TEXTO: DEZ RAZÕES PARA NÃO
“COLAR” NA ESCOLA!
A mania de colar tornou-se
quase universal entre nossos alunos e estudantes. Há um consenso coletivo
favorável à cola, do primário à universidade. Penso que não podemos nos
acomodar ao mal nem perder a esperança de encontrar solução para os problemas.
Apresento a seguir algumas razões pelas quais não se deve colar:
Primeira: porque é feio e deselegante
chegar à universidade sem o gosto de estudar. Quem cola não tem amor à cultura
nem senso do dever e responsabilidade pelo bem comum. Quem passa colando é uma
pessoa despreparada, irresponsável e até perigosa socialmente. A cola é a ética
do jeitinho e do levar vantagem em tudo em nível escolar.
Segunda: porque a cola é uma mentira,
isto é, apresento uma coisa como minha, mas na verdade é de outrem. Estou
dizendo sim para uma coisa que na verdade deveria dizer não. É próprio da
inteligência tender para a verdade. A cola é uma ofensa à inteligência e à
verdade. É uma das tantas corrupções já internalizadas na consciência estudantil.
Terceira: porque a cola é um roubo,
apresento como meu e como minha sabedoria aquilo que é esforço do outro.
Acostumar-se a colar é acostumar-se a usar o que é dos outros. A infidelidade
nas coisas pequenas prepara a infidelidade nas grandes, como: infidelidade à
palavra dada, infidelidade à consciência. Não posso ter mérito nem diploma
quando sei que não estudei e, portanto, não mereço credibilidade, porque não
sei a matéria e o tema exigido.
Quarta: porque a cola fomenta a “lei do
menor esforço” e a preguiça. O esforço e o sacrifício são necessários para a
formação de uma personalidade sadia, pois quem semeia vento colhe tempestades.
Devemos nos educar para a fidelidade e não para a facilidade.
Quinta: porque a cola é um perigo social
e contra o bem comum. O engenheiro que passa colando pode ser a causa do
desabamento de um prédio, de um ponte, etc. Ninguém quer ser operado por um
médico que passou colando, nem aceita como advogado aquele ou aquela que foi
incapaz de defender sua real ignorância colando dos outros.
Sexta: porque a cola leva ao
desperdício do tempo. A psicologia do colador é esta: posso divertir-me, ver
televisão à vontade, jogar futebol, namorar, ficar na internet, etc., porque na
prova saberei dar um “jeitinho”. Com isso se esbanja a preciosidade do tempo,
consagra-se a mediocridade e justifica-se desde cedo a desonestidade.
Sétima: porque a cola aumenta a já
calamitosa superficialidade e ignorância cultural. O nível de estudo e cultura
só tende a diminuir e com ele aumenta a falta de cultura que é um perigo
social. A cola nos desobriga a pensar. A cola é uma alienação cultural, um
atraso.
Oitava: porque a filosofia da cola
impede o avanço cultural do povo, favorece o analfabetismo. Pelo costume da
cola, a “massa jovem” continua alienada, desligada e sem a ciência e a cultura
que revolucionou um povo.
Nona: porque a cola vem confirmar a
tese dos que dizem ser a escola uma instituição alienante. A mania de colar
pode ser sintoma de uma filosofia educacional decadente e falaz. É preciso
rever a modalidade de avaliação de nossas escolas.
Décima: porque o professor que
incentiva ou aprova a cola não é um educador. Tal comportamento é desonesto e
contra a ética profissional. Religiosamente falando, a cola é um pecado de
mentira, preguiça, roubo, irresponsabilidade.
Dom
Orlando Brandes é bispo de Joinville.
Entendendo o texto:
01 – Releia o primeiro parágrafo
e diga qual a posição defendida pelo autor do texto
Encontrar uma solução para o problema.
02 – Relacione as frases abaixo
com as razões pelas quais não se deve colar. Veja um exemplo:
A cola fomenta a preguiça. Quarta
razão.
A cola promove a alienação. Segunda
razão.
Impede o avanço cultural do povo: Oitava
razão.
Quem cola é uma pessoa
despreparada: Primeira razão.
Ela não merece
credibilidade: Terceira razão.
A cola é antiética: Décima
razão.
Quem incentiva ou aprova é
desonesto: Décima razão.
03 –
Apesar do texto apresentar dez razões para não colar, podemos resumi-las em
seis. Quais são? Cite-as.
Primeira, segunda, terceira,
quarta, oitava e décima.
04 – No último parágrafo, o autor
utiliza um argumento religioso. Que argumento é este?
Religiosidade falando, a cola é um
pecado de mentira, preguiça, roubo, irresponsabilidade.
Muito bom isso me ajudou a cola no meu trabalho final kkkkk
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