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quarta-feira, 29 de novembro de 2023

POEMA: QUADRILHA DA SUJEIRA - RICARDO AZEVEDO - COM GABARITO

 Poema: Quadrilha da Sujeira

              Ricardo Azevedo

João joga um palitinho de sorvete na
rua de Teresa que joga uma latinha de
refrigerante na rua de Raimundo que
joga um saquinho plástico na rua de
Joaquim que joga uma garrafinha
velha na rua de Lili.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_Bs7s8sVge5BsnKasQHfwzIF1-k5S2EPLV2o9H6aQC_7YgUOItRp4QIDFfklxryVWPU6QW8BjMWTKiGGE0cdrCZqDtoqrZdprp7HYp47NaJvmCXdZ4-iIF-f2tHGaCPMeqaHSejq0Mt_9Jb4E-udxPn3Xg-w7uY_MI8HBp4I0lbcmqs3Z0nnIYT_yCwU/w186-h107/SUJEIRA.jpg


Lili joga um pedacinho de isopor na
rua de João que joga uma embalagenzinha
de não sei o que na rua de Teresa que
joga um lencinho de papel na rua de
Raimundo que joga uma tampinha de
refrigerante na rua de Joaquim que joga
um papelzinho de bala na rua de J. Pinto
Fernandes que ainda nem tinha
entrado na história.

Ricardo Azevedo. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/praticapedagogica/quadrilha-sujeira-423533.shtml. Acesso em 20 ago 2019.

 

Entendendo o texto

01. No texto Quadrilha da sujeira, ao usar o diminutivo em todos os objetos que foram jogados fora, o autor quis mostrar

a) a falsa insignificância desses objetos quando são jogados na natureza.

b) que as pessoas podem querer justificar sua ação em função do tamanho.

c) o grande prejuízo ao se juntarem todos os pequenos objetos.

d) a poluição ambiental causada pelos pequenos objetos.

 02.  Por que o autor utiliza o diminutivo ao descrever os objetos jogados na rua?

a) Para enfatizar uma grande quantidade de objetos.

b) Para demonstrar a insignificância aparente desses objetos.

c) Para realçar a importância dos objetos na narrativa.

d) Para destacar a intenção de reciclagem dos objetos.

03.  Qual é o efeito da ação dos personagens ao jogarem objetos na rua, conforme descrito no poema?

a) Causar uma ocorrência em cadeia prejudicial ao meio ambiente. b) Torna a narrativa mais engraçada e descontraída.

c) Simboliza a liberdade e a rebeldia dos personagens.

d) Representa uma forma de expressão artística urbana.

04. O que o autor sugere sobre a relação entre os personagens João, Teresa, Raimundo, Joaquim, Lili e outros na narrativa?

a) Eles são amigos que gostam de brincar na rua.

b) Eles participam de uma competição de arremesso de objetos.

c) Eles estão interligados pela ação de objetos jogar uns nos outros. d) Eles representam diferentes classes sociais na sociedade.

05. Qual é a crítica principal que o autor faz por meio da narrativa? a) A falta de diversão e brincadeiras nas ruas.

b) O excesso de objetos descartados de maneira irresponsável.

c) A importância da reciclagem para a preservação do meio ambiente.

d) A irrelevância das ações dos personagens na história.

06. O que o autor quer transmitir ao mencionar J. Pinto Fernandes, que ainda nem tinha entrado na história?

a) A introdução de um novo personagem na narrativa.

b) A insignificância de algumas pessoas na sociedade.

c) A surpresa de um novo evento na história.

d) A continuidade das ações dos personagens.

Parte superior do formulário

 

 

 

 

sexta-feira, 22 de abril de 2022

POEMA: MEU TIO NÃO É BANDIDO - RICARDO AZEVEDO - COM GABARITO

 Poema: Meu tio não é bandido

            Ricardo Azevedo

O meu tio não é bandido
O meu tio não é mocinho
O meu tio não é herói
Não é índio, nem cowboy
Não luta com todo mundo
Não dá tiro nem pancada
Às vezes, de medo voa
Ele é só uma pessoa.

A casa de meu avô. São Paulo: Ática, s.d.

Fonte: Livro – PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 5ª Série – 2ª edição - Atual Editora – 2002 – p. 108-9.

Entendendo o poema:

01 – Reescreva o poema em seu caderno, substituindo o substantivo tio por tia e fazendo as adaptações necessárias. Quando terminar, releia o texto e veja como ficou.​

      A minha tia não é bandida / A minha tia não é mocinha / A minha tia não é heroína / Não é índia, nem cowboy / Não luta com todo mundo / Não dá tiro nem pancada / Às vezes, de medo voa / Ela é só uma pessoa.

02 – Dê o sentido dos substantivos destacados nas frases a seguir, observando o gênero de cada um deles.

a)   O garotinho deu todo o dinheiro para o caixa, uma linda moça que, ao recebe-lo, colocou-o na caixa e deu-lhe o troco.

O caixa: funcionário encarregado de pagar ou receber dinheiro, cheques, etc.; a caixa: recipiente de madeira, papelão ou outro material, destinado a guardar objetos ou mercadorias.

b)   A guarda ficava de plantão na entrada do quartel, enquanto o guarda fazia ronda pelos edifícios.

A guarda: sentinela, serviço de vigilância desempenhado por uma ou mais pessoas; o guarda: vigia, homem encarregado de vigiar ou guardar alguma coisa.

03 – A palavra grama, no feminino, significa gramínea de jardim; no masculino, significa unidade de peso. Suponha que você vá à padaria comprar 300 gramas de presunto. Ao fazer seu pedido ao vendedor, o que você diria?

      Eu quero trezentos gramas de presunto.

 

     

sábado, 30 de maio de 2020

CONTO: O HOMEM QUE ENXERGAVA A MORTE - RICARDO AZEVEDO - COM GABARITO

Conto: O homem que enxergava a morte  
                                                        
  Ricardo Azevedo

        Era um homem pobre. Morava num casebre com a mulher e seis filhos pequenos. Vivia triste e inconformado pela miséria em que vivia.
        Um dia, sua esposa engravidou de novo. Assim que o sétimo filho nasceu, o homem disse à mulher:
        — Vou ver se acho alguém que queira ser padrinho de nosso filho.
        Temia que ninguém quisesse ser padrinho da criança, arranjar padrinho para o sexto filho já tinha sido difícil. Quem ia querer ser compadre de um pé-rapado como ele?
        E lá se foi o homem andando e pensando e quanto mais pensava mais inconformado e triste ficava.
        Mas no tempo, ninguém consegue colocar rédeas.
        O dia passou, o sol caiu na boca da noite e o homem ainda não tinha encontrado ninguém que aceitasse ser padrinho de seu filho.
        Desanimado, voltava para casa, quando deu uma grande ventania… que levantou poeira em seus olhos e surgiu uma figura curva, vestindo uma capa escura, apoiada numa bengala de osso. Com voz baixa ela ofereceu-se:
        — Se quiser, posso ser madrinha de seu filho.
        — Quem é você? perguntou o homem.
        A figura respondeu: -- Sou a Morte.
        O homem não pensou duas vezes:
        -- Aceito. Você sempre foi justa e honesta, pois leva para o cemitério todas as pessoas, sejam elas ricas ou pobres. Sim, quero que seja minha comadre, madrinha de meu sétimo filho!
        E assim foi. No dia combinado a Morte apareceu com sua capa escura e sua bengala de osso. O batismo foi realizado com muita festa e comida farta oferecida pela madrinha. Após a cerimônia, a Morte chamou o homem de lado.
        -- Fiquei muito feliz com seu convite. Já estou acostumada a ser maltratada. Em todos os lugares por onde ando as pessoas fogem de mim, falam mal, xingam … Essa gente não entende que não faço mais do que cumprir minha obrigação. Já imaginou se ninguém mais morresse no mundo? Não ia sobrar lugar para as crianças que iam nascer!  Você é a primeira pessoa que me trata com gentileza e compreensão.
        E disse mais:
        — Quero retribuir tanta consideração. Pretendo ser uma ótima madrinha para seu filho. E por isso vou transformá-lo numa pessoa rica, famosa e poderosa. Só assim, você poderá criar, proteger e cuidar de meu afilhado.  A partir de hoje você será um médico.
        — Médico? Eu? — perguntou o sujeito, espantado. — Mas eu de medicina não entendo nada!
        — Preste atenção — disse ela. Volte para casa e coloque uma placa dizendo-se médico. De hoje em diante, caso seja chamado para examinar algum doente, somente você poderá me enxergar. Se eu estiver na cabeceira da cama, isso será sinal de que a pessoa ficará boa, se me enxergar no pé da cama o doente logo, logo vai esticar as canelas.
        E nesse instante soprou um vento gelado, e a morte disse:— Daqui pra frente — você vai ter o dom de conseguir enxergar a Morte cumprindo sua missão. O homem pegou prego e martelo escreveu MÉDICO numa tabuleta e a pregou bem na frente de sua casa. Logo   apareceram as primeiras pessoas adoentadas.
        O tempo passava correndo feito um rio que ninguém vê.
        Enquanto isso, sua fama de médico começou a crescer, pois ele não errava uma. O doente podia estar muito mal e já desenganado. Se ele dizia que ia viver, dali a pouco o doente estava curado. Em outros casos, às vezes a pessoa nem parecia muito enferma, mas se o médico disse-se que não tinha jeito, não demorava muito e a pessoa batia as botas.
        A fama do homem pobre que virou médico correu mundo. E com a fama veio a fortuna. Como muitas pessoas curadas costumavam pagar bem, o sujeito acabou ficando rico.
        Mas o tempo é um trem que não sabe parar na estação.
        O sétimo filho do homem, o afilhado da Morte, cresceu e tornou-se adulto.
        Certa noite, bateram na porta da casa do médico. Quando o médico abriu soprou uma forte ventania e apareceu uma figura curva, vestindo uma capa escura, apoiada numa bengala de osso, que falou em voz baixa:
        — Caro compadre, tenho uma notícia triste: sua hora chegou. Seu filho já é homem feito. Estou aqui para levar você. O médico deu um pulo da cadeira. — Mas como! Fui pobre e sofri muito, agora tenho profissão, ajudo as pessoas, tenho riqueza e fartura, você aparece pra me levar! Isso não é justo!  O médico não se conformava. E argumentou, e pediu, e suplicou tanto que a Morte resolveu conceder mais um pouquinho de tempo.
        — Só porque somos compadres, só por ser madrinha de seu filho, vou lhe dar mais um ano de vida — disse isto e sumiu numa ventania.
        O velho médico continuou trabalhando. Um dia, recebeu um chamado urgente. Uma moça estava gravemente enferma. Ele pegou a maleta e saiu correndo. Assim que entrou no quarto da menina enxergou, parada ao pé da cama, a figura sombria e invisível da Morte, pronta para dar o bote.
        O médico examinou a moça, ela era tão bonita e delicada, que ele sentiu pena. Uma pessoa tão jovem, com uma vida inteira pela frente, não podia morrer assim sem mais nem menos. Então ele pensou e tomou uma decisão. “Já estou velho, não tenho nada a perder. Pela primeira vez na vida vou ter que desafiar minha comadre.”
        E rápido, de surpresa, antes que a Morte pudesse fazer qualquer coisa, deu um jeito de virar o corpo da menina na cama, e a cabeça ficou no lugar dos pés e os pés foram parar do lado da cabeceira. Fez isso e berrou:
        — Tenho certeza! Ela vai viver!
        A linda menina abriu os olhos e sorriu como se tivesse acordado de um sonho ruim.
        A Morte soltou um uivo e foi embora contrariada, e no dia seguinte apareceu na casa do médico num pé de vento.
        — Que história é essa? Ontem você me enganou!
        — Mas ela ainda era uma criança!
        --- E daí? Você contrariou o destino. Agora vai pagar caro. Vou levar você no lugar dela!
        O médico tentou negociar. Disse que queria viver mais um pouco.
        A Morte balançou a cabeça e disse: — Quero te mostrar uma coisa?
        E, num passe de mágica, transportou o médico para um lugar desconhecido e estranho. Era um salão imenso, cheio de velas acesas, de todas as qualidades, tipos e tamanhos.
        — O que é isso? — quis saber o velho.
        — Cada vela dessas corresponde à vida de uma pessoa.  As velas grandes, bem acesas, cheias de luz, são vidas que ainda vão durar muito. As pequenas são vidas que já estão chegando ao fim. Olhe a sua. E mostrou um toquinho de vela, com a chama trêmula, quase apagando.
        — Mas então minha vida está por um fio! Quer dizer que não me resta nenhuma esperança?
        A Morte fez “sim” com a cabeça. Em seguida, noutro passe de mágica transportou o médico de volta para casa.
        — Tenho um último pedido, antes de morrer, gostaria de rezar o pai nosso.
        A Morte concordou. Mas o velho médico não ficou satisfeito.
        — Quero que me prometa uma coisa. Jure de pé junto que só vai me levar embora depois que eu terminar a oração.
        A Morte jurou e o homem começou a rezar:
        — Pai-Nosso que…
        Começou, parou e gargalhou.
        — Vamos lá, compadre. Termine logo com isso que eu tenho mais o que fazer.
        — Coisa nenhuma!  Você jurou que só me levava quando eu terminasse de rezar. Pois bem, pretendo levar anos para acabar minha reza…
        Ao perceber que tinha sido enganada mais uma vez, a Morte rodopiou no vento e foi embora, mas antes fez uma ameaça:
        — Deixa que eu pego você!
Dizem que aquele homem ainda durou muitos e muitos anos.
        Mas, um dia, andando a cavalo por uma estrada, deu com um corpo caído. O velho médico bem que tentou, mas não havia nada a fazer.
        — Que tristeza! Morrer assim sozinho no meio do caminho!
        Antes de enterrar o infeliz, o bom homem tirou o chapéu e rezou o Pai-Nosso.
        Mal acabou de dizer amém, levantou uma grande ventania e o morto abriu os olhos e sorriu.
        Era a Morte fingindo-se de morto.
        — Agora você não me escapa!
        Naquele exato instante, uma vela pequena, num lugar desconhecido e estranho, estremeceu e ficou sem luz.
Ricardo Azevedo.
Entendendo o conto:

01 – Em relação ao espaço e ao tempo da narrativa em qualquer conto de assombração é possível saber quando e onde a história narrada acontece?
      A história se passa num casebre e o tempo é indeterminado.

02 – Neste conto a personagem principal tenta enganar a morte para continuar vivendo por mais tempo. Como o homem consegue enganá-la? Explique.
      Na primeira vez que ela veio busca-lo, ele pediu mais um ano de vida.
      Depois pediu para a morte espera-lo a rezar um Pai-Nosso e não terminava nunca, assim a morte desistiu de novo.

03 – Com base na leitura do texto, assinale as alternativas verdadeiras (V) ou falsas (F) que interpretam de forma adequada as informações presentes no conto.
(V) Ocorre o pacto entre a morte e o humilde homem.
(V) O sucesso profissional do homem que enxergava a morte percorre o mundo.
(V) São apresentadas informações sobre a vida do homem e de como era a sua família.
(F) Quando nasce o oitavo filho do homem, ele resolve escolher a morte como madrinha da criança.
(V) Uma figura curva, vestindo uma capa escura, apoiada numa bengala feita de osso, foi buscar o homem para leva-lo com ela.
(F) A morte dá instruções ao homem sobre como atuar na profissão de advogado.
(F) O encontro do homem com a morte foi interrompido pela mulher do homem.

04 – Mesmo tratando de um tema tão arrepiante como é a morte, Ricardo Azevedo consegue ser engraçado. Por que podemos dizer que há humor no conto? Explique.
      O humor está quando o homem engana a morte, várias vezes.

05 – O que você achou mais interessante a respeito dos contos de assombração?
      Resposta pessoal do aluno.

06 – Sobre o gênero textual “Contos de assombração”, marque com um X somente nas alternativas corretivas.
(X) As personagens, normalmente são fantasmas, monstros, caveiras e outros seres assombrosos.
(   ) Os contos de assombração são histórias verdadeiras.
(   ) O narrador participa da história.
(   ) O texto apresenta uma moral que fica no final da história.
(X) O tempo em que se passa a história é indeterminado.
(X) Vários contos de assombração possuem características próprias de uma região e geralmente são histórias contadas por pessoas mais velhas.


POEMA: AULA DE LEITURA - RICARDO AZEVEDO - COM GABARITO

Poema: Aula de leitura
         
    Ricardo Azevedo

A leitura é muito mais
do que decifrar palavras.
Quem quiser parar pra ver
pode até se surpreender:
vai ler nas folhas do chão,
se é outono ou se é verão;
nas ondas soltas do mar,
se é hora de navegar;
e no jeito da pessoa,
se trabalha ou se é à-toa;
na cara do lutador,
quando está sentindo dor;
vai ler na casa de alguém
o gosto que o dono tem;
e no pêlo do cachorro,
se é melhor gritar socorro;
e na cinza da fumaça,
o tamanho da desgraça;
e no tom que sopra o vento,
se corre o barco ou vai lento;
também na cor da fruta,
e no cheiro da comida,
e no ronco do motor,
e nos dentes do cavalo,
e na pele da pessoa,
e no brilho do sorriso,
vai ler nas nuvens do céu,
vai ler na palma da mão,
vai ler até nas estrelas
e no som do coração.
Uma arte que dá medo
é a de ler um olhar,
pois os olhos têm segredos
difíceis de decifrar.

                       Poema extraído do livro: AZEVEDO, Ricardo. Dezenove poemas desengonçados. São Paulo: Ática,1999.
Entendendo o poema:

01 – Depois de ler o poema, e considerar o passo a passo do processo para a leitura do texto verbal, podemos afirmar que:
I – Trata-se de um poema, isto é, um texto no gênero poético (forma e conteúdo da expressão) que diz, em forma de verbos agrupados em estrofes, como é o ato de ler.
II – Nesse processo entra em jogo a cultura, o nível de escolaridade, a visão de mundo, o conhecimento da língua e dos gêneros textuais.
III – Ler é dar sentido à vida, a si mesmo, ao mundo. Ler é a habilidade de decifrar os sinais gráficos da língua (as letras / os signos verbais ou não verbais) e atribuir sentidos a eles.
IV – A leitura só pode ser realizada a partir de textos verbais.

Está correto o que se diz em:
a)   I e II.
b)   III e IV.
c)   I, II e III.
d)   II e IV.
e)   II, III e IV.

02 – O texto poético foi escrito de uma determinada forma. Assinale a correta.
(X) Verso.
(   ) Prosa.

03 – Comente de acordo com o poema, o que é possível ler:
a)   Nas folhas do chão.
As estações do ano.

b)   Nas ondas do mar.
Se o mar está calmo ou não.

c)   Na casa de alguém.
O gosto que a pessoa tem.

d)   Na cinza da fumaça.
O que está queimando.

e)   No cheiro da comida.
Se é gostosa ou não.

f)    No tom que sopra o vento.
Se o vento é fraco ou forte.

g)   No brilho do sorriso.
Se a pessoa está feliz...


domingo, 26 de abril de 2020

CONTO: SE A TERRA NÃO EXISTISSE, A GENTE PISAVA ONDE? RICARDO AZEVEDO - COM GABARITO

Conto: Se a terra não existisse, a gente pisava onde?
           
Ricardo Azevedo

   Tênis é de lona e borracha. Cueca é de pano e elástico. Caderno é de arame e folha de papel. Televisão é de plástico com uma antena em cima e uma tela na frente.
        Casa é feita de telhado, parede, piso, porta e janela. Vaca é de couro, chifre e quatro tetas pingando leite. Cachorro é um ônibus peludo cheio de pulgas. Ser humano é feito de carne, osso, coração e ideias na cabeça.
        E o mundo em que vivemos?
        O mundo é um monte de terra cercada de água por todos os lados.
        A água é o mar, o rio, o lago, a chuva, a poça, a lágrima e o cuspe.
        A terra é a terra mesmo.
        Tem gente que pensa que terra só serve para cavar buraco no chão, para ser hotel de minhoca, para enfiar poste de luz ou então para sujar o pé de lama em dia de chuva, mas não é nada disso.
        Se não fosse a terra, a gente pisava onde?
        Se não fosse a terra, a gente construía nossa casa onde?
        E as cidades? E as estradas? E os campinhos de futebol?
        Sem a terra a gente não ia jogar bola nunca mais!
        (...).
        Pensando bem, a terra é a coisa mais importante do mundo em que vivemos. Ela é o solo, o chão, a gleba, o piso, o porto, o lugar onde a gente fica em pé e constrói a vida.
        Para falar a verdade, a terra é uma espécie de mãe. A mãe de todos nós.
        De onde vêm as árvores para dar sombra e segurança? Da terra.
        De onde vêm as frutas para a gente chupar? Da terra.
        De onde vem a nascente do rio? E a flor? E o passarinho? E a onça? E a tartaruga? E a borboleta? E o macaco? E o besourinho? E todos os bichos do mundo inteiro menos os peixes e as estrelas-do-mar?
        Sem a terra, não ia ter nem milho, laranja, caqui, jabuticaba, banana, pera, uva, cacau, pitanga, mexerica, romã, maçã, abacate, melancia, abacaxi, nem amendoim nem nada.
        O mundo ia ser só um monte de coisa nenhuma cercado de água para todos os lados.
        Mas a terra tem seus truques. Ela não gosta de ser maltratada, não senhor!
        Quando fazem queimadas ou destroem o mato ou enchem o chão de lixo e porcaria a terra fica triste vira deserto, corpo árido, seco, estéril, que não dá mais nada.
        Ela, que era generosa, formosa, úmida, florida, risonha, fofa, macia, fértil, cheia de sombra, cheia de perfume, cheia de riachinhos, borboletas, besourinhos, bichinhos e bichões, de repente fica tão dura e rachada que só consegue inventar pó, areia e desolação.
        Se a terra fosse um deserto ia ter chão, mas como a gente ia ficar?

                                                     Ricardo Azevedo. In: Revista Nova Escola, ano 17, n° 149. São Paulo, Abril, janeiro/fevereiro/2002.
                                    Fonte: Português – De olho no futuro – 3° ano – Cassia Garcia de Souza / Lúcia Perez Mazzio – Quinteto Editorial. p. 112-16.
Entendendo o conto:

01 – O principal objetivo do texto é ressaltar a importância da terra ou promover a ideia de que a terra é algo sem valor?
      É ressaltar a importância da terra.

02 – Na sua opinião, as pessoas têm se preocupado em cuidar da terra? Justifique sua resposta.
      Resposta pessoal do aluno.

03 – Que outro título você daria para esse texto?
      Resposta pessoal do aluno.

04 – Releia o seguinte trecho: “Ela é o solo, o chão, a gleba, o piso, o porto, o lugar onde a gente fica em pé e constrói a vida.”.
a)   A expressão destacada na frase pode ser substituída pela palavra nós. Reescreva o trecho fazendo essa substituição e realize as alterações necessárias.
Ela é o solo, o chão, a gleba, o piso, o porto, o lugar onde nós ficamos em pé e construímos a vida.

b)   Na sua opinião, a expressão a gente é mais usada na linguagem formal ou informal?
É mais usada na linguagem informal.

c)   Para você, por que o autor desse texto preferiu usar a gente no lugar de nós?
Provavelmente, o autor quis deixar o texto com uma linguagem mais simples e acessível para o leitor.

05 – Nesse texto o autor utilizou muitos pontos de interrogação. Você saberia explicar por que ele propõe tantos questionamentos?
      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Talvez para promover no leitor uma reflexão acerca dos cuidados que se deve ter com a terra.




segunda-feira, 11 de março de 2019

POESIA: LUZ DE FANTASIA - RICARDO AZEVEDO - COM QUESTÕES GABARITADAS

Poesia: Luz de fantasia

Não é fácil ter um sonho
Feito só de poesia
Cheio de imaginação
De esperança e alegria.

Sonho de felicidade
De emoção e de folia
De surpresa e novidade
Feito luz de fantasia.

Sonho assim faz bem à vida
Sonho assim é necessário
Quero um desse de presente
Para o meu aniversário!

AZEVEDO, Ricardo. Você diz que sabe muito, borboleta sabe mais!
São Paulo: Moderna, 2007, p.57.
Entendendo a poesia:
01 – Qual é o tipo de texto?
a)   Fábula.
b)   Conto.
c)   Poesia.
d)   Texto.

02 – Qual é o título?
      Luz de fantasia.

03 – Quem é o autor do texto?
      Ricardo Azevedo. 

04 – Quantas estrofes há no texto?
      Possui três estrofes. 

05 – Quantos versos há no texto?
      A poesia tem 12 versos. 

06 – Qual é o tema do texto?
      O tema usado é o sonho. 

07 – O que a pessoa quer de presente de aniversário?
      Um sonho de felicidade. 

08 – Cite algumas palavras do texto que rimem.
      Felicidade/novidade; necessário/aniversário; poesia/alegria; folia/fantasia.




terça-feira, 29 de maio de 2018

LENDA: O SACI - RICARDO AZEVEDO - COM GABARITO

Lenda: O Saci


  Gente da cidade grande, acostumada com a luz elétrica, entregador de pizza, televisão, poluição, telefone celular, trânsito e computador, não entende nada de Saci e só vai ver o Saci no dia de São Nunca.
         Acontece que o Saci é filho do mistério, filho do vento que assobia, filho das sombras que formam figuras no escuro da floresta, filho do medo da assombração. O Saci é uma dessas coisas que ninguém explica.
         Por exemplo. É muito fácil explicar uma casa. Ela tem tijolos, portas, paredes, janelas e serve para morar. É muito fácil também explicar um cachorro. É um animal mamífero, pertence à espécie canina, abana o rabo, às vezes morde, faz xixi no poste, é amigo das pulgas e serve para latir e tomar conta de casas e apartamentos.
         Agora, tente explicar o gosto. Por que tem gente que gosta de uma coisa e gente que gosta justo do contrário?
         Experimente explicar a beleza ou explicar um sentimento ou as coincidências que acontecem ou o gosto ou os sonhos, os acasos ou um pressentimento. Você já teve um pressentimento? Já sentiu que uma coisa ia acontecer e, no fim, ela aconteceu mesmo? Pois bem, agora tente explicar!
         Às vezes a gente está calmamente em casa com uma coisa na mão.  O telefone toca. A gente atende. Bate um papo. Quando desliga, cadê a coisa que a gente estava segurando? Sumiu! A gente não consegue acreditar. A coisa estava aqui agorinha mesmo! A gente procura em todo o canto, xinga, reclama, arranca os cabelos, vira a casa de cabeça para baixo e nada. De repente, olha pro lado... não é possível! A coisa estava ali o tempo todo bem na cara da gente!
         Numa casa de caboclo, quando isso acontece, as pessoas dizem que foi obra do Saci. Dizem que o Saci tem mania de esconder as coisas e depois fica escondido, dando risada, enquanto a gente faz papel de bobo.
         O Saci é um ser misterioso habitante do mato. Sua aparência é de um negrinho pequeno e risonho, de uma perna só, com um capuz vermelho enterrado na cabeça, sem pelos no corpo, nem órgãos para fazer xixi e cocô. Costuma ter três dedos nas mãos, que são furadas, e, quando quer, solta um assobio misterioso e fica invisível. Além disso, vive com o joelho machucado e as comandar os mosquitos, pernilongos e pulgas que vivem atazanando a vida da gente. Tem outra coisa: O malandrinho aprecia fumar cachimbo e consegue soltar fumaça pelos olhos! quando está de bom humor, pode ajudar as pessoas a encontrar objetos perdidos. Em compensação, adora pregar as piores peças nos outros: faz os viajantes errarem seu caminho, esconde dinheiro e coisas de estimação, faz vasos, pratos e copos caírem sem motivo e quebrarem, gosta de judiar dos bichos e é especialista em fazer comida gostosa dar dor de barriga. De vez em quando, o Saci sai girando em volta de si mesmo, feito um pião maluco, e gira tanto, tanto, tanto que até levanta as folhas secas e a poeira do chão. Aliás, muitos afirmam que é só por isso que existem os rodamoinhos.
         O Saci tem vários nomes, dependendo da região onde aparece: pode ser Saci Cererê, Saci Taperê, Saci Pererê, Saci Saçura, Saci Siriri, Saci Trique. Às vezes é chamado de Matitaperê, Matintaperera ou Sem – Fim, que na verdade, são nomes de pássaros. É que em certos lugares, dizem, o danado, quando perseguido, dá risada, vira passarinho e desaparece deixando todo mundo de queixo caído.
         O Saci pode ser perigoso. Às vezes chama as criancinhas, canta, dança, inventa lindas histórias e acaba fazendo as infelizes se perderem na floresta. Pode também fazer um caçador entrar no mato e nunca mais voltar.
         Para dominar o Saci só tem um jeito: primeiro, pegar uma peneira. Segundo, esperar um rodamoinho dos fortes. Terceiro, atirar a peneira bem em cima do pé de vento. Quarto, agarrar o Saci que aparecer preso na peneira. Quinto, arrancar seu capuz e, sexto prender o espertinho dentro de uma garrafa. Sem aquele gorro vermelho o Saci fica apavorado, ameaça, geme, choraminga, fala palavrão, implora e acaba fazendo tudo que a gente quer.        
         Pode até ser bom morar na cidade, mas como seria gostoso, um dia, assim, de repente, encontrar um Saci de verdade fazendo bagunça, fumando cachimbo, soltando fumaça pelos olhos, virando passarinho e sumindo no espaço!
Ricardo Azevedo. Armazém do folclore.
São Paulo, Ática, 2000. p. 18 a 20.

Entendendo a lenda:
01 – O que o texto trouxe de novidade sobre o Saci que você ainda não sabia?
      Resposta pessoal do aluno.

02 – Quem é o autor do texto?
      Ricardo Azevedo.

03 – De onde o texto foi tirado?
      Armazém do Folclore. São Paulo. Ática, 2000. p. 18 a 20.

04 – Segundo o texto, gente da cidade grande não entende nada de Saci. Você concorda com isso? Por quê?
      Resposta pessoal do aluno.

05 – O autor diz que o Saci é uma coisa que ninguém explica, que é mais fácil explicar uma casa ou um cachorro. Por quê?
      Porque o Saci é uma lenda. Enquanto uma casa ou cachorro são palpáveis.

06 – A quem o autor se refere quando fala em caboclo?
      Ao povo que mora no campo.

07 – Indique no texto a parte referente às características físicas do Saci.
      O Saci é um ser misterioso habitante do mato. Sua aparência é de um negrinho pequeno e risonho, de uma perna só, com um capuz vermelho enterrado na cabeça, sem pelos no corpo, nem órgãos para fazer xixi e cocô. Costuma ter três dedos nas mãos, que são furadas, e, quando quer, solta um assobio misterioso e fica invisível.

08 – Quais são os nome que o Saci recebe conforme a região onde aparece?
      O Saci tem vários nomes, dependendo da região onde aparece: pode ser Saci Cererê, Saci Taperê, Saci Pererê, Saci Saçura, Saci Siriri, Saci Trique.

09 – Na região onde você mora, como o Saci é conhecido?
      Resposta pessoal do aluno.

10 – Por que em alguns lugares, ele recebe nome de pássaros?
      É que em certos lugares, dizem, o danado, quando perseguido, dá risada, vira passarinho e desaparece deixando todo mundo de queixo caído.

11 – Indique as frases que mostram o jeito de ser e de agir do Saci.
(X) Tem mania de esconder as coisas.
(   ) Gosta de ver as pessoas fazendo papel de bobas.
(   ) É mal – humorado.
(X) É brincalhão.
(X) Fuma cachimbo.
(   )  Protege os bichos.
(   ) Auxilia os caçadores  a se localizarem nas florestas.
(X) Gosta de judiar dos bichos.
(   ) Tem bom humor.
(X) Esconde dinheiro e as coisas de estimação.
(X) Faz um caçador entrar na mata e nunca mais voltar.

12 – Em sua opinião, qual foi a intenção do autor ao escrever este texto?
      Resposta pessoal do aluno.

13 – Quantos parágrafos possui este texto?
      O texto possui 13 parágrafos.

14 – Releia o penúltimo parágrafo e desenhe, no caderno, as etapas de como pegar um Saci.
      Resposta pessoal do aluno.

15 – Você sabia que o Saci ganhou um dia só para ele no nosso calendário? Pesquise que dia é esse e porque foi escolhido para homenageá-lo.
      Resposta pessoal do aluno.