domingo, 29 de outubro de 2023

CONTO: AS TRÊS VELHAS - LUÍS DA CÂMARA CASCUDO - COM GABARITO

Conto: AS TRÊS VELHAS

           Luís da Câmara Cascudo

        Uma viúva tinha uma filha muito bonita e religiosa que agradava a toda a gente. A viúva queria casar a filha com homem rico e para isso fazia o possível. Na esquina da rua onde moravam as duas havia uma casa de comércio afreguesada, cujo dono era solteiro e de posses. A viúva fazia as compras nessa casa e vivia estudando um meio de conseguir fazer com que o homem conhecesse e simpatizasse com sua filha.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjn_gAv47jaXO5ZSZv0MmMXZZwCv2__cmJ7xxzdDC6RLPvN2ID25WX1X8AhPCRyLCSASLR5rld-jtmwAls-LHNCW1qCvXfIvYzGTvwChxQWaiPwsteL2BixsYMc6e4VTapqj1rNtbhrADkthyphenhyphenn6pN26Y6R1pdsAT6KOQqO2fEyYB6Loh6oRU5X_Gqdw1b0/s320/VELHAS.jpg 


        Um dia ouviu-o dizer que só se casaria com uma moça trabalhadeira e que fiasse muito mais do que todas na cidade. A viúva comprou logo uma porção de linho, dizendo que era para a filha fiar, e que esta era a melhor fiandeira do mundo.

        A moça ia todas as madrugadas à missa das almas e encontrava lá três velhas muito devotas que a cumprimentavam.

        A viúva chegando a casa entregou o linho à moça, dizendo que teria de fiá-lo completamente até a manhã seguinte. A moça se valeu dos olhos, chorando, e foi sentar-se no batente da cozinha, rezando, desconsolada da vida. Estava nesse ponto quando ouviu uma voz perguntar.

        — Chorando por quê, minha filha?

        Levantou os olhos e viu uma das três velhinhas da missa das almas. Uma velha feia e corcunda.

        — E não hei de chorar? Minha mãe quer que eu fie todo esse linho e o entregue todo pronto amanhã de manhã... Mas não sei fiar!

        — Não se agonie, minha filha. Se você me convidar para seu casamento e prometer que três vezes me chamará tia, em voz alta, darei uma ajuda.

        A moça prometeu. A velha despediu-se e foi embora, deixando o monte de linho fiado e pronto. Como mágica. A viúva, quando achou a tarefa pronta, só faltou morrer de satisfeita. Correu até a loja do negociante, mostrando as habilidades da filha e pediu uma porção ainda maior de linho. O negociante espantado pelo trabalho da moça não quis receber dinheiro pela compra.

        Vendo que as cousas se encaminhavam como ela desejava, a viúva voltou a dar o linho pra a filha fiar até a manhã seguinte. Novamente a moça se agoniou muito e foi chorar na cozinha. Novamente apareceu uma velha, a segunda das três, que lhe propôs ajudá-la se ela a convidasse para o seu casamento e a chamasse tia por três vezes. A moça aceitou e o linho ficou pronto num minuto.

        A viúva voltou correndo à loja do homem rico, mostrando o linho fiado e gabando a filha. O negociante estava simpatizando muito com a moça que fiava tão depressa e tamanhas qualidades. A viúva voltou com uma carga de linho enorme, entregando aquela penitência à sua filha.

        Aconteceu como nas outras vezes. A terceira velha, mediante convite para o casamento e chamá-la tia três vezes, fiou o linho num rápido. Mas essa era a mais feia das três. Tinha os dedos finos e compridos como patas de aranhas.

        Quando o negociante viu o linho fiado, pediu para conhecer a moça, conversou com ela: e acabou falando a casamento. Como era muito bonito e educado, a moça aceitou e marcou-se o casamento. O homem mandou preparar sua casa com todos os arranjos decentes e encheu uma mesa de fusos, rocas, linhos, tudo para que a mulher se ocupasse durante o santo dia em fiar.

        Depois do casamento, na hora da festa, estavam todos reunidos e muito alegres, quando bateram palmas e entrou uma das três velhas. A noiva correu logo dizendo:

        — Que alegria, minha tia! Entre, minha tia, sente-se aqui perto de mim, minha tia.

        Assim que a velha sentou na cadeira, chegou a outra, recebida com a mesma satisfação:

        — Entre minha tia! Sente-se aqui, minha tia! Vai jantar comigo, minha tia!

        A terceira velha chegou também e a noiva abraçou-a logo:

        — Dê cá um abraço, minha tia! Vamos sentar, minha tia! Quero apresentá-la ao meu marido, minha tia!

        Foram para o jantar e o marido e convidados não tiravam os olhos de cima das três velhas que eram feias como o pecado mortal.

        Depois do jantar, o marido não se conteve e perguntou por que a primeira era tão corcovada, a segunda com a boca torta e a terceira com os dedos finos e compridos como patas de aranhas. As velhinhas responderam:

        — Eu fiquei corcunda de tanto fiar linho, curvada para rodar o fuso!

        — Eu fiquei com a boca torta de tanto riçar os fios de linho quando fiava!

        — Eu fiquei com os dedos assim de tanto puxar e remexer o linho quando fiava!

        Ouvindo isso o marido mandou buscar os fusos, rocas, meadas, linhos, e tudo que servisse para fiar, e fez com que queimassem tudo, jurando a Deus que jamais sua mulher havia de ficar feia como as três tias fiandeiras por causa do encargo de fiar.

        Depois, as três velhas desapareceram para sempre. O casal viveu muito feliz.

Cascudo, Luís da Câmara. Contos tradicionais do Brasil. Belo Horizonte; São Paulo, Itatiaia, Editora da Universidade de São Paulo, 1986. Reconquista do Brasil, 2ª série, 96, p.158-159.

Entendendo o conto:

01 – Qual é o objetivo da viúva em relação à sua filha no início do conto?

      O objetivo da viúva é casar sua filha com um homem rico.

02 – Como a viúva tenta impressionar o homem rico que possui uma loja na esquina?

      A viúva tenta impressionar o homem rico mostrando as habilidades de sua filha em fiar linho.

03 – O que a primeira das três velhinhas oferece para ajudar a filha da viúva a fiar o linho?

      A primeira velhinha oferece sua ajuda para fiar o linho em troca de um convite para o casamento e que a chamem de "tia" três vezes.

04 – O que acontece quando a segunda velhinha se oferece para ajudar?

      A segunda velhinha também fiou o linho rapidamente em troca de um convite para o casamento e ser chamada de "tia" três vezes.

05 – Como a terceira velhinha ajuda a filha da viúva?

      A terceira velhinha fiou o linho em um instante, também em troca de um convite para o casamento e que a chamem de "tia" três vezes.

06 – O que acontece quando as três velhinhas aparecem na festa de casamento?

      Elas são recebidas com grande alegria e a noiva as chama de "tia".

07 – Como as velhinhas justificam suas aparências físicas incomuns no jantar de casamento?

      A primeira velhinha diz que ficou corcunda de tanto fiar linho, a segunda diz que ficou com a boca torta de tanto riçar os fios de linho quando fiava, e a terceira diz que ficou com os dedos compridos de tanto puxar e remexer o linho quando fiava.

08 – Qual é a reação do marido ao ouvir as explicações das velhinhas?

      O marido manda buscar todos os instrumentos de fiar, como fusos, rocas, meadas e linho, e os queima para evitar que sua esposa sofra a mesma transformação física.

09 – O que acontece com as três velhinhas após o jantar de casamento?

      As três velhinhas desaparecem para sempre.

10 – Como termina a história do casal?

      O casal viveu muito feliz após o casamento e o marido garante que sua esposa não ficará feia como as três tias fiandeiras, evitando que ela continue fiando linho.

  

POESIA: VIAGEM - RENATA PALLOTTINI - COM GABARITO

 Poesia: VIAGEM

            Renata Pallottini

Faço uma viagem

quase sem sentido.
Preparo a bagagem.
Mas por que motivo?

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0GXnaV-ED6YftK1ZiwxFCe5VJv1eGOganh3xSWU8XibUOX7ewp4GNG2FQZA-dwwGlcGlIuHAdzBNF_yxOb8NSQgzxpUXnk7c41jYWY71KwLegwobl9YLnc2j82AQrNE7ubfh6AAJIWKxsIhF6GPdlW6EXic7AKZ9uQUHf9NFnlMe9NhjexiU5xPI__6U/s320/VIAGEM.jpg



Nada me motiva
salvo um emotivo
grave coração
que me olha nos olhos
e diz: tens razão.

Vai e sem motivo.
Antes sim que não.

Renata Pallottini.

Entendendo a poesia:

01 – Qual é o tema central da poesia "VIAGEM" de Renata Pallottini?

      O tema central da poesia "VIAGEM" é a ideia de fazer uma viagem sem motivo aparente, guiada pelo coração e pelas emoções.

02 – Por que a pessoa na poesia prepara a bagagem mesmo sem um motivo aparente?

      A pessoa prepara a bagagem sem motivo aparente porque está sendo motivada pelo seu coração e emoções, em vez de razões lógicas ou práticas.

03 – Qual é a motivação principal da pessoa na poesia para fazer a viagem?

      A motivação principal da pessoa na poesia é o "grave coração" que olha nos olhos dela e diz que ela tem razão em fazer a viagem, mesmo que não haja um motivo claro.

04 – Qual é a atitude sugerida pelo poema em relação a fazer a viagem?

      O poema sugere uma atitude de seguir o coração e as emoções, mesmo que a viagem não tenha um propósito aparente. É uma celebração da espontaneidade e da busca do que faz sentido emocionalmente.

05 – Como a autora, Renata Pallottini, expressa a ideia de viajar "antes sim que não" na poesia?

      A autora expressa a ideia de viajar "antes sim que não" enfatizando a importância de agir e aproveitar a oportunidade de fazer a viagem, mesmo que não haja um motivo lógico, pois a emoção e a intuição podem ser guias valiosos.

 

 

 

POESIA: INVERNO - RENATA PALLOTTINI - COM GABARITO

 Poesia: INVERNO

            Renata Pallottini

Parece de metal a noite destas ruas.

Os homens estão quietos nos portais.

 

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFl-rK9ojR_RcE9JK7TpjAdy7V5CuVyetIHIXa6sArZJWFGNUm8cMGZ3jiTD3qiwstaepbR_B5M2wF8PAb0lgi2ZWXo6fTF6tFNHHcUDBxyk08asBweFPKbhm1rSMRYA7iRrsBUdrMLtbrthBmuFPQIJ4nam55LtdKuDHnHRTAHM0QFQyTmcC58rxRLRQ/s320/INVERNO.jpg

A luz corta. A esperança não desperta.

Esqueceram acesa a lâmpada da porta.

 

Donos cobrem de lanças os espaços,

de espadas os desvãos e de lama

os jornais.

Amanhã com certeza os bancos se abrirão.

Por que não? Será um dia como os outros

cheio de transversais e comerciais.

 

Apagou-se a fogueira dos choferes.

A madrugada roxa parte o coração

dos pombos

dos meninos

das mulheres.

 

Onde é que toda essa gente se banha?

Que será deles todos?

Para qual

deles alguma vida se fará?

Para quem se abrirá alguma fresta?

 

Folhas de vidro as árvores.

E eu

estou voltando de uma grande festa.

Merda! Só isso.

Estou voltando

de uma grande festa.

Renata Pallottini.

Entendendo a poesia:

01 – Como a noite é descrita no início da poesia?

      A noite é descrita como "de metal" nas ruas.

02 – O que os homens estão fazendo nos portais durante a noite descrita na poesia?

      Os homens estão quietos nos portais.

03 – O que aconteceu com a lâmpada da porta mencionada na poesia?

      A lâmpada da porta foi esquecida acesa, não foi apagada.

04 – Como os donos cobrem os espaços e desvãos?

      Os donos cobrem os espaços com lanças e os desvãos com espadas.

05 – O que a autora sugere sobre o futuro no poema?

      A autora sugere que os bancos se abrirão no dia seguinte, como em qualquer outro dia, cheio de atividades comerciais.

06 – O que a madrugada roxa faz no poema?

      A madrugada roxa parte o coração dos pombos, dos meninos e das mulheres.

 

POESIA: CEREJAS, MEU AMOR - RENATA PALLOTTINI - COM GABARITO

 Poesia: Cerejas, meu amor

             Renata Pallottini

Cerejas, meu amor,
mas no teu corpo.
Que elas te percorram
por redondas.

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdhyYKhvvvpQywd-tiGTgTnvZ-5n33FinfEA0di58uNulkg4AomTiNZw5bdStIPFsRJzuyQmAqCfPsXGbd8sSHT21sCKU0fbkPl9TuSvVlDt7gqkeiSjtK0nzkDARfVo2yVap5ZRRsdnQmc4B6V39Tt1Wl-XM7_OeWf4_K58y_8sdksb3Aye0a3xYCeho/s1600/CEREJA.jpg


E rolem para onde
possa eu buscá-las
lá onde a vida começa
e onde acaba

e onde todas as fomes
se concentram
no vermelho da carne
das cerejas...

Renata Pallottini.

Entendendo a poesia:

01 – Qual é a imagem central do poema?

      A imagem central do poema é a das cerejas percorrendo o corpo do amado.

02 – O que o eu lírico deseja fazer com as cerejas no corpo do amado?

      O eu lírico deseja buscar as cerejas no corpo do amado, onde a vida começa e onde acaba.

03 – Como as cerejas são descritas no poema?

      As cerejas são descritas como redondas e vermelhas.

04 – Onde se concentram "todas as fomes" no poema?

      No poema, todas as fomes se concentram "no vermelho da carne das cerejas".

05 – Qual é a sensação predominante transmitida pelo poema?

      O poema transmite uma sensação de desejo e sensualidade, utilizando a metáfora das cerejas para evocar a intimidade e o apetite do eu lírico.

 

POESIA: A PALAVRA AMOR - RENATA PALLOTTINI - COM GABARITO

 Poesia: A PALAVRA AMOR

              Renata Pallottini

A palavra amor
honesta e escassa
sem outros afagos
sem outros adornos

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLwtsO9B1owFhsyd46HB5-f0xNiLF3S3HQEHztSqy4FwNxH74FOLJAipWbip0YPNWnla1asgnxwuWVbjVEtoX2zKcqSutkXGGbMevt2zXdihFZFDL_vSS4rUJR8Mmsl575IrDyBbEe_aidabX43HXsPMozG77izRuCAhoy8-6SqnayHxYrLHw32c5tPKM/s320/AMORR.jpg



simples e amarga
que não impelida
que não justaposta
justa e arrancada

da terra da carne
da carne da alma
terra silenciosa
que se esfarelasse

seca e despojada
a palavra exata
amor sem mais nada
amor imesclado

amor mais amado
e feito palavra.
A palavra amor.
Dita e sepultada.

Renata Pallottini.

Entendendo a poesia:

01 – Qual é o tema central da poesia "A PALAVRA AMOR" de Renata Pallottini?

      O tema central da poesia é a palavra "amor".

02 – Como a palavra "amor" é descrita na poesia em relação a outros afagos?

      A palavra "amor" é descrita como "honesta e escassa" e não possui outros afagos ou adornos.

03 – Que características são atribuídas à palavra "amor" na poesia?

      A palavra "amor" é descrita como "simples e amarga" e "justa e arrancada".

04 – De onde a palavra "amor" é retirada, de acordo com a poesia?

      A palavra "amor" é retirada "da terra da carne" e "da carne da alma".

05 – Como a poesia descreve a natureza da palavra "amor"?

      A poesia descreve a palavra "amor" como "terra silenciosa" que se esfarelaria, seca e despojada.

06 – Qual é a última característica atribuída à palavra "amor" na poesia?

      A última característica atribuída à palavra "amor" na poesia é que ela é "amor mais amado" e "feita palavra."

07 – Como a poesia conclui a descrição da palavra "amor"?

      A poesia conclui que a palavra "amor" é "Dita e sepultada," sugerindo um tom de finalidade e encerramento.

 

POESIA: NOITE AFORA - RENATA PALLOTTINI - COM GABARITO

 Poesia: Noite Afora

             Renata Pallottini

A quem devo dizer que em tua carne
se sobreleva o tempo e o duradouro,
mancha de óleo no azul, alaga e intensifica
o contratempo a que chamei amor?

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6x1g3I-K3v7KR4PuCYa4S02i-9DclIvM0MAxIqC1fiRJXVD1Jy6EaYVGjOAWhOzb7_07d3XGcVDonUWUhBPitpkYntUnnsrcUqI6c3RzxS0WR6Eriv2MoBnflMD0PmiY1lNtIP5J-6TsyhyphenhyphenEiOb_WmHMOufDsO__m9q3HAotgF0MDN1cwtj4uYWvu1DE/s320/REFLEXOES.jpg


A quem devo dizer dos meus perigos
quando, o corcel furioso, olhei ao longe
e não vi mais limites que o oceano
nem mais convites que o das ondas frias?

Como antepor o corte nas montanhas
-- Liberdade – ao dever que a si mesma impõe a terra
de estender-se conforme o espaço havido?

Malícia do destino, ardil composto outrora...
Arde a grama da noite em que te vais embora,
e essa chama caminha, essa chama, essas vinhas,

essas uvas, cortadas noite afora.

Renata Pallottini, in “Noite Afora”.

Entendendo a poesia:

01 – Qual é o tema principal abordado na poesia "Noite Afora"?

      O tema principal da poesia é a reflexão sobre o tempo, o amor e as escolhas na vida.

02 – Como a autora descreve a passagem do tempo na primeira estrofe da poesia?

      A autora descreve a passagem do tempo como algo que se sobressai na carne, deixando marcas duradouras e intensificando o amor, comparando-o a uma mancha de óleo no azul.

03 – O que a autora sugere sobre os perigos na segunda estrofe da poesia?

      A autora sugere que olhar para o horizonte, além dos limites visíveis, pode ser perigoso, como um corcel furioso, e que não há convites além das ondas frias do oceano.

04 – Na terceira estrofe, a autora menciona "Liberdade" e o "dever da terra". O que isso representa na poesia?

      A referência a "Liberdade" e ao "dever da terra" na terceira estrofe representa o conflito entre a liberdade de se estender conforme o espaço disponível e a obrigação da terra de cumprir seu dever de existir.

05 – O que a autora chama de "malícia do destino" na última estrofe da poesia?

      A autora se refere à "malícia do destino" como a maneira como a grama e as vinhas ardentes representam a partida e a mudança que ocorrem na noite, simbolizando o ciclo da vida e do amor.

06 – Como a poesia retrata a passagem do tempo e a natureza efêmera das emoções humanas?

      A poesia retrata a passagem do tempo através de metáforas visuais e emocionais, mostrando como o tempo deixa marcas duradouras na carne e como o amor e as escolhas na vida podem ser intensificados por essa passagem. Ela também destaca a efemeridade da vida e das emoções humanas, especialmente na última estrofe, onde as uvas são cortadas na "noite afora," simbolizando o ciclo da vida e a transitoriedade das experiências.

 

 

POESIA: POR VÓS, SENHORA - RENATA PALLOTTINI - COM GABARITO

 Poesia: Por Vós, Senhora

            Renata Pallottini

"o meu hálito se fez estranho a minha mulher..."
Jó, 19:17

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpgxCYB_il0hzJKdPgnWAOOdw_ogF515BYoQ0tR_uCS36qjGWJqKoKWnZWVYA8TIQecaz2j_zjGsSno3AfPT9Er2zXKtGVtLKnSa6k05CXbiFHCJHQ93MfHRSjYI00o5TqCGiQtqRKWIXg_hBqrGEcXsPKV2XQ1CeG8C-v88_Fx89OyOX2c3DvL7y60mk/s320/JO.jpg


Por vós, Senhora, dei o quanto hei dado:
minha parcela de aflição, incertas
as minhas tíbias mãos, no entanto abertas;
as flores e os afetos consumados.

Também por vós hei sido o quanto hei sido:
regato de cautela, pensamento
por vós pensado, inquieto tempo havido
por vós enlouquecido em sentimento.

Tudo isso é nada, agora que voltastes
a tudo o que vos dei e fiz, as frias
espigas do desprezo e as duras hastes

do tédio. Agora é nada o amor passado
em vós, jamais em mim, que vos daria
Senhora, uma vez mais, o quanto hei dado.

Renata Pallottini.

Entendendo a poesia:

01 – De acordo com a poesia, o que o eu lírico deu à "Senhora"?

      O eu lírico deu sua parcela de aflição, flores, afetos, pensamentos e tempo à "Senhora".

02 – Como o eu lírico descreve sua atitude em relação à "Senhora"?

      O eu lírico descreve-se como alguém que foi cuidadoso e pensativo em relação à "Senhora", dedicando tempo e pensamento a ela.

03 – Como a "Senhora" é representada na poesia?

      A "Senhora" é representada como alguém que desprezou e ficou entediado com o amor que o eu lírico lhe ofereceu.

04 – Quais são as emoções principais expressas na poesia?

      A poesia expressa emoções de aflição, amor não correspondido, desprezo e tédio.

05 – Qual é a mudança de atitude do eu lírico em relação à "Senhora" ao longo da poesia?

      No início, o eu lírico expressa ter dado muito de si à "Senhora" com devoção. No entanto, ao final da poesia, ele percebe que o amor dado é agora nada, devido ao desprezo e ao tédio da "Senhora".

 

 

POESIA: ESTA CANÇÃO - RENATA PALLOTTINI - COM GABARITO

 Poesia: Esta Canção

              Renata Pallottini

"aquilo que é, já foi;
e aquilo que há de ser já foi;
Deus fará vir outra vez o que já se passou."
Eclesiastes, 3:15

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiufo6qE8K6N-28DDhPgvWZqs_KeH76-8N4jlbfNQE2lJkk8jFGAnsWF-Sl0as5cqPIhciJT1czIzWJk9lO_6SAbf3j_Q9Z5FUWt-sHDr5WKXMzpbDooKsouYZyOHKMCOmbg77uRPVK-jlVMc87c04yR70cCLHPYaJkG28bDCGOyzL2d_hXHVgMuNu_nQo/s1600/LIVRO.jpg



Esta canção rateia a tarde clara
buscando a minha voz que é sua fonte.
Assim voltam os pássaros ao campo,
assim volta o horizonte ao horizonte.

Sou o doido que canta para si,
cônscio de não saber nem do que inventa;
recriando o criado, ele sorri,
ciente de que não faz nem acrescenta.

Tudo já foi, apenas se repete;
este lugar de amor será pregresso
quando for dor a dor que se promete.

Chegou-me agora o que já foi futuro;
assim Deus me prepara o teu regresso
como se planta um poema nascituro.

Renata Pallottini.

Entendendo a poesia:

01 – Qual é a fonte de inspiração para a poesia "Esta Canção" de Renata Pallottini?

      A poesia "Esta Canção" de Renata Pallottini é inspirada no livro de Eclesiastes, especificamente no verso 3:15, que fala sobre o ciclo eterno da existência.

02 – Como o poeta descreve a tarde na poesia?

      O poeta descreve a tarde como "clara" na poesia, sugerindo uma tarde luminosa e serena.

03 – Qual é a metáfora usada para descrever o retorno dos pássaros e do horizonte na poesia?

      O poeta usa a metáfora de que os pássaros "voltam ao campo" e o horizonte "volta ao horizonte" para expressar o ciclo repetitivo da vida e da natureza.

04 – Qual é a atitude do poeta em relação à sua própria criatividade?

      O poeta reconhece sua falta de controle sobre sua própria criatividade, afirmando que ele é "cônscio de não saber nem do que inventa."

05 – Qual é a mensagem central da poesia em relação à repetição e ao ciclo da vida?

      A mensagem central da poesia é que tudo na vida segue um ciclo eterno de repetição, e o poeta aceita isso como parte do processo natural da existência.

06 – Como a poesia lida com a ideia de passado, presente e futuro?

      A poesia sugere que o passado, presente e futuro estão interligados, e que Deus está constantemente preparando o retorno de algo que já foi, refletindo a ideia de um ciclo eterno.

07 – Qual é a relação entre a poesia e a criação de um "poema nascituro"?

      A poesia descreve a preparação do retorno de algo que já foi, como se fosse a criação de um "poema nascituro," implicando que o ciclo da vida e da criação está sempre se renovando e se repetindo.

 

 

 

POESIA: QUANDO OS CÉUS SE CERRAREM - RENATA PALLOTTINI - COM GABARITO

 Poesia: Quando os Céus se Cerrarem

               Renata Pallottini

"ouve tu então nos céus e perdoa
o pecado do teu povo Israel
e torna a levá-lo à terra
que tens dado a seus pais.
I Reis, 8:34

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSYq5ATOiQesew3gajj1xcZ0elcW1kE2WwS6S2OfTDVGBc54p7vD9lv2HfY54kPDbTL91dHaYSTE3shc4xJZWpXbvA3wDQslvTesXEdK6119jU6LidOXuqP7OQTgpuWaXwUOUYR5vnb5jJ9gE3vgXSkirgNyYe40irEVLxSdIoj3s5y5ImMhhUSj-_H1k/s320/Reis.jpg



Quando os céus se cerrarem, não por seca,
mas por extrema dor, sobre o teu povo,
que pecou contra ti e ainda peca
e pecará, o mísero, de novo,

e houver fome na terra, não de trigo
ou de carne, mas fome de ternura,
para estancar a fúria do inimigo
e a sua enorme e súbita loucura,

ouve do céu, Senhor, ouve e perdoa:
a gente que ontem fez a tua casa
e a fez grandiosa, e a fez dourada e boa

hoje, expulsa do Anjo e de sua asa,
entrepara e pergunta, se esqueceste:
para que herança, ó Deus, nos elegeste?

Renata Pallottiini.

Entendendo a poesia:

01 – Qual é a referência bíblica citada no início da poesia?

      A poesia começa com uma referência bíblica de I Reis, 8:34.

02 – O que a poesia descreve como a razão pela qual os céus se fecham?

      Os céus se fecham não devido à seca, mas por causa da extrema dor do povo, que pecou repetidamente.

03 – Como a poesia descreve a fome mencionada na terra?

      A fome mencionada na poesia não se refere à falta de comida, mas à carência de ternura e compaixão para conter a raiva dos inimigos.

04 – O que a poesia pede a Deus nos momentos de sofrimento do povo?

      A poesia pede a Deus que ouça e perdoe, especialmente quando o povo está sofrendo e sentindo a ira de seus inimigos.

05 – Qual é a ênfase dada à construção da casa de Deus na poesia?

      A poesia destaca como o povo construiu uma casa grandiosa, dourada e boa para Deus, mas agora se sente expulso da proteção divina.

06 – Qual é a pergunta final que a poesia faz a Deus?

      A poesia termina com a pergunta: "para que herança, ó Deus, nos elegeste?" Essa pergunta reflete a busca de significado e propósito em meio ao sofrimento do povo.

 

 

POESIA: O CÂNTARO - RENATA PALLOTTINI - COM GABARITO

 Poesia: O Cântaro

             Renata Pallottini

"Então, Jacó beijou Raquel e,
levantando a voz,
chorou."
Gênesis, 20: l l

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi66Pe3OMOkNrsiPH_NOnSgtXhMpNlOpGnskd56Yb827v4gpf28r606mNpFw8nSRjsHDj1x4HTTFat19nj7s5jkwWpe1duAa35FvUoFyKL57A2-vvVfjKMjxwqVJWBW1PqXOMjCp6GrpJSfmjA3WqcBSeNHKzcez9BtFn60T4BlO3r4_Vmka0c3U-lZcfI/s320/CANTARO.jpg



O cântaro poreja a água amena
que do poço brotou, e adoça a areia
e que corre nos ombros, e que enleia
pelas espáduas seu frescor moreno.

O lácteo manto que uma brisa ondeia
desenha formas, cujo talho apenas
a tamareira imita, a flor receia,
o vento afaga e a solidão serena.

Vê-la é um momento, desejá-la um sopro,
ouvir-lhe a voz uma doçura eleita,
roçar-lhe a fronte uma revelação.

O amante, incertas mãos, trêmulo corpo,
beija-lhe os olhos, cuja flor desfeita
catorze anos de vida pagarão.

Renata Pallottini.

Entendendo a poesia:

01 – Qual passagem bíblica é citada no início do poema?

      O poema começa com uma citação de Gênesis 20:11, que diz: "Então, Jacó beijou Raquel e, levantando a voz, chorou."

02 – O que o "cântaro" está fazendo no poema?

      O cântaro está derramando água do poço e refrescando a areia, além de enleiar-se nos ombros de alguém.

03 – Como o poema descreve o efeito da brisa no cenário?

      A brisa desenha formas no manto que uma pessoa usa, e essas formas são imitadas pela tamareira, temidas pela flor, acariciadas pelo vento e trazem serenidade à solidão.

04 – Como o poema descreve a visão da pessoa mencionada?

      A visão da pessoa é descrita como algo fugaz, desejado, e suas formas são comparadas às da tamareira.

05 – Quais são as ações do amante no poema?

      O amante beija os olhos da pessoa mencionada, cuja flor desfeita será paga com catorze anos de vida.

06 – Qual é a tonalidade geral do poema?

      O poema tem uma tonalidade romântica e contemplativa, explorando a beleza fugaz e o desejo apaixonado.

 

 

 

 

POESIA: O PÃO AMARGO - RENATA PALLOTTINI - COM GABARITO

 Poesia: O Pão Amargo

           Renata Pallottini

"Ela foi sentar-se em frente dele a boa distância,
como a de um tiro de arco;
pois disse:
que não veja eu a morte do menino.
Sentada em frente dele,
levantou sua voz e chorou."
Gênesis, 21:16

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKU9FBgGKnmuAsYoKgM8xps3-PxpZbtHKWxjhXhC6fc-z3aNOwssEYfarngB-y43v-xODP0WLNJXjWeuBnj3aAVw0y694_jlMi7vGXuirgQ4BumP3NZ41ephAyjc5ticSHJCqL2UgfahP-6jI0zkFDzVi5ubMUtMO6rz0VaKYo6u7lZxsHOnhJwwnNiQo/s1600/PAO.jpg

O pão amargo e a água consumada
do odre seco em cáustico deserto;
sob o mirrado arbusto a esquiva sombra
se nega pela areia e é como um rastro.

Sem planta fresca, a fruta apetecida
traz a longínqua fixação do incerto;
quando a brasa arenosa for alfombra
tornar-se-á carícia o fogo do astro.

Para a criança adormecida ao braço
o olhar alonga, e faz como se fosse
para nos olhos tê-la, traço a traço.

Lembrando a noite aquela e a face gêmea
que lhe roçara a face em mágoa doce,
a escrava chora a condição de fêmea.

Renata Pallottini.

Entendendo a poesia:

01 – Qual é a referência bíblica mencionada no início da poesia?

      A referência bíblica mencionada é Gênesis 21:16.

02 – Como a poesia descreve o ambiente em que se passa a cena?

      A poesia descreve um ambiente árido e deserto, onde a comida e a água são escassas.

03 – O que a autora sugere sobre a sombra sob o "mirrado arbusto"?

      A autora sugere que a sombra sob o "mirrado arbusto" é evasiva e difícil de encontrar devido à escassez de vegetação.

04 – Como a poesia descreve a esperança da personagem em relação à fruta apetecida?

      A poesia descreve a esperança como uma "fixação do incerto," sugerindo que a personagem anseia por algo distante e incerto.

05 – Qual é o simbolismo por trás da descrição da brasa arenosa como "carícia"?

      O simbolismo sugere que o calor escaldante do deserto, representado pela "brasa arenosa," se transformará em algo suave e reconfortante, como uma "carícia," quando a noite chegar.

06 – O que a escrava chora no final da poesia e por quê?

      A escrava chora a "condição de fêmea" no final da poesia, possivelmente expressando o sofrimento e a vulnerabilidade de sua posição como mulher naquele contexto. Ela também pode estar relembrando uma experiência dolorosa, mencionada na referência bíblica do início da poesia.

 

CONTO: A MENINA ENTERRADA VIDA - LUÍS DA CÂMARA CASCUDO - COM GABARITO

 Conto: A MENINA ENTERRADA VIVA

           Luís da Câmara Cascudo

        Era um dia um viúvo que tinha uma filha muito boa e bonita. Vizinha ao viúvo residia uma viúva, com outra filha, feia e má. A viúva vivia agradando a menina, dando presentes e bolos de mel. A menina ia simpatizando com a viúva, embora não se esquecesse de sua defunta mãe que a acariciava e penteava carinhosamente. A viúva tanto adulou, tanto adulou a menina que esta acabou pedindo que seu pai casasse com ela.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjJAB2h0oeP8aHV2lp9Lp9GT0fFTSzb8WOgo5NddTh9NNJdxNx_Fos40qaQt3tTFr2LEXfUSVOWR0Nr1SWgRX5uEoYHNFPbi-WZyzt2Efjb1pg3gpDyY4vgomZLD0wGYzFMdht4udlBxWQZ0ICA6ailjIkDMoS43-8JGh1g19Pxrp9hhQiQI_V5AmPCVk/s1600/cascudo.jpg


        – Case com ela, papai. Ela é muito boa e me dá mel!

        – Agora ela lhe dá mel, minha filha, amanhã lhe dará fel! – respondia o viúvo.

        A menina insistiu e o pai, para satisfazê-la, casou com a vizinha. Obrigado por seus negócios, o homem viajava muito e a madrasta aproveitou essas ausências para mostrar o que era. Ficou arrebatada, muito bruta e malvada, tratando a menina como se fosse a um cachorro. Dava muito pouco de comer e a fazia dormir no chão em cima de uma esteira velha. Depois mandou que a menina se encarregasse dos trabalhos mais pesados da casa. Quando não havia coisa alguma que fazer, a madrasta não deixava a menina brincar. Mandava que fosse vigiar um pé de figos que estava carregadinho, para os passarinhos não bicarem as frutas.

        A pobre da menina passava horas e horas guardando os figos e gritando – chô! passarinho! quando algum voava por perto. Uma tarde estava tão cansada que adormeceu e quando acordou os passarinhos tinham picado todos os figos. A madrasta veio ver e ficou doida de raiva. Achou que aquilo era um crime e no ímpeto do gênio matou a menina e enterrou-a no fundo do quintal. Quando o pai voltou da viagem a madrasta disse que a menina fugira de casa e andava pelo mundo, sem juízo. O pai ficou muito triste.

        Em cima da sepultura da órfã nasceu um capinzal bonito. O dono da casa mandou que o empregado fosse cortar o capim. O capineiro foi pela manhã e quando começou a cortar o capim, saiu uma voz do chão, cantando:

               Capineiro de meu pai!

               Não me cortes os cabelos…

               Minha mãe me penteou,

               Minha madrasta me enterrou,

               Pelo figo da figueira

               Que o passarinho picou…

               Chô! passarinho!

        O capineiro deu uma carreira, assombrado, e foi contar o que ouvira. O pai veio logo e ouviu as vozes cantando aquela cantiga tocante. Cavou a terra e encontrou uma laje. Por baixo estava vivinha, a menina. O pai chorando de alegria abraçou-a e levou-a para casa. Quando a madrasta avistou de longe a enteada, saiu pela porta afora, e nunca mais deu notícias se era viva ou morta.

        O pai ficou vivendo muito bem com sua filhinha.

           Luís da Câmara Cascudo.

Entendendo o conto:

01 – Quem são os personagens principais do conto?

      Os personagens principais são o viúvo, sua filha boa e bonita, a viúva vizinha com sua filha feia e má, e a madrasta.

02 – O que a madrasta faz para agradar a filha do viúvo?

      A madrasta dá presentes e bolos de mel para a filha do viúvo.

03 – Por que a filha do viúvo pede ao pai para casar com a viúva?

      A filha do viúvo pede ao pai para casar com a viúva porque a madrasta a estava agradando com presentes e mel.

04 – Como o viúvo reage ao pedido da filha para casar com a viúva?

      O viúvo responde que a madrasta pode dar mel agora, mas no futuro poderia dar fel.

05 – Como a madrasta trata a filha do viúvo após o casamento?

      Após o casamento, a madrasta trata a filha do viúvo de maneira cruel, fazendo-a passar por privações e trabalho duro.

06 – Por que a madrasta manda a filha vigiar o pé de figos?

      A madrasta manda a filha vigiar o pé de figos para evitar que os passarinhos comam as frutas.

07 – O que acontece quando a filha adormece enquanto vigia os figos?

      Quando a filha adormece, os passarinhos picam todos os figos.

08 – Como a história da menina termina?

      A história da menina termina com a madrasta matando-a e enterrando-a no quintal, alegando que a menina havia fugido.

09 – O que cresce em cima da sepultura da menina?

      Um capinzal bonito cresce em cima da sepultura da menina.

10 – Como a menina é finalmente resgatada?

      A menina é resgatada quando um capineiro vai cortar o capim em cima da sepultura e ouve a voz da menina cantando uma canção. Seu pai a encontra, tira-a da sepultura e a leva para casa, enquanto a madrasta desaparece da história.