domingo, 22 de maio de 2022

POEMA: AMOR - ADÉLIA PRADO - COM GABARITO

 Poema: Amor

           Adélia Prado

A formosura do teu rosto obriga-me
e não ouso em tua presença
ou à tua simples lembrança
recusar-me ao esmero de permanecer contemplável.
Quisera olhar fixamente a tua cara,
como fazem comigo soldados e choferes de ônibus.
Mas não tenho coragem,
olho só tua mão,
a unha polida olho, olho, olho e é quanto basta
pra alimentar fogo, mel e veneno deste amor incansável
que tudo rói e banha e torna apetecível:
caieiras, desembocaduras de esgotos,
ideia de morte, gripe, vestido, sapatos,
aquela tarde de sábado,
esta que morre agora antes da mesa pacífica:
ovos cozidos, tomates,
fome dos ângulos duros de tua cara de estátua.
Recolho tamancos, flauta, molho de flores, resinas,
rispidez de teu lábio que suporto com dor
e mais retábulos, faca, tudo serve e é estilete,
lâmina encostada em teu peito. Fala.
Fala sem orgulho ou medo
que à força de pensar em mim sonhou comigo
e passou um dia esquisito, o coração em sobressaltos à campainha da porta,
disposto à benignidade, ao ridículo, à doçura. Fala.
Nem é preciso que amor seja a palavra.
“Penso em você” – me diz e estancarei os féretros,
tão grande é minha paixão.

Adélia Prado, Terra de Santa Cruz. Rio de Janeiro: Record, 2006.

Fonte: Livro – Viva Português 1° – Ensino médio – Língua portuguesa – 2ª edição 1ª impressão – São Paulo – 2014. p. 227-8.

Entendendo o poema:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Apetecível: apetitoso, desejável.

·        Benignidade: qualidade do que ou de quem é benigno, bondoso.

·        Caieira: forno ou fogueira onde se cozem tijolos.

·        Estancar: fazer parar, deter.

·        Féretro: caixa longa de madeira em que se enterram os mortos.

·        Resina: substância viscosa e odorífera produzida por alguns vegetais.

·        Retábulo: estrutura de madeira ou outro material que fica por trás ou acima de um altar.

02 – Vamos fazer um levantamento de elementos do poema que podem ser percebidos na primeira leitura.

a)   O eu lírico é um homem ou uma mulher? O que lhe permitiu concluir isso?

É uma mulher; o trecho “Quisera olhar fixamente tua cara, / como fazem comigo soldados e choferes de ônibus” e a palavra vestido em “ideia de morte, Gripe, vestido, sapatos” permitem essa conclusão.

b)   A quem o eu lírico se dirige?

À pessoa amada.

c)   O que o eu lírico pede a essa pessoa?

Pede ao amado que diga que pensa nela.

03 – Releia os quatro primeiros versos do poema, pensando no sentido das palavras ousar, esmero e contemplável.

·        Ousar: arriscar-se, atrever-se.

·        Esmero: grande cuidado; apuro.

·        Contemplável: aquilo que se pode contemplar, olhar com admiração; admirável. 

      a)   No contexto do poema, o que é “permanecer contemplável”?

Seria “continuar digna de ser admirada, contemplada”.

b)   Complete no caderno: De maneira bem simplificada, podemos dizer que os quatro primeiros versos revelam que a mulher (o eu lírico) .........

        Se recusa a fazer-se bela para a pessoa amada.

·        Tem necessidade de permanecer bonita, admirável.

c)   Por que o eu lírico não ousa deixar de ser contemplável? Copie no caderno o trecho que confirma sua resposta.

Porque o amado é belo. “A formosura do teu rosto obriga-me [...]”.

04 – Releia o trecho que vai do quinto (Quisera olhar fixamente a tua cara) ao décimo sétimo verso (fome dos ângulos duros de tua cara de estátua). Destaque nesse trecho alguns versos que, em sua opinião, exprimem o amor de uma forma inusitada, surpreendente. Explique por que você os considera surpreendentes.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: “caieiras, desembocaduras de esgotos, / ideia de morte, gripe, vestido, sapatos,”. Ou, ainda, nos versos “[...] antes da mesa pacífica: / ovos cozidos, tomates, / fome dos ângulos duros de tua cara de estátua.”, em que há uma aproximação das ideias de fome e de desejo (amor), partindo de alimentos reais, prosaicos, “pouco poético”.

05 – Entre o décimo segundo e o décimo quinto versos estão enumeradas coisas que, para o eu lírico, o amor torna apetecíveis, desejáveis.

        Caieiras – vestido – desembocaduras de esgotos – sapatos – ideia de morte – aquela tarde de sábado – gripe – esta (tarde de sábado) que morre.

   a)   Todos esses elementos são normalmente considerados positivos, desejáveis?

Não. 

   b)   Sendo assim, ao dizer que o amor torna esses elementos apetecíveis, o que o eu lírico enfatiza?

Enfatiza a intensidade do amor que sente.

06 – Releia agora do décimo oitavo (“Recolho tamancos [...]”) ao vigésimo primeiro verso (“lâmina encostada em teu peito. Fala.”). Nesse trecho há outra enumeração: tamancos, flauta, molho de flores, resinas, rispidez, retábulos, faca, lâmina.

a)   Todos esses elementos são comuns em poemas de amor? Você espera ver tamancos e resinas, por exemplo, associados ao amor?

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Essas associações são inusitadas, inesperadas.

b)   Em sua opinião, a enumeração que aparece nesses versos pode representar o uso de recursos diversos para obrigar a pessoa amada a falar aquilo que o eu lírico deseja ouvir? Se sua resposta for sim, comente um desses recursos.

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Nenhuma palavras, nesse caso, é empregada casualmente, aleatoriamente; o eu lírico sugere diversas formas de chamar a atenção da pessoa amada.

07 – Releia os versos a seguir e complete a frase no caderno.

        “‘Penso em você’ – me diz e estancarei os féretros, tão grande é a minha paixão.” No contexto do poema, “estancar os féretros” pode significar

a)   Enterrar-se, ou seja, desistir.

b)   Deter a morte, ou seja, fazer o impossível.

c)   Fazer o inevitável.

 

NOTÍCIA: A PÉ COM LAO-TSÉ - SÉRGIO BRANCO - COM GABARITO

 Notícia: A pé com Lao-tsé

             Sérgio Branco

        A frase é usada para demonstrar que grandes conquistas partem de uma primeira ação, às vezes banal. O criador é um filósofo chinês, o genial Lao-tsé: “Uma longa caminhada começa com o primeiro passo”. O ensinamento do sábio, que muitos historiadores definem como o criador do taoismo, deve servir de pauta para todos os viajantes. A caminhada pode ser entendida também como descoberta. E ainda não inventaram jeito melhor de descobrir um lugar do que passeando a pé por ele.

        Qualquer cidade em qualquer país será desvendada por aqueles que derem o primeiro passo. Perder-se por avenidas, ruas, vielas, bulevares, escadarias e becos e flertar com a novidade. Um detalhe, uma lasca do imprevisível. Algo surge e pode marcar a viagem para sempre.

        Lembro Barcelona, 1993. Saído do mercado La Boquería, perdia-me sem destino por uma rua do Bairro Gótico quando, na direção contrária, uma turba gritava palavras de ordem. Era uma manifestação do Partido Comunista Catalão. Havia duas alternativas: ser levado pela multidão que empunhava bandeiras vermelhas ou quebrar à esquerda em uma viela, tão estreita que nem carro cabia. Entrei na viela.

        Como era hora do almoço, a fome dava sinais. Caminhei por cerca de 50 metros e notei uma pequena placa: Can Culleretes. Um restaurante discreto, apenas uma porta de madeira, antiquíssima. Na parede lateral, uma pequena caixa de madeira com vidro protegia um recorte amarelado do El País. Li e me surpreendi. Entre outras coisas, o artigo informava que o Can Culleretes era um bastião da comida catalã. E mais antigo que ele, somente o Sobrino de Botín, aquele famoso de Madri, tido como o mais velho da Europa (talvez do mundo) em atividade.

        Claro que entrei. Ao cruzar a porta, mais surpresa: um salão enorme, cheio de gente. Ninguém com cara de turista. Uma senhorinha simpática, de avental típico, indicou uma mesa. Sentado, à espera do cardápio, notei pinturas clássicas e modernas, antigos azulejos decorativos, desenhos enquadrados em molduras de madeira, esboços artísticos, rabiscados na própria parede, fotos e mais fotos também emolduradas. Parecia coisa de gente importante ou famosa.

        Escolhi um prato catalão com frutos do mar e, enquanto esperava, tirei da mochila meus dois ótimos guias de Barcelona e vasculhei em busca do Can Culleretes. Nada. Nenhuma menção. Era uma descoberta, pensei.

        Comida maravilhosa, preço excelente (ainda em pesetas) e atendimento carinhoso, mesmo para um turista enxerido num ambiente reservado a catalães.

        Jamais teria acontecido se não fizesse aquele passeio a pé, sem destino, pressionado pela massa comunista da cidade — detalhe que fez a diferença, mas que só ocorre quando você é guiado pelo imponderável.

        Espalhei minha descoberta a todos que pude. Escrevi até artigo em jornal, ainda em 1993. Vivi o prazer de contar o que ninguém sabia.

        Voltei a Barcelona outras vezes. A mais recente foi no último réveillon. Em todas, fui comer no Can Culleretes, com 226 anos de história completados em 2012. Continua na mesma viela, pertinho do La Boquería. Ainda não é fácil encontrá-lo em guias, mas hoje está na internet (culleretes.com).

        Lição aprendida, mantenho minha busca por lugares inusitados em rondas a pé pelas cidades que visito. Nem sempre encontro algo valioso, mas a sensação da procura sem compromisso já me contenta. Viagens são lembradas por fatos assim. Nunca esquecemos nossas descobertas. E poder dividi-las é uma satisfação imensa.

 BRANCO, Sérgio. Viaje Mais. 133. ed. São Paulo: Europa, jun. 2012.

Fonte: Livro – Viva Português 1° – Ensino médio – Língua portuguesa – 2ª edição 1ª impressão – São Paulo – 2014. p. 188-190.

Entendendo a notícia:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Turba: multidão.

·        Bastião: sustentáculo, apoio, alicerce que contribui para a subsistência de algo.

·        Enxerido: intrometido.

·        Imponderável: aquilo que não pode ser previsto.

·        Inusitado: incomum.

02 – Atente à estrutura do texto:

1° e 2° parágrafos — Introdução. Citação de uma frase de Lao-tsé, filósofo chinês, que serve de ponto de partida para a produção do relato.

3° ao 7° parágrafo — Relato de uma descoberta feita pelo redator quando passeava por Barcelona.

8° ao 11° parágrafo — Retomada da reflexão que introduz o texto. Conclusão do relato com a explicitação de uma lição aprendida.

        Todas as partes que preenchem essa estrutura foram organizadas em torno de uma informação principal. O autor escolhe um ponto de partida e o transforma no fio condutor do texto, o que garante a coerência do relato: a citação de Lao-tsé, “Uma longa caminhada começa com o primeiro passo”.

a)   A citação de Lao-tsé pode ser compreendida no sentido figurado. Considerando isso, explique um dos sentidos possíveis para as expressões “longa caminhada” e “primeiro passo”.

“Longa caminhada” pode ter interpretada como qualquer desafio cujo objetivo deve demorar a ser alcançado. “Primeiro passo” pode ser a realização da primeira etapa para se alcançar esse objetivo.

b)   O sentido que o autor utiliza em seu texto, contudo, é diferente dessa interpretação mais figurada. Explicite que sentido é esse.

O autor explorou o sentido literal da frase, em que “longa caminhada” e “primeiro passo” são usados, de fato, em relação a um percurso a pé.

c)   Por que o autor emprega esse outro sentido da frase de Lao-tsé em seu texto? Que tipo de exploração ele fez da frase para desenvolver seu relato?

O autor do relato desenvolve o texto a partir do sentido literal da frase como forma de destacar a importância dos passeios a pé para se descobrir lugares inusitados, nunca antes explorados ou valorizados por outros viajantes.

03 – Por que o restaurante encontrado por Sérgio Branco em uma das vielas de Barcelona teve um caráter de descoberta para ele?

      Porque se tratava de um restaurante bastante antigo, cuja comida era maravilhosa e não muito cara; além disso, o ambiente não parecia ser frequentado por turistas e o atendimento era carinhoso.

04 – A que o autor do texto atribuiu essa descoberta?

      À sua decisão de circular a pé pela cidade, andando ao acaso.

05 – O texto deixa claro quais são os objetivos que o autor tem como viajante. Esses objetivos correspondem aos de Maria Fernanda Vomero em seu texto “O que a guerra me ensinou”? Explique de que forma cada um dos relatos revela algumas das motivações desses viajantes.

      Os objetivos não são os mesmos. Sérgio Branco é motivado pela descoberta ao acaso, pelo desejo de divulgar um lugar desconhecido e confortável que possa ser apreciado por pessoas. Maria Fernanda Vomero revela em seu texto a preocupação humanitária e o interesse por locais em que se vive em situações de conflito; ela é movida pelo desejo de conhecimento dos dramas humanos mais do que de conhecimento das paisagens.

SONETO AREJADO - GLAUCO MATTOSO - COM GABARITO

 Soneto arejado

    Glauco Mattoso


Acabo de no rádio ouvir que, a sós,
cachorros filosofam e, segundo
pesquisas, formam, como sobre o mundo,
ideias desdenhosas sobre nós,

Humanos pobretões, que mesmo após
na técnica avançar tão longe e fundo,
capazes de distâncias num segundo,
ainda engatinhamos quanto à voz!

Latidos, sim, são fala inteligível,
sutil, sofisticada, e não fonema
grafado e articulado em baixo nível!

Uivar, grunhir, é música e poema!
Contudo, o ser humano é imprescindível
para os acompanhar... mas sob algema!

MATTOSO, Glauco. Animalesca escolha. Porto Alegre: Ameop. 2004.

Fonte: Livro – Viva Português 1° – Ensino médio – Língua portuguesa – 2ª edição 1ª impressão – São Paulo – 2014. p. 142-3.

Entendendo o poema:

01 – Identifique no soneto o número de sílabas poéticas de cada verso e o esquema de rimas.

      Os versos têm dez sílabas poéticas, ou seja, são decassílabos. Esquema de rimas: ABBA / ABBS / CDC / DCD.

02 – Copie no caderno a frase a seguir e complete-a. No poema, pode-se perceber, entre cães e seres humanos, uma relação de .....

a)   Amizade e companheirismo.

b)   Oposição e desconfiança.

c)   Medo e agressividade.

03 – Na vida real, nas relações entre pessoas e cães, quem domina é o ser humano. Sendo assim, explique o que acontece no poema.

      No poema, os cachorros é que dominam. Há uma inversão de papéis: os cães filosofam, formam ideias sobre nós e têm uma fala sofisticada; em vez de leva-los presos pela coleira, são os seres humanos que acompanham os cães sob algema.

04 – Praticamente todas as informações do poema reiteram a ideia de que os cães são superiores aos seres humanos. Confirme isso identificando no texto pelo menos três características atribuídas aos cães e três aos seres humanos.

      Sugestões: Os cães filosofam sobre os seres humanos; formam ideias desdenhosas sobre nós; seus latidos são fala inteligível, sutil, sofisticada; uivar e grunhir é música e poema. Os seres humanos são pobretões; são avançados na técnica, mas ainda engatinham quanto à voz; usam fonemas grafados e articulados em baixo nível; são imprescindíveis para acompanhar os cães, mas sob algema.

05 – Como você interpreta estes trechos?

a)   “Ainda engatinhamos quanto à voz!”.

Nós, seres humanos, ainda não nos comunicamos de forma eficiente.

b)   “Latidos, sim, são fala inteligível, / sutil, sofisticada, e não fonema / grafado e articulado em baixo nível!”.

A comunicação entre os cães é eficiente, elevada, enquanto a humana seria rústica.

06 – Sintetize a visão que o eu lírico tem dos seres humanos.

      Para o eu lírico, os seres humanos são seres que possuem sofisticação técnica, mas cuja comunicação é fraca, inadequada, de “baixo nível”.

07 – Segundo os dicionários, um dos sentidos de arejado é esclarecido, liberal, que aceita o novo, o não convencional. Aponte uma relação possível entre o conteúdo do soneto e seu título.

      O eu lírico apresenta uma visão não convencional da relação entre cães e humanos; estes seriam inferiores àqueles.

 

SONETO XXXII - GUILHERME DE ALMEIDA - MODERNISMO - COM GABARITO

 Soneto XXXII

            Guilherme de Almeida

Quando a chuva cessava e um vento fino
franzia a tarde tímida e lavada,
eu saía a brincar, pela calçada,
nos meus tempos felizes de menino.

Fazia, de papel, toda uma armada;
e, estendendo meu braço pequenino,
eu soltava os barquinhos, sem destino,
ao longo das sarjetas, na enxurrada...

Fiquei moço. E hoje sei, pensando neles,
que não são barcos de ouro os meus ideais:
são feitos de papel, são como aqueles,


Perfeitamente, exatamente iguais...
– Que os meus barquinhos, lá se foram eles!
Foram-se embora e não voltam mais!

Guilherme de Almeida. Disponível em: www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm? Infoid=6055&sid=186. Acesso em: 10 out. 2012.

Fonte: Livro – Viva Português 1° – Ensino médio – Língua portuguesa – 2ª edição 1ª impressão – São Paulo – 2014. p. 140-1.

Entendendo o poema:

01 – Lendo o “Soneto XXXII”, percebemos que, em relação ao conteúdo, ele poderia ser dividido em duas partes: uma representada pelas duas primeiras estrofes e outra pelas duas últimas.

a)   Do que trata cada parte do poema?

Na primeira, o eu lírico fala de seus tempos felizes de menino, quando fazia barquinhos de papel e os soltava pela enxurrada. Na segunda, o eu lírico já é moço, adulto, e compara seus ideais a barquinhos de papel, que vão com a enxurrada e não voltam mais.

b)   Que tempo verbal predomina em cada parte e qual a relação dele com o conteúdo do texto?

Na primeira parte, predomina o pretérito imperfeito do indicativo, empregado na descrição do passado do eu lírico. Na segunda parte, predominam o presente do indicativo na terceira estrofe (em que o eu lírico traz o assunto para o presente e constata a semelhança entre seus ideais e os barquinhos) e o pretérito perfeito do indicativo na última estrofe (quando ele compara a perda dos ideais à ida dos barquinhos). 

02 – Na primeira parte do texto, predominam as ideias de felicidade (“tempos felizes de menino”), de realização (“Fazia, de papel, toda uma armada”) e de confiança no futuro (“eu soltava os barquinhos, sem destino”). Que ideias predominam na segunda parte?

      Na segunda parte predominam as ideias de desilusão, de desencantamento (“lá se foram eles!”) e de esperança (“Foram-se embora e não voltaram mais!”).

03 – Transcreva no caderno as alternativas corretas.

a)   Na primeira parte do poema, as frases são mais longas e menos interrompidas pela pontuação.

b)   Na primeira parte, há vários pontos-finais no interior dos versos, o que favorece o suspense da descrição.

c)   A segunda parte traz mais frases curtas que a primeira e outros sinais de pontuação, além das vírgulas e das reticências.

d)   A leitura da primeira parte é mais fluida (fácil, fluente) que a da segunda.

e)   A extensão das frases e a pontuação contribuem para reforçar as ideias expressas em cada parte.

f)    Não se pode afirmar que exista relação entre a pontuação e as ideias expressas no poema.

04 – Esse poema, escrito na primeira metade do século XX, é comovente porque trata de uma questão comum a grande parte das pessoas: a oposição entre um momento de clara felicidade (muitas vezes localizado na infância) e um momento de perda dos ideais, dos sonhos.

a)   Na sua opinião, o que são ideais?

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Cada sociedade, em cada época, tem seus ideais: hoje vemos a preponderância dos ideais individualistas e daqueles relacionados à aparência e ao consumo.

b)   Para o eu lírico do poema, a felicidade da infância e os ideais construídos nela seriam muito difíceis de alcançar na vida adulta. Você se identifica com esses pensamentos? O que pensa sobre seus sonhos de infância e seu futuro?

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Peça aos alunos se seus sonhos mudaram ou se ainda desejam que aqueles velhos ideais se realizem.

c)   Hoje em dia é comum as pessoas prolongarem a adolescência, adiando o momento de ingressar no mercado de trabalho e sair da casa dos pais. Qual é sua opinião sobre essa atitude?

Resposta pessoal do aluno.

 

 

POEMA: CANTIGA DE AMIGO - D.SANCHO I - TROVADORISMO - COM GABARITO

 Poema: Cantiga de amigo

            D. Sancho I.

Ai eu coitada!

Como vivo em gran cuidado

Por meu amigo

Que ei alongado!

Muito me tarda

O meu amigo na Guarda!

 

Ai eu coitada!

Como vivo em gran desejo

Por meu amigo

Que tarda e non vejo!

Muito me tarda

O meu amigo na Guarda!

D. Sancho I. In: SPINA, Segismundo. Lírica trovadoresca, op. cit.

Fonte: Livro – Viva Português 1° – Ensino médio – Língua portuguesa – 2ª edição 1ª impressão – São Paulo – 2014. p. 69.

Entendendo o poema:

01 – O eu lírico dessa cantiga é um homem ou uma mulher? Copie um verso que comprove sua resposta.

      É uma mulher. “Ai eu coitada!”.

02 – De que se queixa o eu lírico da cantiga?

      Queixa-se de que o namorado demora a voltar da cidade de Guarda.

03 – Quais são os versos que se repetem nas duas estrofes?

      O primeiro, o terceiro, o quinto e o sexto versos. Apenas o segundo e o quarto versos não se repetem.

04 – De quantos versos são composta cada estrofes?

      Possui 06 versos cada estrofes. Total de 12 versos.

POEMA: CANTIGA DE AMOR MEDIEVAL - D.JOÃO SOARES COELHO - TROVADORISMO -COM GABARITO

 Poema: Cantiga de amor medieval

           D. João Soares Coelho

Noutro dia, quando eu me despedi
da minha Senhora, e quando me fui
e não me falou, nem me quis ouvir,
Foi pena não ter morrido!
Que, se mil vezes pudesse morrer,
essa dor me seria menor de sofrer!


Quando eu lhe disse: "com licença, minha Senhora!”
fez pouco caso e me tratou com desdém;
e, porque não disse nem mal nem bem,
fiquei magoado e com tão grande perturbação
que, se mil vezes pudesse morrer,
essa dor me seria menor de sofrer!


E sei muito bem, quando eu dela me separei
e dali me fui, e não me quis falar,
que, se ali não morri de tristeza,
nunca jamais de tristeza morrerei,
que, se mil vezes pudesse morrer,
essa dor me seria menor de sofrer!

D. Joan Soares Coelho. In: SPINA, Segismundo. Lírica trovadoresca, op. cit.

Fonte: Livro – Viva Português 1° – Ensino médio – Língua portuguesa – 2ª edição 1ª impressão – São Paulo – 2014. p. 67-8.

Entendendo o poema:

01 – O texto lido foi composto para ser cantado e acompanhado por instrumento musical. Para compreendê-lo, faremos inicialmente um levantamento das características de sua forma. Responda no caderno:

a)   Em quantas estrofes o texto se divide?

Divide-se em três estrofes.

b)   Chama-se refrão o recurso caracterizado por um verso ou um conjunto de versos que se repete numa composição poética. No poema lido, quais são os versos que se repetem entre as estrofes?

Os versos “que, se mil vezes pudesse morrer, / essa dor me seria menor de sofrer!”

c)   Qual é o número de versos em cada estrofe, incluindo o refrão?

Seis versos.

d)   Explique qual é o esquema de rimas do poema em galego-português.

O primeiro verso de cada estrofe rima com o quarto, o segundo rima com o terceiro, e os dois versos do refrão rimam entre si.

e)   Além das rimas, um recurso comum em canções, que outra característica da forma pode demonstrar que esse poema foi composto para ser cantado?

A presença de refrão.

02 – Quanto aos significados do poema, o texto revela o desespero do eu lírico. Qual é a causa desse desespero?

      O fato de a mulher amada não ter falado com ele no momento em que foi despedir-se dela.

03 – A ideia de menosprezo também é enfatizada no texto. Copie no caderno os trechos da versão original do poema que fazem referência ao comportamento da mulher diante do eu lírico.

      “E não me falou, nem me quis ouvir,” / “fez pouco caso e me tratou com desdém;” / “e, porque não disse nem mal nem bem,” / “[...] e não me quis falar”.

04 – A maneira como o eu lírico reage ao desentendimento com a amada pode chamar a atenção do leitor de nossa época. Que reação é essa? Copie no caderno os versos que justificam sua resposta.

      Chama a atenção o exagero da reação do eu lírico diante da atitude da amada, a intensidade de seu sofrimento: “que, se mil vezes pudesse morrer, / essa dor me seria menor de sofrer!”

05 – Um sentimento semelhante ao do eu lírico da cantiga foi traduzido em alguns dos versos de uma das canções brasileiras. Copie no caderno os versos da canção que podem ter essa relação com a cantiga.

      Sugestão: “Meu encanto / Estou sofrendo tanto / Amor, e o que é o sofrer / Para mim que estou / Jurado pra morrer de amor?”

 

 



 

domingo, 15 de maio de 2022

POEMA: CANÇÃO DE OUTONO - GUILHERME DE ALMEIDA - COM GABARITO

 Poema: Canção de Outono

             Guilherme de Almeida


Estes lamentos
Dos violões lentos
Do outono
Enchem minha alma
De uma onda calma
De sono.

E soluçando,
Pálido, quando
Soa a hora,
Recordo todos
Os dias doidos
De outrora.

E vou à toa
No ar mau que voa.
Que importa?
Vou pela vida,
Folha caída
E morta.

VERLAINE, Paul. Tradução de Guilherme de Almeida. In: LARANJEIRA, Mario. Poética da tradução: do sentido à significância. v. 12. São Paulo: Edusp, 1993. Col. Criação & crítica.

Fonte: Livro – Viva Português 1° – Ensino médio – Língua portuguesa – 2ª edição 1ª impressão – São Paulo – 2014. p. 32.

Entendendo o poema:

01 – Nesse texto há uma queixa, uma lamentação. Que lamenta o eu lírico do poema?

      Lamenta o fato de o tempo ter passado e ele seguir a vida à toa, apenas com algumas recordações.

02 – Releia a última estrofe do poema e reflita sobre o sentido das palavras ar e folhas. Considerando o sentido geral do poema e responda:

a)   O que você entende por “ar mau que voa”?

Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Trata-se do ar de outono, que traz para o eu lírico recordações que não lhe fazem bem; o “ar mau que voa” pode ser compreendido como o tempo que passa implacável.

b)   Explique o sentido da palavra folha nos dois últimos versos do poema.

A folha é o próprio eu lírico, que se sente acabado, morto, já que, naquele momento, a vida para ele não tem sentido.

 

PROPAGANDA: DO CONAR - REVISTA VEJA - COM GABARITO

 Propaganda: Do CONAR

 

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        O CONAR existe para coibir os exageros na propaganda. – E ele é 100% eficiente nesta missão.

        Nós adoraríamos dizer que somos perfeitos. Que somos infalíveis. Que não cometemos nem mesmo o menor deslize. E só não falamos isso por um pequeno detalhe: seria uma mentira. Aliás, em vez de usar a palavra “mentira”, como acabamos de fazer, poderíamos optar por um eufemismo. “Meia-verdade”, por exemplo, seria um termo muito menos agressivo. Mas nós não usamos esta palavra simplesmente porque não acreditamos que exista uma “Meia-verdade”.

        Para o CONAR, Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária, existem a verdade e a mentira. Existem a honestidade e a desonestidade. Absolutamente nada no meio.

        O CONAR nasceu há 29 anos (viu só? não arredondamos para 30) com a missão de zelar pela ética na publicidade. Não fazemos isso porque somos bonzinhos (gostaríamos de dizer isso, mas, mais uma vez, seria mentira). Fazemos isso porque é a única forma da propaganda ter o máximo de credibilidade. E, cá entre nós, para que serviria a propaganda se o consumidor não acreditasse nela?

        Qualquer pessoa que se sinta enganada por uma peça publicitária pode fazer uma reclamação ao CONAR. Ele analisa cuidadosamente todas as denúncias e, quando é o caso, aplica a punição. 

        O processo de julgamento é rápido e desburocratizado. E, em caso de uma clara infração ao Código de Ética, o CONAR pede a suspensão imediata da campanha até que seja realizado o julgamento. Anunciantes, agências de publicidade e veículos aceitam todas as resoluções do CONAR — mesmo que elas acabem por tirar do ar uma campanha em que milhões já foram investidos. Aí você pergunta: “E não tem choro?”. Ao que nós, honestamente, respondemos: “Mas é claro que tem”. Pergunte a qualquer publicitário se ele já teve alguma campanha suspensa pelo CONAR. São grandes as chances de a resposta ser positiva. Agora, pergunte o que ele achou dessa punição. São imensas as chances de a resposta incluir algumas palavras pouco elogiosas dirigidas à nossa séria e respeitável entidade. Mas o CONAR não está preocupado com o seu nível de popularidade entre os publicitários (seria impossível fazer o nosso trabalho se estivéssemos nos importando com isso).

        Estamos muito mais interessados em cumprir a nossa missão, que é fazer com que a publicidade seja sempre honesta, responsável e respeitosa.

        E não meio honesta, meio responsável e meio respeitosa. Isso não existe nem na propaganda, nem na vida.

Revista Veja. São Paulo, Abril, 8 jul. 2009.

Fonte: Livro – Viva Português 2° – Ensino médio – Língua portuguesa – 1ª edição 1ª impressão – São Paulo – 2011. Ed. Ática. p. 210-2.

Entendendo a propaganda:

01 – As propagandas têm por objetivo seduzir as pessoas, isto é, convencê-las a consumir um produto ou fazê-las simpatizar com a ideia. Qual é o objetivo da propaganda aqui apresentada?

      A propaganda tem como objetivo levar o leitor a conhecer esse órgão de fiscalização e mostrar-lhe que ele tem um ideal pautado na ética.

02 – As propagandas publicitárias costumam englobar uma grande diversidade de elementos: imagens, cores, frases de efeito, etc. Considera-se inclusive, a linguagem visual como um de seus grandes atrativos atualmente. A propaganda lida, porém, não apresenta os efeitos visuais tão comuns a esse gênero de texto. Como você justificaria essa simplicidade visual?

      A propaganda não utiliza esses meios porque privilegia a linguagem verbal, por meio da qual produz argumentos para convencer o leitor. Assim, seu objetivo é chamar a atenção para a seriedade do CONAR, apresenta-lo como um órgão idôneo.

03 – A propaganda lida utiliza um texto do tipo argumentativo e alguns recursos a fim de convencer o interlocutor de seus objetivos. Indique um recurso do texto que torna a propaganda coerente com seu objetivo.

      O fato de o texto publicitário abrir mão do uso do eufemismo pode chamar a atenção do leitor pela sinceridade, fazendo com que ele dê credibilidade ao órgão e possa contatá-lo quando se sentir enganado.

04 – Leia uma das frases que introduzem a propaganda.

        “E ele é 100% eficiente nesta missão.”

a)   O pronome “ele”, sujeito da frase, faz referência a qual termo já mencionado?

O pronome refere-se ao CONAR.

b)   Esse sujeito tem uma importante característica que é apresentada por um predicativo. Qual?

100% eficiente.

c)   Considere os argumentos usados na propaganda e explique a razão de essa frase ter sido riscada.

Como nada é perfeito e o CONAR não admite mentir, a frase foi riscada, ou seja, foi negada na propaganda por meio de um recurso gráfico.

05 – Observe as orações sublinhadas nas frases retiradas da propaganda:

·        Mas nós não usamos esta palavra simplesmente porque não acreditamos que exista uma “Meia-verdade”.

·        Qualquer pessoa que se sinta enganada por uma peça publicitária pode fazer uma reclamação ao CONAR. Ele analisa cuidadosamente todas as denúncias e, quando é o caso, aplica a punição

·        O processo de julgamento é rápido e desburocratizado. E, em caso de uma clara infração ao Código de Ética, o CONAR pede a suspensão imediata da campanha até que seja realizado o julgamento.

        Pelas orações destacadas, é possível afirmar que o fato foi apresentado sob a perspectiva do sujeito (CONAR) e das ações que ele pratica.

a)   Qual a voz verbal utilizada nas orações?

É a voz ativa.

b)   Reescreva cada excerto destacado, transformando as orações sublinhadas de forma que elas mostrem o fato sob a perspectiva do acontecimento que é gerado pela interferência do CONAR.

Mas esta palavra não é usada por nós simplesmente porque não acreditamos que exista uma “Meia-verdade”.

Qualquer pessoa que se sinta enganada por uma peça publicitária pode fazer uma reclamação ao CONAR. Todas as denúncias são analisadas por ele cuidadosamente e, quando é o caso, a punição é aplicada

O processo de julgamento é rápido e desburocratizado. E, em caso de uma clara infração ao Código de Ética, a suspensão imediata da campanha é pedida pelo CONAR até que seja realizado o julgamento.

c)   Que efeito de sentido o uso da voz ativa traz ao texto?

Ao usar a voz ativa, a propaganda pretende enfatizar o sujeito e suas ações, dando relevo à eficiência do CONAR.

 

 

 

 

 

REPORTAGEM: EU, MEU MELHOR AMIGO - ROSANA ZAKABI - REVISTA VEJA - COM GABARITO

 Reportagem: Eu, meu melhor amigo

                      Rosana Zakabi

          "Eu, meu melhor amigo. A autoestima é a melhor aliada do sucesso na vida pessoal e profissional. Não há idade-limite para conquistá-la." Rosana Zakabi

        Os manuais de autoajuda se incorporaram à vida moderna tanto quanto os telefones celulares ou a internet. Cada vez mais gente encontra inspiração em seus conselhos para perseguir uma vida melhor, seja do ponto de vista material, seja do espiritual. Os títulos de maior sucesso ensinam a ficar rico em pouco tempo, a atrair a sorte para si próprio e a galgar degraus no trabalho rapidamente. Se todos os títulos de autoajuda fossem colocados em uma centrífuga, o conselho fundamental que daí resultaria seria: goste de você, tenha confiança em si mesmo, acredite em sua capacidade. Em resumo: preserve sua autoestima. Os psicólogos são unânimes em afirmar que a autoestima é a principal ferramenta com que o ser humano conta para enfrentar os desafios do cotidiano, uma espécie de sistema imunológico emocional. Ela determina, em última análise, a forma como nos relacionamos com o mundo. "A pior desgraça para nós é desdenhar aquilo que somos", escreveu ainda no século XVI o filósofo francês Michel de Montaigne. Resume o historiador inglês Peter Burke: "A autoestima é o conceito mais estudado na psicologia social, e há um bom motivo para isso. Ela é a chave para a convivência harmoniosa no mundo civilizado".

        A autoestima é vital não apenas para as pessoas mas também para as famílias, os grupos, as empresas, as equipes esportivas e os países. Sem ela, não há terreno fértil para as grandes descobertas nem para o surgimento dos líderes. Quem não acredita em si mesmo acha que não vale a pena dizer o que pensa. Desde o início da civilização, o mundo é movido a pessoas que confiam de tal forma nas próprias ideias que se sentem estimuladas a dividi-las com os outros.

        [...]

Revista Veja, 4 jul. 2007.

Fonte: Livro – Viva Português 2° – Ensino médio – Língua portuguesa – 1ª edição 1ª impressão – São Paulo – 2011. Ed. Ática. p. 155-6.

Entendendo a reportagem:

01 – Ao ler o trecho da reportagem “Eu, meu melhor amigo”, já é possível identificar um tema principal.

a)   Qual é esse tema?

A importância da autoestima.

b)   Qual a sua opinião sobre esse tema?

Resposta pessoal do aluno.

c)   De alguma forma, o texto influencia a sua opinião?

Resposta pessoal do aluno.

02 – Vamos estudar os tempos e os modos verbais de alguns parágrafos do texto. Releia então os parágrafos pedidos a seguir:

        1° parágrafo: “Os manuais de autoajuda... no mundo civilizado.” Incorporaram, encontra, ensinam, fossem, resultaria, seria, goste, tenha, acredite, preserve, são, é, conta, resume, há.

        4° parágrafo: “A autoestima é vital... com os outros.” É, há, acredita, acha, pensa, confiam, sentem.

        Agora, copie no caderno e agrupe os verbos indicados de acordo com os tempos e modos verbais em que estão.

      Incorporaram = pretérito perfeito do indicativo; Fossem = pretérito imperfeito do subjuntivo; Resultaria, seria = futuro do pretérito do indicativo; Encontra, ensinam, são, é, conta, resume, há, acredita, acha, pensa, confiam, sentem = presente do indicativo; Goste, tenha, acredite, preserve = imperativo afirmativo (presente).

03 – No texto estudado, aparecem mais as subdivisões dos tempos presente ou futuro?

      Há mais verbos no presente.

04 – Qual das frases abaixo, completa o sentido, copie no caderno, levando em conta às questões anteriores. As subdivisões do tempo passado .......

a)   São mais significativas nos textos narrativos como o conto.

b)   São mais significativas nos textos argumentativos como o artigo de opinião.