Música(Atividades):
Malandragem
                                          Cazuza e Frejat
Quem sabe eu ainda
Sou uma garotinha
Esperando o ônibus
Da escola, sozinha
Cansada com minhas
Meias três quartos
Rezando baixo
Pelos cantos
Por ser uma menina má
Quem sabe o príncipe
Virou um chato
Que vive dando
No meu saco
Quem sabe a vida
É não sonhar
Eu só peço a Deus
Um pouco de malandragem
Pois sou criança
E não conheço a verdade
Eu sou poeta
E não aprendi a amar
Eu sou poeta
E não aprendi a amar
Bobeira
É não viver a realidade
E eu ainda tenho
Uma tarde inteira
Eu ando nas ruas
Eu troco um cheque
Mudo uma planta de lugar
Dirijo meu carro
Tomo o meu pileque
E ainda tenho tempo
Pra cantar
Eu só peço a Deus
Um pouco de malandragem
Pois sou criança
E não conheço a verdade
Eu sou poeta
E não aprendi a amar
Eu sou poeta
E não aprendi a amar
Eu ando nas ruas
Eu troco um cheque
Mudo uma planta de lugar
Dirijo meu carro
Tomo o meu pileque
E ainda tenho tempo
Pra cantar
Eu só peço a Deus
Um pouco de malandragem
Pois sou criança
E não conheço a verdade
Eu sou poeta
E não aprendi a amar
Eu sou poeta
E não aprendi a amar
Quem sabe eu ainda sou
Uma garotinha.
Entendendo a canção:
 01 – No primeiro verso da canção, qual é a ideia veiculada pela
expressão quem sabe?
      
A expressão quem sabe indica ideia de dúvida, hipótese.
 02 – O pronome quem pode ser usado como indefinido, interrogativo ou
relativo. Como ele se classifica nesse verso?
      
Como interrogativo. Professor: certifique-se de que os alunos compreendem que
está subentendida uma pergunta: Quem (qual pessoa) sabe se eu ainda sou uma
garotinha?
 03 – Poetas e compositores têm a liberdade de empregar recursos
expressivos da língua de acordo com seus objetivos e, assim, nem sempre seguem
as regras da norma-padrão. No primeiro verso da letra da canção, os autores
usam um desses recursos. Qual?
      
Empregaram o verbo ser no presente do indicativo, quando o adequado, já que se
expressa uma suposição, seria o emprego do presente do subjuntivo: seja.
 04 – Se esse primeiro verso fizesse parte de um discurso de formatura,
como a oradora poderia reformulá-lo para que se adequasse à norma-padrão?
      
Quem sabe eu ainda seja uma garotinha. / Talvez eu ainda seja uma garotinha.
 05 – Príncipes são personagens frequentes em certo gênero textual. Qual?
      
Contos de fadas.
 06 – Nesse gênero, os príncipes costumam viver uma situação que aparece
invertida na letra da canção. Qual é ela?
       
Nos contos de fadas, príncipes transformam-se em sapos, e sapos transformam-se
em príncipes, por obra de bruxas e feiticeiros. Na canção se faz um jogo de
palavras (sapo/chato) que pode ser interpretado como referência ao “homem
ideal” que, com a convivência, se revela uma pessoa previsível e
desinteressante.
 07 – Como é a personagem citada na canção?
      Uma
garotinha.
 08 – Quais são os seus desejos? 
      Deixar de ser criança, ter um pouco de
malandragem, conhecer a verdade e aprender a amar.
 09 – O que ela pede a Deus?
      Um pouco de
malandragem.
 10 – Descreva como é a vida
da adolescente dessa personagem?
      Ela vai para a
escola de ônibus, reza baixinho pelos cantos, é poeta, anda pelas ruas, dirigi,
toma pileque e canta.
  11 – O que ela nos diz sobre
a sua vida?
      Que segue uma
rotina, é uma menina má e pede a Deus um pouco de malandragem.
  12 – Fale agora um pouquinho
sobre você e comente sobre os seus próprios desejos.
      Resposta pessoal do aluno.
  13 – Licença poética à
parte, esta música tem em seus primeiros versos o verbo “ser”, empregado de
forma errada. Corrija-o.
a)  
O primeiro verso traz: “Quem sabe ainda sou
uma garotinha...”
“Quem sabe eu ainda seja uma garotinha...”
b)  
Num outro verso, o erro se repetiu.
Corrija-o: “Quem sabe o príncipe virou um chato...” 
“Quem sabe o príncipe tenha virado um chato...”
   14 – Qual a mensagem que a
música quer nos passar?
      Significa, que a garotinha adquiriu o
conhecimento bastante... para viver uma vida diferente, na malandragem.
