segunda-feira, 30 de julho de 2018

REPORTAGEM: O TURISMO DA BONDADE - CAROLINA ROMANINI - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO

REPORTAGEM: O turismo da bondade
        Jovens adeptos do intercâmbio voluntário viajam pelo mundo para trabalhar em instituições filantrópicas e, segundo eles, buscar o crescimento pessoal.


        No mundo inteiro, o intercâmbio estudantil é uma maneira tradicional de os jovens viajarem para o exterior para aprender um segundo idioma e entrar em contato com outras culturas. Agora, uma variante desse tipo de programa vem se popularizando, inclusive no Brasil – o intercâmbio voluntário. Ele consiste em viajar para outro país não apenas para estudar, mas para engajar-se em atividades filantrópicas ou auxiliar entidades de preservação ambiental. Segundo os estudantes, essa é uma forma de se sentir útil, ajudar o próximo ou colaborar para a saúde do planeta, obtendo como recompensa o crescimento pessoal. De quebra, o voluntariado enriquece o currículo. Nos Estados Unidos e em vários países da Europa, muitas escolas de ensino médio e faculdades exigem que o aluno, para receber o diploma, tenha cumprido um mínimo de horas de trabalho voluntário. Exercer esse trabalho em outro país é mais enriquecedor e divertido. As agências de intercâmbio brasileiras informam que a procura por programas desse tipo cresceu três vezes nos últimos dois anos.
        Há duas formas de hospedagem: a primeira delas é ficar na casa de uma família e dividir o dia entre o estudo e o voluntariado; a segunda é ficar na própria instituição em que se trabalha. No caso da Alemanha, a maior quantidade de bolsas desse tipo tem como destino o Brasil. Depois de fazer voluntariado na Dinamarca, cuidando de crianças órfãs, o alemão Maximilian Georgi, de 21 anos, decidiu que gostaria de dar continuidade à experiência num local no qual as pessoas vivessem uma realidade diversa da sua. Escolheu o Brasil e há três meses trabalha com crianças carentes em Porto Alegre. “É um choque de realidade”, conta ele. [...]
        Uma pesquisa realizada neste ano por algumas agências mostrou que o Brasil é o segundo destino favorito para fazer intercâmbio voluntário. O primeiro lugar coube ao Peru, entre outros motivos, pela peculiaridade de o país manter vivas as tradições indígenas.

[...]
        Já a estudante paulista de veterinária Raissa Seabra Bittencourt, de 18 anos, procurou um programa que a ajudasse na profissão que escolheu. Em julho passado, ela foi trabalhar em um parque nacional, na África do Sul, que abriga animais selvagens. Chegou a cuidar de guepardos e de outros felinos acidentados. “Notei grande diferença na minha bagagem quando retornei à faculdade", diz Raissa.

(Carolina Romanini, Veja, 02.12.2009)

Entendendo o texto:

01 – Identifique:
      Título: O Turismo da Bondade
    Subtítulo: Jovens adeptos do intercâmbio voluntário viajam pelo mundo para trabalhar em instituições filantrópicas e, segundo eles, buscar o crescimento pessoal.
      Autoria: Carolina Romanini.
      Veículo de publicação: Revista VEJA.
      Data: 02/12/2009.

02 – Justifique o título do texto.
      São jovens fazendo intercâmbio voluntário em instituições filantrópicas pelo mundo.

03 – Quais as vantagens, segundo os estudantes, dessa forma de intercâmbio estudantil?
      Ele consiste em viajar para outro país não apenas para estudar, mas para engajar-se em atividades filantrópicas ou auxiliar entidades de preservação ambiental. Atingindo assim, o crescimento pessoal.

04 – Se você tivesse uma oportunidade, gostaria de fazer um intercâmbio? Para onde? E fazer o quê?
      Resposta pessoal do aluno.

Questões 5 a 7, assinale a alternativa correta:

05 – De acordo com o texto, é correto afirmar que:
(A) O intercâmbio voluntário já é uma prática em outros países mas, no Brasil, o interesse por esse tipo de intercâmbio não tem mostrado avanços.
(B) Aqueles que optam pelo intercâmbio voluntário visam, prioritariamente, à inserção mais rápida no mercado de trabalho internacional.
(C) Os países da América Latina são os que mais recebem voluntários da Europa, que vêm com o intuito de se aprimorar na profissão que escolheram.
(D) A diversão e o amadurecimento interior, promovidos pela experiência de intercâmbio, colaboram para a formação pessoal dos jovens.
(E) Uma das formas de hospedagem é o voluntário passar um curto período em diferentes casas que pertencem a famílias carentes.

06 – Pela leitura do texto, conclui-se que o objetivo principal da jornalista é:
(A) Passar informações que possam esclarecer os leitores sobre um fato, em princípio, desconhecido por eles.
(B) Construir o texto de forma a expressar as ideias em nível poético, literário e com aspectos líricos.
(C) Reunir argumentos e dados para criticar os jovens brasileiros que não praticam o intercâmbio voluntário.
(D) Usar o texto como meio para expor seus sentimentos e dúvidas em relação ao tema abordado.
(E) Discutir os recursos linguísticos necessários para a elaboração de um bom texto jornalístico.

07 – Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente o texto a seguir:
        Muitos jovens estão ....... espera do início das inscrições para as vagas de serviço voluntário disponíveis em países africanos. .............. partir de setembro, todas as informações relativas ...........essas vagas, estarão no site das agências conveniadas.
(A) à ... A ... a     
(B) à ... a ... à   
(C) à ... À ... à 
(D) a ... À ... a    
(E) a ... À ... à.

08 – Quais são as duas formas de hospedagem, que existe no turismo da bondade?
·        Primeiro é ficar na casa de uma família e dividir o dia entre o estudo e o voluntariado.
·        Segundo é ficar na própria instituição em que se trabalha.

09 – Qual foi o País escolhido pelo alemão Maximilian Georgi? E qual trabalho ele veio fazer? E o que ele disse?
      Ele escolheu o Brasil. Veio trabalhar com crianças carentes em Porto Alegre. “E um choque de realidade.”

10 – Qual o País que ocupa o primeiro lugar em fazer intercambio voluntário? E qual ficou em segundo lugar?
      De acordo com uma pesquisa o Peru, ocupou o primeiro lugar. O segundo lugar ficou para o Brasil.

11 – De acordo com o texto, quem foi trabalhar no Parque Nacional na África do Sul? Em que época? Qual tipo de animais ela foi cuidar?
      Foi a estudante de veterinária Raissa Seabra Bittencourt. Em julho passado. Cuidava de guepardos e outros felinos.

12 – Qual foi a conclusão que Raissa tirou desta experiência?
      “Notei grande diferença na minha bagagem quando retornei à faculdade".
     


10 comentários: