Poema: INVASÃO
PROIBIDA
Elias José
Que ninguém invada
meu quarto,
minha toca,
meu esconderijo,
meu caramujo,
que eu viro fera.
Se minha mãe bater na porta,
eu não abro.
[...]
Se meu pai bater na porta,
eu não abro.
Irmão se bater
eu mato.
Não abro pra ninguém...
ou melhor...
pensando bem...
se ele batesse...
Quase abri a porta
só do susto
de pensar.
Elias José. Cantigas de adolescer, São Paulo, Atual, 1992.
Entendendo o poema:
01 – Quem está “falando” no poema é um garoto ou uma
garota? Por quê?
É uma garota, porque deseja que o namorado (amigo) chegue.
02 – O que indicam as reticências no texto?
Hesitação, desejo.
03 – Em: “Eu viro fera”, “Eu mato” o autor usou o sentido
próprio e literal das palavras ou o sentido figurado e conotativo? Que sentido
tem “fera” e “mato” no texto?
Usou sentido figurado: fico enfurecida e agarro, dou tabefes.
04 – De acordo com o texto, dê a função sintática das
palavras abaixo:
·
Ninguém: sujeito.
·
Meu
quarto: objeto direto.
·
Minha
toca:
objeto direto.
·
Meu
esconderijo: objeto direto.
·
Meu
caramujo: objeto direto.
·
Minha
mãe:
sujeito.
·
Na
porta: adjunto adverbial.
·
Não: adjunto adverbial.
·
Não
abro pra ninguém: predicado.
·
Porta: objeto direto.
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