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sábado, 8 de maio de 2021

CONTO: SONHOS DE ROBÔ - ISAAC AZIMOV - COM GABARITO

 CONTO: SONHOS DE ROBÔ

                   Isaac Azimov

               — Eu sonhei ontem à noite — disse LVX-1, calmamente.

Susan Calvin ficou em silêncio, mas seu rosto vincado de rugas, pleno de sabedoria e de experiência, teve um estremecimento quase imperceptível.

— Ouviu isto? — perguntou Linda Rash, nervosa. — Foi o que eu lhe disse.

[...]

— Elvex, você não pode mover-se ou falar ou nos ouvir até que eu diga seu nome novamente. Não houve resposta. [...]

As mãos de Linda Rash manipularam os controles durante alguns instantes; ela interrompeu o processo, recomeçou, e daí a pouco o visor se iluminou revelando um painel de padrões matemáticos.

— Com sua licença — disse a Dra. Calvin, sentando-se diante do computador.

[...]

Meticulosamente, a Dra. Calvin examinou o visor, fazendo com que as imagens corressem para um lado e para outro, depois subindo, e de repente digitou uma combinação com gestos tão rápidos que Linda não percebia o que tinha sido feito, mas o visor mostrava logo uma porção ampliada do padrão anterior. A Dra. Calvin prosseguiu em seu exame, avançando, recuando, [...].

Linda estava abismada. Era impossível analisar um padrão daqueles sem contar com a ajuda de pelo menos um computador portátil, e no entanto a Velha Senhora apenas fitava os dados. Haveria um computador implantado em seu crânio? Ou aquilo se devia apenas ao seu cérebro que durante décadas não tinha feito outra coisa senão projetar, estudar e analisar os padrões dos cérebros positrônicos? [...]

Finalmente a Dra. Calvin disse:

— Diga-me, Dra. Rash... o que andou fazendo? Ela respondeu embaraçada:

— Utilizei geometria fractal.

— Sim, percebo que sim. Mas por quê?

— Nunca tinha sido feito. Achei que poderia produzir um padrão mental mais complexo, talvez mais próximo dos padrões humanos.

— Consultou alguém para isto? Ou fez tudo sozinha?

— Não consultei ninguém. Foi ideia minha, apenas.

Os olhos fatigados de Susan Calvin fitaram demoradamente

a jovem.

— Você não tinha esse direito. Seu nome é Rash, hem? Imprudente... Um nome muito adequado. Quem é você para fazer isto sem consultar ninguém?

[...]

— Tive medo de que me proibissem de continuar.

-— Isso com certeza teria acontecido.

— Será que... — a voz da jovem vacilou, a despeito

de seu esforço para mantê-la firme — ... que vou ser despedida?

— É bastante possível — disse a Dra. Calvin. — Ou promovida, quem sabe?

Tudo depende do que eu descobrir de agora em diante.

[...]

Ela percebeu de repente, com um pequeno choque, que a Dra. Calvin tinha uma pistola eletrônica no bolso de seu guarda-pó. A Velha Senhora tinha vindo preparada justamente para isso.

— Veremos — disse ela. — Talvez ele seja valioso demais para ser desativado.

— Mas como é possível que ele sonhe?

— Você tornou seu cérebro positrônico notavelmente semelhante a um cérebro humano. Os cérebros humanos precisam sonhar para se reorganizar, para se libertar, periodicamente, de emaranhados e de nódulos. Talvez o mesmo esteja acontecendo com este robô, pela mesma razão. [...] Agora vamos ver o que conseguimos descobrir. — Virou-se para o robô e disse, com voz clara:

— Elvex.

A cabeça do robô voltou-se suavemente na sua direção.

— Sim, Dra. Calvin?

— Como sabe que esteve sonhando, Elvex?

— Acontece à noite, quando está tudo escuro, Dra. Calvin — disse ele. [...]

Ouço coisas. Tenho reações estranhas. Quando recorri a meu vocabulário para exprimir o que estava acontecendo, deparei com a palavra sonho. Estudei seu significado e cheguei finalmente à conclusão de que estava sonhando.

[...]

Linda fez rapidamente um gesto, calando o robô.

— Eu lhe dei um vocabulário semelhante ao dos humanos — disse ela. [...] — Pensei apenas que ele iria precisar do verbo. Algo como eu nunca sonhei que tal ou tal coisa pudesse acontecer... Algo assim.

A Dra. Calvin voltou a encarar o robô.

— Com que frequência tem sonhado, Elvex?

— Todas as noites, Dra. Calvin, desde que comecei a existir.

— Dez noites — disse Linda, ansiosa. — Mas ele só me falou a respeito disso hoje pela manhã.

— Por que só revelou isto hoje, Elvex?

 — Foi somente hoje, Dra. Calvin, que fiquei convencido de que estava sonhando. [...]

— E o que acontece nos seus sonhos?

— É praticamente o mesmo sonho todas as vezes, doutora. Há pequenos detalhes diferentes, mas sempre me parece que estou no interior de um vasto panorama onde há robôs trabalhando.

— Robôs, Elvex? E seres humanos também?

— Não vejo nenhum ser humano no sonho, Dra. Calvin, [...]. Apenas robôs.

— E o que fazem esses robôs?

— Trabalham. Alguns trabalham em mineração nas profundezas da Terra, outros com calor e com radiações. Vejo alguns deles em fábricas, outros no fundo do oceano.

A Dra. Calvin voltou-se para Linda.

— Elvex tem apenas dez dias de idade, e pelo que sei jamais deixou a estação de testes. Como pode saber da vida dos demais robôs com tal riqueza de detalhes?

Linda olhou na direção de uma cadeira próxima como se estivesse ansiosa para se sentar [...]. Com voz apagada, respondeu:

— Achei que seria importante para ele saber algo sobre robótica e sobre o papel dos robôs no mundo. [...]

— Então você viu todas essas coisas: lugares abissais, subterrâneos, a superfície... Imagino que tenha visto o espaço, também.

— Também vi robôs trabalhando no espaço — disse Elvex. [...]

— O que mais você viu, Elvex?

— Vi que todos os robôs estavam curvados de fadiga e de aflição, que estavam todos cansados de tanta responsabilidade e de tantas preocupações [...].

— Mas os robôs — disse a Dra. Calvin — não estão curvados nem cansados.

Eles não precisam de repouso.

— [...] No meu sonho parecia-me que os robôs deviam proteger sua própria existência.

— Está citando a Terceira Lei da Robótica?

— Sim, Dra. Calvin.

— Mas você a citou de forma incompleta. A Terceira Lei diz: Um robô deve proteger sua própria existência, na medida em que essa proteção não entre em conflito com a Primeira Lei e a Segunda Lei. qualquer menção à Primeira Lei ou à Segunda Lei.

— [...] A Segunda Lei, que tem precedência sobre a Terceira, diz: Um robô deve obedecer às ordens dos seres humanos, na medida em que essas ordens não entrem em conflito com a Primeira Lei. Devido a isto, os robôs obedecem a ordens. [...] Eles não estão fatigados nem necessitados de repouso.

— Sei que é assim na realidade, [...]. Mas o que descrevi foi o meu sonho.

— E a Primeira Lei, Elvex, a mais importante de todas, é: Um robô não pode fazer mal a um ser humano, nem, por omissão, permitir que um ser humano sofra qualquer mal.

— Sim, Dra. Calvin. Na vida real. No meu sonho, entretanto, era como se não existissem a Primeira e a Segunda Leis, mas apenas a Terceira [...].

[...]

— [...] mas no meu sonho a Lei se concluía na palavra existência. Não havia qualquer menção à Primeira Lei ou à Segunda Lei.

— Elvex, você não poderá se mover, nem falar, nem nos ouvir, até que eu pronuncie seu nome novamente.

[...]

— Dra. Calvin, estou assustada. Eu não tinha ideia... Nunca me ocorreu que semelhante coisa fosse possível.

— [...] Você criou um cérebro robótico capaz de sonhar e, com isto, revelou nesses cérebros uma camada de pensamento que de outro modo teria continuado a passar despercebida até que o perigo se tornasse irremediável.

— Mas isto é impossível. Não pode estar achando que os demais robôs pensam a mesma coisa.

— [...] O que nos estaria reservado no futuro, quando os cérebros dos robôs fossem se tornando mais e mais complexos... se não tivéssemos sido prevenidos?

— Por Elvex?

— Pela senhora, Dra. Rash [...]. Devemos começar a pesquisar cérebros fractais de agora em diante, produzindo-os sob controle cuidadoso. [...] Não receberá nenhuma punição pelo que fez, mas a partir de agora trabalhará em conjunto com outras pessoas. Entendeu?

— Sim, Dra. Calvin. Mas... e quanto a Elvex?

— Não sei ainda.

A Dra. Calvin retirou do bolso a pistola eletrônica. Linda olhou para a arma com olhos fascinados. [...]

— Ele não pode ser destruído — disse Linda. — É importante para essa pesquisa.

— Não pode, doutora? Essa é uma decisão minha, creio. Depende do grau de perigo que ele pode representar.

Ela empertigou-se [...] e disse:

— Elvex, pode me ouvir?

— Sim, Dra. Calvin — disse o robô.

— Fale-me sobre a continuação de seu sonho. Você disse que, de início, não apareciam seres humanos nele. Apareciam depois?

— Sim, Dra. Calvin. Pareceu-me que, num dado momento, aparecia um homem.

— Um homem? Não um robô?

— Sim, Dra. Calvin. E o homem dizia: Libertem meu povo!

— O homem dizia isto?

— Sim, Dra. Calvin.

— E quando dizia libertem meu povo, com as palavras meu povo ele se referia aos robôs?

— Sim, Dra. Calvin. Era assim no meu sonho.

— E no sonho você reconhecia esse homem?

— Sim, Dra. Calvin. Sei quem era esse homem.

— Quem era, então? E Elvex disse:

— Eu era esse homem.

Susan Calvin ergueu no mesmo instante a pistola eletrônica, e disparou. Elvex deixou de existir.

ASIMOV, Isaac. Sonhos de robô. Histórias de ficção científica. 1. ed. São Paulo: Ática, 2006. (Coleção Para gostar de ler, 38).

Fonte: Livro - APROVA BRASIL - Língua Portuguesa, 9º ano, 3ª ed. São Paulo: Moderna, 2019, p.18 -23.

 

ENTENDENDO O TEXTO

1. O objetivo comunicativo do texto é

a) argumentar sobre a evolução da robótica.

b) narrar uma história de ficção tendo a robótica como tema.

c) relatar uma pesquisa sobre desenvolvimento de robôs.

d) transmitir conhecimentos sobre os avanços tecnológicos em robótica.

 

2. Descreva, de maneira sucinta, as três personagens do conto.

a) LVX-1, ou Elvex.

Robô que apresenta uma característica diferenciada, pois é capaz de sonhar.

b) Susan Calvin, ou Dra. Calvin.

Coordenadora de uma pesquisa que desenvolve robôs, tem personalidade forte e questionadora.

 

c) Linda Rash.

Responsável por um aprimoramento no cérebro do robô que resulta no fato de ele começar a sonhar.

3. Qual é o conflito da narrativa, ou seja, a situação-problema que desencadeia uma série de acontecimentos e gera o enredo?

O conflito se apresenta logo no início da história: o robô, Elvex, conta que é capaz de sonhar.

4. Qual era a causa da preocupação da Dra. Calvin em relação ao fato de o robô ser capaz de sonhar?

Pode-se inferir que a Dra. Calvin teme que a semelhança do robô com os humanos ponha em risco a supremacia dos humanos.

5. Releia o trecho a seguir.

“— Elvex, você não poderá se mover, nem falar, nem nos ouvir, até

que eu pronuncie seu nome novamente.”

Pode-se inferir que o robô é ativado quando

a) é ligado.

b) ouve uma voz.

c) falam seu nome.

d) deseja algo.

6. Na conversa com Elvex, a Dra. Calvin cita três leis que devem ser seguidas pelos robôs. Essas leis parecem ter o objetivo de proteger quem: os robôs ou os seres humanos? Justifique.

As três leis estabelecem regras para a convivência entre robôs e humanos, criando uma relação de servilidade dos primeiros em relação aos segundos.

 

7.Releia o trecho:

“— Ele não pode ser destruído — disse Linda. — É importante para

essa pesquisa.

— Não pode, doutora? Essa é uma decisão minha, creio. Depende

do grau de perigo que ele pode representar.

Ela empertigou-se [...] e disse:

— Elvex, pode me ouvir?

— Sim, Dra. Calvin — disse o robô.

— Fale-me sobre a continuação de seu sonho. Você disse que, de

início, não apareciam seres humanos nele. Apareciam depois?”

• Que palavras foram utilizadas no trecho para que não houvesse repetição do nome da personagem Elvex?

O pronome ele e o substantivo robô.

8. Por que o conto “Sonho de robô” é considerado um texto de ficção científica?

Porque sua temática é relativa ao desenvolvimento da robótica, que pode causar impactos na vida social em razão de as máquinas ganharem inteligência semelhante à dos seres humanos.

 

 

 

 

sexta-feira, 24 de maio de 2019

TEXTO: AS TRÊS LEIS DA ROBÓTICA - ISAAC ASIMOV - COM QUESTÕES GABARITADAS

Texto: AS TRÊS LEIS DA ROBÓTICA 
                 
                        Isaac Asimov

   1. Um robô não pode prejudicar um ser humano ou, por omissão, permitir que o ser humano sofra dano.
    2. Um robô tem de obedecer às ordens recebidas dos seres humanos, a menos que contradigam a Primeira Lei.
   3. Um robô tem de proteger sua própria existência, desde que essa proteção não entre em conflito com a Primeira e a Segunda Leis.

        Andrew Martin disse "obrigado" e ocupou a cadeira que lhe foi indicada. Não parecia estar lançando mão do último recurso, mas estava.
        Não, parecia, aliás, coisa alguma, pois não havia nenhuma expressão em sua fisionomia, a não ser a tristeza que se imaginava vislumbrar no olhar. O cabelo era liso, castanho-claro, meio ralo; não usava barba. Dava impressão de que acabara de fazê-la, irradiando limpeza. Trajava-se de maneira conservadora, com roupas bem feitas, onde predominavam cores roxas em tecido de veludo.
        Diante dele, do outro lado da escrivaninha, via-se o cirurgião. A placa em cima da mesa incluía uma série de letras e números de identificação completa que Andrew nem se preocupou em examinar. Bastava chamá-lo de "doutor" e pronto.
        ─ Quando poderá ser feita a operação, doutor? ─ perguntou.
        Em voz baixa, no imperturbável tom de respeito que os robôs sempre usavam com as criaturas humanas, o médico respondeu:
        ─ Creio que não estou entendendo. A que operação o senhor se refere e quem seria submetido a ela?
        Poderia ter demonstrado certo ar de intransigência respeitosa, se um robô dessa espécie, de aço inoxidável meio bronzeado, fosse capaz de demonstrar qualquer tipo de expressão.
        Andrew Martin observou atentamente a mão direita do médico, acostumada a empunhar o bisturi, pousada sobre a escrivaninha. Os dedos longos eram modelados com articulações metálicas em curvas artísticas tão elegantes e apropriadas que se tomava fácil visualizar os instrumentos cirúrgicos com que deviam, temporariamente, se confundir. O seu trabalho não admitia hesitações, nem tropeços, tremores ou erros. Essa confiança em si mesmo, naturalmente, provinha da especialização, uma aspiração tão ardentemente desejada pela humanidade que raros robôs continuavam dotados de cérebros autônomos. Como esse cirurgião, por exemplo. Só que possuía uma capacidade de inteligência tão limitada que nem reconheceu Andrew e, provavelmente, jamais ouvira falar nele.
        ─ Nunca pensou que gostaria de ser homem? ─ perguntou Andrew.
        O médico vacilou um pouco, como se a pergunta não se enquadrasse em nenhuma das trilhas positrônicas que lhe tinham sido predeterminadas.
        ─ Mas, meu senhor, eu sou robô.
        ─ Não preferiria ser homem?
        ─ Gostaria era de ser melhor cirurgião. O que não seria possível, se fosse homem, mas apenas se pudesse ser um robô mais aperfeiçoado. Gostaria de ser um robô mais aperfeiçoado.
        ─ Não se ofende com o fato de que posso lhe dar ordens? Obrigá-lo a levantar-se, sentar, andar para cá e para lá, apenas pedindo para que faça isso?
        ─ Tenho o maior prazer em agradar ao senhor. Se as suas ordens interferissem no meu comportamento em relação ao senhor ou a qualquer outro ser humano, eu não lhe obedeceria. A Primeira Lei, relativa aos meus deveres com a segurança humana, teria prioridade sobre a Segunda, que se refere à obediência. Quanto ao mais, tenho o maior prazer em ser obediente. Agora, em quem devo efetuar a operação?
        ─ Em mim mesmo ─ respondeu Andrew.
        ─ Mas isso é impossível. Trata-se, evidentemente, de uma operação prejudicial.
        ─ Não interessa ─ afirmou Andrew calmamente
        ─ Eu não posso causar danos ─ retrucou o cirurgião.
        ─ Para uma criatura humana, claro que não pode ─ disse Andrew ─, mas eu também sou um robô.
                    Isaac Asimov. O homem Bicentenário. Trad. Milton Persson.
Porto Alegre: L&PM, 1997. (L&PM Pocket).
Entendendo o texto:
01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:
·        Vislumbrar: perceber ou compreender.
·        Intransigência: intolerância.
·        Positrônico: que se refere ao pósitron, antipartícula do elétron, cuja carga elétrica é igual à do elétron.

02 – Você já conhecia essa história? Comente.
      Resposta pessoal do aluno.

03 – Que tipo de cirurgia você acha que Andrew queria fazer?
      Para ser transformado em ser humano.

04 – A partir da descrição de Andrew Martin, foi possível perceber que ele tinha uma grande semelhança com os seres humanos. Você acha que um dia será possível que os robôs tenham características humanas? Comente.
      Resposta pessoal do aluno.

05 – O texto de Isaac Asimov mostra uma situação possível de ocorrer no dia-a-dia. No entanto, há um elemento que permite classificar essa obra como ficção científica. Que elemento é esse?
      A presença de robôs humanizados.

06 – O texto lido é iniciado com a descrição das três leis que caracterizam a robótica.
a)   A partir da leitura dessas leis, copie qual das afirmativas é correta.
·        O ser humano deve estar em 1° lugar sempre.
·        Um robô nunca pode ser ferido.
·        Tanto o robô quanto o ser humano devem ser protegidos de maneira igual.

b)   Com que finalidade essas leis foram apresentadas no texto?
A fim de mostrar os princípios e as atitudes que os robôs devem ter em relação ao ser humano, sempre protegendo-o, de modo que a criatura não se sobressaia ao seu criador.

c)   Isaac Asimov, em seu conto chamado Eu, robô, apresenta a sociedade sob a ameaça dos robôs, que estão tomando conta dela e se rebelando contra os seres humanos. Dessa forma, o que é demonstrado nesse conto em relação às leis da robótica apresentada no início de O Homem Bicentenário?
Que quando as regras são quebradas, fogem do controle do ser humano.

07 – O médico era considerado muito capaz devido a sua especialidade, que não permite tropeços, tremores ou erros. No entanto, isso fazia com que ele não tivesse habilidade para outras coisas, limitando-o. Cite um exemplo de falta de habilidade dele.
      Ele não reconhecia as pessoas.

08 – Em um momento do texto, Andrew questiona se o Robô não gostaria de ser humano.
a)   O que o robô respondeu?
Que ele gostaria de ser melhor cirurgião.

b)   Por que ele aceitava sua condição?
Porque fora criado e programado para ter uma habilidade específica, não sendo capaz de realizar atividades diversas.

09 – Andrew e o médico conversaram e discutiram sobre uma cirurgia que deveria ser realizada. Por que o médico não quis operar o paciente?
      Porque ele acreditou que Andrew era um ser humano.

10 – Ao longo do texto há descrições sobre as características de Andrew.
a)   Antes de ser revelado que Andrew era um robô, a descrição feita dele indicava isso? Por quê?
Não. Indicava que era um ser humano, pois a forma como ele aparece caracterizado é semelhante à de uma pessoa.

b)   Transcreva do texto trechos que comprovem sua resposta.
Isso pode ser observado no seguinte trecho: “O cabelo era liso, castanho-claro, meio ralo; não usava barba. Dava a impressão de que acabara de fazê-la, irradiando limpeza. Trajava-se de maneira conservadora, com roupas bem-feitas, onde predominavam cores roxas em tecido de veludo”.

c)   O que essas características de Andrew revelam em relação a ele e aos demais robôs?
Que Andrew era diferente deles, pois apresentava características que o aproximavam dos seres humanos.

11 – No final do texto há uma surpresa, uma quebra de expectativa. Explique do que se trata e por que ela foi inesperada.
      Trata-se da revelação feita por Andrew Martin, em que ele revela que é um robô, assim como o médico.

12 – As empresas estão adotando cada vez mais a robótica, uma vez que isso aumenta a produtividade e, consequentemente, o lucro delas. Apesar desse aspecto positivo, quais são os pontos negativos dessa incorporação da robótica nas grandes empresas?
      O principal problema é a substituição da mão de obra humana, que estimula o aumento do desemprego.

13 – No início do texto são expostas as três leis da robótica. Em cada uma delas aparece o termo um. Qual é a classe de palavras desse termo e que função ele desempenha nesse trecho?
      O termo é classificado como artigo indefinido e tem a função de generalizar a ideia, no caso, ele generaliza o termo robô.

14 – Releia o seguinte trecho do texto: “Andrew Martin disse ‘obrigado’ e ocupou a cadeira que lhe foi indicada. Não parecia estar lançando mão do último recurso, mas estava”. Que sentido a expressão em destaque apresenta nesse contexto?
      Lançando mão: utilizando.

15 – Observe os verbos empregados no trecho em que o autor expõe as três leis da robótica, no início do texto.
a)   Qual é o tempo verbal predominante?
Presente do indicativo.

b)   De que forma esse tempo verbal contribui para o objetivo a que esse trecho se propõe?
O trecho tem por objetivo orientar o leitor a seguir algumas leis e, para isso, emprega frases no presente.