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quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

ENSAIO: REFLETINDO SOBRE O ESTAR SÓ - GILBER MARTINS DUARTE - COM GABARITO

 ENSAIO:  REFLETINDO SOBRE O ESTAR SÓ!

                  Gílber Martins Duarte

 De um modo geral, algumas pessoas acreditam que estar só é uma coisa negativa, porém, isso é um grande engano. Na verdade, no fundo, todo mundo é só. Observe, ninguém pode andar por você, sorrir por você, amar por você, dançar por você, sentir por você, pensar por você, chorar por você, estar alegre por você, estar triste por você. Todas essas sensações da vida são experimentadas unicamente pelo seu ser, então, ao invés de ficar com medo da solidão, faça o contrário, aprecie a alegria de ser só, curta o prazer de ser unicamente você mesmo. 

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjExryQS4uegREVMoU-cHKxbJWyQP9nTHZk1gGGL9RCBshlvc5Tw-91ootd82frsYS-Ub5CdbA4vjWOiwgGWMxV7B_K9XWsd5dRGPaMSgnxSZkz1AWIq7BQ6iQUKMz21HYEn8Oiv8XzcbzPFh7U2K5rvmRcQYdbHWEjv2xj3IuzNXJl9ES269A77bq44Lk/s320/Era-da-Solidao-Einstein.jpg


Pense nisso, essa atitude perante a vida pode fazer uma grande diferença! Aliás, na solidão, você imagina que alguma coisa está faltando em sua vida, mas ensino-lhe outra atitude perante o estar só. Quando você se perceber só, não pense que algo está faltando em sua vida, pois, na verdade, nada está faltando, afinal, você está presente. Seja uma boa companhia para você mesmo e verá que estar só é algo divino!

Texto de autoria de Gílber Martins Duarte – In: Material didático On Line: “Por uma abordagem linguístico-discursiva da Língua Portuguesa” – www.socialistalivre.wordpress.com

Entendendo o texto

01-Marque (V) para efeitos de sentidos pertinentes ao texto-discurso e (F) para efeitos de sentidos não pertinentes:

    a-( V   ) Percebe-se o discurso de que estar só é visto, de um modo geral, como algo negativo;

    b-(  V  ) Percebe-se o discurso de que no fundo todo mundo é só;

    c-( F   ) Percebe-se o discurso de que se deve ter medo da solidão;

    d-( V  ) Percebe-se o discurso de que se deve aprender apreciar a alegria de estar só;

    e-(  V ) Percebe-se o discurso de que a solidão é a sensação de que algo está faltando na vida;

     f-(  F ) Percebe-se o discurso de que não se deve ser uma boa companhia para si mesmo, o melhor a se fazer é ficar lamentando a solidão

02-Qual a tese central defendida no texto-discurso?

    a- deve-se evitar ficar só;

    b- deve-se lamentar a solidão;

    c- deve-se entender o fato de que, no fundo, todo mundo é só e, diante disso, aprender ser uma boa companhia para si mesmo;

    d- deve-se entender que cada ser é único e curtir essa alegria.

03-Qual o tema central do texto-discurso?

    a- o medo da solidão;

    b- como lidar com o fato de estar só;

    c- a sensação de que na solidão alguma coisa falta;

    d- a negatividade de estar só.

04-No argumento “...algumas pessoas acreditam que estar só é uma coisa negativa, porém, isso é um grande engano.”, a conjunção grifada é adversativa, porque:

    a- introduz um dizer negativo, depois de ter dito algo também negativo;

    b- introduz um dizer positivo, depois de ter dito algo também positivo;

    c- introduz um dizer negativo, depois de ter dito algo positivo;

    d- introduz um dizer positivo, depois de ter dito algo negativo.

05-No enunciado De um modo geral, algumas pessoas acreditam que estar só é uma coisa negativa, porém, isso é um grande engano.”, a que se refere o pronome grifado?

    a- algumas pessoas;

    b- acreditar que estar só é negativo;

    c- porém;

    d- um grande engando.

06-A tese  “Na verdade, no fundo, todo mundo é só.” sugere:

    a- a tristeza de ser só;

    b- a inevitável negatividade de ser só;

    c- a impossibilidade de fugir do fato de ser só, cabendo ao ser humano lidar bem com esse fato;

    d- a impossibilidade de fugir do fato de ser só, cabendo ao ser humano sofrer com esse fato.

07-Qual argumentação foi usada para exemplificar a tese segundo a qual “todo mundo é só”?

    a- “...algumas pessoas acreditam que estar só é uma coisa negativa...”

    b- “...ninguém pode andar por você, sorrir por você, amar por você, dançar por você, sentir por você, pensar por você, chorar por você, estar alegre por você, estar triste por você...”

    c- “...aprecie a alegria de ser só, curta o prazer de ser unicamente você mesmo...”

08-No enunciado “ao invés de ficar com medo da solidão, faça o contrário, aprecie a alegria de ser só, curta o prazer de ser unicamente você mesmo.”, os argumentos grifados são usados para exemplificar justamente o contrário sugerido anteriormente pelo autor. São argumentos contrários a quê?

    a- à alegria de ser só;

    b- ao prazer de ser unicamente você mesmo;

    c- a ficar com medo da solidão.

09-No enunciado Quando você se perceber só, não pense que algo está faltando em sua vida, pois, na verdade, nada está faltando, afinal, você está presente.”, qual argumento foi usado pelo autor para justificar que nada está faltando na vida?

O autor argumenta que a simples presença de si mesmo já é suficiente, ou seja, a companhia mais importante é a própria. Ao estar presente, a pessoa já tem tudo o que precisa para ser feliz e completa.

10-Produza um texto-discurso, refletindo, ao seu modo, sobre como lidar com o estar só!

A solidão, muitas vezes vista como um fardo, pode se transformar em um refúgio para o autoconhecimento e o crescimento pessoal. Ao invés de temer a solidão, podemos abraçá-la como uma oportunidade para explorar nossos pensamentos, sentimentos e desejos mais profundos.

Em um mundo cada vez mais conectado, a solidão pode parecer contraintuitiva. No entanto, é justamente nessa desconexão que encontramos a chance de nos reconectar conosco mesmos. Ao passar tempo sozinhos, podemos desenvolver nossas habilidades, cultivar nossos hobbies, e fortalecer nossa autoestima.

A solidão não é um sinônimo de tristeza ou vazio. Ela pode ser um período de grande criatividade e produtividade. É nesse isolamento que muitas ideias inovadoras surgem e grandes obras são criadas. Ao invés de buscar constantemente a companhia dos outros, podemos aprender a desfrutar da nossa própria companhia.

É importante lembrar que a solidão não é uma condição permanente, mas sim uma fase da vida. Podemos escolher como lidar com ela: com medo e angústia ou com aceitação e positividade. Ao cultivar uma atitude positiva em relação à solidão, podemos transformá-la em uma experiência enriquecedora e transformadora.

 

quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

ENSAIO: RACIOCINANDO SOBRE A INTELIGÊNCIA! - GÍLBER MARTINS DUARTE - COM GABARITO

 ENSAIO: RACIOCINANDO SOBRE A INTELIGÊNCIA!

                 GÍLBER MARTINS DUARTE

 É comum as pessoas acharem que existem alguns que são inteligentes e outros não. Essa ideia é falsa: todos possuem uma inteligência em potencial, isto é, todos possuem o princípio da inteligência em seu cérebro. Por que faço essa afirmação? Porque fui à raiz de como funciona a inteligência. Você sabe o que é a inteligência? Já pensou sobre isso? Não? Então, convido-lhe a entender o seu funcionamento.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLDkuewy8D9t1xDqe725FZyc1LgQlgjqXpjR8VyJUMCKTnDw9XzQlJdF53qw3ayqPdiKWzy6GnD6BviYHLkn8I5KT7-Jc-VKnnjJu4dtKjosqGtYVuMQR1HASVIE-GbPFWoZW-8BA_9PyhUbg338VKlKL52niiZkquETt1KvS2KQKcgrERL2GSblaiBgs/s320/INTELIGENCIA.jpg


A inteligência baseia-se em uma operação simples: nasce da operação cerebral que consiste em juntar-ligar um ALGO A com uma ALGO B, à procura de um resultado C, que, na prática, tanto pode ser um resultado positivo, quanto negativo. Por exemplo, se eu junto-ligo duas laranjas + duas laranjas, eu tenho como resultado quatro laranjas. Se eu junto-ligo um palito de fósforo aceso com uma chama de gás aberta, eu tenho como resultado uma chama de fogo. Se eu junto-ligo o corte de uma faca contra um objeto relativamente macio, eu obtenho como resultado pedaços desse objeto. Se eu junto-ligo palavras sempre gentis dirigidas às pessoas, eu tenho como resultado amigos. Se eu junto-ligo água diariamente a uma planta no vaso, eu tenho como resultado uma bela planta. Se eu junto-ligo tempo dedicado à construção de uma roupa, usando corte, fiação e tecidos adequados, eu obtenho a peça de roupa esperada.

Mas a inteligência também consegue prever resultados negativos. Por exemplo, se eu ligo-junto óleo de soja, ao invés de sabão líquido, para esfregar-lavar minha camiseta, eu obterei uma camiseta totalmente estragada. Se eu ligo-junto água ao tanque de gasolina do meu carro, eu obtenho como resultado um carro que não vai conseguir se mover. Se eu ligo-junto palavras sempre agressivas dirigidas às pessoas, com certeza, não vou obter amigos, vou obter cada vez mais inimigos.

A partir dessa operação simples, a inteligência se desenvolve em níveis cada vez mais complexos, assim também se dá juntando-ligando A + B + C + D + E + F + G + etc... para obter um determinado resultado. Por exemplo, se eu junto-ligo dois pneus, duas rodas, um quadro, uma corrente ligada a um par de pedais, um cilindro, um guidão, eu obtenho como resultado uma bicicleta. Enfim, entendeu o princípio da inteligência? É a capacidade de juntar-ligar um ALGO com outro ALGO ou outros ALGOS para obter um dado resultado e também saber que algumas coisas juntadas-ligadas a outras coisas nunca poderão dar certos resultados esperados. Exercite sua inteligência: pratique essa operação.

Texto de autoria de GÍLBER MARTINS DUARTE In: Material didático On Line: “Por uma abordagem linguístico-discursiva da Língua Portuguesa” – www.socialistalivre.wordpress.com

Entendendo o texto

01-Qual a tese central defendida no texto-discurso?

     a- que alguns são inteligentes, outros não;

     b- que todos possuem o princípio da inteligência e que esta consiste em juntar-ligar um ALGO a outro ALGO em busca de um dado resultado;

    c- que a inteligência consegue prever resultados negativos;

    d- que é preciso exercitar a inteligência.

02-Marque (V) para efeitos de sentidos pertinentes ao texto-discurso e (F) para efeitos de sentidos não pertinentes:

     a-( V ) Percebe-se o discurso de que é falso considerar que algumas pessoas não são inteligentes;

     b-(  F  ) Percebe-se o discurso de que nem todos possuem uma inteligência em potencial;

     c-( V   ) Percebe-se o discurso de que a inteligência nasce de uma operação simples que consiste em juntar-ligar um ALGO A com um ALGO B, em busca de um resultado C;

     d-( V ) Percebe-se o discurso de que a inteligência consegue prever resultados negativos, quando fica ciente de que juntar-ligar determinado ALGO A com determinado ALGO B, não pode gerar um resultado positivo;

     e-( V  ) Percebe-se o discurso de que a inteligência desenvolve-se em níveis cada vez mais complexos, juntando-ligando A + B + C + D + E + F + G+ H, etc., com vistas a um obter um resultado X;

       f-(  F  ) Percebe-se o discurso de que a inteligência não pode ser exercitada;

03-No argumento “Se eu junto-ligo palavras sempre gentis dirigidas às pessoas, eu tenho como resultado amigos.”, exemplifica-se:

     a- que a amizade é construída;

     b- que a amizade é resultado de uma operação inteligente;

     c- que a amizade é casual;

     d- que a amizade é fruto da gentileza.

04-No enunciado Se eu junto-ligo um palito de fósforo aceso com uma chama de gás aberta, eu tenho como resultado uma chama de fogo.”, a conjunção grifada indica tratar-se de:

     a- uma explicação;

     b- uma conclusão;

     c- uma hipótese;

     d- uma adição.

05-No argumento “Mas a inteligência também consegue prever resultados negativos.”, a palavra grifada:

      a- marca o momento em que a inteligência consegue prever resultados negativos;

      b- ressalta o lugar em que a inteligência consegue prever resultados negativos;

      c- adiciona outra ação realizada pela inteligência, a de prever resultados negativos.

06-No enunciado “todos possuem uma inteligência em potencial, isto é, todos possuem o princípio da inteligência em seu cérebro.”, o operador argumentativo grifado serve para:

     a- opor-se ao que foi dito antes;

     b- reelaborar com outra argumentação o que foi dito antes;

     c- concluir o que foi dito antes;

     d- adicionar outra informação ao que foi dito antes.

07-No enunciado “Por que faço essa afirmação? Porque fui à raiz de como funciona a inteligência.”, o uso dos porquês está explicado corretamente em:

     a- na primeira ocorrência o “Por que” é explicativo; na segunda ocorrência o “Porque” é também explicativo;

     b- na primeira ocorrência o “Por que” é para fazer pergunta no início do questionamento; na segunda ocorrência o “Porque” é para explicar o que foi questionado antes;

     c- na primeira ocorrência o “Por que” é para fazer pergunta no final do questionamento; na segunda ocorrência o “Porque” é para fazer uma explicação sobre o que foi dito antes.

08-No enunciado “Se eu junto-ligo o corte de uma faca contra um objeto relativamente macio, eu obtenho como resultado pedaços desse objeto.”, o advérbio indica:

      a- o modo do corte;

      b- o modo da faca;

      c- o modo do objeto;

      d- o modo da maciez do objeto.

09-Qual argumento foi utilizado para exemplificar a operação simples da inteligência:

     a- Se eu junto-ligo água diariamente a uma planta no vaso, eu tenho como resultado uma bela planta.

     b- Se eu ligo-junto água ao tanque de gasolina do meu carro, eu obtenho como resultado um carro que não vai conseguir se mover.

     c- se eu junto-ligo dois pneus, duas rodas, um quadro, uma corrente ligada a um par de pedais, um cilindro, um guidão, eu obtenho como resultado uma bicicleta.

10-Qual argumento foi usado para exemplificar a operação complexa da inteligência:

      a- Se eu junto-ligo um palito de fósforo aceso com uma chama de gás aberta, eu tenho como resultado uma chama de fogo.

     b- se eu junto-ligo dois pneus, duas rodas, um quadro, uma corrente ligada a um par de pedais, um cilindro, um guidão, eu obtenho como resultado uma bicicleta.

     c- Se eu ligo-junto palavras sempre agressivas dirigidas às pessoas, com certeza, não vou obter amigos, vou obter cada vez mais inimigos.

11-No enunciado “A partir dessa operação simples, a inteligência se desenvolve em níveis cada vez mais complexos, assim também se dá juntando-ligando A + B + C + D + E + F + G + etc...”, a palavra grifada:

a-   adiciona outra ação realizada pela inteligência;

b- opõe-se às outras ações realizadas pela inteligência;

c- localiza a ação realizada pela inteligência.

12-No enunciado Enfim, entendeu o princípio da inteligência?”, no último parágrafo, a conjunção grifada demarca:

     a- adição de informações a tudo o que foi dito antes;

     b- conclusão acerca de tudo o que foi dito antes;

     c- oposição a tudo o que foi dito antes;

     d- explicação sobre tudo o que foi dito antes.

13-Para quem foram dirigidos os conselhos dados em “Exercite sua inteligência: pratique essa operação.”?

     a- autor;

     b- leitor;

     c- pessoa que possui inteligência;

     d- estudioso da inteligência.

14-Qual o tema central do texto-discurso?

      a- a inteligência e suas dificuldades;

      b- o funcionamento da inteligência;

      c- os resultados positivos e negativos conseguidos pela inteligência;

      d- a importância de ser inteligente.

15-O texto-discurso é predominantemente:

      a- narrativo, pois conta uma história sobre a inteligência;

      b- injuntivo, pois dá instruções de como ser inteligente;

      c- expositivo, pois apresenta uma teoria e explicações de como funciona a inteligência;

      d- argumentativo, pois tenta convencer o leitor a ser cada vez mais inteligente.

16-A quem ou a que se referem as palavras sublinhadas no texto-discurso?

"seu": refere-se ao leitor.

 "uma chama de fogo": refere-se ao resultado da combinação do palito de fósforo e da chama de gás.

 "um dado resultado": refere-se ao objetivo da operação de juntar-ligar.

 "essa operação": refere-se à operação de juntar-ligar.

17-No enunciado “Você sabe o que é a inteligência? Já pensou sobre isso? Não? Então, convido-lhe a entender o seu funcionamento.”, a palavra grifada poderia ser substituída sem prejuízo do sentido em:

   a- Enfim;

   b- Assim sendo;

   c- Ou seja;

   d- Porém.

18-No enunciado “um palito de fósforo aceso”, qual palavra é o núcleo central da informação?

     a- um;

     b- palito;

     c- de;

     d- aceso.

19-Produza um texto-discurso, mostrando e exemplificando, ao seu modo, como se pode usar a inteligência para gerar resultados positivos ou para prever possíveis resultados negativos.

A Inteligência no Cotidiano:

A inteligência, como bem definido pelo autor, é a habilidade de conectar diferentes elementos para alcançar um objetivo. No nosso dia a dia, utilizamos essa capacidade constantemente, muitas vezes sem perceber. Ao escolher a roupa que vamos vestir, estamos juntando-ligando cores, tecidos e estilos para criar um visual que combine com a ocasião. Ao preparar uma refeição, combinamos ingredientes, temperos e técnicas de cozimento para obter um sabor agradável.

A inteligência também nos permite prever resultados. Ao planejar uma viagem, por exemplo, levamos em consideração diversos fatores, como o clima, a distância, o orçamento, para evitar imprevistos. Ao estudar para uma prova, associamos conceitos e informações para resolver problemas e responder às questões.

É importante ressaltar que a inteligência não é uma habilidade estática, mas sim algo que se desenvolve ao longo da vida. Quanto mais exercitamos nosso cérebro, resolvendo problemas, aprendendo coisas novas e fazendo conexões entre diferentes áreas do conhecimento, mais inteligente nos tornamos.

 

ENSAIO FILOSÓFICO-PEDAGÓGICO: VOCÊ É UMA MARAVILHA - COM GABARITO

 Ensaio filosófico-pedagógico: Você é uma maravilha

 

Cada segundo que vivemos é um novo e único momento do universo, um momento que nunca mais existirá... E o que é que ensinamos aos nossos filhos? Ensinamos a eles que dois mais dois são quatro, e que Paris é a capital da França.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGif09lHuMNzjeB0QQMA7e6B92uHjZBcdhm5jIObMdepsDvFjtn1z0UxGGMHm9qiHU_r_G0ZoJXV4QplDpkFCcvoWvLRoG28ju3n0NDk1uk1Jm8PS4mAyZTTH-qs8Yfna57uRaIkwFKe5H7lLh_O1bupxwlqdcJ8uT4RyHNdBd7jOmuTVRN3NRs7lsUTo/s1600/ESPECIAL.jpg


Quando ensinaremos a eles o que eles são?

Deveríamos dizer a cada um deles: Sabe o que você é? Você é uma maravilha. Você é único. Em todos os anos que se passaram, nunca houve uma criança como você. Suas pernas, seus braços, seus dedos inteligentes, a maneira como você se move.

Você pode tornar-se um Shakespeare, um Michelangelo, um Beethoven. Você tem capacidade para qualquer coisa. Sim, você é uma maravilha. E quando crescer, como então poderá fazer mal a uma outra pessoa que, como você, é uma maravilha?

Você deve trabalhar – todos devemos – para tornar o mundo digno de suas crianças.

                                              Pablo Casals

Entendendo o texto

01-Marque (V) para efeitos de sentidos pertinentes ao texto-discurso e (F) para efeitos de sentidos não pertinentes:

     a-( V ) Percebe-se o discurso de que a vida é um eterno fluxo no tempo;

     b-( F) Percebe-se o discurso de que a vida é uma eterna repetição;

     c-( V) Percebe-se o discurso de que o ser humano é muito importante por estar vivo;

     d-( F ) Percebe-se o discurso de que fazer o mal é natural;

    e-( F ) Percebe-se o discurso de que se tem ensinado apenas conhecimentos importantes para as crianças;

     f-( V ) Percebe-se o discurso de que não se está ensinando às crianças sobre quem elas são.

02-O título do texto “Você é uma maravilha” ressalta:

     a- um exagero do autor;

   b- a valorização necessária que cada criança deveria receber de ensinamento dos adultos;

     c- uma visão otimista da vida.

03-Qual a tese central defendida no texto-discurso?

     a- todos devemos trabalhar por um mundo melhor;

     b- não devemos praticar o mal;

     c- é preciso educar as crianças para que percebam o ser maravilhoso que cada um é;

      d- é preciso ensinar mais matemática e geografia às crianças

04-Qual enunciado representa uma crítica do autor ao tipo de ensino transmitido para as crianças?

     a- “Cada segundo que vivemos é um novo e único momento do universo...”

     b- “E o que é que ensinamos aos nossos filhos? Ensinamos a eles que dois mais dois são quatro, e que Paris é a capital da França.”

    c- “Em todos os anos que se passaram, nunca houve uma criança como você.”

    d- “Você pode tornar-se um Shakespeare, um Michelangelo, um Beethoven.”

05-No argumento “Você é único. Em todos os anos que se passaram, nunca houve uma criança como você.”, o autor está valorizando:

    a- o fato da vida ser passageira;

    b- a singularidade e a unicidade de cada um; 

    c- a autoestima de cada um;

    d- a autoconfiança de cada um.

06-Qual argumento demonstra que a prática do mal é totalmente equivocada?

    a- “Você deve trabalhar – todos devemos – para tornar o mundo digno de suas crianças.”;

    b- “E quando crescer, como então poderá fazer mal a uma outra pessoa que, como você, é uma maravilha? “;

    c- “E o que é que ensinamos aos nossos filhos?”

07-No enunciado “E o que é que ensinamos aos nossos filhos? Ensinamos a eles que dois mais dois são quatro, e que Paris é a capital da França.”, o pronome grifado foi usado para não repetir a expressão:

     a- ensinamos;

     b- nossos filhos;

     c- dois mais dois.

08-No enunciado “Cada segundo que vivemos é um novo e único momento do universo, um momento que nunca mais existirá...”, a expressão grifada sugere:

    a- o movimento cíclico do tempo universal;

    b- a não repetitividade do tempo universal;

    c- a mudança lenta do tempo universal;

    d- o movimento gradual do tempo universal.

09-No enunciado Deveríamos dizer a cada um deles: Sabe o que você é?”, qual o sujeito do verbo grifado?

    a- nós, as crianças;

   b- nós, os adultos e as crianças;

   c- nós, o autor e o leitor;

   d- nós, o autor, os pais, os educadores.

10-No texto-discurso, no enunciado “Deveríamos dizer a cada um deles: Sabe o que você é? Você é uma maravilha. Você é único.”,    a quem se refere o pronome grifado?

    a- ao leitor;

    b- a cada um dos filhos;

    c- à criança;

    d- ao estudante.

11-No argumento “Em todos os anos que se passaram, nunca houve uma criança como você.”, o autor sugere:

    a- que cada pessoa é única;

    b- que cada pessoa é importante;

    c- que cada pessoa tem uma missão.

12-Produza um texto-discurso explicando porque você também é uma maravilha!

Texto-discurso sobre ser uma maravilha:

"Assim como cada estrela no céu é única, com sua própria luz e trajetória, cada um de nós também é uma maravilha singular. Somos um conjunto complexo de experiências, emoções e pensamentos que se moldam a cada instante. Nossas capacidades são infinitas, e o potencial que carregamos dentro de nós é capaz de transformar o mundo.

A vida é uma jornada repleta de desafios e aprendizados, e a cada passo que damos, crescemos e evoluímos. Somos capazes de amar, de criar, de sonhar e de realizar grandes feitos. A beleza está nos detalhes, nas pequenas coisas que tornam cada um de nós especial.

Portanto, celebremos a nossa individualidade e valorizemos as nossas diferenças. Ao reconhecer a maravilha que somos, podemos inspirar outras pessoas a fazerem o mesmo. Juntos, podemos construir um mundo mais justo, mais humano e mais feliz."

 

sexta-feira, 20 de outubro de 2023

ENSAIO: DOR - RUBEM ALVES - COM GABARITO

 ENSAIO: Dor

          Rubem Alves

        GOSTO DA ADÉLIA PRADO por várias razões. É poeta. Tem o jeitão mineiro. E é teóloga. Sempre que ela fala sobre os mistérios do mundo sagrado eu me calo e medito. Quase sempre as palavras dela iluminam as minhas dúvidas. Sugestão para algum estudante que esteja à procura de tema para dissertação: "A Teologia da Adélia Prado"...

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAvT_J6AN-0mWhuQxi4_Ake6rK55dLdA9sFFWQqHoAsNxM-FzqR3Cko13DJFOzAOjMoel4Efo1tQH9QpT3sS-1azsKXIvUe4z1O-KOlQ8JipCZszXeS8YsXy6HJ8ggAx-UxJT_WsNVR-LbWaz30j-V3GK1yZ7cJEddzalI37iexWSQlPWZcJs140qQrh8/s1600/ADELIA.jpg


        Mas hoje peço perdão. Discordo do que ela escreveu. Estava falando sobre a coisa mais terrível que há no mundo, o demônio, e foi isso, mais ou menos, o que ela escreveu. Digo "mais ou menos" porque não sei de cor e não posso consultar os livros dela que estão encaixotados, prontos para uma mudança, que julgo, será a última... Foi isso que acho que ela disse: "O céu será igualzinho a essa vida, menos uma coisa: o medo..." Tanta coisa boa! Não é preciso mais nada. O que está aí chega. Precisa só tirar uma coisa, uma única coisa, e a Terra se transformará no céu. Qual é o nome dessa coisa terrível? Ela responde: o medo.

        Concordo. Mas acho que tem coisa pior, que é a causa de todos os medos: a dor. Nunca tive medo de cálculo renal. A despeito de nunca ter tido medo, ele veio, sem pedir licença e sem consultar se eu tinha medo ou não. Foi assim que conheci pela primeira vez a dor do inferno. Cessam todos os pensamentos. O corpo só deseja uma coisa: parar de sentir dor, a qualquer preço.

        Dor não tem jeito de explicar. Bernardo Soares diz que tudo o que é sentimento é inexplicável. O artista, para comunicar seus sentimentos inexplicáveis, se vale de um artifício: invoca um sentimento "parecido".

        De que comparação vou me valer para explicar a dor a alguém que não a está sentindo? Só sabe o que é a dor aquele que a está sentindo, no presente. Enquanto a dor está doendo, meu corpo -não minha cabeça- sabe o que ela é. Passada a dor, ela fica na memória. Passa a morar no passado. Mas isso que está na memória não é conhecimento da dor porque o passado não dói. A memória da dor, por terrível que tenha sido, não me dá conhecimento da dor, depois que ela se foi.

        Minha memória mais antiga de dor me leva de volta à roça onde vivi quando menino. Lembro-me, mas não sinto. Acho até engraçado. Era dor de dente. A dor fazia ele inchar até ficar do tamanho do universo- e eu, chorando, sem saber contar a minha dor, dizia que tinha inveja das galinhas que não tinham dentes... Foi meu primeiro encontro.

        Mais tarde ela voltou sem se anunciar. Não a mesma. Cada dor é única. Chegou bruta, definitiva. Lutei usando as armas que se compram nas farmácias. Inutilmente. Levaram-me (nesse ponto eu já não era dono de mim mesmo; estava à mercê dos outros) então para o hospital. As injeções são mais potentes que os comprimidos. Aplicaram-me seis Buscopan. A dor não tomou conhecimento. Ficou mais forte. Comecei a vomitar. O médico, reconhecendo a derrota dos recursos penúltimos, dirigiu-se à enfermeira e disse o nome do último, nenhum mais forte: "Aplica uma Dolantina nele..."

        Ela aplicou. Passados cinco minutos, senti a mais deliciosa sensação que tive em toda minha vida. Não era sensação de nada. Que me importava música, sexo ou flores? Era simplesmente a sensação de não ter dor. Pensei se essa euforia não deveria ser o estado normal da alma, sempre que o corpo não estivesse sentindo dor... Rindo e feliz, brinquei que o Paraíso morava dentro de uma ampola de Dolantina...

Rubem Alves. Folha de S. Paulo, 27.07.2010. Adaptado.

Entendendo o texto:

01 – Qual é o ponto de discordância do autor em relação ao que Adélia Prado escreveu sobre o céu?

      O autor discorda de Adélia Prado quando ela diz que o céu será igual à vida na Terra, exceto pelo fato de que não haverá medo. Ele acredita que há algo pior do que o medo, que é a dor.

02 – Qual elemento o autor considera pior do que o medo, que é a causa de todos os medos?

      O autor acredita que a dor é pior do que o medo, pois a dor é a causa de todos os medos.

03 – Como o autor descreve a experiência da dor que teve devido a um cálculo renal?

      O autor descreve a dor do cálculo renal como uma experiência extrema e avassaladora que fez com que ele desejasse desesperadamente que a dor parasse a qualquer custo.

04 – De acordo com o autor, por que a dor é difícil de explicar?

      O autor afirma que a dor é difícil de explicar porque é um sentimento que só pode ser verdadeiramente compreendido por quem a está sentindo no presente. A memória da dor, uma vez que passou, não proporciona um conhecimento verdadeiro da dor.

05 – O autor compartilha uma memória pessoal de dor na roça quando era menino. O que causou essa dor?

      A dor que o autor compartilha de sua infância foi causada por uma dor de dente, que o fez chorar e desejar não ter dentes, como as galinhas.

06 – Como a dor foi tratada quando o autor teve uma dor mais intensa e bruta?

      Quando o autor teve uma dor intensa e bruta, ele foi levado ao hospital, onde foram administradas seis injeções de Buscopan. No entanto, a dor não cedeu, e o médico prescreveu uma injeção de Dolantina, que finalmente aliviou a dor.

07 – Como o autor descreve a sensação após a injeção de Dolantina?

      O autor descreve a sensação após a injeção de Dolantina como a mais deliciosa que já sentiu em toda a sua vida. Era a sensação de não ter dor, e ele refletiu sobre como essa sensação de ausência de dor poderia ser o estado normal da alma sempre que o corpo não estivesse sentindo dor.

08 – Por que o texto é considerado um ensaio?

         O texto "Dor" de Rubem Alves é um gênero textual que se enquadra como um ensaio ou um texto de reflexão pessoal. Ele discute a experiência da dor e seus aspectos emocionais e físicos, além de fazer uma referência à escrita de Adélia Prado, trazendo um ponto de vista pessoal do autor sobre o tema da dor. Não é um texto literário, como um conto ou poema, nem um texto informativo, mas sim uma exploração de ideias e emoções em torno do tema central da dor.