01 – No texto, podemos
entender a palavra “vento” com o
sentido de:
a)
Tempo.
b)
Aragem.
c)
Ventania.
d)
Brisa.
02 – Assinale a melhor
resposta. O motivo que conduz o poema é:
a)
O vazio da vida humana.
b)
A fuga rápida do tempo e as marcas que deixa
nas pessoas.
c)
A ideia de violência na vida humana,
caracterizada pelo verbo varrer.
d)
A interferência da natureza na vida do homem.
03 – O verso: “E a minha vida ficava”, presente em
todas as estrofes, simboliza a:
a)
Pressão da razão sobre os sentimentos.
b)
Volubilidade emocional do ser
humano.
c)
Perenidade da condição humana.
d)
Incerteza diante do futuro.
04 – Já o verso: “Cada vez mais cheia”, também repetido
em todas as estrofes, pode representar o(a):
a)
Alegria do tempo vivido.
b)
Insipidez de uma existência sem poesia.
c)
Amadurecimento crítico em oposição às ilusões
adolescentes.
d)
Acumulação gradativa de
experiências existenciais.
05 – Aproveitando o tema do
poeta e adequando-se à forma e conteúdo do poema, podemos afirmar que a vida só
não é um(a):
a)
Ciranda de emoções.
b)
Voragem de sentimentos.
c)
Desfile de glórias.
a)
Fática, porque o autor procura testar o canal
de comunicação.
b)
Metalinguística, porque há explicação do
significado das expressões.
c)
Conotativa, uma vez que o leitor é provocado
a participar de uma ação.
d)
Referencial, já que são apresentadas
informações sobre acontecimentos e fatos reais.
e)
Poética, pois chama-se a atenção
para a elaboração especial e artística da estrutura do texto.
07 – A partir do título do
poema, percebe-se que o eu poético vai estabelecer uma relação. Que relação é
essa?
Relação à vida do autor, presente como o
eu-lírico.
08– Como estão estruturados
os versos e estrofes do poema?
O poema em seu
rigor formal, é composto de quatro sextilhas.
09 – A partir de que relação
de semelhança pode-se afirmar que ocorre, no poema, uma metáfora entre vento e tempo?
Na 1ª sextilha há
um sentido associativo (metáfora) atribuído à palavra vento e ao verbo varrer
(varria), a primeira corresponde ao significado de tempo e a segunda a ação do
vento, se essas palavras fossem substituídas por outras como: brisa, ventania
ou soprar (respectivamente nos casos), não expressariam o abalo que o eu-lírico
sofre, pois ao carregar folhas, frutos, flores. (1ª sextilha).
10 – Que expressão se repete
nas (2.ª, 3.ª, 4.ª sextilhas) para significar algo que vai ocorrendo,
gradativamente, ao longo de um tempo ou à medida da ação do vento/tempo?
As expressões são:
2ª sextilha – luzes, músicas, aromas.
3ª sextilha – meses e sorrisos.
4ª sextilha – percebe-se que o vento é
capaz de tirar seus prazeres da vida.
11 – Que vocábulos do poema
permitem perceber que o eu poético fala de uma situação passada?
“E a minha vida ficava cada vez mais
cheia”, reconhece-se nesse aspecto que a canção do vento também torna-se a sua,
reconhecendo assim sua plenitude enquanto ser relacionada a ação do tempo que
ironicamente, à medida que lhe varia todas as coisas, deixava a mesma cada vez
mais cheia.
12 – No verso: “E a minha vida ficava”, existe uma
carga semântica, pois está presente em todas as estrofes. Por quê?
Este verso
simboliza a perenidade da condição em que se encontra o eu-lírico.
13 – O eu-lírico usa a
repetição das reticências em muitos versos, com que finalidade?
Para alongar o
ritmo da frase e o momento da rememoração na consciência, como se inserissem no
texto pausas internas, espaços de silêncio.
14 – No poema, a expressão “minha vida” refere-se à vida:
a)
Da amada.
b)
Da natureza.
c)
Das mulheres.
d)
Do eu-lírico.
15 – Nos três primeiros
versos – “O vento varria as folhas, / O
vento varria os frutos, / O vento varria as flores...” –, a semelhança
sonora das palavras:
a)
Cria musicalidade no poema.
b)
Elabora uma prosa poética.
c)
Constrói imagens desconhecidas.
d)
Elimina o ritmo do poema.
16 – Pode-se afirmar que
“Canção do vento e da minha vida” é um poema porque:
a)
Está estruturado em frases e parágrafos
repetidos.
b)
Está organizado em versos com ritmo
e sonoridade.
c)
Conta, em linguagem figurada, uma história de
amor.
d)
Compara vida e natureza alterando a estrutura
das estrofes.
17 – A leitura do poema
sugere que a vida:
a)
Acumula experiências.
b)
Esvazia os dias.
c)
Destrói os sonhos.
d)
Devasta a natureza.
18 – O poema se organiza em
torno da seguinte ideia:
a)
A vida é como o vento, varre os
maus momentos.
b)
A vida é como o vento, varre os bons
momentos.
c)
O tempo passa com o vento, enquanto a vida se
preenche.
d)
O tempo passa como o vento, enquanto a vida
se esvazia.
19 – O poema chama a atenção
pela sua construção paralelística, isto é, pela repetição total ou parcial de
versos.
a)
Quais dos seguintes tipos de paralelismo
foram empregados no poema? Sintático – Semântico – Rítmico – Gráfico.
Foram empregados todos eles.
b)
Em cada uma das estrofes, o eu lírico trata
dos efeitos do vento e agrupa-os em blocos semânticos distintos. Observe o
conteúdo d cada uma das três primeiras estrofes e associe-os, na ordem em que
aparecem, aos seguintes itens: relacionamentos – percepção sensorial –
natureza.
Natureza – percepção sensorial (visão, audição e olfato) –
relacionamentos.
c)
Considerando que os paralelismos são
estruturas de repetição, o que essas repetições sugerem no plano da vida do eu
lírico?
Sugerem repetição, monotonia, uma vida sempre igual.
20 – Nessa “canção” de
Bandeira, o vento varre continuamente.
a)
Observe alguns dos significados do verbo
varrer e aponte aqueles que coincidem com os sentidos desse verbo no poema:
Varrer: 1. Limpar com vassoura. 2.
Arrastar-se por, roçar. 3. Levar, arrastar. 4. Destruir, devastar. 5. Fazer
desaparecer.
Todos eles estão de
alguma forma no poema; contudo, vale ressaltar o caráter devastador do vento, o
que remete para os significados 3,4 e 5.
b)
O vento, além do sentido de “ar em
movimento”, pode também apresentar outros, como o de “coisa vã, fugaz, efêmera,
passageira”, o que se verifica claramente no verso: “O vento varria os meses”,
conclua: A passagem do vento é a metáfora de quê?
Do tempo.
21 – Cada uma das estrofes
do poema se organiza a partir da oposição entre o vento e a condição do eu
lírico. Observe o esquema:
O vento varria: as folhas, os frutos,
as flores, as luzes, as músicas, etc.
E minha vida ficava cada vez mais cheia
de: frutos, flores, folhas, aromas, estrelas, cânticos, etc.
Tanto o verbo varrer quanto o
adjetivo cheia regem complementos. Observe a presença ou ausência de
preposição nesses dois casos e responda às questões a seguir.
a)
A ligação entre o verbo varrer e seus
complementos se faz com ou sem o auxílio de preposição? Consequentemente, qual
é a função sintática desses complementos do verbo?
Sem preposição; sua função é de objeto direto.
b)
A ligação entre o adjetivo cheia e
seus complementos se faz com ou sem auxílio de preposição? Que função sintática
desempenham os complementos desse adjetivo?
Com o auxílio de preposição: sua função sintática é de complemento
nominal.
c)
Qual o valor semântico da palavra de
em “cheia de...”?
·
Posse.
·
Restrição.
·
Qualidade, caráter.
·
Matéria, conteúdo.
22 – Considerando a regência
do verbo varrer e a do adjetivo cheia, no contexto, é possível
estabelecer relações entre elas e o conteúdo da canção. Identifique quais dos
itens abaixo correspondem a relações corretas.
a)
Agente da ação de varrer, o vento
age diretamente (sem preposição) sobre as coisas e seres que o circundam.
b)
Varrer é verbo transitivo direto, o que pressupõe
uma ação direta do eu lírico sobre as coisas e seres que o circundam.
c)
A regência do adjetivo cheia sugere uma
atitude passiva do eu lírico, que fica imóvel diante da ação do tempo.
d)
A regência do adjetivo cheia (de)
sugere o que fica acumulado, para o eu lírico, da experiência vivida, apesar (e
em razão) da ação devastadora do vento.
23 – na última estrofe, há
uma síntese da ação do vento e da condição do eu lírico. Segundo o texto, “o
vento varria tudo!”, e a vida do eu lírico ficava “cada vez mais cheia de
tudo”. Indique ao menos dois sentidos para a palavra cheia nesse contexto.
1° sentido:
plana, que tem em abundância; 2° sentido; farta, enfastiada, cansada.
24 – Qual dos seguintes
temas podemos considerar como o tema central do poema?
a)
A efemeridade do tempo e da
natureza.
b)
A importância humana diante da natureza.
c)
O cotidiano massacrante da vida.
Vento e vida
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