domingo, 14 de abril de 2024

POEMA: UM MOVER DE OLHOS, BRANDO E PIEDOSO - LUÍS DE CAMÕES - COM GABARITO

 Poema: Um Mover de Olhos, Brando e Piedoso

             Luís de Camões

Um mover de olhos, brando e piedoso,
Sem ver de quê; um riso brando e honesto,
Quase forçado; um doce e humilde gesto,
De qualquer alegria duvidoso;

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOVM4RlVhICpM3Wf2zNYZX2IqS2TYGWQiGdxWjX2ZBz2SBpSiUllD913wdiPTno_o0FMzW-WCalZObt3O61HEdMUrvufimg7c4x01B0TawqJ-WQ-f5GJ-XlbxQUaYSyOMzcFahOwnxpBOZOf3SIqLlCG_T511K-OvDHgfS8-L3YMboiSNaYDnIf00S8ko/s1600/CALMA.jpg


Um despejo quieto e vergonhoso;

Um repouso gravíssimo e modesto;
Uma pura bondade, manifesto
Indício da alma, limpo e gracioso;

Um encolhido ousar; uma brandura;
Um medo sem ter culpa; um ar sereno;
Um longo e obediente sofrimento:

Esta foi a celeste fermosura
Da minha Circe, e o mágico veneno
Que pôde transformar meu pensamento.

CAMÕES, Luís de. In: Salgado Júnior, Antônio (Org.). Luís de Camões: obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2008, p. 301.

Fonte: Língua Portuguesa. Se liga na língua – Literatura – Produção de texto – Linguagem. Wilton Ormundo / Cristiane Siniscalchi. 1 Ensino Médio. Ed. Moderna. 1ª edição. São Paulo, 2016. p. 56.

Entendendo o poema:

01 – De acordo com o poema, qual o significado das palavras abaixo.

·        Gesto: rosto, face.

·        Despejo: ausência de pejo (vergonha); desinibição, descontração.

·        Brandura: ternura.

·        Circe: divindade da mitologia grega que atraía com seu canto os marinheiros e dava-lhes poções que os transformavam em porcos.

02 – Como é a mulher caracterizada no poema?

      No poema, a mulher tem olhar “brando e piedoso”, seu riso é “brando e honesto”, seus gestos são doces e humildes, sua postura é serena e recatada, sua alma é cheia de bondade, além de ser firme e constante – características mais interiores que exteriores.

03 – Que elemento descritivo faz referência direta à beleza da mulher citada no poema? Onde ele aparece?

      O elemento descritivo que faz referência direta à beleza da moça aparece somente no final (“fermosura”).

04 – Com base nas análises que você fez nos itens 2 e 3, o que é possível concluir: no poema predomina a caracterização interior ou exterior da mulher?

      Camões segue os ideais petrarquistas nesse poema (primazia da caracterização interior da mulher amada sobre a exterior.

05 – A poesia trovadoresca e a palaciana utilizaram com frequência os redondilhos (versos de 5 ou 7 sílabas poéticas), típicos da poesia popular. No classicismo, introduziu-se em Portugal a chamada “medida nova”, versos decassílabos de tradição italiana. Camões utilizou em sua lírica tanta a medida nova quanto a medida velha, da tradição medieval. Agora, releia o poema.

a)   Que medida o poeta português adota?

Camões utiliza versos decassílabos.

b)   Arrisque uma hipótese: que efeito tem o uso dessa métrica no poema?

Os decassílabos do poema, em comparação com a popular métrica do redondilho, evidenciam a sofisticação proposta pelo classicismo.

POESIA: VOSSA GRANDE CRUELDADE - FRANCISCO DA SILVEIRA - COM GABARITO

 Poesia: Vossa grande crueldade

             Francisco da Silveira 

Vossa grande crueldade, 

Minha gram desaventura, 

vossa pouca piadade, 

com minha gram lealdade, 

de mestura, 

fezaram minha trestura. 

 

A qual já dentro em mim jaz 

tanto nos bofes metida, 

que m’entristece, e me faz 

que me pese co’a vida. 

 

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4LsfMUpvL73e19pPla7kOO5QMJ7JY9j6JehJwSMpmPs-WSdBJ-zDKHTrrq2J2mMxLxN1WKPNo9yYOHIp9K-y7_V7h7H4QFujkDW_uHsCnuEbeY25bjHCKgOujq-HZGyEZg_vwhFsGZ_HhsXHosaY7Wf9TpXPGew_RGxkdRpeSoarWIGYvSSQa6dsoKsc/s320/POESIA.jpg

Cesse vossa crueldade, 

Mude-se minha ventura, 

que, pois tendes fermosura, 

tende também piadade 

de mestura, 

nam me mate esta tristura. 

Garcia de Resende e o Cancioneiro geral. In: ROCHA, André e Crabbé. Lisboa: Instituto de Cultura Portuguesa, Presidência do Conselho de Ministros, Secretaria de Estado da Cultura, 1979. v. 31, p. 29 (Biblioteca Breve).

Fonte: Língua Portuguesa. Se liga na língua – Literatura – Produção de texto – Linguagem. Wilton Ormundo / Cristiane Siniscalchi. 1 Ensino Médio. Ed. Moderna. 1ª edição. São Paulo, 2016. p. 53-54.

Entendendo a poesia:

01 – De acordo com a poesia, qual o significado das palavras abaixo.

·        Desaventura: desventura, falta de sorte.

·        Piadade: piedade.

·        De mestura: misturada, junta.

·        Trestura: tristeza.

·        Jaz: está sepultado.

·        Bofes: (sentido figurado) coração.

·        Tristura: tristeza.

02 – A primeira estrofe da poesia é marcada pela presença dos pronomes vossa e minha. A quem eles se referem?

      “Vossa” refere-se à amada; “Minha” refere-se ao eu lírico sofredor.

03 – Na alternância entre minha e vossa constrói-se na poesia uma relação de causa e consequência. Explique essa afirmação.

      A crueldade da amante (causa) provoca no eu lírico “desaventura” (consequência) e a “pouca piadade” dela (causa) tem como consequência a “trestura” do sujeito lírico. Finalmente, o cessar da crueldade da amada (causa) fará a “ventura” do eu lírico mudar (consequência).

04 – A poesia apresenta uma organização temporal bem definida.

a)   Que tempo verbal predomina em cada uma das estrofes?

O tempo que predomina na primeira estrofe é o passado; na segunda estrofe, predomina o presente; na terceira estrofe, sugere-se o futuro.

b)   Explique de que forma essa diferenciação dos tempos verbais se relaciona com os sentimentos do eu lírico.

Na primeira estrofe, encontram-se as causas do sofrimento do eu lírico; na segunda estrofe, estão as consequências do sofrimento; na terceira estrofe, o eu lírico faz um pedido à amada.

05 – Ao longo dos versos, o eu lírico acusa a amada de ser cruel e de ter pouca piedade diante de sua “desaventura”.

a)   Que substantivo quebra essa caracterização negativa da mulher?

O substantivo “fermosura”.

b)   O que essa ruptura representa no contexto da poesia?

Representa que o eu lírico não resiste à “fermosura” de sua amada, por isso submete-se à sua crueldade e pouca piedade.

domingo, 7 de abril de 2024

POEMA: CORREIO ELEGANTE - HENRIQUE FÉLIX - COM GABARITO

 Poema: Correio elegante

              Henrique Félix

No correio elegante,

toda carta é bem vestida

de envelope extravagante,

dobradinho na medida.

 Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8njY59vhdAS9eRTeWnus2Gk8j4C8lGu-jmIInPTXfS0tR3Rh0q8RTUgF3UKuIhwmwUWIM4GUnbDAqZTY62O6EmzoxDnKyc4mYxmJJuA546tnIShRjZeqydA404xMR1_bcXIsOncm5bs67bRHCQRyU79vz3e7Oki8rhbwHc9UW7maY58iYfqpfk2HJFTM/s1600/CORREIO.jpg


O papel é perfumado.

A mensagem, colorida.

O carteiro é saltitante

porque está feliz da vida.

leva as cartas num instante,

leve, solto e despenteado.

Nada é longe o bastante.

Ninguém fica sem recado.

Pois o correio é elegante,

e o carteiro... apaixonado.

Henrique Félix. Quermesse maluca. Belo Horizonte: Formato, 2001. p. 13.

Fonte: Livro – Português: Linguagem, 6ª Série – William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães, 2ª ed. – São Paulo: Atual Editora, 2002. p. 225.

Entendendo o poema:

01 – O que caracteriza uma carta no "correio elegante" de Henrique Félix?

      Uma carta no correio elegante é bem vestida, em um envelope extravagante, com papel perfumado e mensagem colorida.

02 – Qual é a atitude do carteiro no poema "Correio elegante"?

      O carteiro está saltitante e feliz da vida.

03 – Como o carteiro se comporta ao entregar as cartas no poema?

      O carteiro entrega as cartas de forma leve, solta e despenteada.

04 – Como o poema descreve a eficiência do "correio elegante"?

      No poema, o correio elegante é descrito como eficiente, pois nada é longe o bastante e ninguém fica sem recado.

05 – O que torna o "correio elegante" diferente do serviço postal tradicional?

      O correio elegante se diferencia pelo envelope extravagante, papel perfumado e mensagem colorida, criando uma experiência mais especial.

06 – O que simboliza o comportamento do carteiro apaixonado no poema?

      O comportamento apaixonado do carteiro simboliza o entusiasmo e a dedicação em transmitir mensagens especiais e afetuosas.

07 – Quais são os elementos que contribuem para a atmosfera encantadora do "correio elegante" descrita por Henrique Félix?

      Os elementos como envelope extravagante, papel perfumado, mensagem colorida e a atitude apaixonada do carteiro contribuem para a atmosfera encantadora do correio elegante no poema.

 

POEMA: GUARDAR - ANTÔNIO CÍCERO - COM GABARITO

 Poema: GUARDAR

             Antônio Cicero

Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la.

Em cofre não se guarda coisa alguma.

Em cofre perde-se a coisa à vista.

Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por

admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado.

Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília

por ela, isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela,

isto é, estar por ela ou ser por ela.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZeXt8-MKofBouml5HqqUqj-rtHVTTQMz4V-yaueCbk6WDqnUDVIDW3VNEH8vJCuWXz4DP3hehCblzAWGyUuPhx5BFK9dBmaaAYScfG-4dD4e8UPbgl7G7oH6REqkttTQrqkzP6seiT9IqeWdEk3OJN3T0hjCnrmthXwVoxIzS5FCrB73REtvcdCGItIo/s1600/POEMA.png


Por isso, melhor se guarda o voo de um pássaro

do que de um pássaro sem voos.

Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica,

por isso se declara e declama um poema:

Para guardá-lo:

Para que ele, por sua vez, guarde o que guarda:

Guarde o que quer que guarda um poema:

Por isso o lance do poema:

Por guardar-se o que se quer guardar.

CICERO, Antônio. In: MORICONI, Ítalo (Org). Os cem melhores poemas brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p. 337.

Fonte: Língua Portuguesa. Se liga na língua – Literatura – Produção de texto – Linguagem. Wilton Ormundo / Cristiane Siniscalchi. 1 Ensino Médio. Ed. Moderna. 1ª edição. São Paulo, 2016. p. 18.

Entendendo o poema:

01 – O que significa "guardar uma coisa" de acordo com o poema "Guardar" de Antônio Cícero?

      Segundo o poema, guardar uma coisa não se resume a escondê-la ou trancá-la, mas sim a observá-la com admiração e iluminá-la com nossa atenção.

02 – Qual é a diferença entre guardar algo em um cofre e guardar conforme descrito no poema?

      Enquanto guardar algo em um cofre implica em perdê-lo de vista, guardar conforme descrito no poema envolve observação, vigilância e admiração constante.

03 – Por que é mais significativo guardar o voo de um pássaro do que um pássaro sem voos, de acordo com o poema?

      Guardar o voo de um pássaro representa apreciar sua liberdade e beleza em movimento, em contraste com um pássaro incapaz de voar, que não oferece a mesma inspiração.

04 – Qual é a relação entre escrever, declarar ou declamar um poema e o ato de guardar algo?

      Escrever, declarar ou declamar um poema é uma forma de guardar a sua essência e significado, permitindo que o poema também guarde aquilo que ele expressa.

05 – O que significa "fazer vigília por algo" de acordo com o poema?

      Fazer vigília por algo implica em estar acordado e atento por aquilo que se guarda, demonstrando um cuidado e uma dedicação constante.

06 – Como um poema pode "guardar o que guarda", como mencionado no poema?

      Um poema pode "guardar o que guarda" ao preservar e transmitir as emoções, ideias e beleza contidas nele, permitindo que esses elementos sejam apreciados e preservados ao longo do tempo.

07 – Qual é a principal mensagem do poema "Guardar" de Antônio Cícero em relação ao ato de guardar algo?

      A mensagem principal é que guardar algo vai além de simplesmente mantê-lo fisicamente; envolve uma contemplação ativa e um vínculo emocional que permite que aquilo que é guardado permaneça vivo e significativo.

 

 

TEXTO: ODISSEIA (FRAGMENTO) - HOMERO - TRAD. CARLOS ALBERTO NUNES - COM GABARITO

 Texto: Odisseia (Fragmento)

           Homero – trad. Carlos Alberto Nunes

        [...]

        À ilha, entrementes, a nau bem construída chegara depressa, onde as Sereias demoram, que um vento propício a impelia.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuY6JEowHnGyHAXcfTrFIkF0CB_-PEpz8UpdNrQqCuDELwUUPuw2nafe704HkRPvmYx9cEtqAGTGdpWQEyZ30VO4EDurbk56AvAgFlmf7hJrYJCxdPyc65Dd8cQ70tb1CFCv9MFioUppYFoskUfC4eBVC2TAzPI8S6JVMIIyvZFMgaurasGxYXIrZXLEU/s320/a-odisseia-edicao-ilustrada.jpg


        [...]

        Uma rodela de cera cortei com meu bronze afiado, em pedacinhos, e pus-me a amassá-los nos dedos possantes.

        [...]

        Sem exceção, depois disso, tapei os ouvidos dos sócios; as mãos e os pés, por sua vez, me amarraram na célere nave, em torno ao mastro, de pé, com possantes calabres seguro. Sentam-se logo, batendo com o remo nas ondas grisalhas. Mas, ao chegar à distância somente de grito da praia, com toda a força a remar, não passou nosso barco ligeiro despercebido às Sereias, de perto, que entoam sonoras: “Vem para perto, famoso Odisseu, dos Aquivos orgulho, traz para cá teu navio, que possas o canto escutar-nos”.

        [...]

        Dessa maneira cantavam, belíssima. Mui desejoso de as escutar, fiz sinal com os olhos aos sócios que as cordas me relaxassem; mas eles remaram bem mais ardorosos. Alçam-se, então, Perimedes e Euríloco e deitam-me logo novos calabres, e os laços e as voltas mais firmes apertam.

        Mas, quando essa ilha, na viagem, deixamos ficar bem distante, sem mais ouvirmos a voz das Sereias e o canto mavioso, meus companheiros queridos tiraram depressa do ouvido a cera ali por mim posta e dos laços, por fim, me livraram.

        [...]

HOMERO. Odisseia. Trad. Carlos Alberto Nunes. São Paulo: Hedra, 2011. p. 207-208 (fragmento).

Fonte: Língua Portuguesa. Se liga na língua – Literatura – Produção de texto – Linguagem. Wilton Ormundo / Cristiane Siniscalchi. 1 Ensino Médio. Ed. Moderna. 1ª edição. São Paulo, 2016. p. 27-28.

Entendendo o texto:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo?

·        Entrementes: enquanto isso.

·        Nau: embarcação.

·        Impelia: empurrava.

·        Célere nave: rápida nau.

·        Calabres: cordas grossas.

·        Odisseu: do grego, Ulisses.

·        Aquivos: gregos da Tessália ou do Peloponeso.

·        Alçam-se: levantam-se.

·        Mavioso: melodioso.

02 – Além da voz de Ulisses, que outras vozes estão presentes no texto?

      As outras vozes presentes no texto são as vozes das Sereias que cantam para atrair os navegantes.

03 – Quem são as Sereias no fragmento da Odisseia e qual é o perigo que representam para Odisseu e seus companheiros?

      As Sereias são criaturas míticas que habitam uma ilha próxima. Elas seduzem os marinheiros com seu canto encantador, levando-os à perdição e à morte. Odisseu e seus companheiros correm o risco de sucumbir ao feitiço das Sereias e serem levados à sua ilha, onde encontrariam um fim trágico.

04 – Um autor pode alterar a ordem mais comum de uma frase, como se vê a seguir.

        “À ilha, entrementes, a nau bem construída chegara depressa, onde as Sereias demoram, que um vento propício a impelia.”

a)   Reescreva o trecho no caderno, iniciando por: “Entrementes, a nau bem construída...”.

“Entrementes, a nau bem construída onde as Sereias demoram, que um vento propício a impelia, chegara depressa”.

b)   Arrisque uma hipótese: Por que o autor optou pela ordem “indireta”?

O autor pode ter criado uma ordem indireta a fim de criar um suspense, tensão, expectativa do leitor e para enfatizar o momento da chegada da nau bem construída à ilha onde as Sereias demoram.

05 – Ulisses elabora uma estratégia para poder ouvir o canto das sereias de forma segura.

a)   Descreva o que ele faz para conseguir seu objetivo.

Ulisses corta uma rodela de cera com um objeto afiado e a amassa em pedaços, e então molda nos dedos, criando tampões para seus ouvidos. Ulisses também ordena que seus companheiros o amarrem ao mastro do navio para que ele não possa se libertar e se dirigir em direção às Sereias.

b)   O que essa estratégia revela sobre a personalidade de Ulisses?

Essa estratégia revela que Ulisses é um homem esperto, inteligente e prudente.

06 – O que Odisseu faz quando deseja ouvir o canto das Sereias apesar do perigo?

      Odisseu faz sinais aos seus companheiros para que o libertem brevemente das amarras, demonstrando seu desejo de ouvir o canto das Sereias. No entanto, seus homens, seguindo suas ordens, reforçam as amarras para garantir sua segurança.

07 – Como os companheiros de Odisseu reagem após passarem a ilha das Sereias?

      Após deixarem para trás a ilha das Sereias e não ouvirem mais seu canto sedutor, os companheiros de Odisseu removem rapidamente a cera dos ouvidos do herói e o libertam das amarras, permitindo-lhe voltar ao controle total de seus sentidos.

08 – Qual é a importância simbólica da experiência com as Sereias na jornada de Odisseu?

      A experiência com as Sereias representa um momento de tentação e resistência para Odisseu. Ele enfrenta um perigo que pode levá-lo à ruína, mas suas habilidades estratégicas e a lealdade de seus companheiros o ajudam a superar esse desafio. Este episódio ressalta a astúcia e a determinação de Odisseu na busca de seu retorno para casa, além de ilustrar as consequências da desobediência às ordens dadas.

 

MÚSICA(ATIVIDADES): PORTO ALEGRE (NOS BRAÇOS DE CALIPSO) - COM GABARITO

 Música(Atividades): Porto Alegre (Nos Braços de Calipso)

           Adriana Calcanhotto

Amarrado num mastro
Tapando as orelhas
Eu resisti
Ao encanto das sereias
Eu não ouvi
O canto das sereias
Eu resisti

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKHNRz2wOhgQ1GK1dx41xrf1GZpa01gdA-xmS5xj3x4YSvoVW68EK9_5_qWiIboxBK5-ZGgitK72zNTJvhNlnQj0hD4Wvz5v3k06yaHWwYQX5GpgLjvXY1F2yyrZWJDlYh8FRTHAVZgIE1kmuTLg3MncmrxM9kiiS4m5RWVJrC49QPk6vNbpQ6qy43wEQ/s320/ADRIANA.jpg


Mas chegando à praia
Não fiz nada disso
Então caí
Nos braços de Calipso
Eu sucumbi
Ao encanto de Calipso
Não resisti

Depois disso eu não tive
Nenhum outro vício
Senão dançar
Ao ritmo de Calipso
Pois eu caí
Nas graças de Calipso
Não resisti
Ao encanto de Calipso
Só sei dançar
Ao ritmo de Calipso
Calipso

Amarrado num mastro
Tapando as orelhas
Eu resisti
Ao encanto das sereias
Eu não ouvi
O canto das sereias
Eu resisti

Mas chegando à praia
Não fiz nada disso
Então caí
Nos braços de Calipso
Eu sucumbi
Ao encanto de Calipso
Não resisti

Desde então eu não tive
Nenhum outro vício
Senão dançar
Ao ritmo de Calipso
Pois eu caí
Nas graças de Calipso
Não resisti
Ao encanto de Calipso
Só sei dançar
Ao ritmo de Calipso.

Composição: Péricles Cavalcanti. Intérprete: Adriana Calcanhotto. CD Maré. Rio de Janeiro: Sony Music, 2008. Faixa 4.

Fonte: Língua Portuguesa. Se liga na língua – Literatura – Produção de texto – Linguagem. Wilton Ormundo / Cristiane Siniscalchi. 1 Ensino Médio. Ed. Moderna. 1ª edição. São Paulo, 2016. p. 32.

Entendendo a música:

01 – Qual é o tema principal da música "Porto Alegre (Nos Braços de Calipso)" de Adriana Calcanhotto?

      O tema principal é a sedução e entrega à música e dança do Calipso, simbolizando um vício ou encanto irresistível.

02 – Quem é Calipso na música e qual é o papel desse personagem na história narrada pela letra?

      Calipso é um símbolo de sedução e encanto irresistível que leva o narrador a sucumbir à dança e ao ritmo.

03 – Qual é o evento que leva o narrador a sucumbir ao encanto de Calipso?

      Chegando à praia, o narrador cai nos braços de Calipso após resistir ao canto das sereias.

04 – Como o narrador descreve sua experiência após cair nos braços de Calipso?

      O narrador descreve que desde então não teve outro vício além de dançar ao ritmo do Calipso.

05 – Qual é a referência às sereias na música e qual é o papel delas na história?

      As sereias representam uma tentação inicial da qual o narrador resiste, mas posteriormente sucumbe ao encanto de Calipso.

06 – Que figura mitológica é comparada ao narrador na música, e por que essa comparação é feita?

      O narrador é comparado a Ulisses amarrado ao mastro para resistir ao canto das sereias, porém acaba sendo seduzido por Calipso.

07 – Como o ritmo e estilo musical do Calipso são importantes na narrativa da música?

      O ritmo e estilo do Calipso representam o vício e a rendição do narrador, que só sabe dançar ao som dessa música após ser seduzido por Calipso.

 

 

POEMA: ELOGIO DA MEMÓRIA - JOSÉ PAULO PAES - COM GABARITO

 Poema: Elogio da memória

              José Paulo Paes 

O funil da ampulheta

apressa, retardando-a

a queda

da areia.

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGYGQqlxNLPn5WKsc5ULfpfgGfwXlEGEVu2hxXkOquqfsICneu32CrMvYIRVbsoFSSglV84g-Ubstlp9xDZem5f8LJwL9APWGufznCV97jg5cQm4t9bD8VgNy8B9nYwPJDjFgIF3JdjQIg8t6pPGSc0DcHDqr5Zbz9UNIcc19gkljZQNb3TECY0pGy9l4/s320/AMPULHETA.jpg


Nisso imita o jogo

manhoso

de certos momentos

que se vão embora

quando mais queríamos

que ficassem.

PAES, José Paulo. Socráticas: poemas. São Paulo: Companhia das Letras, 2011. p. 49.

Fonte: Língua Portuguesa. Se liga na língua – Literatura – Produção de texto – Linguagem. Wilton Ormundo / Cristiane Siniscalchi. 1 Ensino Médio. Ed. Moderna. 1ª edição. São Paulo, 2016. p. 17.

Entendendo o poema:

01 – Qual é a imagem utilizada pelo poeta para descrever o tempo no poema "Elogio da memória" de José Paulo Paes?

      O poeta utiliza a imagem do funil da ampulheta para descrever o tempo.

02 – Qual é a função do funil da ampulheta de acordo com o poeta?

      O funil da ampulheta apressa a queda da areia, mas ao mesmo tempo a retarda.

03 – Como o poeta compara o funil da ampulheta aos momentos da vida?

      O poeta compara o funil da ampulheta ao "jogo manhoso de certos momentos que se vão embora quando mais queríamos que ficassem".

04 – Qual é o sentimento expresso pelo poeta em relação aos momentos que se vão embora?

      O poeta expressa o desejo de que certos momentos permaneçam mais tempo ao invés de passarem rapidamente.

05 – O que a imagem do funil da ampulheta representa em termos de passagem do tempo?

      A imagem do funil da ampulheta representa a dualidade do tempo, que parece acelerar e ao mesmo tempo retardar o fluir dos momentos.

06 – Qual é a importância da memória neste poema?

      A memória é essencial no poema pois permite reter e valorizar os momentos que o tempo ameaça levar embora rapidamente.

07 – Como o poeta sugere lidar com a fugacidade dos momentos preciosos na vida?

      O poeta sugere que a memória desempenha um papel crucial ao reter e valorizar esses momentos, permitindo-nos apreciá-los mesmo após terem passado.

 

 

POEMA: O BIFE - JOSÉ PAULO PAES - COM GABARITO

 Poema: O bife 

              José Paulo Paes 

Onde é 

que está 

meu bife? 

Fugiu do açougue 

sumiu da cozinha 

no prato não acho 

quem sabe me diga: 

será que meu bife 

está noutra barriga? 

 

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHRs79EUXJSh_6m3Iei_YJss4wBllx2gwDmUylcFVDosHF5tthhh4QdMvaxjPycE1RhGTfiDvUvF_qex_HuFQakD0RKD4AHZT8GYgibIp5XN3yyJ5EwTLpbmMmB1xooXROddhLqhJxqdY6-KDx43jJ9s4y0FK8dL6LupFE8wYl0kepY-inoMumuj5R35g/s320/BIFE.jpg

Meu bife 

era 

a cavalo: 

um ovo estalado 

com batata frita. 

Porém me lembrei: 

sendo bife a cavalo 

fugiu no galope 

não vou mais achá-lo. 

José Paulo Paes. Lé com cré. São Paulo: Ática, 1993.

Fonte: Livro – Português: Linguagem, 6ª Série – William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães, 2ª ed. – São Paulo: Atual Editora, 2002. p. 224.

Entendendo o poema:

01 – O que o autor está procurando no poema "O Bife" de José Paulo Paes?

      O autor está procurando por seu bife desaparecido.

02 – O que significa "bife a cavalo" no poema?

      "Bife a cavalo" significa um bife acompanhado de ovo estalado e batata frita.

03 – Por que o autor não consegue encontrar seu bife no prato?

      Porque o bife desapareceu da cozinha e do prato.

04 – O que o autor sugere ao questionar se seu bife está "noutra barriga"?

      O autor sugere a possibilidade de que outra pessoa possa ter comido seu bife.

05 – Qual é a sensação do autor ao perceber que seu bife "fugiu no galope"?

      O autor sente que perdeu seu bife de forma rápida e inesperada.

06 – Como o autor descreve o bife que ele perdeu?

      O autor descreve o bife como sendo servido a cavalo, ou seja, com ovo estalado e batata frita.

07 – Qual é o tom predominante do poema "O Bife" de José Paulo Paes?

      O tom predominante é humorístico e irônico, caracterizado pela frustração cômica do autor ao perder seu bife.