Mostrando postagens com marcador ULTRAJE A RIGOR. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador ULTRAJE A RIGOR. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

MÚSICA(ATIVIDADES): EU ME AMO - ULTRAJE A RIGOR - COM GABARITO

 Música(Atividades): Eu Me Amo

                                                                           Ultraje a Rigor

Há tanto tempo eu vinha me procurando

Quanto tempo faz, já nem lembro mais

Sempre correndo atrás de mim feito um louco

Tentando sair desse meu sufoco

Eu era tudo que eu podia querer

Era tão simples e eu custei pra aprender

Daqui pra frente nova vida eu terei

Sempre a meu lado bem feliz eu serei

 

Eu me amo, eu me amo

Não posso mais viver sem mim

 

Como foi bom eu ter aparecido

Nessa minha vida já um tanto sofrida

Já não sabia mais o que fazer

Pra eu gostar de mim, me aceitar assim

Eu que queria tanto ter alguém

Agora eu sei sem mim eu não sou ninguém

Longe de mim nada mais faz sentido

Pra toda vida eu quero estar comigo

 

Eu me amo, eu me amo

Não posso mais viver sem mim

 

Foi tão difícil pra eu me encontrar

É muito fácil um grande amor acabar, mas

Eu vou lutar por esse amor até o fim

Não vou mais deixar eu fugir de mim

Agora eu tenho uma razão pra viver

Agora eu posso até gostar de você

Completamente eu vou poder me entregar

É bem melhor você sabendo se amar.

 

Entendendo a canção:

01 – Qual é o tema que esta canção transmite?

      A declaração de amor do eu lírico por ele mesmo.

02 – A música repete sempre os pronomes em primeira pessoa. Que ideia isso reforça?

      A ideia de que ele se descobriu, reforçando sua autoestima e identidade.

03 – Qual a grande mudança que acontece com o “eu” do texto? Comprove com um verso.

        Após ter declarado seu amor próprio, se sente pronto para gostar de sua amada. “Agora eu posso até gostar de você / Completamente eu vou poder me entregar”.

04 – Há trechos na música que parecem tratar do amor entre duas pessoas? Quais?

      “É muito fácil um grande amor acabar, mas / Eu vou lutar por esse amor até o fim.”

 

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

MÚSICA(ATIVIDADES): INÚTIL - ULTRAJE A RIGOR - COM GABARITO

MÚSICA(ATIVIDADES): INÚTIL

                                                ULTRAJE A RIGOR

A gente não sabemos escolher presidente
A gente não sabemos tomar conta da gente
A gente não sabemos nem escovar os dentes
Tem gringo pensando que nóis é indigente

Inútil
A gente somos inútil
A gente faz carro e não sabe guiar
A gente faz trilho e não tem trem pra botar
A gente faz filho e não consegue criar
A gente pede grana e não consegue pagar

Inútil
A gente somos inútil

A gente faz música e não consegue gravar
A gente escreve livro e não consegue publicar
A gente escreve peça e não consegue encenar
A gente joga bola e não consegue ganhar

Inútil
A gente somos inútil [...]

                          MOREIRA, Roger. Inútil. Intérprete: Ultraje a Rigor. Nós vamos invadir sua praia.
                                                                                                                                                    
     1)    Que ideia essa letra transmite a você?
Resposta pessoal. Professor, espera-se que o aluno compreenda o sentido crítico e irônico do texto ao se referir aos problemas que geram dia após dia frustações, sensação de impotência e de inutilidade, embora se esteja sempre em movimento, fazendo alguma coisa.

    2)     A quem se refere a canção?
Aos brasileiros comuns.

  3)      Identifique, na letra da canção, uma oração que foge ao registro convencional da língua e comente sobre sua construção.
A oração é: “A gente somos inútil”. Professor, a concordância “a gente somos”, embora possa ser considerada gramaticalmente correta, é condenada por alguns especialistas. O predicativo “inútil” concorda com o sujeito mas não com o verbo, o que enfatiza que se trata de uma construção que foge às convenções da língua.

  4)     Em sua opinião, qual pode ter sido o propósito do compositor ao utilizar esse tipo de concordância verbal na letra?
Chamar a atenção do interlocutor para a realidade daqueles que costumam usar esse tipo de concordância, ou seja, pessoas que tem menos acesso à educação ou às normas prestigiadas da língua. Pode também representar deboche em relação a quem usa as normas de prestigio, geralmente os que têm mais reconhecimento social.


5) A letra da música está correta, gramaticalmente falando? Explique.
       NÃO. Ela está escrita na linguagem do dia-a-dia, sem nenhuma formalidade, visando a linguagem como comunicação e se o emissor passa a mensagem e o receptor a compreende, significa que houve comunicação.

6) Quais seriam as razões para a letra possuir tais “alterações”?
        Na época que foi feita a música estava acontecendo a Ditadura Militar, que você não tinha liberdade de expressão, censura. Os erros de português foram propositais de concordância, queria que a ditadura entendesse que “nós” somos tão “burros” que não sabemos nem escovar os dentes, por exemplo. Precisamos de alguém cuidando da gente. Mas não era isso, eles queriam mostrar que eles não deixam a gente escolher presidente.

7) Quais problemas enfrentados no Brasil são denunciados na letra? Explique.
      Não sabemos votar /
      Não fazemos planejamento familiar / financeiro
      Não conhecemos nossos direitos.
      O povo brasileiro mostra-se omisso e desinteressado pelo que acontece no país, não se vê o povo lutando contra reformas que apenas privilegiam poderosos, tanto políticos quanto empresários.

8) Escreva alguns desvios da norma culta, cometidos pelos falantes da língua portuguesa, no dia-a-dia.
      Nóis. A gente não sabemos, A gente somos, prá.

9) Reflita sobre os versos: “A gente não sabemos / Escolher presidente / A gente não sabemos / Tomar conta da gente”. Qual a relação desses versos com a Ditadura Militar? Para ajudar a responder, leia este texto sobre as “Diretas Já”.
       A Ditadura Militar no Brasil durou 21 anos (1964-1985) onde uma junta militar escolhia o novo presidente. Somente no ano 1989, ou seja, 29 anos depois da escolha do último presidente (3//10/60), é que podemos eleger novamente um presidente, graças ao movimento (Diretas Já) de cunho popular que teve como objetivo a retomada das eleições diretas ao cargo de presidente da República começou em maio / 1983 e foi até 1984, tendo mobilizado milhões de pessoas em comícios e passeatas.