sexta-feira, 17 de junho de 2022

ARTIGO DE OPINIÃO: O QUE DEIXAR PARA NOSSAS CRIANÇAS - LYA LUFT - COM GABARITO

 Artigo de Opinião: O que deixar para nossas crianças

                             Lya  Luft

           Aos que detestam datas marcadas, porque as consideram exploração comercial, digo que concordo em parte; explora-se a nossa burrice existencial básica, que se submete aos modismos, às propagandas, ao consumismo desvairado. Pais que se endividam para comprar brinquedos e objetos caros e supérfluos para crianças que poderiam fazer coisa bem mais interessante, como jogar bola, pular corda, ler um livro, armar um quebra-cabeça, praticar esporte. Isso acontece na Páscoa, no Dia das Crianças, no Natal, em cada aniversário. Nesse aspecto, acho que os dias marcados para celebrar coisas positivas se tornam – para os tolos e frívolos, os desavisados – coisa negativa, fonte de tormento e preocupação.

         Mas, visto sob outro prisma, não acho ruim existirem datas em que a gente é levada a lembrar, a demonstrar o afeto que se dilui no cotidiano, a fazer algum gesto carinhoso a mais. A prestar uma homenagem: refiro-me agora à data vizinha do Dia das Crianças, o Dia do Professor, celebrado na semana passada. Ofício tão desprestigiado, por mal pago, pouco respeitado e mal amado, que milhares e milhares de jovens escolhem outra carreira. E não me falem de sacerdócio: o professor, ou a professora, precisa comer e dar de comer, morar e pagar moradia, transportar - se e pagar transporte, comprar remédio, respirar, viver, Além disso, deveria poder estudar, ler, comprar livros, aperfeiçoar-se e descansar para enfrentar o dia-a-dia de uma profissão muito desgastante.

         Então, reunindo a ideia das duas datas, crianças e mestres, reflito um pouco sobre o que me sugeriu dias atrás um amigo:

        - Escreva sobre que mundo estamos deixando para nossas crianças, pois vai nascer minha primeira neta, e essa questão se tornou presente em minha vida.

        Pois é. Criança tem entre muitos esse dom de nos dar um belo susto existencial: abala as estruturas da nossa conformidade, nos torna alerta, nos deixa ansiosos. O que estou fazendo por ela, o que posso fazer por ela, quem devo ser ou me tornar para representar um bem para esse neto ou neta, filho ou filha, aluno ou aluna?

        Se forem as crianças de minha casa, a questão se torna crucial, e o amor é a dádiva primeira.

       E aí entram também os casais, tema por vezes espinhoso. Temos em casa um clima fundamentalmente bom e harmonioso, apesar das naturais diferenças e dificuldades? Por baixo do cotidiano de aparente rotina corre um rio de afeto ou grassam discórdia e rancores? Como apresentar ao imaginário infantil a figura do nosso parceiro ou parceira? Lembro aqui a atitude infeliz de tantas mulheres: desabafar diante dos filhos, pequenos ou adultos, sua raiva e insatisfação. Pior; usar os filhos para manipular emocionalmente o parceiro, usando-os para promover a própria vitimização e tornar quase um monstro o pai deles.

       Vão mais uma vez dizer que privilegio os homens, mas essa postura, vingativa, cruel e mesquinha, é muito mais frequente nas mulheres, sobretudo nas separadas. Não somos todas umas santas, não somos boazinhas. A mãe-vítima e a santa esposa me assustam: hão de cobrar, com altos juros, todo esse sacrifício.

       Enfim: que legado deixamos para as crianças? Primeiro, vem o legado pessoal: quem somos, quem podemos ser, quem poderíamos nos tornar, para que elas tenham um mínimo de confiança, um mínimo de amor por si próprias, um mínimo de otimismo para poder enfrentar a dura vida. Depois, podemos olhar para fora e imaginar um mundo, pelo menos um país, onde elas não tenham de presenciar espetáculos degradantes de corrupção, melancólicos jogos de interesse ou de poder.

       Onde os líderes sejam honrados, onde seus pais não se desesperem nem descreiam de tudo.

       Onde todos tenham escolas sólidas com professores bem pagos e bem preparados. Onde, em precisando, elas disponham de hospitais excelentes e médicos em abundância, de higiene em sua casa, comida em sua mesa, horizonte em sua vida.

        E que as crianças possam ter a seu lado, mais que um anjo da guarda, a Senhora Esperança: ela será a melhor companheira e o mais precioso legado.

 LYA LUFT é escritora. Texto retirado da revista Veja de 24/10/2007.

1.   Com quem a autora estabelece um “diálogo” no primeiro parágrafo do texto?

Com os pais que gostam de dias marcados para comemorar datas festivas, ou melhor, serem explorados pelo comércio.

2.   Há uma perspectiva de concordância ou discordância nessa “conversa”?

A autora diz que concorda em parte com os detestam datas marcadas.     

3.   Ainda no primeiro parágrafo, pode-se perceber uma contradição nas ações das pessoas que dizem detestar datas marcadas. Que ideias estão se opondo, nesse caso?

Porque ainda se submete aos modismos, às propagandas, ao consumismo desvairado.

4.   Qual é a posição da autora perante a afirmação de que nas datas especiais os pais se endividam ao comprar brinquedos e objetos caros e supérfluos?

Que poderiam fazer coisa bem mais interessante, como jogar bola, pular corda, ler um livro, armar um quebra-cabeça, praticar esporte.

5.   A autora fala da participação de algumas pessoas na vida das crianças. Quais são e qual o ponto de vista da autora em relação a cada uma dessas pessoas?

As crianças e aos professores.

6.   Existe, no texto, uma preocupação visível com o bom exemplo a ser deixado para as crianças. Copie o parágrafo que expõe essa ideia.      

Enfim: que legado deixamos para as crianças? Primeiro, vem o legado pessoal: quem somos, quem podemos ser, quem poderíamos nos tornar, para que elas tenham um mínimo de confiança, um mínimo de amor por si próprias, um mínimo de otimismo para poder enfrentar a dura vida.

7.   Qual é a “conversa” que o texto fez (e ainda faz) com você? Que posição você assume diante dessa conversa?

Resposta pessoal.

MÚSICA(ATIVIDADES): EU - PAULO TATIT - COM GABARITO

 Música(Atividades): Eu

               Paulo Tatit

Perguntei pra minha mãe
-- Mãe, onde é que você nasceu?
Ela então me respondeu
Que nasceu em Curitiba

Mas que sua mãe que é minha avó
Era filha de um gaúcho
Que gostava de churrasco
E andava de bombacha
E trabalhava num rancho
[...]

Perguntei para meu pai
-- Pai, onde é que você nasceu?
Ele então me respondeu
Que nasceu lá em Recife
Mas seu pai que é meu avô
Era filho de um baiano
Que viajava no sertão
E vendia coisas como
Roupa, panela e sabão
[...]

Disponível em: http://letras.terra.com.br/paulo-tatit/409954. Acesso em: jan. 2010.

Fonte: Língua portuguesa – Coleção Brasiliana – 5° ano – Ensino Fundamental – IBEP – 2ª ed. São Paulo – 2011. p. 224-5.

Entendendo a canção:

01 – Qual é o par de versos semelhantes que são repetidos nessa canção?

      “Perguntei para minha mãe / -- Mãe, onde é que você nasceu?” / “Perguntei para meu pai / -- Pai, onde é que você nasceu?”.

02 – Por que se repetem?

      A repetição ocorre porque o narrador-personagem faz a mesma pergunta para a mãe e para o pai.

03 – No que a canção “Eu” assemelha-se ao texto que fala dos sobrenomes?

      Os dois textos falam sobre origens.

04 – Indique qual é a alternativa que evidencia que a canção é narrada por um narrador-personagem.

a)   Mãe, onde é que você nasceu?

b)   Ele então me respondeu.

c)   Que nasceu lá no recife.

05 – Qual a principal diferença entre “De onde vêm os sobrenomes dos brasileiros?” e a canção “Eu”? Copie apenas a alternativa adequada.

a)   O primeiro é bem maior que o segundo.

b)   No primeiro há uso da linguagem no nível formal, no segundo não.

c)   O primeiro é informativo e o segundo, ficcional, inventado.

 

ROMANCE: VIAGENS NA MINHA TERRA - ALMEIDA GARRETT - COM GABARITO

 Romance: Viagens na minha terra

                  Almeida Garrett

CAPÍTULO II

[...]

        “Essas minhas interessantes viagens hão de ser uma obra prima, erudita, brilhante de pensamentos novos, uma coisa digna do século. Preciso de o dizer ao leitor, para que ele esteja prevenido; não cuide que são quaisquer dessas rabiscaduras da moda que, com o título de Impressões de Viagem, ou outro que tal, fatigam as imprensas da Europa sem nenhum proveito da ciência e do adiantamento da espécie.

        Primeiro que tudo, a minha obra é um símbolo... é um mito, palavra grega, e de moda germânica, que se mete hoje em tudo e com que se explica tudo... quanto se não sabe explicar.

        É um mito porque — porque... Já agora rasgo o véu, e declaro abertamente ao benévolo leitor a profunda ideia que está oculta debaixo desta ligeira aparência de uma viagenzinha que parece feita a brincar, e no fim de contas é uma coisa séria, grave, pensada como um livro novo da feira de Leipzig, não das tais brochurinhas dos boulevards de Paris.

        Houve aqui há anos um profundo e cavo filósofo de além Reno, que escreveu uma obra sobre a marcha da civilização, do intelecto — o que diríamos, para nos entenderem todos melhor, o Progresso. Descobriu ele que há dois princípios no mundo: o espiritualista, que marcha sem atender à parte material e terrena desta vida, com os olhos fitos em suas grandes e abstratas teorias, hirto, seco, duro, inflexível, e que pode bem personalizar-se, simbolizar-se pelo famoso mito do cavaleiro da mancha, D. Quixote; — o materialista, que, sem fazer caso nem cabedal dessas teorias, em que não crê, e cujas impossíveis aplicações declara todas utopias, pode bem representar-se pela rotunda e anafada presença do nosso amigo velho, Sancho Pança.

        Mas, como na história do malicioso Cervantes, estes dois princípios tão avessos, tão desencontrados, andam contudo juntos sempre, ora um mais atrás, ora outro mais adiante, empecendo-se muitas vezes, coadjuvando-se poucas, mas progredindo sempre.

        E aqui está o que é possível ao progresso humano.

        E eis aqui a crônica do passado, a história do presente, o programa do futuro.

        Hoje o mundo é uma vasta Barataria, em que domina el-rei Sancho.

        Depois há de vir D. Quixote.

        O senso comum virá para o milênio, reinado dos filhos de Deus! Está prometido nas divinas promessas — como el-rei de Prússia prometeu uma constituição; e não faltou ainda, porque, porque o contrato não tem dia; prometeu, mas não disse quando.

        Ora nesta minha viagem Tejo arriba está simbolizada a marcha do nosso progresso social: espero que o leitor entendesse agora. Tomarei cuidado de lho lembrar de vez em quando, porque receio muito que se esqueça.”

        [...].

               GARRETT, Almeida. Viagens na minha terra. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1969. p. 151-2.

Fonte: Língua portuguesa 2 – Projeto ECO – Ensino médio – Editora Positivo – 1ª edição – Curitiba – 2010. p. 43.

Entendendo o romance:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Fatigam: importunam, enfastiam.

·        Benévolo: bondoso, que apresenta disposição favorável.

·        Hirto: teso, retesado.

·        Fazer cabedal: ligar a, dar importância a.

·        Utopias: fantasias, quimeras.

·        Rotunda: redonda.

·        Anafada: bem nutrida, gorda, luzidia.

·        Empecendo: dificultando, estorvando.

·        Arriba: parte mais elevada, acima.

02 – Logo no primeiro parágrafo do texto, o narrador tece uma série de autoelogios à própria obra. Destaque os adjetivos utilizados para isso.

      Interessantes, obra-prima, erudita, brilhante, [de pensamentos] novos, digna [do século].

03 – Esses adjetivos servem para elevar a obra diante de outras que, segundo o narrador, circulam pela Europa. Que obras seriam essas? O que as caracterizaria?

      Obras que trazem “impressões de viagem” e que se caracterizariam pelo fato de serem fatigantes, ou seja, cansativas, e não trazerem nenhum proveito científico ou contribuírem para a melhoria da espécie humana.

04 – Levando-se em conta suas respostas as questões 2 e 3, é possível inferir que o autor de “Viagens na minha terra”:

I – Busca auto elogiar-se porque se considera o melhor escritor romântico português.

II – Acredita que sua obra trará uma contribuição positiva, não se caracterizando como mero entretenimento.

III – Afirma que toda leitura de relato de viagens é, necessariamente, fútil.

05 – Por que, segundo o narrador, sua obra seria “um mito”?

      Porque, por trás da aparência de uma mera viagem, haveria outros sentidos simbólicos na obra. Ela seria uma obra grave, pensada como uma obra filosófica (“um livro novo da feira de Leipzig”) e não uma “brochurinha dos boulevards de París.

06 – O narrador faz referência a um filósofo para quem haveria dois princípios de progresso: o espiritualista e o materialista. O que distinguiria ambos? Que figuras literárias são usadas para representar cada um desses princípios?

      Enquanto o espiritualista seguiria sem se importar com a parte terrena da vida, o materialista se deixaria guiar exclusivamente pela razão, pelos aspectos materiais da vida. O espiritualista seria representado por D. Quixote e seu idealismo, enquanto o materialista seria representado pelo pragmatismo de Sancho Pança.

07 – Para o narrador, qual desses princípios deveria prevalecer? E qual está prevalecendo naquele momento em Portugal?

      Segundo o narrador, os princípios, embora contraditórios, seriam complementares e, por isso, deveriam caminhar juntos. No entanto, Portugal estaria vivendo um momento marcado pelo materialismo e o narrador estaria aguardando a vinda de D. Quixote e de seu “espiritualismo”.

08 – Interprete o sentido do parágrafo final do trecho.

      Segundo o narrador, a narrativa de suas viagens seria simbólica da marcha do progresso social português e ele vai se esforçar por mostrar isso ao leitor para que este tenha clareza daquilo que o narrador acredita ser necessário transformar-se em sua terra para que esta alcance o progresso.

 

 

TIRA NÍQUEL NÁUSEA: AS ESTRELAS - FERNANDO GONSALES - COM GABARITO

 Tira Níquel Náusea: As estrelas

 

 https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh02Jo3qZZgXhi4-Rj2CuYefNrKQhFRSvLO0VpiPcAqlujRvNcESk7-zukrK0MmamXtpTKEAJZg5XAWT_cZQhS6xDnv8wG8poX4UP9ETT9dK8PCW7NvmP6w5o9iqcUMBTGh-1QUnacconAYUrFKQCjtmwCMNX2ScNwjA-WCL4n8DQsLbJxThW9LDH_E/s320/atmosfera.jpg

          GONSALES, Fernando. Níquel Náusea. Disponível em: http://www2.uol.com.br/niquel/. Acesso em: 13 fev. 2009.

Fonte: Língua portuguesa 2 – Projeto ECO – Ensino médio – Editora Positivo – 1ª edição – Curitiba – 2010. p. 224-5.

Entendendo a tira:

01 – Com base na leitura da tira, é possível classificar a fala do ratinho como “romântica”? Por quê?

      Sim. Ele se dirige à ratinha usando frases que remetem a alguns clichês românticos, como as alusões às estrelas e seu convite ao prazer, à chama do amor, à sedução da lua cheia.

02 – Que elementos não verbais auxiliam na construção da atmosfera romântica?

      O fato de os ratinhos estarem sós, um ao lado do outro, olhando as estrelas e a lua cheia.

03 – Pela fala da ratinha, o que é possível inferir? Justifique sua resposta.

      Pela fala da ratinha, é possível inferir que ela não partilha do sentimento do ratinho, pois usa imagem da lua cheia para indicar, ironicamente, que está tão cheia quanto a lua, ou seja, está cansada do discurso romântico do ratinho.

POEMA: QUANDO EU SONHAVA - ALMEIDA GARRETT - COM GABARITO

Poema: Quando Eu Sonhava

            Almeida Garrett

Quando eu sonhava, era assim
Que nos meus sonhos a via;
E era assim que me fugia,
Apenas eu despertava,
Essa imagem fugidia
Que nunca pude alcançar.
Agora, que estou desperto,
Agora a vejo fixar...
Para quê? – Quando era vaga,
Uma ideia, um pensamento,
Um raio de estrela incerto
No imenso firmamento,
Uma quimera, um vão sonho,
Eu sonhava – mas vivia:
Prazer não sabia o que era,
Mas dor, não na conhecia ...


Almeida Garrett. Folhas Caídas. Disponível em: http://biblioreynaldo.no.sapo.pt/folhascaidas.html. Acesso em: 24 fev. 2009.

Fonte: Língua portuguesa 2 – Projeto ECO – Ensino médio – Editora Positivo – 1ª edição – Curitiba – 2010. p. 42.

Entendendo o poema:

01 – Uma das marcas do Romantismo é a maior liberdade formal. O poema de Garrett apresenta versos de inspiração popular, típicos desse período romântico. Que versos são esses?

      Heptassílabos ou redondilhas maiores, versos de sete sílabas poéticas.

02 – O poema apresenta um esquema regular de rimas? Comente.

      O poema não apresenta um esquema regular de rimas. Alguns versos rimam entre si, como o 2°, o 3°, o 5°, o 14° e o 16°, com terminação –ia; o 7° e o 11° com terminação –erto e o 10° e o 12°, com terminação –mento. O poeta se dá a liberdade de se rimar alguns versos e deixar outros sem rima, brancos, o que é uma liberdade formal típica do Romantismo.

03 – Levando em conta o que respondeu nos itens 1 e 2, você diria que o poema privilegiou a temática ou a estrutura formal? Justifique sua resposta.

      O privilégio foi dado ao tema, porque a estrutura formal se apresenta bastante livre: uma única estrofe composta por 16 versos, alguns versos rimados, outros não e mesmo o uso das redondilhas maiores, versos sonoros e associados a quadras populares, sem, por exemplo, a elaboração formal que um soneto exige, normalmente escrito com versos decassílabos.

04 – Releia o poema e identifique seu tema. Transcreva do poema um verso ou conjunto de versos que confirme(m) sua resposta.

      O tema do poema é a comparação entre o antes – quando o sujeito poético sonhava com o amor da amada e depois – quando seu amor se transformou em realidade. O trecho que melhor corrobora essa resposta é o final do poema: Eu sonhava – mas vivia: / Prazer não sabia o que era, / Mas dor, não na conhecia...

05 – A temática do poema pode ser considerada característica do movimento romântico? Por quê?

      Sim, pode. A ideia de que amar é igual a sofrer, mas, mesmo assim, o sujeito poético insiste em amar, entregar-se ao amor, é uma das temáticas centrais do Romantismo.

 


POEMA: ÀS SEIS DA TARDE - MARINA COLASANTI - COM GABARITO

Poema: Às seis da tarde

            Marina Colasanti

Ás seis da tarde
as mulheres choravam
no banheiro.
Não choravam por isso
ou por aquilo
choravam porque o pranto subia
garganta acima
mesmo se os filhos cresciam
com boa saúde
se havia comida no fogo
e se o marido lhes dava
do bom
e do melhor
choravam porque no céu
além do basculante
o dia se punha
porque uma ânsia
uma dor
uma gastura
era só o que sobrava
dos seus sonhos.
Agora
às seis da tarde
as mulheres regressam do trabalho
o dia se põe
os filhos crescem
o fogo espera
e elas não podem
não querem
chorar na condução.

COLASANTI, Marina. Gargantas abertas. Disponível em: http://zezepina.utopia.com.br/poesia/poesiaa136.htm. Acesso em: 222 jul. 2009.

Fonte: Língua portuguesa 2 – Projeto ECO – Ensino médio – Editora Positivo – 1ª edição – Curitiba – 2010. p. 36-7.

Entendendo o poema:

01 – Qual o desejo que mobilizava as mulheres a chorar, segundo indica a primeira parte do poema?

      As mulheres choravam, segundo o texto, não por alguma razão objetiva, mas por algo subjetivo, algo que nem sempre conseguiam precisar, um desejo de alimentar sonhos e realizá-los além das fronteiras do lar.

02 – Localize, no texto, elementos capazes de opor o “antes” e o “agora” das mulheres.

      Antes, as mulheres ficavam restritas ao ambiente e à vida doméstica, choravam escondidas no banheiro, sem ter consciência das razões que as levavam a fazê-lo. Agora, as mulheres regressam do trabalho e continuam tristes, mas já não choram, embora sintam vontade de fazê-lo.

03 – Interprete, a partir do contexto do poema, o sentido da expressão “o fogo a espera”.

      No contexto, a expressão significa que o fogão espera as mulheres, ou seja, trata-se de uma metáfora das tarefas domésticas que continuam, na maioria dos lares, reservadas exclusivamente às mulheres, ainda que elas trabalhem fora de casa.

04 – A partir de sua resposta à questão anterior, reflita: segundo o texto, a situação das mulheres se transformou de forma expressiva? O que teria de ser feito para modificar essa situação?

      Segundo o texto, não houve alteração expressiva na vida das mulheres. Elas continuam trabalhando em casa, além de agora trabalharem também fora, o que as frustra, pois se sentem sobrecarregadas e sem tempo para seu sonhos e desejos. Segunda parte da questão, resposta pessoal do aluno.

 


NOTÍCIA: POR QUE TEMOS SOTAQUE? JOSÉ PEREIRA DA SILVA - COM GABARITO

 Notícia: POR QUE TEMOS SOTAQUE?

                  Entenda como surge a pronúncia característica das diferentes regiões do país!

        Cariocas, paulistas, mineiros, baianos, paraibanos, gaúchos… Toda essa gente fala a mesma língua, mas cada qual do seu jeitinho. Um puxa mais o “s”; outro capricha no “r”; tem quem fale mais rápido; tem quem fale cantando… A razão de tantas diferenças é o sotaque.

        Sotaque é a pronúncia característica de um país, de uma região ou mesmo de uma pessoa. Ele é identificado pela maneira de emitir o som das palavras, variando de um tom para outro. Aqui no Brasil, por exemplo, quase sempre é possível saber em que região as pessoas vivem ou onde viveram uma grande parte de sua vida apenas pela forma que elas falam.

        Nosso país tem cinco regiões, mas há muito mais sotaques do que isso. Não se sabe nem exatamente quantos! O sotaque se caracteriza pela força ou intensidade, pelo ritmo e pela melodia de uma mesma língua falada de maneiras diferentes por diferentes comunidades. É curioso que, quando estamos em contato com pessoas da nossa comunidade, não notamos nosso próprio sotaque. Mas basta falarmos com pessoas de outra cidade ou de outro estado que percebemos logo a diferença.

        Os sotaques são desenvolvidos pelas comunidades naturalmente, por imitação. Isso quer dizer que um vai adquirindo a maneira de falar do outro e, aos poucos, todos estão falando de forma muito parecida. Não importa, portanto, se você nasceu ou não naquele lugar. Por exemplo, se nos mudarmos para outra região e lá morarmos por muito tempo, nossa tendência natural é passar a falar da mesma forma que as pessoas daquele local.

        Todos temos sotaque. Mesmo as pessoas que utilizam a língua padrão em sua forma mais vigiada possível têm o seu próprio jeito de falar. Até porque tendemos a achar que a maneira correta de falar é sempre a nossa. Assim, não há duas pessoas que se comuniquem exatamente do mesmo modo. Quer ver só? Tente ouvir sua própria voz numa gravação. Você vai perceber que sua fala é muito parecida com a de outras pessoas com as quais convive.

        Apesar de pronunciada de maneiras diferentes por meio de sotaque, a língua é de todos. Assim, todos têm o direito de interferir nela, e interferem sempre: uns mais, outros menos!

José Pereira da Silva. Círculo Fluminense de Estudos Filológicos UNERJ. Disponível em: chc.cienciahoje.uol.com.br/revista/revista-chc-2004/147/por-que-temos-sotaque/?searchterm=língua portuguesa. Acesso em: jan. 2010.

Fonte: Língua portuguesa – Coleção Brasiliana – 5° ano – Ensino Fundamental – IBEP – 2ª ed. São Paulo – 2011. p. 229-231.

Entendendo a notícia:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Comunidade: lugar onde convivem pessoas.

·        Intensidade: força, grau elevado.

·        Interferir: fazer interferências, interromper.

·        Língua padrão: linguagem de maior prestígio social.

02 – O que é ter sotaque? Há pessoas em sua turma que falam de modo diferente de seu jeito de falar?

      Ter sotaque é pronunciar as palavras cada um de seu jeito ou de forma parecida com pessoas de uma região, de um país. Resposta pessoal do aluno.

03 – Onde você mora há poucas ou muitas pessoas que vieram de outros lugares?

      Resposta pessoal do aluno.

04 – É possível perceber o sotaque de uma pessoa pela escrita dela? Por quê?

      Não, o sotaque só ocorre na linguagem oral. Na escrita podemos encontrar regionalismos, palavras e expressões próprias dos falantes de uma determinada região do país.

05 – Qual é o nome do movimento de pessoas que mudam de estado ou região de um país? Por que isso acontece?

      Movimentar de um lugar para outro chama-se MIGRAÇÃO INTERNA. Motivos diversos: mudança de emprego ou de escola, aproximação de outras pessoas da família, procura de novas chances de trabalho, etc.

06 – No texto está escrito que todos temos sotaque. Você tem sotaque? Por que não percebemos o nosso próprio sotaque?

      Sim. Todos têm. O nosso sotaque fica imperceptível, porque conversamos com pessoas que falam do mesmo odo que nós.

07 – Por que há mais do que cinco sotaques, uma vez que temos cinco regiões no país?

      O sotaque não se restringe somente às regiões, há vários sotaques em uma mesma região.

08 – O que significa desenvolver sotaque por imitação?

      As pessoas adquirem sotaque ao falarem umas com as outras.

09 – Em sua opinião, é correto dizer que “falamos melhor” que outras pessoas porque moramos em determinada região ou porque seguimos mais as regras e normas gramaticais? Justifique sua resposta.

      Não. O sotaque dessa ou daquela região não tem nada a ver com falar bem. É presunção achar que falamos melhor ou pior que alguém. O falar bem seria falar adequadamente dentro de um contexto, de uma situação de fala.

10 – De que forma interferimos na língua portuguesa?

      Fazemos interferência porque cada um fala de seu modo, traz contribuições. A língua não é algo parado, estático.

11 – O sotaque de uma pessoa pode ser usado para desqualifica-la ou discriminá-la?

      Não pode haver discriminação por conta do sotaque. Esse é um tipo de preconceito.

12 – Retorne ao texto e observe os dados do texto: autor, data, suporte (onde foi publicado) e responda:

a)   A que tipo de público destina-se o texto? Por que foi possível perceber isso?

Destina-se às crianças e pré-adolescentes. Foi publicado em uma revista para crianças.

b)   Qual a finalidade dele?

Instruir, informar.

 

NOTÍCIA: DE ONDE VÊM OS SOBRENOMES DOS BRASILEIROS? - RAQUEL TEIXEIRA VALENÇA - COM GABARITO

Notícia: De onde vêm os sobrenomes dos brasileiros?   


Descubra como surgiram os Silva, os Araújo, os Fernandes, os Batista, os Carneiro...

        Cristina da Cunha e Armando Perdigão se casaram e tiveram um filho: Bernardo da Cunha Perdigão. O nome do menino foi de livre escolha dos pais. Já o sobrenome ele herdou de família, como uma marca registrada. É direito de todo cidadão brasileiro, ao nascer, ser registrado com nome e sobrenome, com os quais será identificado ao longo da vida. Houve um tempo em que uma regra mais ou menos rígida estabelecia que logo após o nome vinha o sobrenome da família materna, seguido do sobrenome da família paterna. Assim como aconteceu com o Bernardo.

        Hoje em dia, essa ordem deixou de ter tanta importância. Mas, ainda assim, é possível detectar a que família pertence uma pessoa, ou suas relações de parentesco, a partir do sobrenome. Pensando bem, se herdamos o sobrenome de nossos pais e avós, que, por sua vez, o receberam de seus antepassados, e assim sucessivamente, como surgiram esses sobrenomes?

        A maior parte dos sobrenomes que circulam no Brasil é de origem portuguesa e chegou aqui com os colonizadores. A maioria tem origem geográfica. Ou seja: no local em que a pessoa nasceu ou em que morava. Desta forma, Guilherme, nascido ou vindo da cidade portuguesa de Coimbra, passou a ser, como seus parentes, Guilherme Coimbra. Assim, também Varela, Aragão, Cardoso, Araújo, Abreu, Guimarães, Braga, Valadares, Barbosa e Lamas eram nomes de cidades ou regiões que identificavam os que lá nasceram, passando a funcionar, com o tempo, como sobrenomes.

        Alguns desses sobrenomes, aliás, não se referem a localidades, mas a simples propriedades rurais onde um determinado tipo de plantação era privilegiado. Por exemplo, os moradores de numa quinta em que se cultivavam oliveiras passaram a ser conhecidos como Oliveira, o mesmo acontecendo com Pereira, Macieira e tantos outros.

        Outra origem de sobrenomes foram as alcunhas, ou apelidos, atribuídos a uma pessoa para identificá-la e que depois se incorporava a seu nome como se dele fizesse parte. É o caso de Louro, Calvo e Severo, por exemplo. Muitos nomes de família se originaram também de nomes de animais, fosse por traços de semelhança física ou de características de temperamento: Lobo, Carneiro, Aranha, Leão e Canário são alguns deles. Também por derivação foi possível formar sobrenomes. Fernandes, por exemplo, seria, na origem, o filho de Fernando; assim como Rodrigues, o filho de Rodrigo; Álvares, o de Álvaro.

        Negros africanos, que vieram para o Brasil como escravos, e dos quais tantos de nós descendemos, foram obrigados a deixar para trás seu passado, seu nome e a identificação de sua origem tribal. Aqui foram batizados com um nome cristão e os sobrenomes que recebiam muitas vezes eram os mesmos de seus senhores. Quando isso não ocorria, os senhores lhes davam sobrenomes de origem religiosa, como Batista, de Jesus, do Espírito Santo.

        Também o leigo "da Silva" (silva em latim é selva, o que significa que a pessoa assim denominada tinha origem imprecisa, não se sabia ao certo de que cidade ou região ela procedia) foi fartamente atribuído àqueles que não traziam consigo um nome de família. Não é, portanto, por acaso que Silva é hoje no Brasil o sobrenome mais comum, aquele usado pelo maior número de cidadãos, dentre os quais os atuais presidente e vice-presidente da República!

        Situação semelhante ocorreu com os indígenas: como essa cultura sempre relacionou o sobrenome do indivíduo com a tribo à qual pertencia, é comum ainda hoje que um cidadão de origem indígena seja registrado, por exemplo, como Galdino Pataxó ou Marcos Terena.

        Observar as variadas origens dos sobrenomes brasileiros nos leva a notar que muitos povos se uniram para formar a nossa nação. Aos numerosos Silvas, brasileiríssimos, aos Lisboas e Guimarães que aqui chegaram há quase cinco séculos, vieram com o tempo juntar-se os descendentes dos imigrantes Abdala (árabe), Levy (judaico), Calmon (francês), Abbott (inglês), Fomm (prussiano), Schmidt (alemão), Ferretti (italiano) e inúmeros outros que tanto contribuíram para a formação de nossa cultura, que é riquíssima.

        Essa diversidade cultural, motivo de nosso orgulho, expressa pela variedade de sobrenomes, nos faz pensar também na nossa maravilhosa e surpreendente unidade linguística: um país do tamanho do Brasil, habitado por uma população de origem tão variada, como se pode verificar por uma simples análise dos sobrenomes, fala de norte a sul um único idioma. Os Batistas e os Abramovitchs, os Lopes e os Smiths conversam, discutem, contam piadas e trocam juras de amor na mesma língua em que pronunciaram as primeiras palavras, em que aprenderam as primeiras letras na escola, em que cantaram músicas e ouviram notícias pelo rádio e pela televisão.

Raquel Teixeira Valença. Fundação Casa de Rui Barbosa/RJ. CHC 136. Disponível em: chc.cienciahoje.uol.com.br/revista-chc-2003/136/de-onde-vem-os-sobrenomes-dos-brasileiros/?searchterm=línguaportuguesa. Acesso em: jan. 2011.

Fonte: Língua portuguesa – Coleção Brasiliana – 5° ano – Ensino Fundamental – IBEP – 2ª ed. São Paulo – 2011. p. 220-3.

Entendendo a notícia:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Fartamente: de forma abundante, em grande número.

·        Leigo: o que não tem origem religiosa ou não pertence a nenhum grupo.

·        Linguística: é a ciência que estuda a linguagem verbal humana.

·        Rígida: dura, sem flexibilidade.

02 – Você sabe quem escolheu o seu nome e por que foi feita essa escolha?

      Resposta pessoal do aluno.

03 – Você conhece as origens de seu sobrenome? Sabe de onde vieram seus pais, avós, bisavós ou nunca se interessou por esse assunto?

      Resposta pessoal do aluno.

04 – Todas as pessoas de sua família têm a mesma origem?

      Resposta pessoal do aluno.

05 – Há algum tempo, segundo o texto, depois do nome vinha o sobrenome materno e depois o paterno. Hoje essa ordem é importante?

      Não é mais importante essa ordem, porém é a forma usada no geral.

06 – Qual é a origem da maioria dos sobrenomes do Brasil?

      Os sobrenomes são na maioria de origem portuguesa.

07 – Qual o significado do sobrenome mais usado no Brasil? Justifique por que é o sobrenome predominante.

      O sobrenome Silva vem do latim e significa selva. Todos aqueles de quem não se sabia a origem com exatidão recebiam esse sobrenome.

08 – Recebemos um sobrenome por razões diferentes. Barbosa, por exemplo, refere-se a quem veio de Barbosa, uma cidade portuguesa. Cite outros três fatores que geraram sobrenome no Brasil. Dê um exemplo para cada origem.

      Os fatores são: Apelidos – Severo / Tipo de plantação – Pereira / Nome de animais – Carneiro / Por derivação – Fernandes (filho de Fernando) / Origem religiosa – Batista.

09 – Sabendo que temos muitas pessoas em nosso país de origens bem diferentes, responda:

a)   O que é possível concluir sobre a formação do povo brasileiro?

Nossa nação é resultado da mistura de diversos povos.

b)   Em que esse fator contribui para o país? Por quê?

O resultado é a variedade cultural, porque cada povo que veio para cá trouxe um pouco de sua cultura.

10 – O autor fala no texto sobre “nossa maravilhosa e surpreendente unidade linguística”. Por que mantermos a mesma língua é motivo de surpresa e espanto?

      É espantoso mantermos a mesma língua, porque somos resultado de mistura de muitas raças.

11 – Você já percebeu que há alguns sobrenomes que também são coisas, lugares ou características? É o caso de Bandeira, Carvalho, Leite, Machado... Junto com os colegas e, de acordo com as orientações do professor(a), faça uma lista coletiva desse nomes.

      Resposta pessoal do aluno. Sugestões: Amado, Amazonas, Arena, Barros, Bonde, Brasil, Campos, Canário, Cancela, Carta, Casanova, Chaves, Coelho, etc.

 


MÚSICA(ATIVIDADES): ROMÂNTICOS - VANDER LEE - COM GABARITO

 Música(Atividades): Românticos

               Vander Lee

Românticos são poucos
Românticos são loucos desvairados
Que querem ser o outro
Que pensam que o outro é o paraíso

Românticos são lindos
Românticos são limpos e pirados
Que choram com baladas
Que amam sem vergonha e sem juízo

São tipos populares
Que vivem pelos bares
E mesmo certos vão pedir perdão
Que passam a noite em claro
Conhecem o gosto raro
De amar sem medo de outra desilusão

Romântico
É uma espécie em extinção
Romântico
É uma espécie em extinção

Românticos são poucos
Românticos são loucos desvairados
Que querem ser o outro
Que pensam que o outro é o paraíso

Românticos são lindos
Românticos são limpos e pirados
Que choram com baladas
Que amam sem vergonha e sem juízo

São tipos populares
Que vivem pelos bares
E mesmo certos vão pedir perdão
Que passam a noite em claro
Conhecem o gosto raro
De amar sem medo de outra desilusão

Romântico
É uma espécie em extinção
Romântico
É uma espécie em extinção

Românticos são poucos
Românticos são loucos como eu!
Românticos são loucos
Românticos são poucos como eu! como eu!

LEE, Vander. Pensei que fosse o céu. Vander Lee. Rio de Janeiro: Idie Records, 2006, 1 CD.

Fonte: Língua portuguesa 2 – Projeto ECO – Ensino médio – Editora Positivo – 1ª edição – Curitiba – 2010. p. 24.

Entendendo a música:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Desvairados: alucinados, aqueles que perderam o juízo.

·        Baladas: a balada é um gênero d poesia popular antiga que podia ou não ser acompanhada por música.

02 – Localize, no texto, os adjetivos usados par caracterizar os românticos.

      Os adjetivos são: poucos, loucos, lindos, limpos, pirados e desvairados.

03 – A partir dessa escolha de adjetivos, aponte quais aspectos da escola romântica foram escolhidos para definir os românticos.

      O desejo de evasão e a inadaptação típicos dos românticos, bem como sua insubordinação a regras sociais e o fato de se colocarem à margem da sociedade estabelecida.

04 – Um dos temas de eleição dos românticos é a entrega amorosa. Esse tema está presente no texto? Justifique sua resposta.

      Sim. Há vários exemplos de entrega amorosa no texto, entre eles: os românticos “choram com baladas”, “amam sem vergonha e sem juízo”, amam sem medo de outra desilusão, “e mesmo certos vão pedir perdão”.

05 – Interprete o trecho: “Conhecem o gosto raro / De amar sem medo / De outra desilusão”.

      A ideia proposta pelo trecho é que os românticos não desistem do amor, ou seja, amam sem medo, pois sabem que o amor é raro e tem suas recompensas. Mesmo já tendo sofrido desilusões, o que fica indicado pelo pronome indefinido “outra”, os românticos sempre acreditam no amor e investem nesse sentimento mesmo após sofrer uma frustação amorosa.

06 – Ao afirmar que os românticos são uma “espécie em extinção” e se identificar com eles, o eu lírico assume uma atitude tipicamente romântica.

      Porque os românticos, especialmente os poetas, viam-se como pessoas à parte da sociedade, aqueles que conseguiam enxergar os problemas que ela apresentava, os que conseguiam amar de verdade, entregar-se com paixão à vida. No caso do texto, o eu lírico afirma que são poucos e raros aqueles que vivem assim hoje, mas ele se vê como um deles.

 

Adicionar à playlistTama