7º ano Caderno 4 p.66 a 71.

 INTERAGINDO COM O TEXTO

01. Em geral, as histórias de detetive apresentam ao leitor algumas informações relacionadas ao espaço da narrativa.

a)   Identifique, no texto, o espaço em que os fatos narrados acontecem. Faça uma breve descrição desse espaço.

Os fatos narrados acontecem no Emperor Park Hotel, um cinco estrelas bonito, moderno e requintado.

b)   Há outros espaços mencionados na história. Identifique-os e explique por que eles são citados.

A Bela Vista, no bairro do Bixiga, é mencionada por ser o lugar onde Leo nasceu e morava.

c)   Você já ouviu falar sobre esses lugares? Esses lugares são fictícios, ou seja, foram inventados pelo autor? Justifique sua resposta.

Resposta pessoal.

Sugestão: Esses lugares não são fictícios. Bela Vista é um distrito situado na região central da cidade de São Paulo, onde fica localizado o bairro conhecido como Bixiga.

02. A descrição é um recurso que permite melhor visualização dos elementos que compõem a narrativa. Assim, aponte características que descrevem:

a)   o Hotel Emperor Park:

O saguão do hotel estava sempre cheio de hóspedes, a piscina tinha um verde para ricos, a boate era luxuosa, havia um imponente salão de convenções, quadra de shopping com lojas sofisticadas, um belo terraço-bar, etc.

b)   a maioria dos hóspedes do hotel:

Os hóspedes eram pessoas importantes, como atrizes de cinema, automobilistas, reis do petróleo, etc.

c)   os hóspedes que moravam no hotel:

Uma viúva rica e solitária; um idoso, que era diretor de uma grande empresa; um anão, ídolo infantil da televisão, etc.

03. Entre os personagens comuns nas narrativas de detetive estão a vítima, o(s) suspeito(s) e o detetive, ou alguém que desempenha o papel de esclarecer o mistério.

a)   É possível identificar esses personagens no trecho que você leu? Explique sua resposta.

Sim, provavelmente, o homem que Leo viu pelo reflexo do espelho é a vítima, o Barão e o suspeito e Leo é o personagem encarregado de esclarecer o mistério.

b)   Como esses personagens são caracterizados no texto?

O homem que Leo viu refletido no espelho era pequeno, tinha a aparência de índio vestindo roupas civilizadas; o Barão é descrito como gordo, mole e displicente, prestava assistência a inúmeras instituições; Leo nasceu e morava no Bela Vista, trabalhava como mensageiro no hotel das 8h às 18h e estudava à noite, demonstrava interesse pelo trabalho.

c)   O autor de histórias de detetive costuma deixar traços e pistas ao longo da história a fim de fazer revelações ou confundir o leitor, conduzindo a narrativa a um final quase sempre surpreendente. Que informações no texto permitiram que você identificasse esses personagens? Explique sua resposta.

Quando Leo bate à porta, atendendo ao chamado do Barão, é recebido com um sorriso largo, e o homem pequeno com aparência de índio, pelo reflexo do espelho, fecha a porta do banheiro com uma cotovelada, com receio de ser visto. Quando Leo bate à porta novamente para entregar os jornais, o Barão pergunta quem é, o que nunca fazia, demora para atende-lo e, ao abrir a porta, o que faz pouco e lentamente, mostra-se pálido, teimando em sorrir. Não parecia bem, pois suas mãos estavam trêmulas, deixando cair os jornais. Leo, então, abaixa-se para apanhá-los, quando vê, sob a cama, dois pés calçados apontando para a porta, pega os jornais e, ao se levantar, nota que havia uma mancha vermelha no robe do Barão, provavelmente de sangue.

04. Outro elemento que caracteriza as histórias de detetive é um crime ou um mistério a ser desvendado. Identifique esse elemento no trecho lido.

O enigma a ser desvendado é se os pés visto sob a cama eram do homem visto anteriormente no quarto, descobrir se ele realmente está morto e, em caso afirmativo, descobrir onde está o corpo e provar quem o matou.

 

 

 

 

 

MITO: PANDORA - MITOLOGIA GREGA - COM GABARITO

 MITO: PANDORA 

        Num tempo distante, os homens dominaram a dádiva do fogo, graças a Prometeu, tornando melhor a vida na Terra.

         Mas diante daquela afronta, a ira de Zeus não teve limites, e ele resolve então punir os homens.

         Ordenou a Hefesto que moldasse uma mulher de barro, tão linda quanto uma verdadeira deusa, que lhe desse voz e movimento e que seus olhos inspirassem um encanto divino.

          A deusa Atena teceu-lhe uma belíssima roupa, as três Graças a cobriram com joias e as Horas a coroaram com uma tiara de perfumadas flores brancas. Por isso a jovem recebeu o nome de Pandora, que em grego significa “todas as dádivas”.

           No dia seguinte, Zeus deu instruções secretas a seu filho Hermes que, obedecendo às ordens do pai, ensinou a Pandora a contar suaves mentiras. Com isso, a mulher de barro passou a ter uma personalidade dissimulada e perigosa.

            Feito isso, Zeus ordenou a Hermes que entregasse a mulher de presente a Epimeteu, irmão de Prometeu, um homem ingênuo e lento de raciocínio.

            Ao ver Pandora, Epimeteu esqueceu-se que Prometeu havia-lhe recomendado muitas vezes para não aceitar presentes de Zeus, e aceitou-a de braços abertos.

            Certo dia, Pandora viu uma ânfora muito bem lacrada, e, assim que se aproximou dela, Epimeteu alertou-a para se afastar, pois Prometeu lhe recomendara que jamais a abrisse, caso contrário, os espíritos do mal recairiam sobre eles.

            Mas, apesar daquelas palavras, a curiosidade da mulher de barro aumentava, não mais resistindo, esperou que o marido saísse de casa e correu para abrir o jarro proibido.

            Mal ergueu a tampa, Pandora deu um grito de pavor e, do interior da ânfora, saíram monstros horríveis o Mal, a Fome, o Ódio, a Doença, a Vingança, a Loucura e muitos outros espíritos maléficos.

            Quando voltou a lacrar a jarra, conseguiu prender ali um único espírito, a Esperança.

             Assim, então, tudo aconteceu exatamente conforme Zeus havia planejado. Usou a curiosidade e a mentira de Pandora para espalhar o mal sobre o mundo, tornando os homens duros de coração e cruéis, castigando Prometeu e toda a humanidade.

 PANDORA. Mitologia grega. In: Ministério da Educação. Contos tradicionais, fábulas, lendas e mitos. p.125.

Disponível em:www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me001614pdf

Acesso em:6 maio 2018.

Fonte: Maxi: ensino fundamental 2:multidisciplinar:6 º ao 9º ano/obra coletiva: Thais Ginicolo Cabral. 1.ed. São Paulo: Maxiprint,2019.7º ano Caderno 4 p.38 a 41.

INTERAGINDO COM O TEXTO

 01. Quem são os personagens principais do mito “Pandora”? Eles são seres humanos, heróis, deuses ou seres sobrenaturais? Comente sua resposta.

Os personagens principais são Zeus, que era um deus; Pandora, que era um ser sobrenatural feito de barro; Prometeu e Epimeteu, que também eram seres sobrenaturais.

02. Segundo o mito, o que causou a ira de Zeus?

Zeus considerou uma afronta Prometeu ter ensinado aos homens dominaram o fogo, tendo, com isso, uma vida mais confortável.

03. Sobre a personagem Pandora, responda ao que se pede.

a)   Pandora foi criada por uma idealização de Zeus. Por que ela recebeu esse nome?

Pandora recebeu esse nome em virtude de todas as dádivas que recebeu: a belíssima roupa, as joias, a tiara perfumada, pois seu nome em grego significa “todas as dádivas”.

b)   Relacione os personagens de acordo com as dádivas dadas à Pandora em sua criação.

I.Hefesto                  ( III ) Cobriram Pandora  com joias.

II.Atena                    (  I  ) Moldou Pandora com barro.

III.As três Graças     (  V ) Ensinou Pandora a contar suaves

                                                        mentiras.

               IV.As Horas             (  II )Teceu-lhe roupas belíssimas.

               V.Hermes                ( IV ) Coroaram Pandora com flores

                                                        Perfumadas.

04. A quem Zeus enviou Pandora? Por quê?

Zeus enviou Pandora ao ingênuo Epimeteu, irmão de Prometeu, para realizar seu plano de se vingar de Prometeu e, ao mesmo tempo, castigar a humanidade com a maldade.

 05. O mito é um texto narrativo e, como tal, pode ser estruturado em: situação inicial, conflito, clímax e situação final (desfecho).

a)   Descreva a situação inicial.

Para se vingar da atitude desleal de Prometeu, Zeus teceu um plano para castigar a humanidade idealizando Pandora.

b)   Explique como o conflito é gerado.

Pandora não resiste à curiosidade e abre o jarro proibido, mesmo tendo sido recomendado por Epimeteu para jamais abri-lo.

c)   Que ações são desencadeadas a partir desse fato?

Ao abrir a tampa, saíram monstros horríveis do interior do jarro: o Mal, a Fome, o Ódio, a Doença, a Vingança, a Loucura e muitos outros espíritos maléficos, somente um espírito permaneceu preso, a Esperança.

d)   Explique como ocorre a situação final (desfecho).

Tudo ocorre como Zeus havia planejado, ele usou a curiosidade e a mentira de Pandora para espalhar o mal sobre o mundo, castigando Prometeu e a humanidade.

06. Conforme vimos, os mitos procuram explicar fatos da realidade, fenômenos naturais ou aspectos da condição humana de maneira fantástica.

a)   O que o mito de Pandora procura explicar?

O mito procura explicar a origem dos males do mundo.

b)   Após fechar o jarro, apenas um espírito fica preso: o da Esperança. Em sua opinião, qual é a possível causa de somente esse espírito ter permanecido preso?

Resposta pessoal.

Sugestão: O fato de a Esperança ter ficado presa refere-se a uma tentativa de explicar que os seres humanos, apesar de todos os infortúnios que vivem, sempre perseveram por ter esperança que um dia tudo será melhor.