sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

TEXTO: OS ALTOS LUCROS DOS MAUS HÁBITOS - PAULO BENTO BANDARRA - COM GABARITO

Texto: Os altos lucros dos maus hábitos

 Culpamos os pacientes pelos maus hábitos, mas esquecemos que nada é casual.
                                                                        Paulo Bento Bandarra

        Revista Veja de 17/06/2003 abordou a estatina, nova esperança no combate às doenças cardíacas por sua eficácia na queda do colesterol. Já é a droga mais vendida no mundo. Está também sendo usada contra diabetes, angina, osteoporose, inflamações, Alzheimer, câncer de mama e próstata. Sem entrar no mérito da estatina como arma terapêutica, certamente não é a solução para a má alimentação e a inversão de valores da sociedade de consumo. Vive-se para comer, não se come para viver melhor. A alimentação passou a ser um produto comercial, que foge de sua função natural. Seu consumo é estimulado a toda hora pela mídia para quem tem poder aquisitivo e, portanto, já está alimentado. Então, inventam-se guloseimas para um consumo cada vez maior, para que o lucro se faça presente nos negócios de alimentação.

        Bom para a indústria

        A comida perde suas principais qualidades e funções para ser vendida por seus atrativos visuais, gustativos, táteis, para que se consuma mesmo sem necessitar. As gorduras utilizadas são de má qualidade, visando aumentar o lucro com produtos de preços mais baixos. Não são alimentos balanceados para uma alimentação saudável. Visam, principalmente, a quebra da resistência do consumidor, induzido à ingestão maior. E como a concorrência existe, a briga é para cada vez se comer mais.
        Os resultados já são considerados alarmantes, com epidemias de obesidade, hipertensão, cardiopatia e diabetes – excesso de alimentação de alguns, fome de outros, que não participam da festa por falta de poder aquisitivo.
        A solução desses problemas pela via medicamentosa, como adverte a reportagem da Veja, é a pior possível. É tentar remediar um mal com outro. Não serão os medicamentos que solucionarão os problemas advindos do tabagismo, do alcoolismo, do excesso de comida. Aumentar gastos com exames, medicamentos de prevenção e recuperação, tratamentos crônicos, Hospitalizações e cirurgias corretivas é a pior saída para uma questão simples, de causa totalmente conhecida, mas de difícil enfrentamento, pois as indústrias apostam todas as suas fichas nesse estado de coisas, e a mídia participa desse mercado de encantamento lucrando sua parcela na promoção da venda. Associa-se ao problema a indústria de alimentos de baixa caloria, para que se coma maior volume com menor efeito no ganho de peso, criando ao mesmo tempo dependência do hábito de comer demais.
        É uma atitude tola medicar os maus hábitos, pois se desperdiçam recursos que poderiam ser aplicados em áreas mais úteis. O New York Times de 13 de julho anunciou a necessidade de se prescreverem estatinas para níveis mais baixos de colesterol! (Ou seja, aumentar as vendas). Tratar pessoas para que possam manter a ingestão excessiva é uma distorção absurda. Passar a vida comendo para dar lucro à indústria de alimentos insalubres, para depois acabar a vida tomando remédios só é bom para a indústria. Inclusive a midiática.

        O que são as estatinas?

        Lançadas há cerca de duas décadas, elas agem na raiz do colesterol, inibindo justamente a produção de uma enzima responsável por sua síntese
        Cinquenta milhões. Esse é o espantoso contingente de pessoas que ingerem todos os dias comprimidos de estatina. Tiro certeiro: reduzem em 30% as taxas de LDL. “As estatinas evoluíram muito nos últimos anos. Hoje, além de baixar o teor de gordura no sangue, podem melhorar a elasticidade das artérias e diminuir processos inflamatórios pelo corpo”, revelou à SAÚDE o cardiologista Carlos Alberto Pastore, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. 
        Ok, já está provado que elas aliviam a porção maléfica do colesterol e são uma verdadeira bênção para pessoas que já sofreram infarto ou derrame. Mas, por ora, os outros benefícios propagados não passam de promessas. O que ainda não se sabe ao certo é se as estatinas diminuem a mortalidade entre pessoas que têm, além do colesterol alto, mais fatores de risco. Alguns especialistas acham que sim. O cardiologista e nutrólogo Daniel Magnoni, do Hospital do Coração, em São Paulo, é um deles. Na sua opinião, se um sujeito é obeso, fumante, sedentário e diabético, o colesterol pode ser a gota d’água para detonar um infarto. Nesse caso, esse tipo de droga seria uma ótima medida preventiva. 
         Certeza só se tem de que as estatinas não são uma panaceia, pílulas mágicas que protegem a todos com a mesma eficiência. Confiar nelas 100% e continuar comendo mal, fumando e sem fazer exercícios é um erro. “Sempre que possível, o melhor é diminuir o colesterol com mudanças no estilo de vida em primeiro lugar”, diz Magnoni.
                                                                Revista Veja de 17/06/2003.
Entendendo o texto:
01 – Qual o título do texto?
      Os altos lucros dos maus hábitos.

02 – Qual o assunto abordado na publicação da revista Veja de 17/06/2003?
      Trata-se do medicamento ESTATINA.

03 – Por ser um medicamento mais vendido no mundo. Além das doenças cardíacas, quais outras doenças que é tratado com esse medicamento?
      É usada também contra a diabetes, angina, osteoporose, inflamações, Alzheimer, câncer de mama e próstata.

04 – Por que hoje diz que vive-se para comer, e não se come para viver melhor?
      Porque a alimentação passou a ser um produto comercial, que foge de sua função natural.

05 – Por que a alimentação é considerado bom para as indústrias?
      Porque a comida perde suas principais qualidades e funções para ser vendida por seus atrativos visuais, gustativos, táteis, para que se consuma mesmo sem necessitar.

06 – De acordo com o texto, o excesso na alimentação Industrializada. Qual a sua consequência?
      Os resultados já são considerados alarmantes, com epidemias de obesidade, hipertensão, cardiopatia e diabetes.

07 – Para tentar solucionar os problemas, de acordo com a reportagem da veja, o tratamento com medicamentos é o ideal?
      NÃO. É a pior possível. É tentar remediar um mal com outro.

08 – Os problemas de saúde, advindas do tabagismo, do alcoolismo, do excesso de comida. De quem é a responsabilidade?
      De acordo com a reportagem, são associado as Indústrias, que influência o alto consumo. E são utilizados produtos de baixa calorias na produção, e criando ao mesmo tempo dependência do hábito de consumo desenfreado.

09 – Qual foi o anúncio publicado no New York Times de 13 de julho?
      Anunciou que seria necessário prescrever a estatinas para níveis mais baixos de colesterol. Só para aumentar as vendas.

10 – Toda pessoa que passa a vida comendo produtos insalubres, a ingestão excessiva de comida, a quem ela está lucrando?
      Está dando lucro para as Indústrias de Alimentos.

11 – Qual o tempo que existe a Estatinas, e qual a sua função?
      Foi lançada a cerca de duas décadas, ela age na raiz do colesterol, inibindo justamente a produção de uma enzima responsável por sua síntese.

12 – Hoje, qual é a quantidade de pessoas que fazem uso da estatina? E qual a porcentagem de redução da doença?
      Um total de cinquenta milhões de pessoas. Ela reduz em 30% as taxas de LDL.

13 – A estatina, já está provada que aliviam a porção maléfica do colesterol, e ajudam as pessoas que já sofreram infarto ou derrame. E para outras doenças já está comprovada sua eficaz?
      NÃO. De acordo com as pesquisas, não se sabe ao certo se ela, diminuem a mortalidade em pessoas que além do colesterol possuem outras doenças de risco.

14 – Se uma pessoa é obesa, fumante, sedentário e diabético, o colesterol pode ser a gota d’água para detonar um infarto. Qual o médico que acha, com o uso a estatina, pode salvar a pessoa?
      O Cardiologista e Nutrólogo Dr. Daniel Magnoni, do Hospital do Coração, na sua opinião, a estatina seria uma ótima medida preventiva.

15 – Qual a orientação médica, para as pessoas com problemas cardíacos, além dos exercícios físicos?
      “Sempre que possível, o melhor é diminuir o colesterol com mudanças no estilo de vida em primeiro lugar”.




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