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domingo, 10 de agosto de 2025

CONTO: O SÁBIO DA EFELOGIA - MALBA TAHAN - COM GABARITO

 Conto: O SÁBIO DA EFELOGIA

          Malba Tahan

        Aqui é relatada a singular história de um pseudo-sábio que assombrava os seus ouvintes derramando uma erudição espantosa. No fim o leitor descobre que o herói do conto é um tipo semelhante a muitos outros que encontramos a cada passo na vida: verdadeiros sábios da Efelogia.

        Durante a última excursão que fiz a Marrocos, encontrei um dos tipos mais curiosos que tenho visto em minha vida.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQm47xOumrzNq42GlqLkdqlMAKSkktkXbdkQ-VE0xb8pRjw9UPq5oLNSBKWb281AKdFPRBsoVRHPU9Q8X_qnGC7SYVqDcSGeTtSW3SYtEqImuVCp-rhUrl7-WRBWARo56no3EespKw8AwYMEwyeHe-LcJDV_Hi63y0zKUVyrDEYAJW1dE-11rMOl5Ms3I/s320/ruas-de-fez.jpg


        Conheci-o casualmente, no velho hotel de Yazid El-Kedim, em Marrakech. Era um homem alto, magro, de barbas pretas e olhos escuros; vestia sempre pesadíssimo casaco de astracã, com esquisita gola de peles que lhe chegava até às orelhas. Falava pouco; quando conversava casualmente com os outros hóspedes, não fazia a menor referência à sua vida ou ao seu passado. Deixava, porém, de vez em quando, escapar observações eruditas, denotadoras de grande e extraordinário saber.

        Além do nome — Vladimir Kolievich — pouco mais se conhecia dele. Entre os viajantes que se achavam em “El-Kedim”, constava que o misterioso cavalheiro era um antigo e notável professor da Universidade de Riga, que vivia foragido por ter tomado parte numa revolução contra o governo da Letônia.

        Uma noite, como de costume estávamos reunidos na sala de jantar, quando uma jovem escritora russa, Sônia Baliakine, que se entretinha com a leitura de um romance, me perguntou:

        — Sabe o senhor onde fica o rio Falgu?

        — O quê? Rio Falgu?

        Ao cabo de alguns momentos de baldada pesquisa nos escaninhos da memória, fui obrigado a confessar a minha ignorância, lamentável nesse ponto. Nunca tinha ouvido falar em semelhante rio, apesar de ter feito um curso completo e distinto na Universidade de Moscou.

        Com surpresa de todos, o misterioso Vladimir Kolievich, que fumava em silêncio a um canto, veio esclarecer a dúvida da encantadora excursionista russa:

        — O Rio Falgu fica nas proximidades da cidade de Gaya, na Índia. Para os budistas, o Falgu é um rio sagrado, pois foi junto a ele que Buda, fundador da grande religião, recebeu a inspiração de Deus.

        E diante da admiração geral dos hóspedes, aquele cavalheiro, habitualmente taciturno e concentrado, continuou:

        — É muito curioso o rio Falgu. O seu leito apresenta-se coberto de areia; parece eternamente seco, árido, como um deserto. O viajante que dele se aproxima não vê água nem ouve o menor rumor do líquido. Cavando-se, porém, alguns palmos na areia, encontra-se um lençol de água pura e límpida.

        E, Com a simplicidade e clareza peculiares aos grandes sábios, passou a contar-nos coisas curiosas, não só da Índia, como de várias outras partes do mundo. Falou-nos minuciosamente das “filazenes”, espécie de cadeiras em que se assentam, quando viajam, os habitantes de Madagáscar.

        — Que grande talento! Que invejável cultura científica! — segredou, a meu lado, um missionário católico, sinceramente admirado.

        A formosa Sônia afirmou que encontrara referências ao rio Falgu exatamente no livro que estava lendo, uma obra de Otávio Feuillet.

        — Ah! Feuillet, o célebre romancista francês! — atalhou ainda o erudito cavalheiro do astracã. — Otávio Feuillet nasceu em 1821 e morreu em 1890. As suas obras, de um romantismo um pouco exagerado, são notáveis pela finura das observações e pela concisão e brilho do estilo.

        E, durante algum tempo, prendeu a atenção de todos, discorrendo sobre Otávio Feuillet, sobre a França e sobre os escritores franceses. Ao referir-se aos romances realistas, citou as obras de Gustavo Flaubert: “Salambô”, “Madame Bovary”, “Educação Sentimental”...

        — Não se limita a conhecer a Geografia — acrescentou, a meia-voz, o velho missionário. — Sabe também literatura a fundo!

        Realmente. A precisão com que o erudito Vladimir citava datas e nomes, e a segurança com que expunha os diversos assuntos, não deixavam dúvida alguma sobre a extensão de seu considerável saber.

        Nesse momento, começava uma forte ventania. As janelas e portas batem com violência. Alguns excursionistas que se achavam na sala mostraram-se assustados.

        — Não tenham medo — acudiu, bondoso, o extraordinário Kolievich. — Não há motivo para temores ou receios. Faye, o grande astrônomo, que estudou a teoria dos ciclones...

        E depois de discorer longamente sobre a obra de Faye, e depois passou a falar, com grande loquacidade, dos ciclones, avalanches, erupções e todos os flagelos da natureza.

        Senti-me seriamente intrigado. Quem seria, afinal, aquele homem tão sábio, de rara e copiosa erudição, que se deixava ficar modesto, incógnito, como simples aventureiro, numa velha e monótona cidade marroquina?

        No dia seguinte, ao regressar de fatigante excursão aos jardins de El-Menara, encontrei-o casualmente, sozinho, no pátio da linda mesquita de Kasb. Não me contive e fui ter com ele.

        — O senhor maravilhou-nos ontem com o seu saber — confessei, respeitoso. — Não podíamos imaginar, com franqueza, que fosse um homem de tão grande cultura. Na sua academia, com certeza...

        — Qual, meu amigo! — obtemperou ele, amável, batendo-me no ombro. — Não me considere um sábio, um acadêmico ou um professor. Eu pouco sei – ou melhor – eu nada sei. Não reparou nas palavras de que tratei? Falgu, filazenes, Feuillet, França, Flaubert, Faye, flagelo. Começam todas pela letra “F”. Eu só sei falar sobre palavras que começam pela letra “F”.

        Fiquei ainda mais admirado. Qual seria a razão de tão curiosa extravagância no saber?

        — Eu lhe explico — acudiu com bom humor o estranho viajante. — Sou natural de Petrogrado e vivo do comércio do fumo. Estive, porém, por motivos políticos, durante dez anos nas prisões da Sibéria. O condenado que me havia precedido, na cela em que me puseram, deixou-me como herança os restos de uma velha enciclopédia francesa. Eu conhecia um pouco esse idioma – e, como não tivesse em que me ocupar – li e reli centenas de vezes as páginas que possuía. Eram todas da letra “F”. Ao final, fiquei sabendo muita coisa; tudo, porém sem sair da letra “F”: fá, fabagela, fabela, fabiana, fabordão.

        Achei curiosa aquela conclusão da original história do inteligente Kolievich, o negociante de fumo. Ele era precisamente o contrário do famoso e venerado rio Falgu, da Índia. Parecia possuir uma corrente enorme, profunda e tumultuosa de saber; entretanto, sua erudição, que nos causara tanto assombro, não ia além dos vários capítulos decorados da letra “F” de uma velha enciclopédia.

        Era, inquestionavelmente, o homem que mais conhecia a ciência que ele próprio denominara “efelogia”!

Malba Tahan, Seleções – Os melhores contos – Conquista, Rio, 1963.

Entendendo o conto:

01 – Quem é o narrador do conto e onde ele conhece o personagem principal?

      O narrador é o próprio autor, Malba Tahan, que encontra o personagem principal, Vladimir Kolievich, casualmente no velho hotel de Yazid El-Kedim, em Marrakech, Marrocos, durante uma excursão.

02 – Quais eram as características físicas e de vestimenta de Vladimir Kolievich, e o que se dizia sobre seu passado?

      Vladimir Kolievich era um homem alto, magro, de barbas pretas e olhos escuros, que vestia sempre um pesadíssimo casaco de astracã com gola de peles. Constava que ele era um antigo e notável professor da Universidade de Riga, foragido por ter participado de uma revolução na Letônia.

03 – Qual foi a primeira demonstração de grande saber de Vladimir Kolievich que surpreendeu os hóspedes?

      A primeira demonstração de saber que surpreendeu a todos foi quando ele esclareceu a dúvida de uma jovem escritora russa sobre a localização do rio Falgu. Ele não apenas soube onde ficava, mas também forneceu detalhes sobre sua importância para os budistas e suas características geológicas.

04 – Além de geografia, sobre quais outros assuntos, Vladimir Kolievich, demonstrou grande conhecimento?

      Além de geografia (como o rio Falgu e Madagáscar), Vladimir Kolievich demonstrou conhecimento aprofundado em literatura, discorrendo sobre Otávio Feuillet e citando obras de Gustavo Flaubert, e também em meteorologia/astronomia, falando sobre a obra de Faye e os fenômenos naturais como ciclones e erupções.

05 – Qual é a revelação surpreendente de Vladimir Kolievich sobre a origem de seu vasto conhecimento?

      A revelação surpreendente é que seu vasto conhecimento se limita a palavras que começam com a letra "F". Ele explica que, durante dez anos na prisão na Sibéria, leu e releu centenas de vezes as páginas de uma velha enciclopédia francesa que haviam sido deixadas por um prisioneiro anterior, e todas essas páginas eram da letra "F".

06 – O que o narrador entende por "efelogia" no final do conto?

      No final do conto, o narrador entende "efelogia" como a ciência ou arte de saber tudo sobre palavras que começam com a letra "F". É a área de conhecimento peculiar e limitada de Vladimir Kolievich, que ele próprio denominou.

07 – Como o conto "O Sábio da Efelogia" critica a aparência de erudição superficial?

      O conto critica a aparência de erudição superficial ao apresentar um personagem que, à primeira vista, parece ter um saber universal e profundo, mas que, na realidade, possui um conhecimento vasto, porém limitado e específico a uma única letra. Isso sugere que o que parece ser sabedoria ilimitada pode ser, na verdade, uma memorização focada e enganosa, destacando a diferença entre o conhecimento genuíno e a mera ostentação de informações.

 

 

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

CONTO: O PROBLEMA DOS 35 CAMELOS - MALBA TAHAN - COM GABARITO

CONTO: O Problema dos 35 camelos
                      
                    Malba Tahan

"Poucas horas havia que viajávamos sem interrupção, quando nos ocorreu uma aventura digna de registro, na qual meu companheiro Beremiz, com grande talento, pôs em prática as suas habilidades de exímio algebrista.
Encontramos perto de um antigo caravançará meio abandonado, três homens que discutiam acaloradamente ao pé de um lote de camelos.
Por entre pragas e impropérios gritavam possessos, furiosos:
- Não pode ser!
- Isto é um roubo!
- Não aceito!
O inteligente Beremiz procurou informar-se do que se tratava.
- Somos irmãos – esclareceu o mais velho – e recebemos como herança esses 35 camelos. Segundo a vontade expressa de meu pai, devo receber a metade, o meu irmão Hamed  Namir uma terça parte, e, ao Harim, o mais moço, deve tocar apenas a nona parte. Não sabemos, porém, como dividir dessa forma 35 camelos, e, a cada partilha proposta segue-se a recusa dos outros dois, pois a metade de 35 é 17 e meio. Como fazer a partilha se a terça e a nona parte de 35 também não são exatas?
- É muito simples – atalhou o Homem que Calculava. – Encarrego-me de fazer com justiça essa divisão, se permitirem que eu junte aos 35 camelos da herança este belo animal que em boa hora aqui nos trouxe!
Neste ponto, procurei intervir na questão:
- Não posso consentir em semelhante loucura! Como poderíamos concluir a viagem se ficássemos sem o camelo?
- Não te preocupes com o resultado, ó Bagdali! – replicou-me em voz baixa Beremiz – Sei muito bem o que estou fazendo. Cede-me o teu camelo e verás no fim a que conclusão quero chegar.
Tal foi o tom de segurança com que ele falou, que não tive dúvida em entregar-lhe o meu belo jamal, que imediatamente foi reunido aos 35 ali presentes, para serem repartidos pelos três herdeiros.
- Vou, meus amigos – disse ele, dirigindo-se aos três irmãos -, fazer a divisão justa e exata dos camelos que são agora, como veem em número de 36.
E, voltando-se para o mais velho dos irmãos, assim falou:
- Deverias receber meu amigo, a metade de 35, isto é, 17 e meio. Receberás a metade de 36, portanto, 18. Nada tens a reclamar, pois é claro que saíste lucrando com esta divisão.
E, dirigindo-se ao segundo herdeiro, continuou:
- E tu, Hamed Namir, deverias receber um terço de 35, isto é 11 e pouco. Vais receber um terço de 36, isto é 12. Não poderás protestar, pois tu também saíste com visível lucro na transação.
E disse por fim ao mais moço:
E tu jovem Harim Namir, segundo a vontade de teu pai, deverias receber uma nona parte de 35, isto é 3 e tanto. Vais receber uma nona parte de 36, isto é, 4. O teu lucro foi igualmente notável. Só tens a agradecer-me pelo resultado!
E concluiu com a maior segurança e serenidade:
- Pela vantajosa divisão feita entre os irmãos Namir – partilha em que todos três saíram lucrando – couberam 18 camelos ao primeiro, 12 ao segundo e 4 ao terceiro, o que dá um resultado (18+12+4) de 34 camelos. Dos 36 camelos, sobram, portanto, dois. Um pertence como sabem ao bagdáli, meu amigo e companheiro, outro toca por direito a mim, por ter resolvido a contento de todos o complicado problema da herança!
- Sois inteligente, ó Estrangeiro! – exclamou o mais velho dos três irmãos.
– Aceitamos a vossa partilha na certeza de que foi feita com justiça e equidade!
E o astucioso Beremiz – o Homem que Calculava – tomou logo posse de um dos mais belos “jamales” do grupo e disse-me, entregando-me pela rédea o animal que me pertencia:
- Poderás agora, meu amigo, continuar a viagem no teu camelo manso e seguro! Tenho outro, especialmente para mim!
E continuamos nossa jornada para Bagdá."
 (Malba Tahan, Contos e lendas orientais. Rio de Janeiro: Ediouro, 2001)
Fonte:  Livro –Coleção ALET – Língua Portuguesa -5ª Série – Editora Positivo,2007 – p.42/43/44.
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Glossário

Caravançará: refúgio construído pelo governo ou por pessoas piedosas à beira do caminho, para servir de abrigo aos peregrinos. Espécie de rancho de grandes dimensões em que se acolhiam as caravanas.

Bagdali: Relativo a Bagdá, vindo de Bagdá.

Jamal: uma das muitas denominações que os árabes dão ao camelo.

REDE DE IDEIAS
1)   Beremis usou o raciocínio matemático para fazer a divisão dos camelos. Por que pode-se dizer que a Matemática é uma bela ciência?
Porque, a partir dela, pode-se raciocinar, refletir, concluir uma série de ideias, como a divisão dos camelos.

2)   Como você resolveria esta situação?
Resposta pessoal.

3)   Quem é o narrador do texto? Como você descobriu isto?
O narrador é o próprio autor do texto. Percebe-se isso observando-se os verbos na 1ª pessoa.

4)   No momento em que o narrador conta o fato, ele estava acontecendo ou já havia acontecido?
O fato estava acontecendo, mas num tempo passado.

5)   Em que região a história acontece? Quais os elementos presentes no texto que comprovam sua resposta?
Na Arábia. Justifica-se isso pelos nomes das personagens, lote de camelos, a jornada até Bagdá.

6)   No texto, há palavras regionais, isto é, utilizadas na região onde acontece a história. Cite alguns exemplos dessas palavras e dê o significado delas no texto. Se for necessário, consulta um dicionário.
Exemplos:
Caravançará: refúgio construído pelo governo ou por pessoas piedosas à beira do caminho, para servir de abrigo aos peregrinos. Espécie de rancho de grandes dimensões em que se acolhiam as caravanas.

Bagdali: Relativo a Bagdá, vindo de Bagdá.

Jamal: uma das muitas denominações que os árabes dão ao camelo.

7)   Por que as personagens viajavam em camelos?
O lugar onde se passa a história é um deserto, onde normalmente as pessoas utilizam esse animal como transporte, por causa da escassez da água.



domingo, 4 de fevereiro de 2018

LENDA: A CRUZ MAIS LEVE - MALBA TAHAN - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO

LENDA: A CRUZ MAIS LEVE


(MALBA TAHAN, “Lendas do Céu e da Terra)

        Reza uma antiga lenda cristã que um jovem, convertido ao Evangelho, recebeu sua cruz para seguir, juntamente com  outros  peregrinos, pela estrada da Jerusalém Celeste. Torturava-o, porém, o peso da cruz que lhe fora confiada. E fatigava-o tanto a carga que ele se via forçado a descansar de vez em quando.
        – Má sorte a minha, – lamentava o moço – deram-me a mais pesada das cruzes!
        Movido por um sentimento egoístico, lembrou-se, numa das pousadas, de trocar sua cruz por outra mais leve, dentre as  que  conduziam seus companheiros de jornada.
        Aproveitando a escuridão da noite, pé ante pé, sem ser pressentido, foi ter ao sitio em que se achavam depositadas as cruzes e sopesando-as uma a uma, escolheu a que lhe parecia mais leve e tomou-a para si.
        Ao outro dia, reiniciada a viagem, notou que ninguém se dizia prejudicado com a troca. Só então verificou que a cruz que ele escolhera, por ser a mais leve de todas, era, justamente, a sua.


Entendendo o texto:

01 – O texto narra a história de um jovem convertido ao Evangelho, isto é, que se tornou:
a.(   ) judeu         b.(   ) herege       c.(X) cristão       d.(   ) ateu.

02 – Os peregrinos dirigiam-se para Jerusalém com as cruzes a fim de visitar o lugar onde:
a.(   ) Nasceu Jesus         b.(   ) vivia a Papa
c.(X) morreu Jesus          d.(   ) nenhuma das respostas.

03 – Julgando estar carregando a mais pesadas das cruzes, o jovem resolveu:
a.(X) trocar sua cruz por outra mais leve.
b.(   ) abandonar sua cruz no meio do caminho.
c.(   ) não seguir caminho com os outros peregrinos.
d.(   ) reclamar do peso da sua cruz para os outros peregrinos.

04 – Para pôr em prática seu plano, o jovem agiu silenciosamente, pé ante pé. Por quê?
a.(   ) Ele não queria acordar os companheiro de viagem.
b.(X) Ele não queria ser surpreendido cometendo um ato ilícito.
c.(   ) Ele não queria incomodar os mais velhos.
d.(   ) nenhuma das respostas.

05 – Ao notar que ninguém reclamava de levar uma cruz mais pesada que a anterior, o jovem concluiu que:
a.(   ) todas as cruzes tinham o mesmo peso
b.(   ) ninguém tinha percebido a troca
c.(   ) ninguém estava preocupado com o peso da cruz
d.(X) escolhera a mesma cruz que já vinha carregando, por ser a mais leve.

06 – O provérbio que mais está de acordo com a moral da história é:
a.(   ) Cada um sabe onde o sapato lhe aperta o calo.
b.(X) A nossa dor é sempre maior que a dos outros.
c.(   ) O castigo sempre vem a cavalo.
d.(   ) O que os olhos não veem, o coração não sente.

07 – Assinale a alternativa que substitui, corretamente, as palavras em destaque, na frase abaixo:
“Entre os romeiros, havia um jovem que se queixava do peso da cruz que transportava.
a.(X) peregrinos, lamentava, conduzia
b.(   ) trocadores, condoia, lamentava
c.(   ) notórios, trocava, condoía
d.(   ) justos, notava, peregrinava.