quinta-feira, 9 de março de 2017

MÚSICA(ATIVIDADES): MUROS E GRADES/ ENGENHEIROS DO HAWAII - COM GABARITO

 MUROS E GRADES
                                                      ENGENHEIROS DO HAWAI

          Nas grandes cidades do pequeno dia a dia
          O medo nos leva a tudo, sobretudo a fantasia
          Então erguemos muros que nos dão a garantia
          De que morreremos cheios de uma vida tão vazia
          Nas grandes cidades de um país tão violento
          Os muros e as grades nos protegem de quase tudo
          Mas o quase tudo quase sempre é quase nada
          E nada nos protege de uma vida sem sentido
          Um dia super
          Uma noite super
          Uma vida superficial
          Entre as sombras
          Entre as sobras
          Da nossa escassez
          Um dia super
          Uma noite super
          Uma vida superficial
          Entre as cobras
          Entre escombros
          Da nossa solidez
          Nas grandes cidades de um país tão irreal
          Os muros e as grades
          Nos protegem de nosso próprio mal
          Levamos uma vida que não nos leva a nada
          Levamos muito tempo pra descobrir
          Que não é por aí... não é por nada não
          Não, não pode ser... é claro que não é
          Será?
          Meninos de rua, delírios de ruína
          Violência nua e crua, verdade clandestina
          Delírios de ruína, delitos & delícias
          A violência travestida faz seu trottoir
          Em armas de brinquedo, medo de brincar
          Em anúncios luminosos, lâminas de barbear
          (Refrão)
          Viver assim é um absurdo, (como outro qualquer)
          Como tentar o suicídio (ou amar uma mulher)
          Viver assim é um absurdo (como outro qualquer)
          Como lutar pelo poder (lutar como puder)

                   GESSINGEER, Humberto e LICKS, Augusto. Muros e grades. Em:
                   ENGENHEIROS DO HAWAII. Várias variáveis. Rio de Janeiro: BMG, 1991. Faixa 9.
         
1)    Quando leu o título “Muros e grades”, você construiu uma ideia sobre o assunto que seria tratado na letra da canção. Sua ideia inicial se confirmou? Qual é o tema principal dessa canção?
Resposta: O tema principal é a violência e o medo com o qual vivemos nas grandes cidades.

2)    Alguns sons se repetem ao longo da canção. Que efeito é produzido pelas repetições?
Resposta: A repetição do fonema produzido pela letra “s”, sobretudo no refrão, reforça a expressividade dos versos e valoriza a sonoridade, a musicalidade da canção.

3)    Mesmo não tratando de maneira explícita, a letra da canção faz pensar em um tipo de moradia e um estilo de vida. Que tipos são retratados na canção?
Resposta: O texto remete às moradias das grandes cidades e ao estilo de vida em que as pessoas se isolam em suas casas para se sentir protegidas.

4)    Você conhece moradias como essas? Elas estão presentes em seu bairro? Em sua opinião, o que leva as pessoas a viverem desse modo?
Resposta Pessoal.

5)    Em sua opinião, como o verso “morreremos cheios de uma vida tão vazia” pode ser interpretado?
Resposta Pessoal.

6)    Nessa letra, os autores fazem críticas ao modo como vivemos e convivemos atualmente. Que críticas seriam essas? Justifique sua resposta com trechos da letra.
Resposta: A crítica a respeito da vida sem sentido, em que nos isolamos em casas com muros e grades e não nos relacionarmos com o próximo, sendo superficiais. Trechos que expressam essa crítica.
“Então erguemos muros que nos dão a garantia/ De que morreremos cheios de uma vida tão vazia”, “Um dia super /Uma noite super / Uma vida superficial”, Mas o quase tudo quase sempre é quase nada”/ “ E nada nos protege de uma vida sem sentido”, entre outros.

7)    É possível perceber quando essa letra de canção foi escrita? Por quê?
Resposta: A canção é contemporânea, pois o tema é bastante atual. Ela faz parte do álbum Várias variáveis, lançado em 1991.



    

quarta-feira, 8 de março de 2017

MÚSICA(ATIVIDADES): SAUDOSA MALOCA- ADONIRAN BARBOSA - COM GABARITO

MÚSICA(ATIVIDADES): SAUDOSA MALOCA

                                               ADONIRAN BARBOSA
Si o senhor num tá lembrado
Dá licença de conta
Que aqui onde agora está
Esse edifício arto
Era uma casa véia
Um palacete assobradado
Foi aqui, seu moço
Que eu, Mato Grosso e o Joca
Construímos nossa maloca
Mais um dia
Nóis nem pode se alembrá
Veio os homi cas ferramenta
O dono mandô derrubá
Peguemos todas nossas coisa
E fumos pro meio da rua
Apreciá a demolição
Que tristeza que nóis sentia
Cada tauba que caía
Duía no coração
Mato Grosso quis gritá
Mas de cima eu falei:
Os homi tá cá razão
Nóis arranja outro lugar
Só se conformemo quando o Joca falou:
“Deus dá o frio conforme o coberto”
E hoje nóis pega a paia nas grama do jardim
E pra esquecer nóis cantemos assim:
Saudosa maloca, maloca querida,
Dim dim donde nóis passemo os dias feliz de nossas vida
Saudosa maloca, maloca querida,
Dim dim donde nóis passemo os dias feliz de nossas vida.

            BARBOSA, Adoniran. Saudosa maloca. São Paulo: Continental, 1951.

1)     Que história é contada nesse texto?
Nessa música, o compositor conta a história de três pessoas que foram despejadas e viram o local onde moravam ser destruído. Elas hoje sentem saudade do lugar onde moravam e viveram dias felizes.

2)    Busque os significados das palavras saudosa e maloca no dicionário. Como você entende o título do texto?
Maloca é um tipo de moradia e saudosa, nesse contexto, é aquilo que inspira saudade. O título da música de Adoniram Barbosa refere-se ao modo como os personagens se identificavam com o local onde moravam e que foi destruído, daí a saudade que sentem.

3)     O registro desse texto é da linguagem formal ou informal? Justifique sua resposta.
Espera-se que os alunos percebam que o texto faz uso do registro informal e não foi escrito de acordo com a variedade padrão.

4)    Encontre no texto palavras ou expressões que representem a variedade social.
Possibilidades de resposta: si, conta, cas, mandô, fumos, nóis arranja, nas grama, paia, dim donde, entre outras.

5)     Você teve alguma dificuldade de compreender o texto? Por quê?
Espera-se que os alunos indiquem que não. O autor reproduz a forma de algumas pessoas falarem, muito comum no dia a dia. Por mais que essa forma fuja à norma-padrão, ela é facilmente compreensível.


domingo, 5 de março de 2017

ARTIGO DE OPINIÃO: PÉSSIMOS NÚMEROS - FRANCISCO PRACIANO - COM GABARITO

TEXTO: PÉSSIMOS NÚMEROS
                        Francisco Praciano

     Os dois maiores jornais de Manaus publicaram, no último final de semana, matérias relacionadas aos problemas da reprovação e do abandono escolar nas séries iniciais do Ensino Fundamental e, também, da distorção idade-série escolar no Amazonas.
     A taxa de abandono, que faz parte do conjunto de taxas de rendimento escolar, mede o percentual de alunos que deixaram de frequentar a escola em determinado ano. Já a taxa de distorção idade-série mede o percentual de alunos que possuem 2 anos ou mais acima da idade recomendada para a série em que o aluno está matriculado.
     De acordo, pois, com os dados publicados, temos que o Amazonas é o Estado brasileiro com maior índice de abandono escolar na 1ª série do ensino fundamental, 5,1% dos nossos alunos abandonam a escola nessa série. Em percentual esse número pode parecer pequeno, mas estamos falando de alguns milhares de alunos que abandonam a escola somente nessa série. Somos, também, o Estado com o quarto maior índice de reprovação na 1ª série (4,1% de reprovação) e o quarto pior resultado do país na questão da distorção entre a idade do aluno e a série em que ele está matriculado (35,4% dos estudantes em séries incompatíveis com suas idades).
     Dentre as várias causas para o abandono escolar nas séries iniciais, duas são bastante conhecidas e dependem, basicamente, do Poder Público: a escola que fica distante da casa do aluno e a falta de transporte escolar.
     Infelizmente, apesar de a construção do número necessário de creches e escolas sempre fazer parte das campanhas políticas, principalmente pelos candidatos às prefeituras municipais, tais promessas nunca são cumpridas. O comprometimento da educação das nossas crianças, por incompetência administrativa ou por qualquer outro motivo, é, sem dúvida nenhuma, um dos piores males que um administrador público pode causar à sociedade.

 Francisco Praciano. Disponível em: http://blogs.d24am.com/artigos/2011/07/19/pessimos-numeros/. Acesso em :23 mar.2015.

1 – O artigo de opinião de Eduardo Vasconcellos, que você leu na seção texto (página 166), foi motivado pela notícia do lançamento da campanha de proteção aos pedestres da prefeitura de São Paulo. Que notícias motivaram a escrita do artigo de opinião de Francisco Praciano?
As notícias relacionadas a problemas de reprovação e abandono escolar nas séries iniciais de Ensino Fundamental e de distorção idade-série escolar no Amazonas, publicadas nos dois maiores jornais de Manaus.

2 – Qual é a questão polêmica abordada pelo artigo de opinião “Péssimos números” e como o articulista se posiciona em relação a ela?
A questão polêmica envolve os “péssimos números” relacionados à educação no Amazonas, suas causas e as possíveis soluções para superá-los. O articulista atribui grande parte dessa responsabilidade ao poder público, identificando a distância das escolas e a dificuldade de transporte dos alunos como duas causas importantes do abandono escolar nas séries iniciais.

3 – O artigo de Francisco Praciano busca convencer o leitor sobre seu ponto de vista apelando mais para a razão ou para a emoção? Explique.
Para a razão. O articulista apresenta muitos dados objetivos para comprovar que a situação da educação no Amazonas é grave e exige maior atenção do poder público.

4 – No segundo parágrafo do artigo, os pronomes demonstrativos foram usados em três momentos para retornar informações. Identifique as expressões em que eles aparecem e explique que informações foram retomadas.
A expressão “nessa série” se refere à 1ª série do Ensino Fundamental, citada anteriormente, “esse número” se refere ao índice de 5,1% de alunos que abandonam a escola na 1ª série; “nessa série” se refere à 1ª série do Ensino Fundamental, novamente.

5 – Releia.
     Dentre as várias causas para o abandono escolar nas séries iniciais, duas são bastante conhecidas e dependem, basicamente, do Poder Público: a escola que fica distante da casa do aluno e a falta de transporte escolar.

a)     Quais são as causas apontadas pelo articulista para o abandono escolar nas séries iniciais?
Entre outras, a distância entre a escola e a casa dos alunos e a falta de transporte escolar.
b)    Que medidas o poder público deveria tomar para reverter esse quadro?
Aumentar a quantidade de escolas e garantir transporte escolar aos alunos.


sábado, 4 de março de 2017

TEXTO: SER BROTINHO - PAULO M.CAMPOS E TEXTO: SER GAGÁ - MILLÔR FERNANDES - COM GABARITO


  TEXTO I

 Ser brotinho não é viver em um píncaro azulado; é muito mais! Ser brotinho é sorrir bastante dos homens e rir interminavelmente das mulheres, rir como se o ridículo, visível ou invisível, provocasse uma tosse de riso irresistível.
                                                             (CAMPOS, Paulo Mendes. Ser brotinho.
     In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos (org.). As cem melhores
 Crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005.p.91.)
    
TEXTO II
  
  Ser gagá não é viver apenas nos idos do passado: é muito mais! É saber que todos os amigos já morreram e os que teimam em viver são entrevados. É sorrir, interminavelmente, não por necessidade interior, mas porque a boca não fecha ou a dentadura é maior que a arcada.
                                                       (FERNANDES, Millôr. Ser gagá. In: SANTOS,
 Joaquim Ferreira dos (org.). As cem melhores crônica brasileiras.                                                              Rio de Janeiro: Objetiva, 2005.p.225.) 

     Os textos utilizam os mesmos recursos expressivos para definir as fases da vida, entre eles:
a)     Expressões coloquiais com significados semelhantes.
b)    Ênfase no aspecto contraditório da vida dos seres humanos.
c)     Recursos específicos de textos escritos em linguagem formal.
d)    Termos denotativos que se realizam com sentido objetivo.
e)     Metalinguagem que explica com humor o sentido de palavras.

RESOLUÇÃO: Trata-se, em ambos os textos, de explicar, com ironia e humor, o sentido de expressões como “ser brotinho” e “ser gagá”. Resposta: E                 


POEMA: ESTE INFERNO DE AMAR - ALMEIDA GARRETT - COM GABARITO

       POEMA:  ESTE INFERNO DE AMAR
ALMEIDA GARRETT

Este inferno d amar – como eu amo!
Quem mo pôs aqui n´alma... quem foi?
Esta chama que alenta e consome,
Que é a vida – e que a vida destrói –
Como é que se veio a atear,
Quando – ai quando se há de ela apagar?
                                                                                   Versos de Almeida Garrett.

 01-    Nos versos acima de Garrett, como em toda poesia, predomina a função poética da linguagem. Ao lado dela, destaca-se a função:

a)     Metalinguística da linguagem, com extrema valorização da subjetividade no jogo entre o espiritual e o profano.
b)    Apelativa da linguagem, num jogo de sentido pelo qual o poeta transmite uma forma idealizada de amor.
c)     Referencial da linguagem, privilegiando-se a expressão de forma nacional.
d)    Emotiva da linguagem, marcada pela não contenção dos sentimentos e pelo subjetivismo.
e)     Fática da linguagem, utilizada para expressar as ideias de forma evasiva, como sugestões.


RESOLUÇÃO: O eu lírico extravasa seus sentimentos e emoções, representados graficamente pela exclamação, as reticências e a interjeição “ai” no último verso. O subjetivismo também é marcado pela escolha lexical – “inferno de amar”, “que a vida destrói”, “atear” -, que denota descomedimento na expressão do sofrimento amoroso. Resposta: D

02 – Qual é o tempo verbal predominante na primeira estrofe e o que ele caracteriza? Justifique com exemplos do texto.
     É o presente, caracterizando um tempo de sofrimento: “inferno”, “consome”, “destrói”.

03 – Aos poucos, o poeta volta ao passado e o relembra. Descreva esse tempo. Em que contrasta com o presente?
     O passado era um tempo de sonho, de paz, de serenidade. Contrasta com o presente tormentoso, em que falta harmonia.

04 – Apesar de o passado ser pacífico e o presente tormentoso, qual dos dois tempos é mais sedutor? Por quê?
     O presente, porque o amor é a vida.

05 – A atmosfera do poema baseia-se na situação amorosa “que alenta e consome”. Explique essa situação e relacione-a ao título do texto.
     Na verdade, o par “amor / sofrimento” é a base do Romantismo. Em Este inferno de amar faz-se menção ao sofrimento causado pelo amor, que é, porém, razão de viver.

06 – A que episódio da biografia de Garrett parece estar associado o poema?
      O poema parece estar ligado ao caso amoroso de Garrett com a Viscondessa da Luz.

07 – A qual característica romântica corresponde a associação entre biografia e obra?
      Corresponde ao confessionalismo, à preocupação em produzir uma obra lírica que seja a expressão sincera dos sentimentos do autor.

08 – O poema exprime a confusão dos sentimentos do amante.
a)   Comente, a este respeito, o título do poema.
O título já exprime as contradições do sentimento, que é o tema do poema: O amor, condição de felicidade, é causa de sofrimentos, é um verdadeiro inferno para o sujeito lírico.

b)   Localize na primeira estrofe dois oximoros (paradoxos) que exprimem a confusão dos sentimentos.
“Esta chama que alenta e consome” e “Que é a vida – e que a vida destrói –”.

09 – O tom emotivo – como se o sujeito lírico não se contivesse e explodisse em confidências confusas, ou como se falasse sozinho, procurando entender seus sentimentos – motivou a pontuação excessiva do texto. Localize e transcreva:
a)   Uma frase exclamativa que exprime constatação perplexa de um sentimento.
“Como eu amo!”

b)   Uma frase interrogativa que exprime essa mesma perplexidade.
“Quem mo pôs aqui n’alma... quem foi?”

c)   Uma frase reticente que exprime a dúvida.
“Era um sonho talvez... – foi um sonho –”.

10 – O sujeito lírico evoca o tempo em que o amor era apenas um sonho. Os olhos de uma mulher despertaram-no, tornando o sonho realidade.
a)   Qual a diferença entre o sonho e a realidade do amor?
O sonho era doce e nele havia a paz; a realidade é o sofrimento, o “inferno”.

b)   Apesar dessa diferença, o poema termina com uma defesa do amor. Explique.
Apesar dos sofrimentos que causa, o amor é a condição da vida; o sujeito lírico afirma que só começou a viver quando o amor o despertou.





TEXTO NÃO VERBAL - TABAGISMO - COM GABARITO

     TEXTO NÃO VERBAL - TABAGISMO

As imagens seguintes fazem parte de uma campanha do Ministério da Saúde contra o tabagismo.

      Disponível em: http://www.cafesemfumo.blogspot.com.
                Acesso em: 10 abr. 2009 (adaptado).

     O emprego dos recursos verbais e não verbais nesse gênero textual adota como uma das estratégias persuasivas.

     a)    Evidenciar a inutilidade terapêutica do cigarro.
       b)    Indicar a utilidade do cigarro como pesticida contra ratos e baratas.
     c)    Apontar para o descanso do Ministério da Saúde com a população infantil.



     d)   Mostrar a relação direta entre o uso do cigarro e o aparecimento de problemas no aparelho respiratório.
e)     Indicar que os que mais sofrem as consequências do tabagismo são os fumantes ativos, ou seja, aqueles que fazem o uso direto do cigarro.


RESOLUÇÃO: As três primeiras imagens são acompanhadas de legendas que se referem à “relação direta entre o uso do cigarro e o aparecimento de problemas no aparelho respiratório”. Resposta: D

CHARGE - ANGELI - COM GABARITO


CHARGE 
  
  
     Observe a charge, que satiriza o comportamento dos participantes de uma entrevista coletiva por causa do que fazem, do que falam e do ambiente em que se encontram. Considerando-se os elementos da charge, conclui-se que ela:

a)     Defende, em teoria, o desmatamento.
b)    Valoriza a transparência pública.
c)     Destaca a atuação dos ambientalistas.
d)    Ironiza o comportamento da imprensa.
e)     Critica a ineficácia das políticas.





RESOLUÇÃO: Na charge reproduzida, a devastação da paisagem circundante é a demonstração escandalosa da "ineficácia das políticas” anti desmatamento. Resposta: E

TEXTO: ESTÃO TIRANDO O VERDE DA NOSSA TERRA - COM GABARITO

   
TEXTO: ESTÃO TIRANDO O VERDE DA NOSSA TERRA

        Disponível em http://www.heliorubiales.zip.net

     A figura é uma adaptação da bandeira nacional. O uso dessa imagem no anúncio tem como principal objetivo:

a)     Mostrar à população que a Mata Atlântica é mais importante para o país do que a ordem e o progresso.
b)    Criticar a estética da bandeira nacional, que não reflete com exatidão a essência do país que representa.
c)     Informar à população sobre a alteração que a bandeira oficial do país sofrerá.
d)    Alertar a população para o desmatamento da Mata Atlântica e fazer um apelo para que as derrubadas acabem.
e)     Incentivar as campanhas ambientalistas e ecológicas em defesa da Amazônia.

RESOLUÇÃO: Como é frequente no Enem, este teste associa linguagem visual e problemática contemporânea de grande importância. Que se trate da Mata Atlântica, e não da Amazônia, percebe-se pelo nome da organização responsável pelo anúncio. Resposta: D


TEXTO: ÉTICA - JORNAL DE OPINIÃO - COM GABARITO


   TEXTO: ÉTICA

  A ética nasceu na pólis grega com a pergunta pelos critérios que pudessem tornar possível o enfrentamento da vida com dignidade. Isto significa dizer que o ponto de partida da ética é a vida, a realidade humana, que, em nosso caso, é uma realidade de fome e miséria, de exploração e exclusão, de desespero e desencanto frente a um sentido da vida. É neste ponto que somos remetidos diretamente à questão da democracia, um projeto que se realiza nas relações da sociabilidade humana.

Disponível em: http://www.jornaldeopinião.com.br.
                                                                                       Acesso em 03 maio 2009.

     O texto pretende que o leitor se convença de que a:

a)     Ética é a vivência da realidade das classes pobres, como mostra o fragmento “é uma realidade de fome e miséria”.
b)    Ética é o cultivo dos valores morais para encontrar sentido na vida, como mostra o fragmento “de desespero e desencanto frente a um sentido da vida”.
c)     Experiência democrática deve ser um projeto vivido na coletividade, como mostra o fragmento “um projeto que se realiza nas relações da sociabilidade humana”.
d)    Experiência democrática precisa ser exercitada em benefício dos mais pobres, com base no fragmento “tornar possível e enfrentamento da vida com dignidade”.
e)     Democracia é a melhor forma de governo para as classes menos favorecidas, como mostra o fragmento “é neste ponto que somos remetidos diretamente à questão da democracia”.

RESOLUÇÃO: A alternativa C respeita o texto, correlacionando adequadamente dois elementos dele: nas demais, as associações propostas não são congruentes nem são fiéis ao sentido do texto. Resposta: C


HISTÓRIAS EM QUADRINHOS - COM GABARITO

GÊNERO TEXTUAL - HISTÓRIAS EM QUADRINHOS

     Os quadrinhos exemplificam que as Histórias em Quadrinhos constituem um gênero textual:
a)     Em que a imagem pouco contribui para facilitar a interpretação da mensagem contida no texto, como pode ser constatado no primeiro quadrinho.
b)    Cuja linguagem se caracteriza por ser rápida e clara, que facilita a compreensão, como se percebe na fala do segundo quadrinho:
“</DIV></SPAN><BRCLEAR = ALL><BR><BR><SCRIPT>”.

c)     Em que o uso de letras com espessuras diversas está ligado a sentimentos diversas está ligado a sentimentos expressos pelos personagens, como pode ser percebido no último quadrinho.
d)    Que possui em seu texto escrito características próximas a uma convenção face a face, como pode ser percebido no segundo quadrinho.
e)     Em que a localização casual dos balões nos quadrinhos expressa com clareza a sucessão cronológica da história, como pode ser percebido no segundo quadrinho.

RESOLUÇÃO: A história em quadrinhos é um gênero textual que explora a conversação. O segundo quadrinho retrata o diálogo entre os interlocutores. Resposta: D



TEXTO NÃO VERBAL - LINGUAGEM - COM GABARITO


TEXTO NÃO VERBAL - LINGUAGEM

Na parte superior, há um comentário escrito que aborda a questão das atividades linguísticas e sua relação com as modalidades oral e escrita da língua. Esse comentário deixa evidente uma posição crítica quanto a usos que se fazem da linguagem, enfatizando ser necessário:

    a)   Implementar a fala, tendo em vista maior desenvoltura, naturalidade e segurança no uso da língua.
  b)   Conhecer gêneros mais formais da modalidade oral para a obtenção de clareza na comunicação oral e escrita.
  c)    Dominar as diferentes variedades do registro oral da língua portuguesa para escrever com adequação, eficiência e correção.
  d)   Empregar vocabulário adequado e usar regras da norma padrão da língua em se tratando da modalidade escrita.


e)     Utilizar recursos mais expressivos e menos desgastados da variedade padrão da língua para se expressar com alguma segurança e sucesso.

RESOLUÇÃO: O comentário manuscrito desaconselha a prática de os jovens escreverem como falam. Resposta: D


EDITORIAL: A CARREIRA DO CRIME - FOLHA DE SÃO PAULO - COM GABARITO

         
 EDITORIAL:   A CARREIRA DO CRIME

     Estudo feito por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz sobre adolescentes recrutados pelo tráfico de drogas nas favelas cariocas expõe as bases sociais dessas quadrilhas, contribuindo para explicar as dificuldades que o Estado enfrenta no combate ao crime organizado.
     O tráfico oferece aos jovens de escolaridade precária (nenhum dos entrevistados havia completado o ensino fundamental) um plano de carreira bem estruturado, com salários que variam de R$ 400,00 a R$ 12.000,00 mensais. Para uma base de comparação, convém notar que, segundo dados do IBGE de 2001, 59% da população brasileira com mais de 10 anos que declara ter uma atividade remunerada ganha no máximo o piso salarial oferecido peto crime. Dos traficantes ouvidos pela pesquisa, 25% recebiam mais de R$ 2.000,00 mensais; já na população brasileira essa taxa não ultrapassa 6%. Tais rendimentos mostram que as políticas sociais compensatórias, como o Bolsa-Escola (que paga R$ 15,00 mensais por aluno matriculado), são por si só incapazes de impedir que o narcotráfico continue aliciando crianças provenientes de estratos de baixa renda: tais políticas aliviam um pouco o orçamento familiar e incentivam os pais a manterem os filhos estudando, o que de modo algum impossibilita a opção pela delinquência. No mesmo sentido, os programas voltados aos jovens vulneráveis ao crime organizado (circo-escolas, oficinas de cultura, escolinhas de futebol) são importantes, mas não resolvem o problema.
     A única maneira de reduzir a atração exercida pelo tráfico é a repressão, que aumenta os riscos para os que escolhem esse caminho. Os rendimentos pagos aos adolescentes provam isso: eles são elevados precisamente porque a possibilidade de ser preso não é desprezível. É preciso que o Executivo federal e os estaduais desmontem as  organizações paralelas erguidas pelas quadrilhas, para que a certeza de punição elimine o fascínio dos salários do crime.
                                                       (Editorial. Folha de São Paulo, 15 jan. 2003.)

I – No Editorial, o autor defende a tese de que “as políticas sociais que procuram evitar a entrada dos jovens no tráfico não terão chance de sucesso enquanto a remuneração oferecida pelos traficantes for tão mais compensatória que aquela oferecida pelos programas do governo”. Para comprovar sua tese, o autor apresenta:
a)     Instituições que divulgam o crescimento de jovens no crime organizado.
b)    Sugestões que ajudam a reduzir a atração exercida pelo crime organizado.
c)     Políticas sociais que impedem o aliciamento de crianças no crime organizado.
d)    Pesquisadores que se preocupam com os jovens envolvidos no crime organizado.
e)     Números que comparam os valores pagos entre os programas de governo e o crime organizado.

RESOLUÇÃO: Os principais dados que o texto apresenta a respeito do problema tratado são os valores muito díspares dos salários pagos aos traficantes e da ajuda concedida por programas sociais do governo. Resposta: E

II – Com base nos argumentos do autor, o texto aponta para:
a)     Uma denúncia de quadrilhas que se organizam em torno do narcotráfico.
b)     A constatação de que o narcotráfico restringe-se aos centros urbanos.
c)     A informação de que as políticas sociais compensatórias eliminarão a atividade criminosa a longo prazo.
d)    O convencimento do leitor e que para haver a superação do problema do narcotráfico é preciso aumentar a ação policial.
e)     Uma exposição numérica realizada com o fim de mostrar que o negócio do narcotráfico é vantajoso e sem riscos.

RESOLUÇÃO: O parágrafo final deixa claro o objetivo do texto: levar à convicção de que a repressão policial é “a única maneira de reduzir a atração exercida pelo tráfico”. Resposta: D