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sexta-feira, 15 de agosto de 2025

NOTÍCIA: CASAMENTO DE PRINCESA NO NEPAL É FESTEJADO NAS RUAS - FRAGMENTO -JORNAL DO COMMERCIO ONLINE - COM GABARITO

 Notícia: Casamento de princesa no Nepal é festejado nas ruas – Fragmento

        Milhares de pessoas encheram as ruas da capital do Nepal hoje para aclamar a filha do rei Gyanendra, a princesa Prerna, 24, recém-casada, e seu marido, Raj Bahadur Singh.

        Os dois desfilaram pelas ruas da cidade em uma carruagem puxada por quatro cavalos brancos e enfeitada com flores, acompanhados por flautistas que entoavam canções tradicionais nepalesas. O casamento acontecera um dia antes, no palácio de Narayanhity.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdxoaLiyhl4pl-GUk0ill0bwYfxlpwCaunjC2EekISZIxL9RPDI1C9PiBsxjXSdWu0yAJLsdfR6KCNoz36IayupFmInd9Lxb5Y0YHiE7D6n4vAdds6da_2yXqfw4hmEjYpwdjyPs_V_f1B7A2Bn_yFUP-sl8brW8xz9m_K89-sHUw9pJ1liF1rm5vGZHY/s320/Courtney-e-Sarah-realizaram-um-casamento-hindu-tradicional-em-Katmandu-capital-do-Nepal.jpg


        [...]

        A princesa, que tem diploma de administração, casou-se com Singh por meio de arranjo feito por seus pais. A realeza do Nepal geralmente casa seus filhos com descendentes das antigas famílias reais da Índia, mas também os casa com membros de famílias locais abastados.

        [...]

Jornal do Commercio Online, Recife, 23 jan. 2003.

Fonte: Língua Portuguesa: Singular & Plural. Laura de Figueiredo; Marisa Balthasar e Shirley Goulart – 6º ano – Moderna. 2ª edição, São Paulo, 2015. p. 276-277.

Entendendo a notícia:

01 – Quem eram os protagonistas do casamento festejado nas ruas da capital do Nepal?

      Os protagonistas eram a princesa Prerna, filha do rei Gyanendra, de 24 anos, e seu marido, Raj Bahadur Singh.

02 – Como os recém-casados desfilaram pelas ruas e quem os acompanhava?

      Os recém-casados desfilaram em uma carruagem enfeitada com flores e puxada por quatro cavalos brancos, acompanhados por flautistas que entoavam canções tradicionais nepalesas.

03 – Onde e quando ocorreu a cerimônia de casamento da princesa Prerna?

      A cerimônia de casamento ocorreu um dia antes do desfile, no palácio de Narayanhity.

04 – Qual era a formação acadêmica da princesa Prerna?

      A princesa Prerna possuía diploma de administração.

05 – Como é a tradição da realeza do Nepal em relação aos casamentos de seus filhos?

      A realeza do Nepal tradicionalmente arranja os casamentos de seus filhos, unindo-os com descendentes das antigas famílias reais da Índia ou com membros de famílias locais abastadas.

 

NOTÍCIA: AMBIÇÃO E ÉTICA - STEPHEN KANITZ - COM GABARITO

 Notícia: Ambição e Ética

             Stephen Kanitz

        Ambição é tudo o que você pretende fazer na vida.

        São seus objetivos, seus sonhos, suas resoluções para o novo milênio. As pessoas costumam ter como ambição ganhar muito dinheiro, casar com uma moça ou um moço bonito ou viajar pelo mundo afora. A mais pobre das ambições é querer ganhar muito dinheiro, porque dinheiro por si só não é objetivo: é um meio para alcançar sua verdadeira ambição, como viajar pelo mundo. No fim da viagem você estará de volta à estaca zero quanto ao dinheiro, mas terá cumprido sua ambição.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkU1v1I390qjQM7Sfz2Lqdiwk_Ls3nLtnN1_WhFOQgWSdDtzEMW4_aJAUlVShln5U-xOAtIogul1bUmnmIk7j_n20IqI9YNw5kY_-CgImBDk8uqbNMi61YmeYMG9SZDfhBPEVEEUPwxsr7J0viyhXUub5NIdwPDKXZ0bM-MGgdYV6YQ9wX9pKl6ZAvIWM/s320/ETICA-e1360865670414.jpeg


        As pessoas mais infelizes que eu conheço são as mais ricas. Quanto mais rico, mais infeliz. Nunca me esqueço de um comentário de uma copeira, na casa de um empresário arquimilionário, que cochichava para a cozinheira: “Todas as festas de rico são tão chatas como esta?” “Sim, todas, sem exceção”, foi a resposta da cozinheira.

        De fato, ninguém estava cantando em volta de um violão. Os homens estavam em pé numa roda falando de dinheiro, e as mulheres numa outra roda conversavam sobre não sei o quê, porque eu sempre fico preso na roda dos homens falando de dinheiro.

        Não há nada de errado em ser ambicioso na vida, muito menos em ter “grandes” ambições. As pessoas mais ambiciosas que conheço não são os pontos com que querem fazer um IPO (sigla de oferta pública inicial de ações) em Nova York. São os líderes de entidades beneficentes do Brasil, que querem “acabar com a pobreza do mundo” ou “eliminar a corrupção do Brasil”. Esses, sim, são projetos ambiciosos.

        Já ética são os limites que você se impõe na busca de sua ambição. É tudo que você não quer fazer na luta para conseguir realizar seus objetivos. Como não roubar, mentir ou pisar nos outros para atingir sua ambição. A maioria dos pais se preocupa bastante quando os filhos não mostram ambição, mas nem todos se preocupam quando os filhos quebram a ética. Se o filho colou na prova, não importa, desde que tenha passado de ano, o objetivo maior.

        Algumas escolas estão ensinando a nossos filhos que ética é ajudar os outros. Isso, porém, não é ética, é ambição. Ajudar os outros deveria ser um objetivo de vida, a ambição de todos, ou pelo menos da maioria. Aprendemos a não falar em sala de aula, a não perturbar a classe, mas pouco sobre ética. Não conheço ninguém que tenha sido expulso da faculdade por ter colado do colega. “Ajudar” os outros, e nossos colegas, faz parte de nossa “ética”. Não colar dos outros, infelizmente, não faz.

        O problema do mundo é que normalmente decidimos nossa ambição antes de nossa ética, quando o certo seria o contrário. Por quê? Dependendo da ambição, torna-se difícil impor uma ética que frustrará nossos objetivos. Quando percebemos que não conseguiremos alcançar nossos objetivos, a tendência é reduzir o rigor ético, e não reduzir a ambição. Monica Levinski, uma insignificante estagiária na Casa Branca, colocou a ambição na frente da ética, e tirou o Partido Democrata do poder, numa eleição praticamente ganha, pelo enorme sucesso da economia na sua gestão.

        Definir cedo o comportamento ético pode ser a tarefa mais importante da vida, especialmente se você pretende ser um estagiário. Nunca me esqueço de um almoço, há 25 anos, com um importante empresário do setor eletrônico. Ele começou a chorar no meio do almoço, algo incomum entre empresários, e eu não conseguia imaginar o que eu havia dito de errado. O caso, na realidade, era pessoal: sua filha se casaria no dia seguinte, e ele se dera conta de que não a conhecia, praticamente. Aquele choro me marcou profundamente e se tornou logo cedo parte da ética na minha vida: nunca colocar minha ambição na frente da minha família.

        Defina sua ética quanto antes possível. A ambição não pode antecedê-la, é ela que tem de preceder à sua ambição.

Stephen Kanitz.  Veja (seção “Ponto de vista”), 24 de janeiro de 2001.

Entendendo a notícia:

01 – Como o autor define ambição no texto?

      O autor define ambição como "tudo o que você pretende fazer na vida", ou seja, seus objetivos, sonhos e resoluções.

02 – Segundo Kanitz, qual é a ambição mais pobre e por quê?

      A ambição mais pobre, de acordo com Kanitz, é querer ganhar muito dinheiro, porque o dinheiro por si só não é um objetivo, mas um meio para alcançar a verdadeira ambição (como viajar pelo mundo).

03 – Que tipo de pessoas o autor considera as mais ambiciosas?

      As pessoas mais ambiciosas, segundo o autor, não são aquelas que buscam sucesso financeiro como um IPO em Nova York, mas sim os líderes de entidades beneficentes no Brasil que almejam "acabar com a pobreza do mundo" ou "eliminar a corrupção do Brasil".

04 – Como o autor define ética no contexto do texto?

      O autor define ética como os limites que uma pessoa se impõe na busca de sua ambição, ou seja, tudo que ela não quer fazer para alcançar seus objetivos (como não roubar, mentir ou pisar nos outros).

05 – Qual é a crítica que Kanitz faz à forma como algumas escolas ensinam ética?

      Kanitz critica o fato de algumas escolas ensinarem que ética é "ajudar os outros". Para ele, ajudar os outros não é ética, mas sim uma ambição ou um objetivo de vida. Ele lamenta que não se ensine sobre não colar dos colegas, por exemplo, o que ele considera uma falha na formação ética.

06 – Qual é o principal problema que o autor identifica em relação à ordem de definição de ambição e ética?

      O principal problema, segundo o autor, é que as pessoas normalmente decidem sua ambição antes de sua ética, quando o correto seria o contrário. Ele argumenta que, se a ética for definida primeiro, evita-se a tendência de reduzir o rigor ético para alcançar objetivos ambiciosos.

07 – Que lição pessoal o autor aprendeu sobre a relação entre ambição e ética, e como isso o marcou?

      O autor aprendeu a lição de nunca colocar sua ambição na frente de sua família. Ele foi marcado por um almoço onde um empresário chorou ao perceber que não conhecia a própria filha, que se casaria no dia seguinte. Esse evento se tornou parte de sua ética pessoal, priorizando a família sobre a ambição.

 

 

NOTÍCIA: ADIVINHE QUEM VEM PARA JANTAR - PASQUALE CIPRO NETO - COM GABARITO

 Notícia: Adivinhe quem vem para jantar

              Pasquale Cipro Neto

        Dia desses, no metrô de São Paulo, vi um cartaz do Senai, legítimo baluarte do (bom) ensino profissionalizante deste país. Na foto, três jovens que se submeteram a entrevistas de seleção. Dois exibem escoriações no rosto; o terceiro está incólume. Embaixo das fotos, lê-se esta frase: "Adivinhe quem fez Senai?".

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4CILqGE_P6c9B9Bz-FqF7qmx1NqZegPPHZZU8PfaqCUj3MwBtd8GbYEKSqOEmg4gckQaZxvooBeYs2-L53cZayaz9gGckF9kq7gdIFQ3AFhXQ-0g6UEH3BnKAwMeG2hcxxGOdXhLBquy64CxtwjwUYE_HK-pUeN0h9r7LI1GWCNGrbBIZa8vQzcHlprs/s320/f6b1cc91-24a8-484f-81e2-f5a69eec8670.png.400x400_q75_box-0,0,3000,3000_crop_detail.jpg


        Que lhe parece o ponto de interrogação empregado no cartaz? Como se sabe, o ponto de interrogação – o próprio nome já diz – assinala o fim de uma pergunta. Para ser mais preciso, o fim de uma pergunta direta, o que não ocorre na mensagem do Senai.

        Na frase do cartaz, há uma interrogação indireta, já que a pergunta propriamente dita ("Quem fez Senai?") é apenas parte do enunciado. Ocorreria o mesmo se a frase fosse "Pergunte quem fez Senai" ou "Adivinhe quem vem para jantar". Não haveria ponto de interrogação, já que não se trataria de perguntas diretas.

        É inegável, no entanto, o forte tom interrogativo desse tipo de frase, fortíssimo quando se emprega o verbo "adivinhar". Esse tom é tão intenso que se torna muito difícil resistir à tentação de encerrar esses enunciados com o sinal de interrogação, que, convém repetir, só deve ser empregado nas perguntas diretas.

        Bem, já que falamos de "adivinhar", é bom frisar que há "i" depois do "d", no verbo e nas demais palavras da família ("adivinhação", "adivinho", "adivinhão", "adivinhador", "adivinhona" etc). "Adivinhar", por sinal, vem do latim "addivinare", que resulta de "ad divinare". Qualquer semelhança com a ideia de poderes divinos não é mera coincidência.

        Também é bom aproveitar a ocasião para lembrar por que nas perguntas indiretas se escreve "por que" e não "porque". Quando se diz "Quero saber por que ela não aceitou nossa proposta", não há ponto de interrogação, já que não se trata de pergunta direta. O fato de não haver ponto de interrogação, no entanto, não significa que não haja pergunta nessa frase. Afinal, quem diz "Quero saber por que ela não aceitou nossa proposta" indiretamente faz uma pergunta ("Por que ela não aceitou nossa proposta?"). E perguntas (diretas ou indiretas) são introduzidas com "por que" ("separado", como diz o povo).

        Esse "por que" equivale a "por qual razão", "por que razão" ("Quero saber por qual razão ela não aceitou nossa proposta").

        É bom tomar cuidado com armadilhas. Veja esta frase: "Será que ela não aceitou nossa proposta porque não incluímos nela as despesas com hospedagem?".

        A pergunta é direta, diretíssima, termina com ponto de interrogação, mas não se escreve "por que". Por que? Porque não se pergunta o que nos levou a não incluir na proposta as despesas com hospedagem; pergunta-se se esse é o motivo de ela não aceitar nossa proposta. Esse "porque" não introduz pergunta (direta ou indireta); introduz o possível motivo ou explicação da atitude dela.

        Como se vê, nem toda frase que se encerra com ponto de interrogação tem "por que" (separado) e nem toda frase que não se encerra com ponto de interrogação tem "porque" (junto). Devagar com o andor, pois. É isso.

Folha de São Paulo, Caderno Cotidiano, 17 maio 2001.

Fonte: Letra e Vida. Programa de Formação de Professores Alfabetizadores – Coletânea de textos – Módulo 3 – CENP – São Paulo – 2005. p. 248.

Entendendo a notícia:

01 – Qual a principal crítica do autor em relação ao cartaz do Senai?

      O autor critica o uso do ponto de interrogação no final da frase "Adivinhe quem fez Senai?", pois, gramaticalmente, trata-se de uma pergunta indireta e, nesse caso, o ponto de interrogação não deve ser empregado.

02 – O que são perguntas diretas e indiretas, segundo o texto?

      Perguntas diretas são aquelas que terminam com ponto de interrogação, como "Quem fez Senai?". Já as perguntas indiretas são parte de um enunciado maior e não terminam com ponto de interrogação, como "Adivinhe quem fez Senai?" ou "Quero saber por que ela não aceitou nossa proposta".

03 – Por que, mesmo com um forte tom interrogativo, frases como "Adivinhe quem vem para jantar" não devem usar ponto de interrogação?

      Embora possuam um forte tom de pergunta, especialmente com verbos como "adivinhar", essas frases configuram interrogações indiretas. O ponto de interrogação, conforme o autor, é reservado exclusivamente para perguntas diretas.

04 – Qual a origem e o significado da palavra "adivinhar", conforme explicado no texto?

      A palavra "adivinhar" vem do latim "addivinare", que por sua vez deriva de "ad divinare". O autor destaca a conexão da palavra com a ideia de poderes divinos, mostrando que a semelhança não é mera coincidência.

05 – Quando se deve usar "por que" (separado) em perguntas indiretas?

      Dê um exemplo do texto. Em perguntas indiretas, utiliza-se "por que" (separado) quando ele equivale a "por qual razão" ou "por que razão". Um exemplo do texto é: "Quero saber por que ela não aceitou nossa proposta."

06 – O texto apresenta uma "armadilha" sobre o uso de "por que" e "porque". Qual é ela e como o autor a explica?

      A "armadilha" está na frase: "Será que ela não aceitou nossa proposta porque não incluímos nela as despesas com hospedagem?". Mesmo sendo uma pergunta direta (com interrogação), usa-se "porque" (junto) e não "por que". O autor explica que, nesse caso, não se pergunta a razão de algo, mas sim se a razão apresentada (não incluir despesas) é o motivo da recusa, introduzindo uma possível explicação.

07 – Qual a principal conclusão do autor sobre o uso do ponto de interrogação e das formas "por que" e "porque"?

        A principal conclusão é que nem toda frase que termina com ponto de interrogação usa "por que" (separado), e nem toda frase sem ponto de interrogação usa "porque" (junto). É preciso cautela e atenção à função sintática da pergunta ou da explicação na frase.

 

NOTÍCIA: DEPOIS DE SP, O BOL FOI A BH PARA CONHECER A MUSICALIDADE MINEIRA. O QUE SE OUVE NA CAPITAL? FRAGMENTO - DANIEL SANTOS E FERNANDA FADEL - COM GABARITO

 Notícia: Depois de SP, o BOL foi a BH para conhecer a musicalidade mineira. O que se ouve na capital? – Fragmento

Daniel Santos e Fernanda Fadel Do BOL, em Belo Horizonte 19/12/2014 06h00

        Minas Gerais é terra de grandes nomes da música brasileira. Clara Nunes (1942-1983), Milton Nascimento e João Bosco são exemplos de talentos revelados no estado mineiro para o mundo. Entre os mais novos destacam-se Paula Fernandes, Lucas Lucco e Eduardo Costa.´

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhktjM-8tGWDNB7k8FF7gEo_aKgO6DkITXLzN8mztNA96sDPvDYTCV40hTHLShoe-uIeXWHeQY-KOw3zBe-o-oUWwD7v_JGjYBxsp-zUvdF9wvGDtPjQMPKiHqRikNxQ-Y8vVgCsx_cd0aVcVhlzcUjonGqDJKJxkRD75mbg8VpCjfQ5iA_lwDF5IubH24/s320/maxresdefault.jpg


        De olho na musicalidade mineira, o BOL saiu de São Paulo – onde realizou duas ações com o público nos meses de setembro e novembro – e foi às ruas de Belo Horizonte para conhecer um pouco do estilo musical que embala os arredores de alguns dos endereços mais badalados da região.

        A preferência musical da capital mineira foi marcada pelo rock nacional, sertanejo, pagode, rap e indie. Mas também mostrou traços de música clássica e influências de ritmos jamaicanos.

        Entre os dias 8 e 10 de dezembro, a reportagem do BOL entrevistou 86 pessoas que usavam fones de ouvido durante passagem pela lagoa da Pampulha, rodoviária de Belo Horizonte, Mercado Central, praças da Liberdade e Sete de Setembro, e Barreiro – bairro que é considerado a segunda região mais movimentada de BH, após o centro comercial da capital.

        Em um bate-papo descontraído, os entrevistados responderam o que estavam ouvindo, qual era o estilo musical de que mais gostavam e elegeram um cantor ou uma banda favorita. [...]

        A partir dos depoimentos das pessoas abordadas, o BOL fez um mapa do estilo musical de cada local, porém lembra que a divisão não tem valor de amostragem científica, pois não se trata de uma pesquisa, e sim de uma ação editorial que identificou pontos em comum entre os entrevistados, de acordo com o local em que estavam no momento da abordagem.

        Feriado santo com rock na Lagoa da Pampulha

        O BOL esteve na Lagoa da Pampulha no dia do feriado da Imaculada Conceição, também conhecida como "Virgem sem Pecado Concebida", e encontrou mineiros de outras cidades e também outros turistas pelo local. O rock nacional era a trilha que animava o passeio da maioria dos entrevistados. Legião Urbana, Charlie Brown Jr. e CPM 22 foram algumas das bandas citadas. William Santos de Oliveira, 38, que mora em São Paulo e estava em Minas Gerais a trabalho, corria ao redor da lagoa ao som de “Pais e Filhos”, clássico eternizado na voz de Renato Russo (1960-1996). Outras vertentes do rock’n’roll, como o indie, também tocavam nos fones das pessoas abordadas.

        Henrique e Juliano lideram os hits sertanejos da rodoviária de BH

        Os sucessos da dupla sertaneja Henrique e Juliano sempre tocam nos fones de Higor Dias Borges, 19 Imagem: Daniel Santos Henrique e Juliano, dupla sertaneja mais citada pelos entrevistados na Rodoviária de BH, disputaram os fones com outros ídolos do gênero, como Jorge e Mateus, Zezé Di Camargo e Luciano e Victor e Leo.  A agente de saúde Vanessa Neves de Sousa, 35, contou ao BOL que ouvia "Cuida Bem Dela", hit de maior sucesso da dupla Henrique e Juliano, oriunda de Palmeirópolis, no Estado do Tocantins. De passagem pelo local, a telefonista Lisliê Dias, 51, estava ouvindo "De Lá Pra Cá", dos irmãos Chico Rey e Paraná. Ela contou que gosta mais de representantes de raiz, mas também aprecia sucessos do chamado “Sertanejo Universitário”.

        No Mercado Central tem pagode e sertanejo

        O passeio do BOL pelos arredores do Mercado Central de Belo Horizonte foi animado por dois estilos musicais: pagode e sertanejo. Os entrevistados citaram de Marcos e Belutti ao grupo Revelação. Em um bate-papo com a reportagem na Praça Raul Soares, que fica em frente à famosa região comercial de BH, o percussionista Pedro Gonçalves Machado, 21, contou que estava ouvindo "Chega Pra Sambar", do Fundo de Quintal, grupo que elegeu como favorito do gênero. Já a atendente Franciele Coelho, 21, escolheu "Domingo de Manhã", de Marcos e Belutti, para curtir o horário de almoço no local.

        O rap e o indie fazem o som da Praça da Liberdade

        A Praça da Liberdade, que fica na região do bairro Savassi, é um dos cartões postais de Belo Horizonte. O local reúne belezas arquitetônicas, como o Edifício Niemeyer – também conhecido como "Copanzinho" por ser uma réplica do Copan, prédio projetado por Oscar Niemeyer (1907-2012) em São Paulo. O complexo paisagístico chama atenção de todos os públicos, que se juntam no final da tarde, principalmente, para aproveitar o clima de natureza e também para ouvir música. De passagem pela praça, a estudante Letícia Lauar Hollerbach Furtado, 18, ouvia "The Canals Of Our City", da banda norte-americana de indie Beirut, a sua favorita do gênero musical que mais aprecia. Já Isabelli Cristina F. Santos, 20, disse ao BOL que está curtindo "muito" o novo álbum do rapper Criolo, "Convoque seu Buda".  A música "Casa de Papelão", segundo a assistente administrativa, é a sua favorita do disco.

        A Praça Sete de Setembro é o reduto do rap

        A noite da Praça Sete de Setembro é uma das mais badaladas e agitadas de Belo Horizonte. Além dos bares com música ao vivo, o local reúne grupos de skatistas que se aventuram em manobras acompanhados também de seus fones de ouvido. O rap foi o gênero mais citado pelos entrevistados. Hugo Blender, 18, contou que estava ouvindo "Finado Neguin", do disco "Cores & Valores", lançamento dos Racionais Mc's. Fã do estilo musical, o skatista elegeu o grupo liderado por Mano Brown como seu favorito do gênero. Outros ritmos influenciados pelo rap, como street jazz, reggae e trap, também tocavam nos fones das pessoas abordadas.

        A música sertaneja é hit no bairro Barreiro

        A música sertaneja embala o bairro Barreiro, que é marcado pela diversidade comercial na capital de Minas Gerais. Durante passagem pela avenida Afonso Vaz de Melo, o BOL conversou com o público que não dispensa sucessos de cantores como Marcos e Belutti, Cristiano Araújo e outros astros do gênero. A babá Ana Paula Soares contou que estava ouvindo "Duas Metades", de Jorge e Mateus. Amante do estilo musical, a jovem elencou a dupla como a mais querida dentre os representantes sertanejos. Dos 15 entrevistados na região, apenas dois citaram preferências musicais diferentes, como ragga (música jamaicana) e hardcore.

Disponível em: http://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/entretenimento/2014/12/19/depoois-de-sp-bol-vai-a-bh-para-conhecer-a-musicalidade-mineira.htm. Acesso em: 5 fev. 2015.

Fonte: Língua Portuguesa: Singular & Plural. Laura de Figueiredo; Marisa Balthasar e Shirley Goulart – 7º ano – Moderna. 2ª edição, São Paulo, 2015. p. 67-69.

Entendendo a notícia:

01 – Qual o principal objetivo da ação do BOL em Belo Horizonte, descrita na notícia?

      O principal objetivo da ação do BOL em Belo Horizonte foi conhecer a musicalidade mineira e identificar o estilo musical que embala os arredores de alguns dos endereços mais badalados da região.

02 – Quais os estilos musicais de preferência mais marcantes encontrados na capital mineira, de acordo com a reportagem?

      A preferência musical da capital mineira foi marcada por rock nacional, sertanejo, pagode, rap e indie, além de traços de música clássica e influências de ritmos jamaicanos.

03 – Quantas pessoas foram entrevistadas e em quais locais a reportagem do BOL realizou as abordagens em Belo Horizonte?

      A reportagem do BOL entrevistou 86 pessoas nos seguintes locais: Lagoa da Pampulha, rodoviária de Belo Horizonte, Mercado Central, praças da Liberdade e Sete de Setembro, e o bairro Barreiro.

04 – Por que o BOL lembra que a divisão dos estilos musicais por local não tem valor de amostragem científica?

      O BOL lembra que a divisão não tem valor de amostragem científica porque não se trata de uma pesquisa formal, e sim de uma ação editorial que identificou pontos em comum entre os entrevistados de acordo com o local da abordagem.

05 – Qual o gênero musical predominante encontrado na Lagoa da Pampulha e quais bandas foram citadas pelos entrevistados lá?

     O gênero musical predominante na Lagoa da Pampulha foi o rock nacional, com bandas como Legião Urbana, Charlie Brown Jr. e CPM 22 sendo citadas.

06 – Que dupla sertaneja foi a mais citada na Rodoviária de BH e qual foi a música mencionada por uma das entrevistadas?

      A dupla sertaneja mais citada na Rodoviária de BH foi Henrique e Juliano. A agente de saúde Vanessa Neves de Sousa mencionou que ouvia o hit "Cuida Bem Dela" da dupla.

07 – Quais os gêneros musicais que se destacaram no Mercado Central e nas Praças da Liberdade e Sete de Setembro, respectivamente?

      No Mercado Central, destacaram-se pagode e sertanejo. Na Praça da Liberdade, os gêneros foram rap e indie. Já na Praça Sete de Setembro, o rap foi o gênero mais citado.

 

NOTÍCIA: INTERNET É A PRIMEIRA FONTE DE INFORMAÇÕES PARA 47% DOS BRASILEIROS, APONTA ESTUDO - IBOPE - COM GABARITO

 Notícia: Internet é a primeira fonte de informações para 47% dos brasileiros, aponta estudo

        No restaurante do mundo, essa média é de 45%

        O Brasil está acima da média mundial quando o assunto é busca por informações na internet. Para 47% da população brasileira, a web é a primeira fonte procurada, enquanto que para o restante do mundo, esse percentual registra uma média de 45%.

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhX7zK71mEUTVvzxUTpZlAkdxqLe1VB-9d4NF83wA9fh6kcI9JTaD2RQYPZDSqPq9amsfVvZ5MN453GRaOZy2376XrhSOxCa2klHbWkqgh4ULEp1JiLm1jAY2xDD0KmF-FLdjzrIGLb1VN2uhq4guGaminh-vV68LFf78XVfX7E-jJgkzwqfQYFtcj3DRY/s1600/images.jpg

        Esse apontamento faz parte do estudo global “O que motiva os consumidores do mundo” que tem com base a pesquisa Target Group Index, desenvolvida pela Kantar Media e difundida pelo IBOPE Media no Brasil e na América Latina.

        A partir do levantamento regular do TGIndex, mais de 20 mil pessoas foram entrevistas em nove regiões metropolitanas do país e, para esse estudo especial, mais de 800 mil pessoas no mundo.

IBOPE. Publicado em: 15 abr. 2014. Disponível em: http://www.ibope.com.br/pt-br/noticias/Paginas/Internet-e-a-primeira-fonte-de-informacoes-para-47-dos-brasileiros-aponta-estudo.aspx. Acesso em: 20 mar. 2015.

Fonte: Língua Portuguesa: Singular & Plural. Laura de Figueiredo; Marisa Balthasar e Shirley Goulart – 7º ano – Moderna. 2ª edição, São Paulo, 2015. p. 83.

Entendendo a notícia:

01 – Qual é o principal dado revelado pelo estudo em relação ao uso da internet como fonte de informação no Brasil?

      Para 47% da população brasileira, a internet é a primeira fonte de informações procurada.

02 – Como o percentual brasileiro se compara à média mundial no uso da internet como principal fonte de informação?

      O Brasil está acima da média mundial, que registra 45% para a internet como primeira fonte de informação.

03 – Qual é o nome do estudo global que gerou esses dados e quem o desenvolveu?

      O estudo global é intitulado “O que motiva os consumidores do mundo” e foi desenvolvido pela Kantar Media, sendo difundido pelo IBOPE Media no Brasil e na América Latina.

04 – Qual a base da pesquisa utilizada para o levantamento regular do TGIndex, mencionado no texto?

      A base da pesquisa é o levantamento regular do Target Group Index (TGIndex).

05 – Quantas pessoas foram entrevistadas para este estudo específico no Brasil e no mundo, respectivamente?

      Para o levantamento regular do TGIndex, mais de 20 mil pessoas foram entrevistadas em nove regiões metropolitanas do Brasil. Para este estudo especial, foram entrevistadas mais de 800 mil pessoas no mundo.

 

NOTÍCIA: A ORIGEM DO SAMBA - ARTE EM INTERAÇÃO - COM GABARITO

 Notícia: A origem do Samba

        O Samba é a manifestação artística de origem popular mais conhecida como tipicamente brasileira. Hoje em dia existem vários gêneros e subgêneros relacionados a ele, que variam de acordo com a instrumentação, temas das letras, entre outros fatores. É muito associado ao carnaval e ao Rio de Janeiro, de onde muitos estudiosos acreditam que tenha nascido, da mistura de vários gêneros de caráter popular, entre eles o Samba de Roda. Essa prática, originária da Bahia, teria sido levada para o Rio de Janeiro. Há registros dessa prática desde metade do século XIX no Recôncavo Baiano, onde ainda é praticado. O samba de roda, que mistura música e dança, possui relações com outras manifestações de influência africana, como o candomblé, a capoeira e o maculelê, e pode acontecer em datas comemorativas ou simplesmente como um evento de diversão e lazer da vida cotidiana.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8iOq0Dfv1LDxQgay6Rq9yJxI7XgEOk4CqeTSI62lw9EoIlCrDQThE8e0M9Co7_VU8pvfD4bviH1840ar9yuSqneiLijgYIaj2CuOhbVfD-Xd0hOVHUVG6WgHEuNdBsLtvXlAsZ0WRxCWasYHadx4uiig0vvGUO41Ik8uxq2zKkok03NBWQAJicudVnl0/s320/img_tira_duvidas_5621_1.jpg


        A organização em roda remete às celebrações comuns em vários locais de origem dos africanos que vieram para o Brasil. Mesmo escravizados, eles encontraram formas de se divertir e relembrar sua terra natal, misturando assim influências africanas com as europeias, tais como o uso da viola e do pandeiro, ou da língua portuguesa nas canções.

        No samba de roda, quem costuma tocar os instrumentos são os homens, e as mulheres dançam e acompanham com palmas. Mas elas também podem cantar e tocar instrumentos, e os homens podem sambar, não é uma regra rígida. Os instrumentos mais comuns utilizados são: atabaque, ganzá, pandeiro, viola e o “prato e faca”, que é um prato tocado com uma faca como um reco-reco, raspando o objeto na borda do prato. Muitas das canções do samba de roda são de domínio público (de livre uso comercial), e várias delas de autoria desconhecida.

        Em alguns tipos de samba de roda, várias pessoas dançam no centro ao mesmo tempo, em outros, uma só samba, e depois passa a vez outra pessoa. As sambadeiras costumam usar a vestimenta tradicional de baiana, originária dos terreiros de candomblé. Elas dançam o passo miudinho, em que movem os pés com passos curtos e, consequentemente, requebram o quadril.

        O samba de roda foi registrado pelo IPHAN como patrimônio cultural imaterial, em 2004, e como Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade, pela UNESCO, em 2005.

Fonte: Arte em Interação – Hugo B. Bozzano; Perla Frenda; Tatiane Cristina Gusmão – volume único – Ensino médio – IBEP – 1ª edição – São Paulo, 2013. p. 71-72.

Entendendo a notícia:

01 – De acordo com o texto, qual é a origem mais aceita para o Samba e com o que ele é frequentemente associado?

A. São Paulo, com forte influência do chorinho.

B. Bahia, com raízes no frevo.

C. O Rio de Janeiro, associado ao futebol.

D. O Rio de Janeiro, da mistura de vários gêneros de caráter popular, incluindo o Samba de Roda.

02 – O Samba de Roda, que teria sido levado para o Rio de Janeiro, é originário de qual estado brasileiro e desde quando há registros de sua prática?

A. Rio de Janeiro, levada por imigrantes europeus.

B. Minas Gerais, no início do século XX.

C. Pernambuco, no século XVIII.

D. Bahia (Recôncavo Baiano), com registros desde metade do século XIX.

03 – Com quais outras manifestações culturais o samba de roda possui relações, conforme o texto?

A. Com outras manifestações de influência africana, como o candomblé, a capoeira e o maculelê.

B. Com festas juninas e quadrilhas.

C. Apenas com eventos de lazer e diversão da vida cotidiana.

D. Com manifestações indígenas, como a dança da chuva.

04 – Como as influências africanas e europeias se misturaram na cultura do samba, segundo o texto?

 A. Somente com elementos nativos brasileiros, como o uso do berimbau.

B. Apenas com influências europeias, sem mistura.

C. Exclusivamente com tradições africanas, sem elementos externos.

D. Com influências africanas e europeias, como o uso da viola e do pandeiro, ou da língua portuguesa nas canções.

05 – Quais são os instrumentos mais comuns utilizados no samba de roda, de acordo com o texto?

A. Cavaquinho e bandolim.

B. Atabaque, ganzá, pandeiro, viola e o “prato e faca”.

C. Flauta e violino.

D. Guitarra e bateria.

06 – Como as "sambadeiras" costumam se vestir e qual é o estilo de dança que elas praticam no samba de roda?

A. Usam fantasias de carnaval e dançam em coreografias ensaiadas.

B. Usam a vestimenta tradicional de baiana e dançam o passo miudinho, requebrando o quadril.

C. Vestem roupas de gala e dançam passos complexos de salão.

D. Vestem roupas esportivas e dançam acrobaticamente.

07 – De que forma o samba de roda foi reconhecido como patrimônio cultural, e por quais organizações e em que anos?

A. Foi registrado apenas como patrimônio cultural imaterial pela UNESCO em 2004.

B. Foi reconhecido apenas como patrimônio material pelo IPHAN em 2005.

C. Não possui nenhum registro oficial de patrimônio cultural.

D. Foi registrado pelo IPHAN como patrimônio cultural imaterial em 2004 e como Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade pela UNESCO em 2005.

 

NOTÍCA: CHOCOLATE - MARCELO DUARTE - COM GABARITO

 Notícia: Chocolate

             Marcelo Duarte 

        Quando aportou no México, em 1519, o conquistador espanhol Hernán Cortés teve uma grande surpresa. Em vez de ser recebido por hostes de soldados astecas, prontos a defender seu território, ele foi coberto de presentes, oferecidos pelo imperador Montezuma. Para os nativos, Cortés era ninguém menos que Quetzalcóatl, o deus dourado do ar que segundo a lenda partira anos antes, prometendo voltar algum dia. De acordo com a crença, Quetzalcóatl havia plantado cacaueiros como uma dádiva aos imperadores. Com a semente extraída da planta, acrescida de mel e baunilha, os astecas confeccionavam uma bebida considerada sagrada, o tchocolatl. Para o povo asteca, o ouro e a prata valiam menos que as sementes de cacau – a moeda da época. Dez sementes compravam um coelho; cem, uma escrava.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0Xe1QHRrFcA-dhtlUTH9xfrW4UfWrMRfp4f2HXBpVkazsYMQe4AgHpA5NguPSDizMoA2ScFtOCY57ulAnfE2WJs79pKtuxg3jiB5IV2ltiakxhKci-jeIBhcNx4qOzSbIXP1W_CU6oaf9XBUC8-dWSjtx4chL4Quu2p21C351-6R3G0eu7dZfa8jrQ28/s1600/images.jpg


        De volta à Espanha, em 1528, Cortés levou consigo algumas mudas de cacaueiro, que resolveu plantar pelo caminho. Primeiro no Caribe – no Haiti e em Trinidad – e, depois, na África. Chegando à Europa, ofereceu a Carlos V um pouco da bebida sagrada asteca, o bastante para que o rei da Espanha ficasse extasiado. Não tardou para que o tchocolatl se tornasse apreciado por toda a corte. Graças às plantações iniciadas por Cortés, seu país pôde manter o monopólio do produto por mais de um século. A receita, aprimorada com outros ingredientes (açúcar, vinho e amêndoas), era guardada em segredo pelos zelosos espanhóis. Apenas mosteiros previamente escolhidos eram autorizados a produzir o tchocolatl, já com o nome espanhol chocolate. Pouco a pouco, porém, os monges passaram a distribuí-lo entre os fiéis.

        O chocolate era uma pasta espessa e de gosto amargo, apesar do açúcar que lhe haviam adicionado os espanhóis. Foi justamente para amenizar a inconveniência da massa granulada, difícil de digerir, que o químico holandês Conraad Johannes van Houten começou a se interessar por um novo método de moagem das sementes. Em 1828, van Houten inventou uma prensa capaz de eliminar boa parte da gordura do vegetal. Como resultado, obteve o chocolate em pó, solúvel em água ou leite e, consequentemente, mais suave e agradável ao paladar.

        Mas isso não era tudo. Faltava saber o que fazer com a gordura sólida que sobrava na prensagem. A resposta seria dada somente vinte anos depois, pela firma inglesa Fry & Sons. Os técnicos da indústria adicionaram pasta de cacau e açúcar à massa gordurosa e confeccionaram a primeira barra de chocolate do mundo – tão amarga, porém, quanto a bebida que lhe deu origem. Tempos depois, o suíço Henri Nestlé (1814-1890) contribuiu para que o doce começasse a se parecer com os tabletes de hoje. De uma de suas experiências resultou um método de condensação do leite, processo até então desconhecido, que seria utilizado em seguida por outro suíço, Daniel Peter (1836-1919). Fabricante de velas de sebo, Peter passou a se interessar pela produção de chocolates quando percebeu que o uso do petróleo para iluminação estava, aos poucos, minando sua fonte de renda. Por sorte, ele morava no mesmo quarteirão de Nestlé e, ao ficar sabendo de sua descoberta, ocorreu-lhe misturar o leite condensado para fazer a primeira barra de chocolate ao leite.

Marcelo Duarte. O livro das invenções. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. p. 65-66.

Fonte: Letra e Vida. Programa de Formação de Professores Alfabetizadores – Coletânea de textos – Módulo 3 – CENP – São Paulo – 2005. p. 230.

Entendendo a notícia:

01 – Como o conquistador espanhol Hernán Cortés foi recebido pelos astecas no México e por quê?

      Hernán Cortés foi recebido com uma grande surpresa e coberto de presentes pelo imperador Montezuma. Os astecas o consideravam Quetzalcóatl, o deus dourado do ar que, segundo a lenda, havia prometido retornar.

02 – Qual era o valor das sementes de cacau para o povo asteca e como elas eram utilizadas?

      Para os astecas, as sementes de cacau valiam mais que ouro e prata, funcionando como moeda da época (dez sementes compravam um coelho; cem, uma escrava). Eles as utilizavam para confeccionar uma bebida sagrada, o tchocolatl, feita com sementes de cacau, mel e baunilha.

03 – Como a Espanha conseguiu manter o monopólio do chocolate por mais de um século na Europa?

      A Espanha manteve o monopólio graças às plantações iniciadas por Cortés (no Caribe e na África) e ao segredo da receita, aprimorada com açúcar, vinho e amêndoas, que era guardada pelos espanhóis e produzida apenas por mosteiros autorizados.

04 – Qual foi a contribuição do químico holandês Conraad Johannes van Houten para a produção de chocolate?

      Em 1828, van Houten inventou uma prensa capaz de eliminar boa parte da gordura das sementes de cacau. Isso resultou na obtenção do chocolate em pó, que era solúvel em água ou leite, tornando a bebida mais suave e agradável ao paladar.

05 – Quem foi o responsável pela criação da primeira barra de chocolate ao leite e como ele chegou a essa inovação?

      A primeira barra de chocolate ao leite foi criada por Daniel Peter, um suíço que era fabricante de velas de sebo. Ele se interessou pela produção de chocolates quando percebeu que seu negócio estava em declínio. Morando no mesmo quarteirão que Henri Nestlé, Peter soube da descoberta do leite condensado por Nestlé e teve a ideia de misturá-lo à pasta de cacau e açúcar para criar a barra de chocolate ao leite.

 

 

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

NOTÍCIA: A DITADURA DOS 'LIKES" - LOLA MORÓN - COM GABARITO

 Notícia: A ditadura dos ‘likes’

        Necessidade de estímulos positivos vicia. E muita gente se vê obrigada a repetir esse comportamento

Lola Morón – 22 abr. 2018 – 00:00 CEST

        Estamos todos expostos à crítica social, especialmente se propagamos voluntariamente nossas intimidades. Bem o sabem os instagramers, blogueiros e youtubers, que muitas vezes oferecem a imagem da felicidade plena e da verdade absoluta em suas redes sociais. Vindos do universo virtual, essas celebridades ditam gostos e opiniões, são os chamados influencers. A possibilidade de ser conhecido nunca foi tão acessível como agora, e os usuários anônimos que cada dia dedicam mais tempo a ser observados, admirados e valorizados já se contam aos milhões. As pessoas gostam de gostar. E a capacidade de difusão da internet oferece a muito mais gente a possibilidade de gostar. Mas, ao mesmo tempo, nos submete à ditadura da observação constante, o que nos impele a evitar cometer erros que possam ser notados e divulgados. O que antes se limitava a um instante e a um grupo reduzido de pessoas, agora tem uma audiência potencial permanente e ilimitada. De onde surge essa necessidade de agradar?

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-33brelIMH6Myet1raWrOwswy2jus64_EOZAn2gmeMVeZ3P5BzTvNKRNH2mJk1xhNgVUiBZzt7EIW7A46Ef9AVal-oOU6mhVGKOCEhaoZZSCsEzQ3sZ1uaNtqC83EfHQCi2y5MQNWYm9A-65X-Hs8ua92gqtMasSSFmV-vZ-6mnfmyrtCJEm5OtDs2bw/s320/2019-09-02-fim-dos-likes-no-instagram-e-seu-impacto-no-engajamento.jpg

        Parte de nossa identidade – especialmente na puberdade e na adolescência – é configurada pela relação com nossos pares. Configuramos nossa personalidade de acordo com a forma como nos sentimos conosco e com as opiniões que recebemos do mundo exterior. O que os outros pensam ao nosso respeito é um dos fatores determinantes na construção do nosso caráter. As novas tecnologias nos oferecem a possibilidade de desenhar um novo eu, o digital, que podemos idealizar e controlar: escolhemos o que mostrar, que imagem dar. Mas a criação e a manutenção dessa aparência têm um preço: executar a melhor interpretação da nossa vida perde valor se não houver um público que a observe, se não for divulgada. Precisamos de seguidores. O verdadeiro valor do “curtir” é confirmar que nossas ações são observadas e avaliadas positivamente. Isso nos faz sentir o prazer da vitória, do objetivo alcançado. Quando mostramos uma faceta de nós mesmos e recebemos um feedback que a valida, os circuitos cerebrais do reforço são ativados, o que nos faz querer mais. E isso acaba funcionando como uma droga.

        Corremos o risco de viver em uma pose constante. Não é permitido se zangar ou ter um dia ruim

        Cada nova curtida reforça um comportamento que nos leva a repeti-la; precisamos de mais e mais e mais, como acontece com qualquer vício. O impacto das imagens de felicidade e perfeição é efetivo. O público quer ver aquilo que não tem, estendendo o valor do instante para sua vida: se uma pessoa sai sorrindo em todas as fotos, isso significa que ela é feliz. Para que nossa imagem digital corresponda ao que desejamos ser, só se tem de fazer isso: mostrar felicidade, embora esta se assente sobre a desgraça de viver por e para a captura desse momento. Hoje somos vítimas da tirania da popularidade e do otimismo, uma derivada direta do culto ao cinismo. A importância de uma foto é medida por seus likes, de uma ideia por seus retuítes e de uma pessoa por seu número de seguidores. O alcance de uma opinião pessoal, de uma crítica, já não se limita ao ambiente em que se manifesta, nem esse escrito se relega a uma estante à qual, talvez, vamos no dirigir anos mais tarde e ler com rubor aquilo que um dia consideramos. Agora, o público é contado na casa dos milhões. E já nada é transitório.

        Quando recebemos um feedback, os circuitos cerebrais do reforço são ativados, o que nos faz querer mais. É uma droga

        Por tudo isso, corremos o risco de viver em uma pose constante. Não é permitido se zangar, ter um dia ruim ou estar de mau humor. A indiferença não tem lugar em um mundo que dá tanto valor ao posicionamento e, se possível, ao posicionamento explícito, próximo do radicalismo. Entre os desafios mais urgentes que isso acarreta, destaca-se a necessidade de assumir a incontrolável esfera de influência a que nossos menores estão submetidos, seres humanos que ainda estão coletando dados para formar sua própria opinião. Nunca foi tão fácil para uma criança ou adolescente ter acesso a argumentos extremistas esgrimidos por falsos profetas vociferantes.

        O que acontece quando os valores que se compram e se vendem para conseguir ser alguém influente são simplificados até a frivolização do ser humano? Onde está o sujeito pensante e autônomo, a pessoa com capacidade de reflexão, decisão e criação de um sistema ideológico independente e adaptado a um contexto social mais ou menos normativo? Os jovens hoje percebem as ideias de ídolos de canção, dos videogames, do esporte, da moda ou da beleza sem diferenciar se esses indivíduos sabem do que estão falando quando emitem opiniões sobre assuntos sobre os quais, em muitas ocasiões, não têm argumentos. Nessa era, podemos ir dormir como sujeitos anônimos e acordar na manhã seguinte sendo trending topic; só é necessário que uma pessoa com um número suficiente de seguidores nos relacione com algum fato escandaloso e num tom extravagante ou agressivo o suficiente para desencadear o efeito retuíte. Para o bem ou para o mal, na sociedade de hoje somos todos público, mas também somos todos audíveis. Não há descanso.

        O mundo nos observa e nos divulga. A verdade não importa necessariamente. Muitas vezes, a retificação de uma calúnia obterá um número de retuítes comparativamente desprezível. Os adultos, como os mais jovens, também acumulam curtidas e tendem a estabelecer regras sobre as coisas cujo conteúdo mais “curtimos”. Contabilizamos seguidores e ficamos chateados quando os perdemos. Os palestrantes não são mais valorizados, e segundo quais fóruns, por seus conhecimentos ou publicações acadêmicas, mas pelo número de seguidores que possuem no Twitter. E isso pode depender mais da simpatia do seu cachorro e do partido que você for capaz de tirar disso do que ter um conhecimento sólido sobre o conteúdo do painel para o qual você foi convidado. Não importa mais quais conclusões foram tiradas do debate. A magia termina quando o número de pessoas que participaram do evento é contabilizado. Como gerenciar e controlar esse vício? Aqui, chamo as autoridades a legislar. E os filósofos a filosofar. Não se pode dar um telefone celular a uma criança e depois tirá-lo. Devemos reconsiderar, nos adiantar aos acontecimentos.

MORÓN, Lola. A ditadura dos ‘likes’. El País, 22 abr. 2018. Disponível em: https://brasil.elpais.com. Acesso em: 21 jan. 2021.

Entendendo a notícia:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

-- Assentar-se: nesse contexto, apoiar-se (de maneira figurada) sobre algo.

-- Esgrimido: manipulado como se fosse uma arma (no sentido figurado), em uma discussão, polêmica, etc.

-- Frivolização: ação de tornar (algo ou alguém) frívolo, isto é, de pouca ou nenhuma importância, superficial.

-- Impelir: impulsionar, estimular a fazer algo.

-- Relegar: deixar em segundo plano; abandonar.

-- Retificação: correção.

-- Rubor: vergonha.

-- Trending topic: assunto que está entre os mais mencionados em tuítes em determinado momento.

-- Vociferante: que fala com raiva, gritando, reclamando, acusando, etc.

02 – A hipótese que você criou sobre a temática do texto ao ter lido apenas o título se confirma? Comente.

      Sim. Pois o texto fala sobre o vício em querer ser mais famoso (com mais curtidas, seguidores).

03 – Analogias são relações de semelhança entre coisas ou ações diferentes. No decorrer da matéria, são construídas analogias já presentes no título e no subtítulo: o like pode representar uma ditadura e pode ser visto como algo que vicia. Com suas palavras, explique essas analogias.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: O like estimula a pessoa a querer mais, viciando-a na fama e nos estímulos positivos presentes no mundo das redes sociais.

04 – De acordo com o texto, por que as pessoas, em geral, sentem a necessidade de agradar aos outros e, no caso do mundo virtual, de receber curtidas?

      Porque quando recebemos um feedback e curtidas, os circuitos cerebrais do reforço são ativados, o que nos faz querer agradar os outros.

05 – No 4° parágrafo, lemos “[...] corremos o risco de viver em uma pose constante [...]”.

A – O que você entendeu nesse trecho?

      A partir do trecho, percebe-se que as pessoas estão presas à um determinado padrão nas redes sociais.

B – Você concorda com o posicionamento da autora nesse trecho? Por quê?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Sim. Porque ela nos explica algo que realmente acontece e pode se tornar um risco.

06 – Ainda no 4° parágrafo, a autora expressa uma preocupação em relação a crianças e adolescentes.

A – Que preocupação é essa?

      De que as crianças e adolescentes se tornem dependentes e fiquem viciados nos celulares. Além deles poderem ser influenciados pela internet.

B – Na sua opinião, o que se pode fazer para evitar o problema apontado pela autora nesse parágrafo?

      Monitorar o uso de celulares entre as crianças e adolescentes.

07 – “[...] Os jovens hoje percebem as ideias de ídolos de canção, dos videogames, do esporte, da moda ou da beleza sem diferenciar se esses indivíduos sabem do que estão falando quando emitem opiniões sobre assuntos sobre os quais, em muitas ocasiões, não têm argumentos. [...]”. (5° parágrafo). De acordo com o artigo, como é possível existir esse cenário, esse risco, hoje? Responda considerando tanto os influenciadores digitais e a mídia quanto os seguidores e internautas.

      Se os influenciadores apresentarem um determinado número de seguidores, qualquer um acreditaria neles.

08 – Como aparece a opção “curtir” nas redes sociais?

      Aparece como um ícone de joia ou de coração.

09 – Você daria um like a esse texto? Por quê?

      Sim. Porque o texto fala sobre um assunto bem importante, além de estar de certa maneira correto.

10 – Releia a seguinte passagem do texto e, em seguida, faça o que se pede.

        “[...] Nunca foi tão fácil para uma criança ou adolescente ter acesso a argumentos extremistas esgrimidos por falsos profetas vociferantes.

        O que acontece quando os valores que se compram e se vendem para conseguir ser alguém influente são simplificados até a frivolização do ser humano? Onde está o sujeito pensante e autônomo, a pessoa com capacidade de reflexão, decisão e criação de um sistema ideológico independente e adaptado a um contexto social mais ou menos normativo? [...]”. Explique as regências nominais nas palavras destacadas no trecho. Elas estão de acordo com a norma-padrão? Se não, indique como adequá-las.

      Sim. Elas estão de acordo. Acesso a algo; capacidade de; adaptado a algo.