domingo, 1 de julho de 2018

ARTIGO DE OPINIÃO: FELICIDADE REALISTA - MARTHA MEDEIROS - COM GABARITO


ARTIGO DE OPINIÃO: "FELICIDADE REALISTA"
Martha Medeiros

             
        De norte a sul, de leste a oeste, todo mundo quer ser feliz. Não é tarefa das mais fáceis. A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.
        Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis. Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica, a bolsa Louis Vuitton e uma temporada num SPA cinco estrelas. E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito.
        É o que dá ver tanta televisão. Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Por que só podemos ser felizes formando um par, e não como ímpares? Ter um parceiro constante, pode ou não, ser sinônimo de felicidade a não ser que seja a felicidade de estar correspondendo às expectativas da sociedade, mas isso é outro assunto. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.
        Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade.
        Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar. É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se.
        Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade.
                            Martha Medeiros. Coluna do site “Almas Gêmeas”,
                                                                       Acesso em 08/01/2001.

Entendendo o texto:
01 – Qual é o assunto abordado no texto?
      O assunto abordam a vida, a felicidade e os elementos que contribuem para uma vida harmoniosa.

02 – Você concorda com título “Felicidade realista”? Justifique. Caso discorde, que título daria ao texto? Por quê?
      Resposta pessoal do aluno.

03 – Na sua opinião, o que significa “não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio”?
      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: que o amor é sempre grande, verdadeiro e imponente, principalmente aquele que sentimos por nós mesmos.

04 – O que mais você acredita que não deve ser “minúsculo”?
      Resposta pessoal do aluno.

05 – Por que a autora está condenando um meio de comunicação? Você concorda com ela? Por quê?
      O texto dá a entender que a televisão atrai a atenção das pessoas para si, semeia fantasias e ilusões, materializa as pessoas.

06 – No último parágrafo, a autora termina com a frase “Invente seu próprio jogo”. Com base no texto, como seria esse jogo? Quais as regras?
      Resposta pessoal do aluno.

07 – O texto “Felicidade realista”, é um poema ou uma dissertação? Explique.
      É uma dissertação, isto é, um texto que procura levar ao leitor a mensagem de que a felicidade é algo mais simples do que imaginamos.

08 – “... mas nossos desejos são ainda mais complexos.” A conjunção “mas”, nesse trecho introduz uma ideia de:
a)   Adição.
b)   Oposição.
c)   Alternância.
d)   Conclusão.

09 – “... mas nossos desejos são ainda mais complexos.” A palavra “mais” aqui é um advérbio e apresenta uma circunstância de:
a)   Tempo.
b)   Modo.
c)   Intensidade.
d)   Oposição.

10 – “Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema” A conjunção “para”, nesse trecho, introduz uma ideia de:
a)   Condição.
b)   Causa.
c)   Consequência.
d)   Finalidade.

11 – “... queremos a piscina olímpica e uma temporada num SPA cinco estrelas.” A conjunção “e”, nesse trecho, introduz uma ideia de:
a)   Adição.
b)   Oposição.
c)   Alternância.
d)   Conclusão.

12 – De acordo com o texto, esses problemas são criados:
a)   Pela mente das pessoas.
b)   Pela televisão.
c)   Pela família.
d)   Por seres estranhos.

13 – “... ser felizes de uma forma mais realista.” Segundo o texto, seria:
a)   Aceitar a regras estabelecidas.
b)   Ignorar a felicidade.
c)   Ver que a felicidade pode existir de formas distintas.
d)   Não acreditar nos sonhos.

14 – De acordo com o 4° parágrafo do texto, falando sobre dinheiro o autor só NÃO DISSE que:
a)   É algo abençoado o dinheiro.
b)   O dinheiro pode ser uma prisão.
c)   É importantíssimo fazer uma poupança para o futuro.
d)   Muita coisa boa não custa nada.

15 – “Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno.” Essas ideias são exemplos de:
a)   Simplicidade.
b)   Ostentação.
c)   Irracionalidade.
d)   Incerteza.



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