sábado, 28 de maio de 2022

PROPAGANDA: WWF BRASIL - COM GABARITO

 Propaganda: WWF Brasil

 

Fonte da imagem - https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5asfa-AaCt9B_2d7QptmXKYSCt2KCqQVHRxgFMDXNVmwm_8uKwLb9PpPTXuHZAwDPxgr5yl2gXSblIduK7z7T9kOMXfpp6TGYENFhx2cZX4k_vkMdICQMJxzlzYMwSS2i7D-MN9UbYnon2U1ZFQyRLIqHZxnJTSR-En2ZmbAlBcgjF8MkrwQNFy9q/s1600/poupe.jpg

        Esta propaganda é de uma Organização Não Governamental, a WWF Brasil – “World Wide Fund for Nature”, em português “Fundo Mundial para a Natureza” – comprometida com a conservação da natureza. Para isso, desenvolve diversos projetos, entre eles campanhas de educação ambiental.

Fonte: Língua Portuguesa – Caminhar e transformar – Aos finais do ensino fundamental – 1ª edição – São Paulo – FTD, 2013. p. 122-3.

Entendendo a propaganda:

01 – Que imagem é apresentada em destaque no centro da propaganda?

      A imagem de um cofre em forma de porquinho, preenchido com água pela metade.

02 – Que cores se destacam sobre o fundo preto?

      O branco das letras e do contorno do porquinho e o azul da água.

03 – Que imagem identifica a instituição que assina essa propaganda?

      A imagem de um urso panda. Há também uma imagem ao lado com s cores da bandeira do Brasil para indicar que é a WWF do Brasil.

04 – No dia a dia, qual é a função do porquinho representado na imagem em destaque?

      O porquinho em forma de cofre é utilizado para guardar dinheiro para algum projeto futuro.

05 – Na propaganda, com o que o porquinho está sendo preenchido?

      Com água.

06 – O verbo poupe está em destaque acima da imagem. O que deve ser poupado?

      A água do planeta, por ser um recurso essencial à vida.

07 – Além de poupe, que outros verbos também estão no modo imperativo?

      Conserve e afilie-se.

08 – Que atitude a propaganda espera do leitor?

      Que economize água e conserve o planeta.

TIRA: LAERTE DECIFRA-ME - COM GABARITO

 Tira: Laerte decifra-me

 

Fonte da imagem -https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSPvJs785s6YrKTiqB4_GnSGbt-dzunqwK5x0qBcqpAj9kLalu54qz_kBbBmsUmyO6-hwM85wSApnVEO99m2OFZOgmMq4VIq1okSSKekTi1S0GYx8diRfbTXk9pOYyVsjF6jgcS8g-RUoHTca_hvvQWX50BtEUC2Mh1mzsOl8sGDBCHsK4i36N-Mym/s320/LAERTE.jpg

Fonte: Língua Portuguesa – Caminhar e transformar – Aos finais do ensino fundamental – 1ª edição – São Paulo – FTD, 2013. p. 113.

Entendendo a tira:

01 – Quais são as personagens?

     São um casal de gatos.

02 – Quais dos verbos representam um fato ocorrido antes do momento em que se fala, ou seja, no passado?

      Foi e fez.

03 – Qual representa ação que ainda vai acontecer?

      Vai.

04 – Quais representam um fato ocorrido no momento em que se fala?

      Enlouquece. Desisto.

TIRINHA: TURMA DO XAXADO - ANTÔNIO CEDRAZ - COM GABARITO

 Tirinha: Turma do Xaxado

 

 Fonte da imagem -https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSZofFGfuihF9t4aRGbhBWNCPMqqm0StbSObv7x6KuxkgT2kTyn3ZRF6CapRIUZMGVS_BPC5cZrKYtNTo-wbNwZ7eVZUVzuRauiAVVSK7c3dyxs5EskEEHUVTyN186hh-4-bHvSinD4XAMjSSmuc9wXjVOc1mh04fUEpPettVjyXIKDihfatdFP16f/w228-h195/xaxado.jpg

Xaxado, de Antônio Cedraz.

         Fonte: Língua Portuguesa – Caminhar e transformar – Aos finais do ensino fundamental – 1ª edição – São Paulo – FTD, 2013. p. 31-2.

Entendendo a tirinha:

01 – Em sua conversa com o Zé, a quem a personagem se refere?

      Ela se refere à prima.

02 – A palavra priminha nomeia um ser. Que palavras da língua têm essa função?

      Os substantivos.

03 – Existem as palavras priminha e priminho na língua portuguesa. Qual a diferença entre elas?

      Priminha está no feminino e priminho, no masculino.

04 – No segundo quadrinho, a palavra cosquinhas termina em –s. O que isso significa?

      Significa que a palavra está no plural.

05 – No último quadrinho, o que aconteceu com o Zé?

      Provavelmente, ele levou uma pancada da priminha.

06 – Por que motivo a priminha faria uma coisa assim?

      Porque Zé fez cosquinhas nela.

 

REPORTAGEM: VOU TRABALHAR DE CARRO TODOS OS DIAS - O ESTADO DE S.PAULO - COM GABARITO

 Reportagem: Vou trabalhar de carro todos os dias

25 março de 2013 / 12h50

Luiz Guilherme Gerbelli e José Maria Tomazela, de O Estado de S. Paulo

      Desde o início do ano, a empregada doméstica M. M. A. 33 anos, percorre de carro os quase quatro quilômetros entre a sua casa e o trabalho. Ela mora na Vila Madalena e trabalha de segunda a sexta-feira em Perdizes, zona leste de São Paulo. “Tirei a minha habilitação no ano passado e, agora, vou trabalhar de carro todos os dias”, afirma. O veículo foi comprado em janeiro e pago à vista.

        Trabalhar como empregada doméstica foi a maneira que M. encontrou para se sustentar e dar uma boa condição para os filhos depois que se separou do marido. “Na época, eu não tinha estudo, precisava pagar o aluguel e sustentar os meus filhos. Não tinha muita opção e o que apareceu foi o trabalho de diarista.”

        Hoje, registrada, está casada novamente, comemora a conquista do carro e faz supletivo para concluir o Ensino Médio. Os filhos – um menino de 14 anos e uma menina de 13 anos – são a aposta para que a futura geração continue melhorando a condição de vida familiar, já turbinada pela mudança no perfil do trabalhador doméstico. “Eles estudam. Já fizeram curso de informática e pretendo fazer a matrícula deles no inglês”, afirma M. que já tem o FGTS pago pelos patrões.

        Interior

        Em Sorocaba, há quem esteja disposto a pagar até R$ 2 mil para as empregadas que aceitam pernoitar no emprego. [...].

        Para a doméstica M. E. X. N. de 51 anos, a nova legislação vai acrescentar apenas o fundo de garantia aos seus direitos trabalhistas. Ela cumpre jornada de oito horas por dia, tem registro na carteira, direito a férias e 13° salário, e ainda folga aos sábados e domingos. Com salário de R$ 1,2 mil por mês, M. E. vai de carro para o trabalho, num condomínio de Sorocaba, e dá-se ao luxo de eventualmente usar a garagem da patroa. “Eu me sinto a dona da casa”.

Luiz Guilherme Gerbelli e José Maria Tomazela. Vou trabalhar de carro todos os dias. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 25 mar. 2013. Extraído de: http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral,vou-trabalhar-de-carro-todos-os-dias,148364,0.htm. Acesso em: 3 maio 2013.

Fonte: Língua Portuguesa – Caminhar e transformar – Aos finais do ensino fundamental – 1ª edição – São Paulo – FTD, 2013. p. 136-8.

Entendendo a reportagem:

01 – No início do texto, são apresentadas informações sobre o local de trabalho e sobre a residência de M. M. A. Com que objetivos esses dados são fornecidos?

      A reportagem tem início com a descrição do trajeto feito pela empregada M. M. A. até o trabalho. De acordo com o texto, desde o início do ano esse percurso passou a ser feito de carro. A apresentação dessas informações procura destacar as mudanças ocorridas na vida de M. e um maior conforto no deslocamento da profissional até a casa dos patrões.

02 – Observe o fragmento abaixo, extraído do texto, e responda às questões propostas.

        “Tirei a minha habilitação no ano passado e, agora, vou trabalhar de carro todos os dias”, afirma. O veículo foi comprado em janeiro e pago à vista.

a)   Por que parte do trecho está entre aspas?

Porque reproduz a fala de M. M. A.

b)   Por que o texto dá tanto destaque para a compra do carro?

A compra do carro, realizada à vista, representa a melhora das condições de vida da empregada doméstica.

03 – De acordo com o texto, que circunstâncias levaram M. a trabalhar como empregada doméstica?

      Após a separação do marido, o trabalho como empregada doméstica surgiu como possibilidade para M. até então sem escolaridade completa, poder criar os filhos e pagar o aluguel.

04 – Que transformações ocorreram na vida de M.? Em sua opinião, essas mudanças foram positivas ou negativas? Justifique sua resposta.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Com o passar do tempo, a trabalhadora foi registrada, teve seus direitos profissionais reconhecidos e pôde oferecer melhores condições de vida para a família. Além da conquista de bens materiais, M. voltou a estudar. Essas mudanças podem ser consideradas positivas e se opõem às dificuldades enfrentadas pela empregada doméstica no início da carreira.

05 – M. investe no futuro da família? Que providências ela toma e que fatos tornaram essas medidas possíveis?

      Sim. M. demonstra se preocupar com o futuro dos filhos e com a ascensão socioeconômica da família. Além de frequentarem a escola regular, os filhos de M. fazem curso complementares de informática e ingressarão em uma escola de inglês. Nota-se um investimento na formação das crianças, visando a melhores oportunidades de trabalho na vida adulta.

06 – Segundo o texto, as mudanças nos direitos trabalhistas das empregadas domésticas permitiram melhores condições de vida para essas trabalhadoras? Justifique sua resposta.

      Sim. A nova legislação referem-se aos direitos trabalhistas das empregadas domésticas contribui não apenas para o reconhecimento das horas de descanso e de trabalho extra, mas também permite melhoras da vida financeira e, consequentemente, maior acesso a bens culturais e de consumo.

REPORTAGEM: A ORIGEM DO QUILOMBO - (FRAGMENTO) - ANDRÉA BARROS - COM GABARITO

 Reportagem: A ORIGEM DO QUILOMBO – Fragmento

     O Quilombo Brotas surgiu há cerca de 200 anos, em um sítio com 7,5 alqueires, comprado por escravos alforriados. Vendendo os produtos das lavouras que cultivavam e os animais que criavam, conseguiram juntar 40 mil réis para adquirir a propriedade, onde se desenvolveu uma comunidade com características étnicas e culturais tipicamente africanas.

        Paulo Sérgio Marciano é o diretor de comunicação da Associação Cultural Quilombo Brotas, criada com a finalidade de resgatar a memória dessa antiga comunidade negra e preservar os seus valores culturais. Descendente de antigos moradores do quilombo, conta que a sua bisavó, Amélia Gomes de Lima Barbosa, que morreu há pouco tempo, com 117 anos de idade, era a última sobrevivente dos primeiros moradores do Quilombo.

        Hoje, quase toda a família Lima Barbosa vive fora do quilombo, onde continuam morando apenas 127 pessoas. [...].

Andréa Barros. Diário Oficial, São Paulo, 15 jul. 2003. Executivo I, p. 2-3.

         Fonte: Língua Portuguesa – Caminhar e transformar – Aos finais do ensino fundamental – 1ª edição – São Paulo – FTD, 2013. p. 62-3.

Entendendo a reportagem:

01 – Qual é o assunto desse texto?

      A formação do Quilombo Brotas.

02 – Há cerca de quantos anos surgiu o Quilombo Brotas?

      Há cerca de duzentos anos.

03 – O sítio tem quantos alqueires?

      O sítio tem 7,5 alqueires.

04 – Por qual valor foi comprado?

      Foi comprado por 40 mil-réis.

 

REPORTAGEM: OS FLUXOS MIGRATÓRIOS NO BRASIL - AMANDA POLATO - COM GABARITO

 Reportagem: Os fluxos migratórios no Brasil

                   Amanda Polato

        A todo momento, pessoas deixam sua cidade de origem rumo a outras para ficar permanentemente ou só morar por um tempo (determinado ou não). São os migrantes, que aqui, no Brasil, representam 40% da população, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2007, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Embora os fluxos migratórios tenham sido mais intensos nas décadas de 1960 e 70, a circulação ainda é grande: recentemente, 10 milhões de brasileiros (5,4% da população) se mudaram para outro lugar.

        [...]

        Retorno e perfis solitários caracterizam o migrante atual

        Revisitando o histórico dos fluxos migratórios, é possível compreender que ele se esgotam com o tempo. [...]

        Conforme explica Fausto de Brito, demógrafo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o movimento de pessoas faz parte da dinâmica das sociedades. É normal, portanto, surgirem novos fluxos.

        Atualmente, o movimento que mais chama a atenção é o de volta aos locais de origem. Muita gente, por exemplo, está deixando o Sudeste e voltando para o Nordeste: o crescimento do volume de migrantes nesse fluxo foi de 19% entre os períodos de 1995-2000 e 1999-2004. “É um retorno expressivo, nunca visto antes”, diz José Marcos da Cunha. As hipóteses apresentadas para justificar esse movimento estão relacionadas à redução e terceirização do emprego na indústria no Sudeste, aos novos focos de crescimento econômico no Nordeste e aos programas de transferência de renda do governo federal.

        [...]

        Outra mudança é a do perfil de quem sai. Brito explica que antes a família toda migrava. Agora, quem deixa sua terra tende a ir sozinho. “Problemas de mordia, oferta de emprego e violência contribuem para isso”, comenta. E as intenções também mudaram: o emigrante de agora almeja ficar fora o tempo suficiente para ganhar um bom dinheiro.

        [...].

        Como ocorrem as interações culturais

        Quem muda de cidade leva um pouco de si na bagagem: o jeito de falar e de se vestir, gostos culinários e musicais... E, se retorna, não é mais o mesmo: traz de volta um pouco do lugar onde viveu. “Assim, ocorre uma reconstrução cultural com os elementos de origem e os novos”, explica Sueli Furlan. [...]

        O choque entre culturas muito diferentes pode implicar o isolamento dos migrantes, que se fecham em guetos, para se manter firmes em sua identidade ou se proteger de preconceitos.

        [...].

        Migração não é sinônimo de problema social

        O senso comum diz que o movimento de pessoas em busca de novas oportunidades sempre causa desemprego e violência. Estudo realizado por José Marcos da Cunha e Cláudio Dedeca, que compara a relação entre migração e trabalho, mostra que não é bem assim. Nos anos 1960 e 70, os imigrantes garantiram a força de trabalho para a expansão da região metropolitana de São Paulo. Quando as taxas de desemprego começaram a subir em razão de crises econômicas, muita gente julgou que eram eles que tomavam as vagas dos paulistanos. Porém, a partir dos anos 1990, começou a redução do fluxo migratório e era o crescimento natural da população que aumentava a oferta de trabalhadores. Ideias como essas distorcem a imagem dos migrantes, gente que faz parte da construção da economia e da cultura do nosso país.

Amanda Polato. Os fluxos migratórios no Brasil. Publicado na revista Nova Escola, edição 224, agosto de 2009, páginas 58 a 61. Crédito: Amanda.

         Fonte: Língua Portuguesa – Caminhar e transformar – Aos finais do ensino fundamental – 1ª edição – São Paulo – FTD, 2013. p. 150-3.

Entendendo a reportagem:

01 – De acordo com o texto, quem são os migrantes e, aproximadamente, quantos existem atualmente no Brasil?

      Migrantes são pessoas que deixam suas cidades de origem rumo a outras, para nelas viver permanente ou não. Cerca de 40% da população brasileira é formada por indivíduos migrantes.

02 – Os fluxos migratórios permanecem iguais ao longo do tempo? Por que isso acontece?

      Não. Segundo o texto, os fluxos migratórios se esgotam ou se modificam com o passar do tempo. No Brasil, por exemplo, eles foram mais intensos entre as décadas de 1960 e 1970, mas ainda ocorrem atualmente. O movimento de pessoas por diferentes lugares faz parte da dinâmica das sociedades.

03 – Com base no texto, como podem ser caracterizados os fluxos migratórios no Brasil atual? Quais são as principais causas desse processo?

      Nota-se uma tendência ao retorno das pessoas a seus locais de origem. Entre as principais causas, destacam-se a redução e a terceirização do emprego nas indústrias da região Sudeste, os novos focos de crescimento econômico no Nordeste e os programas de transferência de renda promovidos pelo governo.

04 – Presença dos migrantes é responsável por trocas culturais entre os vários estados do Brasil. Em que aspectos da cultura podem ser notadas as influências dos migrantes?

      É comum observar a influência dos migrantes no vestuário, na culinária, na música e nos dialetos característicos das várias regiões do país.

05 – Ao mesmo tempo em que ocorrem contatos culturais positivos no processo de migração, também são observados choques entre as diferentes culturas. Quais são as principais consequências desses conflitos para os migrantes?

      Nota-se, muitas vezes, um isolamento dos migrantes, motivado pela choque cultural e pela intolerância, com o objetivo tanto de manter as tradições quanto de evitar o preconceito.

06 – Pesquise a palavra empregada para nomear o preconceito em relação a estrangeiros e migrantes, e copie-a.

      Xenofobia.

07 – Você é migrante na cidade em que vive ou conhece pessoas que migraram para outros locais? Que motivos foram responsáveis por essa mudança? Foram encontradas melhores oportunidades de vida e de trabalho nas novas cidades? Como essas pessoas se relacionam com a população local?

      Resposta pessoal do aluno.

08 – Ao relacionar migração e trabalho, que contribuições são oferecidas pelos migrantes, de acordo com o texto?

      Os migrantes contribuem para a construção da economia e da cultura do país.

 

 

 

CORDEL: CORDEL EM VERSOS - (FRAGMENTO) - MOREIRA DE AROPIARA - COM GABARITO

 Cordel: Cordel em versos - Fragmento

“EU resolvi escrever

Um cordel sobre CORDEL

Porque o cordel tem sido

Meu companheiro fiel,

E pra tirar do leitor

Alguma dúvida cruel”.

 

O cordel em minha vida

Esteve sempre presente;

Esteve, está e estará

Na vida de muita gente!

Comigo ele sempre foi

Um professor excelente.

 

É que nasci no sertão

Onde havia pouca escola.

Por lá os divertimentos

Eram: um joguinho de bola,

Forrós, vaquejadas e

Versos ao som da viola.

 

E as leituras de folhetos

Dos poetas do sertão.

Quando aparecia um.

Os jovens da região

Se reuniam e, atentos,

Ouviam a narração.

 

Pois o povo era sensível,

E, apesar de ser pacato,

De ter pouca informação

E, de residir no mato,

A leitura de folhetos

Foi sempre o grande barato.

 

Era comum na fazenda

A gente se reunir

Ao redor de uma fogueira

Pouco antes de dormir

Para ler versos rimados,

Cantar e se divertir.

 

O Pavão Misterioso,

Coco Verde e Melancia

E o de Pedro Malazarte

A gente com gosto lia.

Logo se emocionava

Com cada autor que surgia.

 

José Pacheco, a meu ver,

Foi um poeta moderno.

O seu folheto A chegada

De Lampião no inferno

É um dos mais bem-compostos,

Nasceu para se eterno.

 

E nesse clima poético

Pude me desenvolver.

Sempre lendo, sempre atento,

E depois de tanto ler

E de tanto ouvir, senti

Que precisava escrever.

 

Mas para escrever direito

Era preciso estudar,

Dominar a arte de

Rimar e metrificar.

E pra botar conteúdo

Eu tinha que pesquisar.

 

E li muitos e bons livros:

O Dicionário, a Gramática!

Devorei livros de História,

De Redação, Matemática,

E tudo que eu aprendia

Ia colocando em prática.

 

Fiz meus primeiros versinhos

Com quinze anos de idade;

Mas uns versos primitivos,

Sem muita propriedade,

Pois nessa idade ninguém

É poeta de verdade.

 

Mas prossegui pesquisando,

Lendo isso, lendo aquilo,

Questionando, indo atrás,

Curioso e intranquilo.

E escrevendo muito, até

Desenvolver meu estilo.

 

E li poesia branca,

Li poesia rimada,

Li poesia matuta,

Moderna, metrificada,

E descobri que pra ler

Qualquer estilo me agrada.

 

Mas na hora de escrever

Foi que eu pude constatar

Que minha paixão maior

Era mesmo o popular.

E as origens do cordel

Eu resolvi pesquisar.

 

[...].

         Moreira de Aropiara. Cordel em arte e versos. Xilogravuras de Erivaldo Ferreira da Silva. São Paulo: Acatu/Duna Dueto, 2008, p. 6-10.

         Fonte: Língua Portuguesa – Caminhar e transformar – Aos finais do ensino fundamental – 1ª edição – São Paulo – FTD, 2013. p. 25-7.

Entendendo o cordel:

01 – Observe a forma como o texto Cordel em versos se apresenta na página.

a)   Cada estrofe é formada por quantos versos?

Cada estrofe é formada por seis versos.

b)   O trecho é formado por quantas estrofes?

O trecho é formado por 15 estrofes.

c)   O que separa uma estrofe da outra?

Há um espaço em branco entre uma estrofe e outra.

d)   Considerando a forma como ocupam o espaço da página, o texto Cordel em versos e uma carta são parecidos? Por quê?

Não, porque o texto Cordel em versos está organizado em versos. Uma carta é organizada em parágrafos.

02 – Numere cada verso da primeira estrofe do texto Cordel em versos.

a)   Leia os versos 2, 4 e 6 dessa estrofe e observe as palavras finais de cada um deles. O que você percebeu?

Que o final de cada deles se rimam.

b)   Sua observação também se aplica às outras estrofes?

Sim. Em todas as estrofes o segundo, o quarto e o sexto verso rimam.

c)   Escolha mais uma estrofe e pinte com a mesma cor as palavras de cada verso que apresentam finais semelhantes.

Resposta pessoal do aluno.

03 – Assinale as alternativas que estão de acordo com o poema de cordel que você leu: Por que o cordel era importante no sertão?

(X) Porque havia poucos divertimentos.

(   ) Porque os poetas ganhavam dinheiro com ele.

(X) Porque o povo se divertia com os versos.

04 – Converse com seus colegas: Por que o poeta afirma que o cordel foi para ele “um professor excelente”?

      Porque a literatura de cordel no sertão tinha a função de levar não só histórias como também informações que não chegariam por outros meios, já que havia poucas escolas.

 

 

 

POEMA: PERO VAZ DE CAMINHA - OSWALD DE ANDRADE - COM GABARITO

 Poema: Pero Vaz de Caminha

 A Descoberta

Seguimos nosso caminho por este mar de longo
Até a oitava da Páscoa
Topamos aves
E houvemos vista de terra

Os Selvagens

Mostraram-lhes uma galinha
Quase haviam medo dela
E não queriam pôr a mão
E depois a tomaram como espantados

As Meninas da Gare

Eram três ou quatro moças bem moças e bem gentis
Com cabelos mui pretos pelas espáduas
E suas vergonhas tão altas e tão saradinhas
Que de nós as muito bem olharmos
Não tínhamos nenhuma vergonha.

 ANDRADE, Oswald de. Pau Brasil. In: Obras completas. 5. ed. São Paulo: Globo, p. 69-70. 

 

Poema: A Mão-de-obra

São bons de porte e finos de feição

E logo sabem o que se lhes ensina,

Mas têm o grave defeito de ser livres.

    PAES, José Paulo. In: Os melhores poemas. São Paulo: Global, 1996, p. 86. (Seleção de Davi Arrigucci Jr.).

Fonte: Livro – Língua Portuguesa – Heloísa Harue Takazaki – ensino médio – Coleção Vitória-Régia – Volume único – 1ª edição Curitiba - IBEP. 2004, p. 92-3.

Entendendo o poema:

01 – Começaremos a análise, observando o poema de Oswald de Andrade. A construção desse poema tem a ver com a construção da obra de arte acima. De posse dessa informação, explique como o poema foi construído.

      A obra de Picasso se constitui de fragmentos, pedaços de papéis e elementos naturais recortados e colados. A obra de Oswald de Andrade também foi feita a partir de uma remontagem: o poeta escolheu, “recortou” e remontou frases da Carta de Caminha, criando uma nova configuração para o texto: um poema.

02 – Para cada conjunto de versos, no poema “Pero Vaz de Caminha”, Oswald de Andrade criou um título. Qual desse títulos...

a)   Dessacraliza o fato histórico, tratando o descobrimento com uma certa ironia, ao sugerir que a chegada dos portugueses foi fruto de um “acaso”?

“A Descoberta”.

b)   Contrapõe-se com as ideias do corpo do poema? Como?

“Os Selvagens”. A ideia de ferocidade presente no título é negada no poema: eles têm medo de uma galinha.

c)   Mistura tempos históricos e faz comparações?

“As Meninas da Gare”. As índias estão sendo comparadas às “meninas” da estação de trem.

03 – Tome o texto de Oswald como um todo: a ideia foi a de endossar ou inverter os sentidos da Carta original de Caminha? Explique.

      A ideia foi inverter, satirizar as ideias contidas na Carta de Pero Vaz de Caminha.

04 – A obra “Pau Brasil”, de Oswald de Andrade, foi publicada originalmente em 1929 e constitui a síntese de uma visão histórica. A ideia do poeta era entender o país, a formação e o pensamento brasileiros numa época de insatisfação política e de crescente nacionalismo. Nesse sentido, pode-se dizer que a colagem de Oswald de Andrade também reflete uma visão crítica que tem a ver com seu tempo? Por quê?

      Sim, a escolha do tema e a crítica às ideias da época sobre o “achamento” do Brasil estão presentes no texto de Oswald.

05 – Agora, releia o poema de José Paulo Paes, que é posterior ao de Oswald de Andrade. Pode-se dizer que esse poema, “A mão-de-obra”, dialoga tanto com a Carta de Caminha quanto com o poema de Oswald de Andrade? Explique.

      Sim. O poema de José Paulo Paes também é uma montagem de frases recortadas da Carta de Caminha, estrutura essa que “dialoga” intertextualmente com a obra de Oswald.

06 – Quanto ao sentido, o poema de José Paulo Paes endossa a visão de Caminha ou se aproxima da visão crítica de Oswald? Explique.

      Aproxima-se da visão crítica de Oswald. O título sugere que o interesse português sobre os primeiros povos que aqui estavam era a condição que apresentavam para o trabalho.

 

TEXTO EXPOSITIVO: RESPEITANDO O PISO TÁTIL - COM GABARITO

 Texto expositivo: Respeitando o piso tátil

       A norma técnica NBR 9050/2004 caracteriza o piso tátil pela diferenciação de textura em relação ao piso do lugar. Ele é instalado para servir de alerta ou de linha-guia perceptível por pessoas com deficiência visual.

        Assim, há dois tipos de piso tátil: o de alerta (com bolinhas salientes) e o direcional (com faixas lineares em relevo). O piso tátil deve ter, ainda, cor contrastante em relação às áreas próximas para permitir a orientação de pessoas que enxergam não utilizem esse recurso.

        O piso tátil de alerta deve ser instalado em rebaixamento de guias, no início e término de escadas e rampas, próximo a portas e sempre que houver algum obstáculo suspenso ou outros desníveis que possam provocar acidentes a uma pessoa que não os enxergue.

        O piso tátil direcional orienta a locomoção de pessoas com deficiência visual que sentem as faixas com os pés ou com bengala longa. Portanto, quando há esse tipo de piso, é provável que pessoas com deficiência visual transitem por lá.

        Então, se você estiver em uma calçada que tenha piso tátil, evite andar por ele. Dessa maneira, você colabora com a mobilidade das pessoas com deficiência visual e evita que elas esbarrem sem querer em você, poupando-as de situações constrangedoras e atrasos, que percam bengalas, por quebrá-las ou empená-las no choque, e que sofram acidentes mais graves, como colidir com um poste ou cair na rua ou na via de um trem ao tentar desviar de você.

        Se você não precisa, deixe o piso tátil livre. Não é simples?

                                   Piso tátil direcional e piso tátil de alerta. São Paulo, 2013. Disponível em: http://www.fernandazago.com.br/2012/01/acessibilidade-em-gestos-simples.html. Acesso em: 7 nov. 2017. Texto adaptado.

         Fonte: livro – Língua portuguesa – Buriti mais português – 4° ano – ensino fundamental – Anos iniciais – 1ª edição, São Paulo, 2017. Moderna. p. 190-2.

Entendendo o texto:

01 – Você já viu um piso tátil? Onde?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Sim, em estações de trem e metrô, em shopping ou nas vias públicas de grande circulação.

02 – O que você faria se visse alguém desrespeitando o piso tátil?

      Resposta pessoal do aluno.

03 – As explicações do texto vão alterar alguma coisa na sua atitude em relação às pessoas com dificuldades de visão? Comente.

      Resposta pessoal do aluno.

04 – O que está sendo descrito no texto?

      O piso tátil.

05 – Quais são os dois tipos de piso tátil apresentados?

      Piso tátil direcional e o piso tátil de alerta.

06 – Que pessoas são beneficiadas por esses pisos?

      As pessoas com deficiência visual (cegos e pessoas com baixa visão).

07 – Qual são as características e funções dos pisos tátil?

      Piso tátil de alerta: deve ser instalado em rebaixamento de guias, no início e término de escadas e rampas, próximo a portas e sempre que houver algum obstáculo suspenso ou outros desníveis que possam provocar acidentes a uma pessoa que não os enxergue.

      Piso tátil direcional: orienta a locomoção de pessoas com deficiência visual que sentem as faixas com os pés ou com bengala longa. Portanto, quando há esse tipo de piso, é provável que pessoas com deficiência visual transitem por lá.

08 – Pela informação dada no texto, o piso tátil lhe parece uma medida necessária?

      Sim, pois ele ajuda as pessoas com deficiência visual a se orientar e a se locomover com mais segurança e autonomia.

09 – Que orientação é dada na conclusão do texto?

      “Se você não precisa, deixe o piso tátil livre.”

10 – Você sabe o que significam as placas táteis abaixo? Onde elas costumam ser encontradas?


     

Fonte da imagem -https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfuCFUYWBGiGp5L12sZxWqXNVpmEegh_4ZwT5NSIRZDfXjmFy6QYm5CKVjn55GKIxh4Ew7Xqw4LuoacKCe3Yk6ipVzjlqc3hLkFXdq3wJ1C2rgGUoiZbEVGcaPATKK8PaJPLfNwEymmN8okOK-QJYvKfmWXlcRfcldD4STxvF2rOKhSx5YR6MDP-i5/s1600/TATIL.jpg 
São a identificação em braile dos andares de um edifício encontrada em
elevadores. As placas em braile próximas aos botões auxiliam os deficientes visuais em sua locomoção.