quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

POEMA: TOADA DO AMOR - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - COM GABARITO

POEMA: TOADA DO AMOR
                 Carlos Drummond de Andrade

E o amor sempre nessa toada:
Briga perdoa, perdoa briga.
Não se deve xingar a vida,
A gente vive, depois esquece.
Só o amor volta para brigar,
Para perdoar,
Amor cachorro bandido trem.
Mas, se não fosse ele, também
Que graça que a vida tinha?

Mariquita, dá cá o pito,
No teu pito está o infinito.


                                     ANDRADE, Carlos Drummond de. Toada do amor.
      In: _____. Obra completa. 2. ed. Rio de Janeiro, Aguilar, 1967. p. 55-6.

Toada: qualquer cantiga de melodia simples e monótona.

Entendendo o texto:

01 – Já no título e no primeiro verso, o poeta refere-se à monotonia das relações amorosas por meio do emprego de uma palavra. Que palavra é essa?
        Toada.

02 – Essa ideia da monotonia e da rotina aparece enfatizada pela repetição de alguns verbos. Que verbos são esses?
        Brigar e perdoar.

03 – Apesar dessa rotina, não devemos lamentar a nossa sorte. Por quê?
        Porque esquecemos tudo aquilo que acontece na nossa vida.

04 – O amor aparece caracterizado pelo emprego de três substantivos. Quais são eles?
        Cachorro, bandido, trem.

05 – Apesar d o amor ter uma série de inconvenientes, é ele que dá sentido à vida. Transcreva os versos do poema que comprovam essa afirmativa.
        “Mas, se não fosse ele, também que graça que a vida tinha”.

06 – O amor não só dá sentido à vida como pode ser de uma duração, extensão ou intensidade extremas. Que versos do poema podem ter essa conotação?

        “Mariquita, dá cá o pito, no teu pito está o infinito”.

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