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sexta-feira, 22 de abril de 2022

ANEDOTA: FALÊNCIA DO CIRCO - ZIRALDO - TEMPO VERBAL - COM GABARITO

 Anedota: Falência do circo

      O circo estava indo à falência. O dono, desesperado, não sabia mais o que inventar.

 Aí apareceu um homem que podia salvá-lo.

 – O que o senhor faz?

        – Subo no ponto mais alto do circo e mergulho no meio do picadeiro.

        – Dentro de uma tina de água?

        – Não, claro. Esse número é velho. Eu mergulho dentro de uma garrafa de coca-cola.

        – Sem funil?

           Ziraldo. As últimas anedotinhas do bichinho da maçã. 15. ed. São Paulo: Melhoramentos, 2000. p. 18.

Fonte: Livro – PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 5ª Série – 2ª edição - Atual Editora – 2002 – p. 233-4.

Entendendo a anedota:

01 – No primeiro parágrafo, foram empregadas as formas verbais estava e sabia.

a)   Em que tempo verbal elas estão?

No pretérito imperfeito.

b)   Nesse contexto, elas transmitem a ideia de uma ação contínua ou de uma ação acabada?

De uma ação contínua.

02 – O presente do indicativo geralmente indica um tipo de ação que está ocorrendo no momento que se fala. Porém, às vezes, esse tempo pode ter outro sentido. Observe esta frase:

        “— Subo no ponto mais alto do circo e mergulho no meio do picadeiro.”

a)   As ações de subir e mergulhar estão ocorrendo no momento em que o homem está falando?

Não.

b)   Caso não, o que justifica então o emprego desse tempo verbal?

O presente foi empregado com a finalidade de indicar um tipo de ação que pode ser feita quantas vezes a pessoa quiser. Equivale a dizer: Subo e mergulho sempre que quiser.

 

 

QUADRINHOS: MALUQUINHO APRENDENDO VIOLINO - ZIRALDO - LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL - COM GABARITO

 Quadrinhos: Maluquinho aprendendo violino


Ziraldo. As melhores tiradas do Menino Maluquinho. São Paulo: Melhoramentos, 2000. p. 93.

Fonte: Livro – PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 5ª Série – 2ª edição - Atual Editora – 2002 – p. 140-1.

Entendendo os quadrinhos:        

01 – As histórias em quadrinhos compõem-se de quadros que, geralmente, associam duas linguagens. Quais são elas?

      A linguagem verbal e a linguagem visual.

02 – Faça uma experiência. Leia apenas a parte verbal dos quadrinhos; depois, leia apenas as imagens.

a)   Sem as imagens a história tem sentido completo?

Não.

b)   E sem a linguagem verbal?

Não.

c)   Qual é a relação entre essas duas linguagens nessa história em quadrinhos?

É um meio de fazer a leitura e compreender a história, pois esta compõe-se de linguagem verbal e visual.

03 – O formato mais comuns e tradicional dos quadrinhos é o retângulo, delimitado por linhas retas que servem para separa-los. Quantos quadrinhos tem essa história?

      Nove quadrinhos.

04 – Nos contos de fadas, há um narrador que nos conta a história. Nessa história em quadrinhos, como a história é narrada? Por meio da imagem, do diálogo entre as personagens ou do emprego dos dois recursos (imagem e diálogo) juntos?

      A história é narrada por meio da imagem e do diálogo entre as personagens.

05 – Uma história em quadrinhos conta, conforme seu nome diz, uma história. É, portanto, uma narrativa que envolve fatos, personagens, tempo e espaço. Os fatos se organizam em sequência, numa relação de causa e efeito. Observe que o fato de Junim, o menino loiro, estar tocando violino tão mal causa um efeito na personagem Maluquinho – ele conversa, faz gestos, vai buscar um tambor, etc. no 7° quadrinho, o fato d tocarem juntos e mal causa em efeito.

a)   Que efeito é esse?

Um operário de uma demolição vem pedir que toquem em outro lugar, porque o barulho está incomodando o pessoal que trabalha na demolição.

b)   Nesse efeito está o humor da história. Qual é a graça do quadrinho?

O fato de a reclamação do operário mostrar que o barulho e a desafinação dos sons dos instrumentos é muito grande, incomodando até os trabalhadores da demolição, que são habituados com muito barulho.

06 – Além da relação de causa e efeito, os quadrinhos organizam os fatos da história no tempo e no espaço, isto é, dão ao leitor elementos que indicam quando e onde os fatos ocorrem.

a)   Em que lugar ocorre essa história?

Numa cidade, em uma rua qualquer.

b)   Que elementos do texto e da imagem permitem afirmar que essa história acontece durante o dia?

As imagens são claras, as personagens são crianças, os operários estão trabalhando numa demolição.

07 – O balão é um elemento característico dos quadrinhos. Consiste em um espaço contornado por um traço, que parte geralmente da boca das personagens, no qual aparecem a fala ou o pensamento delas.

a)   Como é, geralmente, a letra usada no balão?

Geralmente de fôrma, maiúscula, desenhada a mão.

b)   Por que, na sua opinião, as palavras RITMO (no 3° quadrinho) e BARULHO (no último quadrinho) estão escritas em negrito, isto é, com traço mais forte do que o normal?

Para indicar a maneira como foram pronunciadas: com tom de voz mais alto, ou com ênfase.

08 – No 1° e no 7° quadrinhos, há palavras que procuram imitar, na escrita, certos sons e ruídos. Essas palavras são chamadas de onomatopeias.

a)   Que som as palavras GZAC! NHEC! E TZIM! Reproduzem?

O som do violino tocado por Junim.

b)   E as onomatopeias PAF! BUM! TUM! TUM! E TÁ!?

O som do tambor tocado pelo Menino Maluquinho.

c)   Que sinal de pontuação costuma acompanhar as onomatopeias?

O ponto de exclamação.

09 – As personagens das histórias em quadrinhos costumam usar uma linguagem informal, isto é, bem parecida com o jeito como falamos no dia-a-dia.

a)   Identifique, nos quadrinhos em estudo, duas situações em que isso acontece.

É! Tá gostando? / Tô, mas...

b)   Em situações como essas, o uso desse tipo de variedade linguística é adequado? Por quê?

Sim, porque a história retrata uma cena comum do cotidiano.

c)   Releia algumas falas e responda: As frases empregadas são difíceis de entender ou são simples, de fácil compreensão?

As frases empregadas nos quadrinhos são simples, de fácil compreensão.



sábado, 2 de abril de 2022

TIRINHA: JULIETA E CAROLINA - ZIRALDO - COM GABARITO

Tirinha: Julieta e Carolina   

Fonte da imagem -https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpWoaEetdpyU2_YewT2RurZ1Hd877j9JRaK6KBCts3sn-7PNSWsEsbi8KO4prfyB9BFlRU3Px151qEM20pnvKajU8Bb2vYIsbxhXHMYj8ZpnMVT50z9Q3lkFrNjgz_F9JtgktHxmckJ31b0BshXuTz2UJxJUPGOp8nnsXgLqcujKzHUhQCMHDnD4fj/s420/ZIRALDO.jpg 

Ziraldo. As melhores tiradas do Menino Maluquinho. São Paulo: Melhoramentos, 2000. p. 70.

Fonte: Gramática Reflexiva – 6° ano – Atual Editora – William & Thereza – 2ª edição reformulada – São Paulo. 2008. p. 26-7.

Entendendo a tirinha:

01 – Julieta e Carolina estão conversando. Julieta propõe à amiga que inventem uma língua só delas. Por que ela quer inventar uma língua?

      Para que os meninos não entendam o que elas conversam.

02 – Observe o último quadrinho.

a)   Pela fala do menino (Juninho), você diria que a ideia de Julieta é original? Por quê?

Não, pois os meninos já tinham inventado uma língua diferente com a mesma finalidade.

b)   O que você acha que Juninho disse ao Maluquinho?

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: É possível que ele tenha escutado a conversa; portanto, é provável que ele tenha dito ao Maluquinho o que ouviu.

c)   Na sua opinião, as meninas compreenderam o que Juninho disse? Por quê?

Provavelmente não, pois desconheciam o sentido daquelas palavras.

03 – As meninas inventaram uma língua, e os meninos, outra. O que você acha que acontecerá se todo mundo inventasse uma nova língua?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Ninguém entenderia, pois, para que haja interação social pela linguagem, é necessário que as pessoas falem a mesma língua.

04 – Utilizando o vocabulário de Julieta, tente criar uma frase com sentido lógico e leia-a para os colegas.

      Resposta pessoal do aluno.

 


sexta-feira, 18 de março de 2022

ANEDOTA: CONSELHO MAL ENTENDIDO - ZIRALDO - COM GABARITO

 Anedota: Conselho mal entendido

              Ziraldo

        O menino já estava parado ali no meio-fio havia tempo. Atento, olhando para um lado e para o outro. O dono da banca de jornal, que já estava desde cedo observando o menino, quis saber:

        -- Por que você não atravessa, meu filho?

        -- Mamãe disse para eu esperar os automóveis passarem. Até agora não passou nenhum!

Ziraldo. As últimas anedotinhas do Bichinho da Maçã. São Paulo: Melhoramentos, 1988. p. 12.

Fonte: Gramática Reflexiva – 6° ano – Atual Editora – William & Thereza – 2ª edição reformulada – São Paulo. 2008. p. 32.

Entendendo a anedota:

01 – O humor da anedota é criado em torno de uma falha de compreensão na interação verbal entre a mãe e o menino. Qual era a intenção da mãe ao dizer ao menino que esperasse os automóveis passarem?

      A intenção de prevenir o menino do risco de travessar a rua quando há carros na pista.

02 – De que modo o menino compreendeu a fala da mãe?

      Ele compreendeu que só deveria atravessar depois que algum carro passasse.

03 – Considerando o papel dos interlocutores – mãe e filho –, por que o modo como o filho compreendeu a fala da mãe é absurdo?

      O desejo da mãe era afastar o filho dos automóveis, e não que ele atravessasse a rua somente depois que carros tivessem passado.

ANEDOTA: CASAMENTO - ZIRALDO - COM GABARITO

 Anedota: Casamento

               Ziraldo

        O moço foi pedir a mão da namorada em casamento. E o pai morrinha quis saber:

        -- Você acha que tem condições de dar a ela a mesma vida que ela tem aqui?

        -- Acho que sim. Eu também sou muito chato!

Ziraldo. As últimas anedotinhas do Bichinho da Maçã. São Paulo: Melhoramentos, 2000. p. 31.

Fonte: Gramática Reflexiva – 6° ano – Atual Editora – William & Thereza – 2ª edição reformulada – São Paulo. 2008. p. 37.

Entendendo a anedota:

01 – De acordo com o texto, qual o significado da palavra morrinha?

      Pessoa que se mostra desagradável, maçante.

02 – Como o pai é inicialmente caracterizado pelo narrador da anedota?

      Como morrinha.

03 – O que o pai pretende dizer quando pergunta ao moço se ele tinha condições de dar à namorada a mesma vida que ela tinha ali?

      Se o moço tinha condições de oferecer à moça boas condições materiais: casa, dinheiro, fartura, etc.

04 – Que imagem o pai devia ter a respeito do namorado de sua filha?

      A de que o moço provavelmente era pobre.

05 – Pela resposta do moço, é possível notar que ele também já tinha uma opinião formada a respeito do pai da namorada. Qual é essa opinião?

      A de que o pai da namorada é um chato.

 

sábado, 12 de fevereiro de 2022

TIRINHA: MALUQUINHO NATAL - ZIRALDO - COLEÇÃO MAIS CORES - COM GABARITO

 Tirinha: Maluquinho Natal


Fonte da imagem -https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEizuX9bZcLLCh5fXI6uUl7qHzv9jylw_E805BDVcuSaUu424_n40ZeCsdEkYLqKO3vQKNP9RD5UYJmzk-pdJJ5VVamFVxMIPMuGKDd3DFbftrSBjpBxuHPRp1QF3Eh-goSh2VimQUdoPhOIu3RoQ3WRY85vCpF6j5H0dV06Np73kCY9VL1OR6jC1P5V=s377

Fonte: Língua Portuguesa – Coleção Mais Cores – 2° ano – 1ª ed. Curitiba 2012 – Ed. Positivo p. 51-2.

Entendendo a tirinha:

01 – Em que época do ano se passa a história da tirinha? Como você sabe?

      Na época do Natal, em dezembro. Por causa da árvore de Natal.

02 – O que você acha que o vovô quis dizer quando falou ao Maluquinho que o Natal, antigamente, era mais bonito?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Era uma festa de alegria e união familiar, melhor do que hoje.

03 – O Maluquinho entendeu a resposta de seu avô? Por quê?

      Não, porque ele achou que a diferença era a idade do Papai-Noel.

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

ENTREVISTA: ZIRALDO ENTREVISTA MAURÍCIO DE SOUSA - ABZ DO ZIRALDO - COM GABARITO

 Ziraldo entrevista Mauricio de Sousa


no ABZ do Ziraldo

 Ziraldo: Vamos começar o programa que hoje é um programa completamente diferente, completamente diferente, e vocês vão entender por quê. Porque eu… eu… eu vou contar aqui, na companhia dele, a biografia de um sujeito muito importante na minha vida, na vida do Brasil inteiro. Realizou um milagre fantástico na história cultural do Brasil e eu… eu acompanho a vida dele praticamente desde que ele começou. É uma das mais antigas amizades da minha vida. Ele se chama Mauricio de Sousa. Pããããã!

Mauricio de Sousa: (risos )

Z: Mauricio de Sousa, que coisa fantástica, hein? Olha quanta coisa aconteceu nesses 50 anos na sua vida! Aí está o Mauricio de Sousa, criador deste universo que faz parte da história de… contemporânea do Brasil. Tem também as… as coisas didáticas que o Mauricio faz que as pessoas encomendam, escola, institutos, é… tudo. É muito… muita coisa didática, inclusive pro mundo inteiro! Esta aqui é uma história, né?

MS: É… essa é do…

Z: Conta a história da… da… da descoberta da América ééé para uma revista do Vietnã. É uma coisa impressionante. Mauricio, vamo começar a contar. Mauricio de Sousa nasceu em…?

MS: Santa Isabel, estado de São Paulo!

Z: O que é isso?! Mogi das Cruzes, rapaz.

MS: Não, não, nasci em Santa Isabel, uma cidade pequena, perto de Mogi das Cruzes…

Z: Hã…

MS: Minha família viajou para Santa Isabel, nasci lá…

Z: Mas chegou a morar em Santa Isabel?

MS: Lá ela ficou uns tempos lá, até eu ficar taludinho e poder mudar pra Mogi das Cruzes, onde eu me criei.

Z: Você já desenhava na infância e o tempo todo obsessivamente, naturalmente…?

MS: Eu me lembro da infância desenhando, pintando, rabiscando. Papai era poeta, ele tinha umas… livros, uns cadernos de poesia muito bonitos e eu adorava, quando ele saía, pegar o caderno dele e ilustrar as poesias dele. Z: Ah…!

MS: Ilustrar daquele jeito estragando o caderno dele, né? (risos)

Z: (risos)

MS: Daí o meu pai, muito sabido…

Z: Deixou você, deixou…

MS: Olhou… falou: “ah, você gosta disso?” Saiu, comprou um caderno igual o dele, lápis, tudo mais e me deu falando: “esse aqui é seu, esse aqui é meu. Agora cê usa o seu”.

Z: (risos)

[…]

MS: Quandooo eu tava pra fazer o Bidu, um colega meu, Lourenço Diaféria, jornalista, tava fazendo uma revista e ele falou “Mauricio, eu tô precisando de uma página com charges pra minha revista. Cê pode fazer uma pra mim?” Falei: “eu posso fazer”. Fui pra casa e desenhei umas charges com um cachorrinho, que era parecido com o Bidu, né?, daí ele falou “me traz amanhã tudo pronto”. No dia seguinte, eu levei, peguei o material pra levar pra ele, pra vender, né, e esqueci no táxi o desenho. Falei: “ih, Lourenço, esqueci no táxi! Mas me dá mais 24 horas”. Fui pra casa, desenhei de novo as charges. No que você desenha de novo, você sabe disso, você melhora, você já tá dominando mais…

Z: Claro, claro…

MS: … a técnica e o personagem e tudo mais.

 Transcrição de entrevista concedida por Mauricio de Sousa a Ziraldo. Disponível em: (parte 1) e (parte 2). Acesso em: 31 jul. 2018. (Fragmentos).

1.   O que torna a entrevista feita por Ziraldo semelhante a uma biografia?

Assim como em uma biografia, as perguntas conduzem o entrevistado a contar uma parte da história de sua vida.

2.   O que as torna diferentes?

Na biografia, um produtor conta a história de vida de uma pessoa pública ou, no caso da autobiografia, a figura pública conta sua própria história de vida. Na entrevista, essa história chega ao leitor por meio de uma interação (pergunta-resposta) entre o entrevistador e a pessoa pública.

3.   Embora seja uma situação de comunicação formal, essa entrevista se assemelha a um bate-papo entre amigos. Explique por quê.

Porque o entrevistador, com frequência, interrompe o entrevistado para completar ou reconduzir sua fala, e parece haver grande intimidade entre eles.

4.   Por ser uma transcrição, o texto mantém marcas que são típicas da fala. Cite duas delas.

Sugestão: Alongamento de vogais (“Quandooo eu tava pra fazer o Bidu […]”), marcadores conversacionais (“Esta aqui é uma história, né?”), repetições (“Porque eu… eu… eu vou contar aqui […]”) e encurtamento de palavras (“Cê pode fazer uma pra mim?”).

5.   Observe o que aconteceu com os turnos de fala entre as linhas 14 e 18.

a)    Que elemento usado por Ziraldo, no primeiro trecho, levou Mauricio a entender que deveria responder?

O marcador “né?”

b)    Era essa a expectativa do entrevistador? Justifique analisando sua reação.

Não, como mostra o fato de Ziraldo rapidamente interromper.

c)    Provavelmente a reação de Ziraldo ocorreu porque ele tinha planejado um roteiro para a conversa. Com o que ele queria começar?

Pela narrativa da infância do entrevistado.

6.   Releia, agora, as linhas 38 a 42. Ziraldo invade o turno conversacional de Mauricio. Qual é o objetivo dele ao fazer isso?

Participar da narrativa, ajudar a contar a história.

7.   desafio de escrita .Como já dissemos no início deste capítulo, os boxes “De quem é o texto?” são brevíssimas biografias. Usando as informações da entrevista, redija um desses boxes para apresentar Mauricio de Sousa.

 

    

           Sugestão de resposta: Mauricio de Sousa nasceu em Santa Isabel, próximo a Mogi das Cruzes, onde morou durante a infância. Começou a desenhar ilustrando poemas de seu pai, e hoje suas obras estão em vários lugares do mundo. Seu primeiro personagem foi Bidu e, quanto mais ele o desenha, mais aprimora seus traços.

       

sexta-feira, 12 de julho de 2019

POEMA: TIA-AVÓ - ZIRALDO - COM QUESTÕES GABARITADAS

POEMA: TIA-AVÓ
  
                                           Ziraldo

A minha mãe tinha uma tia-avó
e, para mim, mamãe sempre dizia:
a tia-avó é muito mais que avó
e, certamente, é muito mais que tia.

A tia é tia. E basta: é tia só.
E mesmo a avozinha é só avó.

Se ser titia é bom, esta avozinha
multiplica por três tal alegria;
pois além de ser tia da tal sobrinha
é tia de uma mãe ou de uma tia.

Se o verdadeiro amor de uma avó
é bem maior que toda fantasia
de quem pensa que ama; e se o xodó
maior que tem no mundo é o da tia,
de que tamanho será que teria
de ser o coração – me digam só –
daquela avó que é avó e tia,
daquela tia que é tia-avó?

                   Ziraldo. Tantas Tias. 2. ed. São Paulo: Editora Melhoramentos, 1996. p.14.

ENTENDENDO O POEMA
1)   Que palavras indicam, nesse poema, as pessoas que pertencem à família?
As palavras que indicam as pessoas da família são: mãe, tia-avó, mamãe, avó, tia, avozinha, titia, sobrinha.

2)   Leia os versos:
“Se ser titia é bom, esta avozinha
multiplica por três tal alegria.”

O substantivo alegria é concreto ou abstrato? Justifique a  sua resposta.
O substantivo alegria é abstrato porque depende de outros seres para existir.

3)   Marque a alternativa correta para a questão: quem é a sua tia-avó?
a)   É a sua tia e avó de sua prima.
b)   É a irmã de sua avó e tia de sua mãe.
c)   É a avó de sua mãe e tia da sua prima.
d)   É a avó de seu pai e tia de sua mãe.


quinta-feira, 24 de maio de 2018

RELATO: SUA PRESENÇA EM MINHA VIDA FOI FUNDAMENTAL - ZIRALDO - COM GABARITO


RELATO: Sua presença em minha vida foi fundamental
      Ziraldo     
                       
    Engraçado, eu não tenho um professor inesquecível. Tenho muitos professores inesquecíveis. A primeira professora que minha memória grava não tinha carinho comigo. Botava todos os meninos branquinhos no colo, mas a mim não. Um dia, sentei no colo dela por minha conta e ela me botou no chão. Era uma escola particular, papai não tinha como pagar as mensalidades, era o patrão dele quem pagava. Vai ver, daí vinha minha falta de prestígio com a professora. Devia ter esquecido o nome dela, mas não esqueci. Ela se chamava Dulce, mas não era nada doce.
    Felizmente, não fiquei muito tempo nessa escola, mas por cauda dela, vim vindo pela vida curtindo uma enorme carência afetiva. Que consegui transformar em desenhos, livros, peça de teatro, logotipos, cartazes, ilustrações – tudo a preços baixos. (Pelo menos no início. Agora, depois da fama, a preços mais condizentes com a fama…)
    Minha segunda professora marcante foi dona Glorinha d’Ávila, mãe do poeta e escritor mineiro João Ettiene Filho. Ela era discípula de Helena Antipoff, que revolucionou o ensino básico de Minas na década de 40. Dona Helena percebeu logo que não dava pra mudar a cabeça das professoras mineiras, que tinham ainda penduradas na parede da sala de aula as assustadoras palmatórias. Então, formou 150 jovens idealistas e as espalhou por Minas Gerais, com a missão de mudar a escola por dentro. Uma dessas jovens era a dona Glorinha, que, entre outras coisas e contra a vontade das velhas professoras do Grupo Escolar e de sua rabugenta diretora, retirou a palmatória furadinha da parede de minha classe. Só mais tarde foi que percebi a luta de dona Glorinha. Que ela venceu. Descobrindo – bem mais tarde – que sua presença em minha vida tinha sido fundamental para que não a perdesse por aí. A vida, digo. Um domingo fiz a primeira comunhão e não ganhei santinho. Na segunda-feira, ela mandou me chamar na secretaria. “Você fez a primeira comunhão ontem, não fez?” Como é, meu Deus, que uma pessoa adulta, tão importante, pôde prestar atenção num menininho pardo fazendo primeira comunhão naquela catedral tão grande? (Pois minha cidadezinha tinha catedral…) Ela aí perguntou: “Você ganhou um santinho de recordação?” Não havia ganho, não. Aí ela abriu a gaveta, tirou um santinho lindo e escreveu uma dedicatória onde li as palavras “brilhante” e “futuro” que, na hora, não fizeram o menor sentido para mim. Somente um pouco mais tarde descobri que ela sabia tudo da minha vida, vinha me observando no meio de centenas de alunos do velho Grupo e até já havia mandado chamar meu pai para conversar…
    Engraçado, agora, remoendo essas lembranças, descubro que tive uma professora maluquinha, sim. Foi dona Glorinha d’Ávila, tão pequenininha, tão frágil, tão bonitinha…
                                        Fonte: “Revista Nova Escola”, set/98, p.58.

Entendendo o texto:
01 – A quem o escritor Ziraldo se refere quando afirma “Sua presença em minha vida foi fundamental”? Por que ele faz a referida afirmação?
      Ziraldo se refere à professora Glorinha. Ela exerceu fundamental importância na vida do escritor, pois o tratava com carinho e acreditava em seu potencial, vindo a escrever “futuro” e “brilhante” em um santinho de primeira comunhão com o qual o presenteou.

02 – Coloque V para as afirmações verdadeiras e F para as afirmações falsas:
(V) Helena Antipoff revolucionou o ensino básico de Minas na década de 40.
(F) A professora Dulce era carinhosa com Ziraldo.
(V) A professora Glorinha é mãe do poeta e escritor mineiro João Ettiene Filho.
(F) Ziraldo não teve nenhum professor inesquecível em sua vida.
A sequência CORRETA é:
a) V, V, F, F.      
b) F, F, V, V.     
c) V, F, V, F.     
d) F, V, F, V.

03 – Dulce e Dona Glorinha tinham em comum o fato de serem professoras. Mas, ao compará-las, percebemos que elas eram bastante diferentes. Por quê?
      A professora Dulce era preconceituosa, no que tange à cor da pele e à condição financeira do Ziraldo, então seu aluno. Já a professora Glorinha era carinhosa, tratando os alunos sem qualquer distinção.

04 – Na frase “Somente um pouco mais tarde descobri que ela sabia tudo da minha vida...”, a palavra destacada refere-se à:
a) Glorinha                     
b) Dulce                     
c) Helena Antipof       
d) diretora do Grupo Escolar.

05 - Como você deve ter percebido, o relato foi organizado em ordem linear, ou seja, Ziraldo relatou os fatos na mesma ordem em que eles aconteceram. Reescreva os itens a seguir, que resumem o relato do escritor, ordenando-os de acordo com a sequência em que são mencionados no texto.
a) O desenhista informa que ficou pouco tempo na escola em que trabalhava a professora Dulce, porém deve ao lugar uma enorme carência afetiva, que foi positivamente transformada em obras.
b) Dona Glória foi responsável por tirar a palmatória furadinha da sala de aula do escritor.
c) Ziraldo relata que a primeira professora de quem se lembra foi negativamente marcante. Ele achava não ter muito prestígio com ela, provavelmente porque era o patrão de seu pai quem pagava a mensalidade da escola.
d) Ao remoer as lembranças, o desenhista afirma ter descoberto que dona Glorinha foi sua professora maluquinha.
e) Ziraldo conta que, na igreja, após sua primeira comunhão, ao contrário dos outros meninos, ele não recebeu um santinho de recordação.
f) A segunda professora marcante na vida do escritor foi discípula de Helena Antipoff, que revolucionou o ensino básico mineiro por se opor às palmatórias.
g) Em seu relato, Ziraldo diz ter descoberto que a presença de dona Glorinha em sua vida foi fundamental.
h) Dona Glorinha viu o descaso com Ziraldo na igreja e, no outro dia, deu-lhe um lindo santinho com uma dedicatória.
Resposta: c,a,f,b,g,e,h,d
06- Por que a primeira professora do narrador é inesquecível para ele?
      Porque ela deixou marcas negativas(impressões negativas) na vida dele.
07 - A professora Helena Antipoff revolucionou o ensino básico de Minas Gerais na década de 1940.
    a) Com que objetivo ela provocou essa revolução?
         Com o objetivo  de mudar a forma de ensinar em Minas, que ainda estava no tempo da palmatória.
     b) Como ela conseguiu atingir seu objetivo?
          Ela percebeu que não podia mudar nem a mentalidade nem o modo de ação dos educadores com experiência, então formou 150 jovens idealistas, que ficaram encarregadas de promover essas transformações nas escolas mineiras por dentro.
   08 - Compare: em que aspectos as professoras Dulce e Glorinha se diferenciam?
          Dulce, como o próprio narrador diz, não era nada doce. O texto relata fatos que permitem percebê-la como uma pessoa preconceituosa e pouca atenciosa com ele. Já Glorinha é descrita como uma pessoa inovadora, atenciosa, sensível e afetiva.
09 - O narrador, ao contar com detalhes os fatos relacionados às professoras Dulce e Glorinha, também as descreve? Justifique sua resposta.
Sim, por meio da narração dos fatos, Ziraldo também caracteriza as professoras.
10 - Qual é a contribuição dos trechos descritivos ao relato das experiências escolares do narrador?
Os trechos descritivos contribuem para que o leitor visualize mentalmente as professoras consideradas inesquecíveis para o narrador, tanto pelo lado negativo como pelo positivo.
11 - O texto lido é um relato de memória. Responda:
      a) Em que foco narrativo ele foi escrito?
          Foco narrativo em primeira pessoa.
      b) Qual é a importância de o narrador adotar esse foco no relato de memórias?
          Ao adotar a perspectiva de primeira pessoa, o narrador reforça sua participação nos acontecimentos, ou seja, passa a ideia de que, de fato, é um personagem do relato.