POEMA: TOADA DO AMOR
Carlos Drummond de Andrade
E o amor
sempre nessa toada:
Briga
perdoa, perdoa briga.
Não se
deve xingar a vida,
A gente
vive, depois esquece.
Só o amor
volta para brigar,
Para
perdoar,
Amor
cachorro bandido trem.
Mas, se
não fosse ele, também
Que graça
que a vida tinha?
Mariquita,
dá cá o pito,
No teu
pito está o infinito.
ANDRADE,
Carlos Drummond de. Toada do amor.
In: _____. Obra completa. 2. ed. Rio de Janeiro, Aguilar, 1967. p.
55-6.
Toada: qualquer
cantiga de melodia simples e monótona.
Entendendo
o texto:
01 – Já
no título e no primeiro verso, o poeta refere-se à monotonia das relações
amorosas por meio do emprego de uma palavra. Que palavra é essa?
Toada.
02 – Essa
ideia da monotonia e da rotina aparece enfatizada pela repetição de alguns
verbos. Que verbos são esses?
Brigar e perdoar.
03 –
Apesar dessa rotina, não devemos lamentar a nossa sorte. Por quê?
Porque esquecemos tudo aquilo que acontece na nossa vida.
04 – O
amor aparece caracterizado pelo emprego de três substantivos. Quais são eles?
Cachorro, bandido, trem.
05 –
Apesar d o amor ter uma série de inconvenientes, é ele que dá sentido à vida.
Transcreva os versos do poema que comprovam essa afirmativa.
“Mas, se não fosse ele, também que graça que a vida tinha”.
06 – O
amor não só dá sentido à vida como pode ser de uma duração, extensão ou
intensidade extremas. Que versos do poema podem ter essa conotação?
“Mariquita,
dá cá o pito, no teu pito está o infinito”.
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