REPORTAGEM: TECNOLOGIA
PARECE ALTERAR CARÁTER DE AMIZADES JUVENIS
HILARY STOUT
THE NEW YORK TIMES
Antigamente,
as crianças conversavam fisicamente com seus amigos. Aquelas horas passadas no
telefone da família ou na companhia de amigos do bairro desapareceram muito
tempo atrás. Hoje, porém, até mesmo trocar ideias por celular ou e-mail está
ultrapassado. Para os adolescentes e pré-adolescentes atuais, a amizade
parecesse desenrolar cada vez mais por meio de minitextos, SMSs ou nos fóruns
muito públicos de Facebook ou MySpace.
Boa
parte das preocupações com esse uso da tecnologia tem sido voltada, até agora,
a suas implicações no desenvolvimento intelectual das crianças. Mas
especialistas começam a estudar um fenômeno profundo: a possibilidade de a
tecnologia estar mudando a própria natureza das amizades das crianças
“De
modo geral, os temores suscitados pelo ciberbullying e o sexting (troca de
mensagens com textos e imagens de teor sexual) têm ocupado o primeiro plano,
deixando em segundo plano um olhar sobre coisas realmente nuançadas, como a
maneira como a tecnologia está afetando o caráter de proximidade da amizade”,
disse Jeffrey G. Parker, professor-associado de psicologia na Universidade do
Alabama, que estuda as amizades infantis desde a década de 1980. “Estamos
apenas começando a analisar essas modificações sutis”.
A
dúvida é se todo esse envio de mensagens e a participação em redes sociais
online permite aos adolescentes e crianças ficar mais em contato com seus
amigos e lhe dar mais apoio --- ou se a qualidade de suas interações está sendo
prejudicada pela ausência de intimidade e da troca emocional dadas pelo tempo
passado fisicamente juntos.
Ainda
é muito cedo para saber a resposta. Escrevendo no periódico “The Future of
Children”, Kaveri Subrahmanyam e Patrícia M. Greenfield, psicólogos, [...]
observaram: “Evidências qualitativas iniciais indicam que a facilidade das
comunicações eletrônicas pode estar fazendo os `teens` terem menos interesse em
comunicação cara a cara com seus amigos. São necessárias mais pesquisas para
avaliar até que ponto esse fenômeno está presente e quais seus efeitos sobre a
qualidade emocional de um relacionamento”.
Mas
a questão é importante, acreditam estudiosos, porque as amizades infantis
estreitas ajudam as crianças a ganhar a confiança em pessoas de fora de seu
círculo familiar e a deitar as bases para relacionamentos adultos saudáveis.
“Não podemos deixar que os relacionamentos bons e estreitos desapareçam. Eles
são essenciais para permitir que as crianças brinquem com suas emoções,
expressem suas emoções --- todas as funções de apoio que acompanham os
relacionamentos adultos”, disse Parker.
O
que veem muitos profissionais que trabalham com crianças são intercâmbios mais
superficiais e mais públicos eu no passado. Um dos receios é que a criança e os
adolescentes de hoje possam estar deixando de viver experiências que ajudam a
desenvolver empatia, compreender nuances emocionais e interpretar indicações
como as expressões faciais e a linguagem corporal. Com as obsessões
tecnológicas das crianças começando em idade cada vez mais precoce, é possível
que seus cérebros acabem sofrendo modificações e que essas habilidades se
enfraqueçam mais, pensam alguns pesquisadores.
Mas
outros estudiosos da amizade argumentam que a tecnologia está aproximando as
crianças mais do que nunca. Elizabeth Hartley-Brewer, autora do livro “Making
Friends: A Guide to Undestanding and Nurturing Your Child´s Friendships”, [...]
acredita que a tecnologia permite a adolescentes e crianças
ficar conectados com seus amigos 24 horas por dia[...]
[...]
Para
algumas crianças ou adolescentes, a tecnologia é um instrumento que facilita
uma vida social ativa. Hannah Kliot, 15, [...] diz que usa o SMS para fazer
planos e para transmitir que coisas que acha engraçadas ou interessantes. Mas
também o uso para saber como estão suas amigas que podem estar chateadas com
alguma coisa --- e, nesses casos, procura conversar realmente com elas. “Mas
acho que a nova forma de conversar com uma pessoa é o bate-papo por vídeo, no
qual você realmente vê a outra pessoa”, disse. “Já dei telefonemas, mas
telefonar é considerado antiquado”.
(Folha
de São Paulo, 10/5/2010.)
Entendendo
o texto:
01 – O
texto apresenta nove parágrafos.
a)
Os dois primeiros formam a introdução. Identifique,
no 2º parágrafo, a ideia principal do texto.
A tecnologia pode estar mudando a própria
natureza das amizades das crianças.
b) Quais são os parágrafos
do desenvolvimento?
Do 3º ao 8º parágrafo.
c) Que parágrafo forma
a conclusão?
O último.
02
– Há no texto palavras e expressões responsáveis pela continuidade, ou
seja, pela retomada de palavras e ideias expressas anteriormente. No início do
texto, por exemplo, a autora refere-se ao uso da tecnologia nos relacionamentos
sociais dos jovens. Que palavra do 2º parágrafo retoma essa ideia e da
continuidade ao texto?
O
pronome demonstrativo esse (“com esse uso da tecnologia”) remete aos usos
da tecnologia mencionados no parágrafo anterior.
03
– No 5º parágrafo, a que se refere a frase “Ainda e muito cedo para saber
a resposta?
Refere-se
a qualidade das relações dos jovens nas redes sociais.
04
– No início do 6º parágrafo, há uma pergunta que estabelece uma ideia de
retificação em relação ao que foi dito no parágrafo anterior.
a) Qual é essa palavra?
É a conjunção coordenativa mas.
b) Qual é a afirmação que
essa palavra retifica?
Ela retifica a afirmação anterior da 5º
parágrafo: “Ainda é muito cedo para saber a resposta”.
Muito obrigado
ResponderExcluirNão gostei pois não tá todas as respostas faltou da 5° a 6°
ResponderExcluirNão gostei pois não tá todas as respostas faltou da 5° a 6°
ResponderExcluirFaltou a 5° E A 6°
ResponderExcluirNão gostei desse texto pq não tem sentido 😕😕
ResponderExcluirNão gostei dese texato pq não tem sentido 💁😕😕
ResponderExcluir5 e 6
ResponderExcluirNão tem nem a 5 e nem a 6
ResponderExcluirAlguém sabe a resposta do 5 e 6?
ResponderExcluirObrigado ajudou muito, só faltou as questões 5 e 6.
ResponderExcluirobg me ajudou muito, só faltou as questões 5 e 6.
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