Soneto: A
frouxidão no amor é uma ofensa
A frouxidão no amor é uma ofensa,
Ofensa que se eleva a grau supremo;
Paixão requer paixão, fervor e extremo;
Com extremo e fervor se recompensa.
Vê qual sou, vê qual és, vê que diferença!
Eu descoro, eu praguejo, eu ardo, eu gemo;
Eu choro, eu desespero, eu clamo, eu tremo;
Em sombras a razão se me condensa.
Tu só tens gratidão, só tens brandura,
E antes que um coração pouco amoroso,
Quisera ver-te uma alma ingrata e dura.
Talvez me enfadaria aspecto iroso,
Mas de teu peito a lânguida ternura
Tem-me cativo e não me faz ditoso.
Manuel
Maria Barbosa du Bocage
Entendendo o soneto:
01 – Há, a seguir, um conjunto de características comuns
à poesia árcade. Indique quais delas se verificam no soneto em estudo.
·
Pastoralismo.
·
Amor convencional.
·
Bucolismo.
·
Mitologia clássica.
·
Manutenção de formas clássicas; uso
preferencial do soneto.
·
Racionalismo.
·
Fugere urbem.
·
Carpe diem.
02 – Para o eu lírico, o amor:
a) Em
demasia ofende o ser amado.
b) É um
sentimento supremo.
c) Tem
algumas recompensas.
d) Deve ser uma entrega total.
03 – No verso “Vê qual sou,
vê qual és, vê que diferença!”, o eu lírico expressa:
a) Uma comparação.
b) Uma
suposição.
c) Uma
dúvida.
d) Uma
ironia.
04 – Segundo os versos do poema, as atitudes da mulher
amada:
a) Surpreendem
o eu lírico.
b) Desagradam o eu lírico.
c) Enlouquecem
o eu lírico.
d) Encantam
o eu lírico.
05 – O eu lírico apresenta-se no poema como uma pessoa:
a) Racional.
b) Passional.
c) Ingrato.
d) Violento.
06 – De acordo com o poema:
a) O eu lírico sente-se preso e infeliz.
b) O eu
lírico sente-se plenamente amado.
c) O eu
lírico considera a pessoa amada dura e ingrata.
d)
O eu lírico vive bem com a pessoa amada
apesar das diferenças.
Nenhum comentário:
Postar um comentário