quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

POEMA: BEM-QUERER BENQUERENDO - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO

Poema: Bem-querer benquerendo


Nem em pé-d`água
Em pé de atleta
Em pé de cabra
Em pé de boi ou de galinha
Em pé-de-meia
Ou de moleque
Nem se quer em pé de pato
Não, não entra o sapatinho
Vermelho-sangue
Todo lindo
De rubi
Feito só pra os pezinhos
Delicados de meu bem.
Pés de moça tão dileta
Digna do meu bem-querer.
Breque!
Ora escrevo diferente:
Bem te quero
Assim sem hífen
Benquerer assim pertinho
Pra aquecer o amor da gente
Benquerer assim sem hífen
Pra que sempre
Ele esquente
O meu coração pé-frio!

        Felipe Stucchi de Souza, aluno do 3º ano do ensino médio.

Entendendo o texto:

01 – No poema há uma série de palavras em cuja composição entra a palavra pé.
     Observe-as e responda:
          a) Como essas palavras se classificam?
     Como substantivos compostos ou locuções substantivas.

          b) Como se faz o plural dessas palavras?
     Pluralizando-se o 1º elemento: pés-d`água, pés-de-meia, pés de atleta, etc.

02 – Por que, de acordo com o eu lírico, o sapatinho não entra em nenhum dos “pés” citados?
       Porque o sapatinho foi feito especialmente para os pés delicados da moça que ele ama.

03 – Justifique o título do poema.
       A partir do verso “Breque!”, o eu lírico passa a escrever “diferente”; ele elimina o hífen do substantivo composto bem-querer para falar da proximidade que deseja ter com a amada.

04 – Há no poema dois adjetivos compostos.
           a) Identifique-os.
      Vermelho-sangue, pé-frio.

a)   Como eles ficariam se o substantivo que eles acompanham estivesse no plural?
      Vermelho-sangue, pés-frios.

05 – O poema tem um ritmo bem marcado. No último verso, entretanto, houve uma quebra no ritmo. Relacione essa quebra rítmica ao sentido do verso.
      O coração pé-frio do eu lírico desarmoniza o ritmo.





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